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Preparar a era pós-carbono

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Apresentação em tema: "Preparar a era pós-carbono"— Transcrição da apresentação:

1 Preparar a era pós-carbono
As consequências, no nosso dia a dia, de uma provável escassez de petróleo Apresentação na ART, Associação de Residentes de Telheiras em 9 maio 2007 Luís Queirós

2 SOAM OS ALARMES! Primeira página do “The Independent” Junho 2007 A preocupação sobre a situação das reservas de petróleo é real ! As reservas estão concentradas em países problemáticos Os valores das reservas indicados podem não ser fidedignos

3 Os combustíveis fósseis são limitados!
O combustíveis fósseis ( carvão, petróleo, gás natural) são uma dádiva da natureza a uma geração privilegiada. Estes combustíveis foram formados durante milhões de anos e serão esgotados em algumas dezenas ou centenas de anos. A grande questão: Como será a vida das pessoas à medida que se forem esgotando os recursos energéticos fósseis?

4 O Petróleo: um acidente na história da Terra
Petróleo e os outros combustíveis fósseis são o resultado de um processo geológico que se registou na Terra em dois períodos distintos da história, um há 120 milhões de anos e outro há 90 milhões de anos.. Petróleo: Milhões de anos a produzir Dezenas de anos a consumir!

5 Numa palavra GLOBALIZAÇÃO
A nossa civilização é o resultado de uma energia barata e disponível. Essa energia, associada á tecnologia, mudou o modo de vida da Humanidade. É esse modo de vida que pode estar ameaçado Crescimento exponencial da população mundial 6X num século e meio Mecanização da agricultura, redução do sector primário: 1% da população alimenta o Mundo Novos materiais: plástico, novos têxteis, etc O transporte fácil revolucionou o urbanismo e desenvolveu turismo ( o sector maior empregador) Climatização = conforto acrescido Electricidade...É possível imaginar a vida sem ela? Numa palavra GLOBALIZAÇÃO

6 Em particular, o aumento da população que acompanhou o consumo do petróleo poderá não ser sustentável numa situação de penúria energética

7 energéticos do século passado
Os combustíveis fosséis, carvão, petróleo e gás natural dominaram os ciclos energéticos do século passado US energy use: fonte Cutler Cleveland citado em theoildrum.com/node/2856#more

8 A história da civilização industrial é a história do petróleo
100 anos de progresso A história da civilização industrial é a história do petróleo Mas o futuro não tem de ser necessariamente negro!

9 Estamos a tempo de evitar o colapso?

10 O consumo de energia a nível mundial é dominado pelos combustíveis fósseis
6,3% Hidro 6,0% Nuclear 36.4% -Petróleo 27,8%- Carvão 23,5%- Gás Natural Fonte BP energy review 2006

11 As previsões oficiais para os próximos anos apontam
para que tudo continue na mesma Mas o panorama poderá ser diferente!

12 Uma certeza: os combustíveis fosseis são recursos limitados e mais tarde ou mais cedo irão esgotar-se. Carvão Reservas para centenas de anos Problemas ambientais Gás natural: reservas para dezenas de anos Decréscimo brusco de produção após o pico Problemas de transporte Petróleo; Reservas existentes para dezenas de anos Queda mais lenta após o pico

13 A importância do petróleo como forma de energia
Energia barata etc.. Grande densidade energética Fácil de transportar Fácil de armazenar 2/3 do petróleo são usados no sector de transporte Os transportes têm uma forte dependência do petróleo Praticamente 100% no transporte aéreo

14 Algumas curiosidades Consumo mundial: 85 milhões de barris por dia (1 barril ~ 160 litros). Desde 1984 consumiu-se tanto petróleo como nos 130 anos anteriores Especialistas acham que estamos perto do máximo da produção, ou seja, do pico do petróleo EUA consomem ¼ do petróleo mundial com 5% da população 12 litros per capita Portugal consome 300,000 barris por dia, tanto com o Dep Defesa EUA A aviação civil, consome 5 milhões de barris dia (15 x o consumo de Portugal)

15 Em 1970 os EUA entraram em queda de produção O pico de produção foi previsto por Hubbert em 1956 e ocorreu em Ele mesmo vaticinou que aquilo que aconteceu nos EUA irá acontecer a nível Global, resta saber quando. Marion King Hubbert Previsão de Hubbert 1956 Fonte: Colin Campbell

16 As descobertas no Alaska e no Golfo do México
apenas estão a retardar a queda de produção nos EUA

17 Também no Mar do Norte (UK, Noruega) a quebra
de produção já começou. O Reino Unido importou petróleo em 2006, pela primeira vez, após 30 anos de auto-suficiência

