A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

O maior preconceito é o da indiferença.

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "O maior preconceito é o da indiferença."— Transcrição da apresentação:

1 O maior preconceito é o da indiferença.

2 Maio de 2008 Maranhão. Na calada da noite, dois homens armados invadem a aldeia Anajá, dos índios guajajaras, e começam a atirar aleatoriamente. Uma menina índia, de 6 anos, chamada Maria dos Anjos Paulino Guajajara, é atingida e morre com um tiro na cabeça. O ocorrido não ganha espaço nem tem repercussão na grande mídia.

3 Esta apresentação é dedicada à pequena Maria dos Anjos.
Onde quer que estejas, pequenina índia, brinque em paz...

4 Maria dos Anjos Paulino Guajajara
2001 / 2008

5 - Índios -

6 Para se mudar o presente, faz-se necessário olhar para o passado.
Estar disposto a enxergar os erros cometidos, a reconhecê-los, de modo a garantir que não mais se repitam...

7 Ao desembarcar, há cinco séculos, nas terras brasileiras, os navegantes portugueses depararam-se com comunidades indígenas firmemente estabelecidas.

8 Uma outra espiritualidade, um outro modo de vida...
Neste Novo Mundo, os colonizadores brancos encontraram uma cultura que até então não conheciam: As comunidades indígenas com suas tradições milenares, ritos, danças, idiomas. Uma outra espiritualidade, um outro modo de vida...

9 Os invasores não se deram ao trabalho de responder.
Os indígenas perguntaram-lhes com o olhar o que ali faziam, o que queriam. Os invasores não se deram ao trabalho de responder.

10 Os colonizadores, à época do descobrimento, nem sequer admitiram a condição de seres humanos aos povos indígenas, considerando-os selvagens sem alma, a serem escravizados, humilhados e utilizados como mão-de-obra nos canaviais e engenhos.

11 As tribos que mostraram resistência, que não se deixaram subjugar, foram dizimados.

12 Mulheres, homens e crianças, corpos trêmulos, rostos angustiados, mãos erguidas implorando misericórdia.

13 Genocídios, extermínios...

14 Antes do ano 1.500, no Brasil, os povos indígenas somavam 5 milhões, espalhados em 900 etnias.

15 Antes do ano 1.500, no Brasil, os povos indígenas somavam 5 milhões, espalhados em 900 etnias.
Hoje, passados cinco séculos, foram reduzidos a 540 mil em 206 etnias remanescentes.

16 Quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia em torno de 1
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia em torno de línguas indígenas. Hoje restam cerca de 170.

17 As comunidades indígenas, com suas concepções igualitárias, solidárias, com o seu culto à Vida e à Natureza, apresentavam-se tão distantes dos interesses que moviam os colonizadores. Tão distantes se apresentam até hoje dos interesses que movem a nossa sociedade moderna.

18 Tempos difíceis eram aqueles,
Tempos difíceis são estes nossos...

19 Segundo o presidente da Funai, - Fundação Nacional do Índio -, o historiador Márcio Meira, o preconceito contra índios está passando por uma fase de recrudescimento. Um dos principais fatores para esta nova onda de preconceito é a expansão econômica, especialmente do agronegócio, em direção às regiões onde vivem os índios.

20 De acordo com Meira, ainda impera no País uma visão de progresso segundo a qual tudo que impede o seu avanço deve ser destruído, - seja a Natureza, sejam seres humanos.

21 Ainda de acordo com o presidente da Funai, o preconceito também deve-se em parte ao desconhecimento da realidade indígena.

22 É o caldo de cultura propício ao preconceito.
Muitas vezes, associamos os índios a antigos estereótipos, como se ainda vivessem no passado, constituindo um povo preguiçoso, incapaz e inferior. É o caldo de cultura propício ao preconceito.

23 Quinhentos anos passados, ainda não aprendemos a valorizar a valiosa herança cultural indígena, que levou milhares de anos para chegar até nos.

