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Você conhece essa imagem?

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Apresentação em tema: "Você conhece essa imagem?"— Transcrição da apresentação:

1 Você conhece essa imagem?

2 Então você entende o que é o conflito.
Você já se sentiu dividido? Sem conseguir optar , querendo e não querendo uma coisa, com medo e com vontade? Então você entende o que é o conflito. Então você entende o que é o essencial do espírito barroco

3 O termo barroco denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos de 1605 e início dos anos de Além da literatura, estende-se à música, à pintura, à escultura e à arquitetura da época.

4 A literatura barroca Os textos barrocos expressam a angústia e agonia de um homem dividido entre razão e fé, entre religiosidade e desejos materiais. Há um abuso de figuras de linguagens como metáforas, antíteses, paradoxos e sinestesias, produzindo uma linguagem rebuscada e ambígua, que representa as contradições daquele tempo. Estilos presentes no barroco literário: Cultismo: caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, pelo jogo de palavras. Conceptismo – é marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma linguagem aprimorada.

5 Barroco no Brasil O Barroco, no Brasil, foi introduzido no início do século XVI pelos missionários católicos, especialmente jesuítas, que trouxeram o novo estilo como instrumento de doutrinação cristã. O poema épico Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, é um dos seus marcos iniciais. Atingiu o seu apogeu na literatura com o poeta Gregório de Matos e com o orador sacro Pe. Antônio Vieira. Nas artes plásticas, seus maiores expoentes foram Aleijadinho, na escultura, e Mestre Athaíde, na pintura.

6 Poema Cultista Ao braço do Menino Jesus de Nossa Senhora das maravilhas, A quem infiéis despedaçaram. O todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo não é parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que é parte, sendo o todo. Em todo o sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda a parte, Em qualquer parte sempre fica o todo. O braço de Jesus não seja parte, Pois que feito Jesus em partes todo, Não se sabendo parte deste todo, Um braço que lhe acharam, sendo parte, Nos diz as partes todas deste todo. Este poema de Gregório de Matos apresenta a forma de soneto (clássico) e, através de um jogo de palavras utilizando “todo” e “parte”, o poeta apresenta uma imagem de Jesus despedaçada e diz que o braço é parte, mas, também todo. É uma apologia a questão de que todos os batizados são partes de um todo que é a Igreja, que por sua vez, é o corpo de Cristo.

7 Poema conceptista: Pequei Senhor...
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido: Que a mesma culpa que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória.

8 Análise do poema: Este poema é de cunho religioso, mas também apresenta uma sátira. O poeta, através de um jogo de ideias, argumenta com Deus, fazendo com que Deus acredite que o seu pecado e resgate trarão mais glória ao criador, pois, Deus sem o pecador não é glorificado. É interessante notar o dualismo, já que o poeta sabe que pecou e precisa do perdão para ganhar o céu, mas, ele não se arrepende e sabe também que vai continuar pecando e vai ter que pedir perdão outras muitas vezes e desta forma, continuará “glorificando” a Deus. A argumentação do pecador faz com que ele procure provas concretas da infinita misericórdia de Deus. Ele vai buscar nas próprias escrituras, as palavras do Cristo (Evangelho de São Lucas 15, 1-10). Desta forma, ele já fez a sua parte, só resta a Deus perdoá-lo.

9 Filósofo em Meditação, óleo de Rembrant
No quadro, pode-se observar o contraste claro-escuro, típico da pintura barroca. No caso, a luz ilumina o filósofo, aludindo à valorização do racionalismo, que contrasta com a escuridão: a ausência de idéia - o abismo da vida. Filósofo em Meditação, óleo de Rembrant No quadro, pode-se observar o contraste claro-escuro, típico da pintura barroca. No caso, a luz ilumina o filósofo, aludindo à valorização do racionalismo, que contrasta com a escuridão: a ausência de ideia - o abismo da vida.

10 Gregório de Matos Guerra
Sua própria produção poética — lírica, religiosa, satírica — já mostra a alma barroca deste poeta. Ao lado de expressões de amor carnal, manifestou aspirações religiosas; ao lado de poesias sérias e reflexivas sobre a condição humana, debochou e satirizou a sociedade da época, notadamente a baiana. A dualidade barroca percorre toda a obra de Gregório de Matos, vazada numa linguagem bem trabalhada, capaz de traduzir sua angústia, sutil para expressar seus sentimentos amorosos e objetiva e popular nas sátiras. Tinha por apelido "Boca do Inferno", devido ao teor de seus poemas. Sua poesia religiosa é sempre do pecador que se penitencia através de uma lógica argumentativa; enquanto a poesia lírica é sensual e elogiosa. Nunca em vida Gregório de Matos publicou um livro, e suas poesias, colecionadas e publicadas apenas por seus admiradores, sobrevivem até hoje em antologias.

11 Pe. Antonio Vieira Notável prosador e o mais conhecido orador religioso português, o Padre António Vieira nasceu em 1608, em Lisboa, e faleceu na Bahia em 1697. A sua prosa é vista como um modelo de estilo, os seus efeitos persuasivos ainda hoje exercem influência no leitor, a sedução dos seus raciocínios, o tom por vezes combativo, e ainda certas sutilezas irônicas, tornaram a arte de Vieira admirável.


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