24 E as nossas escolas a ensinar às nossas crianças muito pouco, quase nada, sobre a cultura indígena.

25 e ainda não aprendemos uma lição essencial:
500 anos passados, e ainda não aprendemos uma lição essencial: Coexistir

26 Menina indígena Guarani,
Mato Grosso do Sul

27 Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Roraima
Estados com os maiores índices de desmatamento.

28 Especulação fundiária
Biocombustíveis – etanol, metanol, biodiesel Agronegócios – aumento do preço da soja e da carne no mercado internacional, expansão da fronteira agrícola Especulação fundiária Indústria madeireira Crescimento desordenado das áreas urbanas

29 Empresários com sede insaciável de lucro
Prefeitos madeireiros Governadores latifundiários Deputados e Senadores da bancada ruralista

30 Empresários com sede insaciável de lucro
Desmatamento Prefeitos madeireiros Devastação Governadores latifundiários Sofrimentos Deputados e Senadores da bancada ruralista Injustiças...

31 Vista aérea de queimada em área florestal
Município de Novo Progresso, Pará (triste novo progresso dos nossos tempos...)

32 Em breve, mais uma plantação de soja, ou mais um pasto para pecuária.

33 Vista aérea de rebanho bovino
Município de Cáceres, Mato Grosso

34 Mais um carregamento de madeira extraída ilegalmente, apreendido pelo Ibama

35 Voraz expansão das fronteiras agrícolas
Mato Grosso

36 Carreta sem placa passa tranqüilamente numa estrada do Pará, carregando uma tora de madeira nobre.

37 Numa terra sem lei nem fiscalização,
menos uma árvore centenária na floresta, mais um acréscimo à conta bancária de algum rico empresário madeireiro da região.

38 A fumaça que cega.

39 A terra devastada.

40 No olhar, o sofrimento, a espera...

41 Índias da etnia Makuxi Reserva Raposa Serra do Sol, Roraima

42 Ao ignorarmos e destruirmos o que resta da cultura indígena,
talvez estejamos ignorando e destruindo a parte mais bela do mosaico que compõe a nossa essência humana.

43 - seja com o nosso próximo, seja com a Natureza...
A inocência, a docilidade, a pureza, a verdadeira união, - seja com o nosso próximo, seja com a Natureza...

44 (quando e como foi que consentimos com a sua ruptura?...)
Coração Alma Corpo físico (quando e como foi que consentimos com a sua ruptura?...)

45 O que sabemos sobre as nossas raízes mais profundas?
E o que sabemos sobre a vida que aqui existia antes das tantas cidades erguidas? O que sabemos sobre as nossas raízes mais profundas?

46 O que sabemos sobre as nossas raízes mais profundas?
E o que sabemos sobre a vida que aqui existia antes das tantas cidades erguidas? O que sabemos sobre as nossas raízes mais profundas?

47 O que sabemos sobre os segredos do Universo?
O que sabemos sobre os cheiros primordiais da terra?...

48 E o que sabemos sobre a história das 700 etnias para sempre extintas?
O que sabemos sobre a cultura de cada uma das 200 etnias indígenas que ainda existem? E o que sabemos sobre a história das 700 etnias para sempre extintas? O que sabemos sobre a nossa própria alma?...

49 Cores, Sonhos, Desenhos, Mitos, Ritos, Significados, Sentido.
O vermelho do urucum...

50 ...e o azul, quase negro, do jenipapo.

51

52 Ter ouvidos para outros cantos, outros idiomas, outras histórias...
Olhar, Ver, Reparar Ter ouvidos para outros cantos, outros idiomas, outras histórias...

53 Banhar no rio da Compaixão e do Amor Universal.
Pintar não somente o rosto, mas a alma, com as cores do urucum e do jenipapo. Banhar no rio da Compaixão e do Amor Universal.

54 O que sabemos sobre a bondade?

55 Índia da etnia Guajá amamenta um filhote de porco-do-mato

56 Na aldeia dos guajás, um antigo costume da tribo é a adoção de pequenos animais órfãos.
Porcos-do-mato, quatis, macacos, preguiças e aves são criados como se fossem da família.

57 Uma forma de se reverenciar a Vida.
Conforme acreditam, esta é uma forma de se retribuir à Natureza por tudo o que ela nos oferece. Uma forma de se reverenciar a Vida.

58 Alguns corações são mais humanos do que outros.

59 É preciso pôr-se de joelhos, reverente, para poder escutar o Silêncio.
O Silêncio que nos possibilita reparar as coisas mais simples, e valorizar o que é belo...

60 E o que nós, “civilizados”, sabemos sobre a Bondade, a Compaixão,
sobre a grandeza espiritual,...

61 ...sobre o Amor genuíno manifestado pelos puros de coração,
- amor este que faz o mundo girar?

62 Os animais adotados pela tribo se tornam intocáveis, jamais sendo mortos, ganhando a condição de bichos de estimação.

63

64

65

66

67

68 Breve é a nossa passagem por esta vida terrena.
Ontem chegamos, hoje nos banhamos no Rio da Vida, amanhã partiremos.

69 O Rio da Vida já corre há muito antes do nosso nascimento,
e continuará a fluir, indiferente, após a nossa partida.

70 Uma breve fatia de tempo nos é destinada.
Ontem chegamos, hoje sonhamos, amanhã onde estaremos? Aquilo que plantamos, colheremos.

71 E qual será a colheita que o dia de amanhã nos reserva?
Basta olhar o que hoje fazemos...

72 De que adianta termos voz,
se nos calarmos diante das injustiças do mundo?

73 Para que servirão os nossos olhos,
caso desviemos o olhar do sofrimento do nosso próximo?

74 De que terá servido a nossa breve vida terrena,
se não formos capazes de enxergar a centelha divina que reluz em cada ser vivo e que nos remete ao nosso Criador único?...

75

76 Aldeia Kamayura, Xingu, Mato Grosso

77 Crianças da etnia Yawanawa,
Amazonas

78 Pajé da etnia Kuikuro, Mato Grosso

79 Mãe e filho da etnia Kuikuro, Região do Alto Xingu Mato Grosso

80 Índia da etnia Kaxinawa,
Acre, Região Amazônica

81 É tudo uma coisa só, físico e espírito.
“O índio não acredita no sobrenatural porque não conhece essa divisão entre natural e sobrenatural. É tudo uma coisa só, físico e espírito. “O mundo espiritual deles, algo misterioso e milenar, simplesmente os rodeia. É tangível. Não dá para explicar mais do que isso... “A vida do índio é de certo modo uma ininterrupta cerimônia espiritual.”

82 o idoso é o dono da história,
“São um povo para o qual o idoso é o dono da história, o homem adulto é o dono da aldeia, a mulher, a dona da prática das tradições no dia-a-dia e da casa, e a criança...

83 E isso está no seu rosto o tempo todo.”
...e a criança, a dona do mundo. Uma criança de uma aldeia índia goza da mais plena liberdade que já pude testemunhar. E isso está no seu rosto o tempo todo.” Orlando Villas Boas (1914 – 2002)

84 a criança, a dona do mundo

85 Crianças da etnia Kuikuros
Região do Alto Xingu Mato Grosso

86

87

88 Pequeno índio da etnia Xucuru,
Sertão pernambucano

89

90 Brincando no Rio Uaupés Comunidade de Taracuá,
São Gabriel da Cachoeira, Amazonas 

91

92

93 Tema musical: Nothing Compares to You (versão instrumental)
Formatação:

94

95

96

97

98


Carregar ppt "O maior preconceito é o da indiferença."

Apresentações semelhantes


Anúncios Google