18 Colin Campbell Um cenário no horizonte desta geração
Colin Campbell é um dos autores mais credíveis preside à ASPO Ele prevê um cenário de redução da produção global a partir de 2010 Colin Campbell Petróleo convencional e não convencional Existem diferentes tipos de crude Convencional, Condensado, Deep water Areias e xistos betuminosos ... Fonte: Collin Campbel, ASPO

19 Trata-se de uma previsão bastante consensual
Existe outras diferentes estimativas para a ocorrência do Pico do Petróleo Mas todas elas o prevêem para antes de 2040. Fonte: The GAO report , Congresso dos EUA, fevereiro 2007

20

21 Pico do Petróleo à vista?
Uma curva de distribuição da probabilidade de ocorrência do pico De petróleo indica que o risco de ocorrência é elevado até 2020

22 Os estudos que prevêem o pico de petróleo no curto prazo - até 2012
Dr Ali Morteza Samsam Bakhtiari was for more then 30 years employed by the National Iranian Oil Co. (NIOC) of Tehran, Iran Prevê o pico de petróleo convencional para a) L.F. Ivanhoe. “ Updated Hubbert Curves Analyze World Oil Supply.” World Oil. Vol. 217 (November 1996): (b) Albert A. Bartlett. “ An Analysis of U.S. and World Oil Production Patterns Using Hubbert-Style Curves.” Mathematical Geology. Vol. 32, no.1 (2000). (c) Kenneth S. Deffeyes. “ World’s Oil Production Peak Reckoned in Near Future.”Oil and Gas Journal. November 11, 2002. (d) Volvo. Future Fuels for Commercial Vehicles (e) A.M. Samsam Bakhtiari. “ World Oil Production Capacity Model Suggests Output Peak by ” Oil and Gas Journal. April 26, 2004. (f) Richard C. Duncan. “ Peak Oil Production and the Road to the Olduvai Gorge.” Pardee Keynote Symposia. Geological Society of America, Summit 2000.

23 Os conflitos as guerras mundiais do século XX O caso dos EUA, Hubbert
O petróleo esteve e está na origem de todos os conflitos desde o inicio do século XX 2006 2005 2004 2003 2002 2001 Produção mês a Mês parece estagnar Os ultimos dados publicados mostram que a produção tende a estabilizar A história do petróleo Os conflitos as guerras mundiais do século XX O caso dos EUA, Hubbert O pico do petróleo A situação actual , pouca transparência O que são reservas?

24 Sinais de alerta Muitos países (mais de 50) já passaram o pico de produção A produção está concentrada nas megajazidas Ghawar, Cantarel, Kashagan, Burgan, Daquing Descobre-se um novo barril por cada 4 que se consomem O petróleo fácil está a esgotar-se, sobra o petróleo difícil (mais pesado, com mais elevado teor de enxofre, mais caro de extraír) As refinarias não estão preparadas par o heavy crude O problema do ER/EI – Energia recuperada/Energia investida . Passou de 100 para 15, pode ser nalguns casos 6 ou menos. Preocupante no caso do etanol 1,5:1 É cada vez mais difícil explorar petróleo A taxa de retorno diminui

25 As grandes descobertas foram feitas nos anos 60/70
Actualmente descobre-se um novo barril de petróleo por cada 4 produzidos

26

27 Estes 8 países produzem mais de metade do petróleo mundial.
Geografia do Petróleo: quem produz, quem exporta quem consome? Estes 8 países produzem mais de metade do petróleo mundial.

28 As previsões do NPC National Petroleum Council mostram que o Médio Oriente
é a chave da questão! NPC publicado em 18 julho 2007

29 Matt Simmons Escreveu o livro Twilight in the Desert e põe em causa a capacidade do Reino da Arábia Saudita de continuar a responder à procura crescente de petróleo O Médio Oriente tem assegurado o abastecimento de petróleo face ao aumento da procura A procura mundial de petróleo cresceu 14 milhões B/d nos últimos 10 anos. Desse aumento, 10 milhões b/d (75%) foram assegurados pelos produtores do médio oriente . No mapa está o famoso triângulo dourado A maior jazida do mundo (Ghawar) produz 5 milhões barris dia Os países da Opec fora do Médio Oriente apenas cresceram 0,6 milhões b/d nos últimos 10 anos

30 Principais países exportadores de petróleo (Opec e não Opec)
Valores em milões de barris dia e percentagem (Angola e Iraque não constam) Tres países exportam mais de metade do petróleo transaccionado Fonte

31 A evolução das exportações de petróleo vão decaír rapidamente
7 países, AS,FSU,Nr,Ve,Ir UAE,Kw exportam 3/4 do petróleo mundial Os países exportadores aumentam o consumo, logo sobra menos para exportar Novas economias estão muito carentes de petróleo Já se nota decréscimo nas exportações, a partir de 2010 a situação ficará mais critica Fonte:

32 O crescimento da procura na China ameaça o equilíbrio
Mundial. De exportador em 1992 passou a grande importador .                                                                                                                                  

33 A China diversifica as fontes de abastecimento e
Procura acordos bilaterais

34 Os EUA Onde tudo se vai decidir
A dependência energética dos EUA está na origem de todos os conflitos Bush em 2006: A América está viciada no Petróleo” Bush em 2007: daqui a 10 anos 20% da gasolina será produzida a partir do etanol Dick Cheney: “o modo de vida americano não é negociável”

35 Assegurar o acesso às fontes de energia é,
neste momento uma obsessão da política Americana

36 Quem vende petróleo para os EUA
De uma forma ou outra os grandes fornecedores dos EUA são problemáticos: México: Esgotamento, aumento consumo local Venezuela: Situação política adversa Golfo Pérsico: Instabilidade política. Conflitos armados Canadá ; Problemas ambientais, maior consumo local Mar do Norte: Esgotamento Nigéria: Problemas de segurança .                                                                                                                                   

37 A dependência energética da Europa
O pesadelo do abastecimento do Gás Natural que se esgota (Holanda, UK, Nr, Alemanha) na Europa Nas garras do urso! O papel crucial da Rússia Forte aumento da Dependência energética nos próximos 20 anos (2006) 45% > (2025) 60-65% Inexistência de uma política energética comum

38 União europeia – os três pilares da política energética
1. Sustentabilidade: as actuais políticas energética e de transporte não são sustentáveis já que conduziriam a uma variação das emissões de CO2 de 5% em 2030. 2. Segurança de abastecimento: com um cenário “business as usual, a dependência energética na UE passaria dos actuais 45-50% do consumo total para 65-70% em 2030. 3. Competitividade: a UE tem vindo a tornar-se progressivamente cada vez mais exposta à volatilidade e ao crescimento dos preços nos mercados internacionais da energia. Fonte ERSE

39 Circuitos de gás natutral na Europa

40 Peninsula Ibérica: dependencia total do exterior em Petróleo
.                                                                                                                                              

41 Em Espanha o Nuclear já tem um peso importante
.                                                                         

42 Portugal Criação de um Mercado Interno para a Energia – aspectos relevantes
Unbundling- separação da produção da distribuição; regulação independente, reforço da coordenação das acções regulatórias de forma a acelerar a harmonização regulatória e dos mecanismos de gestão das interligações, reforço das interligações, incentivos para que a produção, transporte, distribuição, comercialização e consumo da energia sejam eficientes; Aceleração da mudança para uma economia de baixa intensidade em carbono: até 2020, 20% da oferta da energia será baseada em renováveis; Eficiência energética: até 2020, a poupança de energia corresponderá a 20% do total do consumo de energia.

43 Portugal: Um consumo crescente de energia;
uma grande dependência energética Fonte: ERSE

44 Portugal: O consumo de energia cresce a um ritmo
mais elevado do que no resto da Europa Indice 1983=100

45 Portugal também está fortemente dependente
dos combustíveis fósseis, sobretudo do petróleo A entrada dos Gás Natural reduziu a importância do petróleo

46 O gás natural é recente em Portugal mas teve uma entrada
rápida

47 A produção hidroeléctrica varia muito de ano para ano
Devido às variações climáticas

48 Em síntese: todas as políticas se orientam nestes três direcções
Reduzir a procura Aumentar a oferta Evitar a todo o custo a ruptura do abastecimento.

49 Reduzir a procura Eficiência energética Lâmpadas de baixo consumo
Motores de melhor rendimento Electrodomésticos de baixo consumo Transporte ferroviário Moderação da velocidade

50 Aumentar a oferta Energias alternativas Eólica Solar Marés
Etanol, Biodiesel, Biomassa Combustíveis sintéticos O Hidrogénio não é alternativa

51 As energias alternativas

52 A opção nuclear Os problemas associados Custos elevados
A segurança Os resíduos Custos elevados De construir De manter De desactivar Investimento inicial muito pesado: Demora 15 anos a produzir a energia gasta na sua construção O urânio não é inesgotável; os preços disparam em flecha

53 Cenário de uma ruptura energética consequências económicas muito importantes
A actual economia de expectativas influencia o crescimento económico Construção civil Mercados financeiros, bolsas Produção agrícola Grande Distribuição Transportes, rodoviário, aéreo Turismo que implique grandes deslocações Sem petróleo, a vida como hoje a conhecemos sofrerá um profunda transformação

54 O cenário actual e as perspectivas
2009 2005 Zona vermelha . Após 2009 Começa em 2009 após o pico Global ( Total Liquidos) . Já não existe capacidade de produção excedentária. As dificuldades de abastecimento podem levar a cortes drásticos na procura.. Os preços aumentam agora mais rapidamente ( podem chegar e ultrapassar os 80$ barril) A economia mundial entra em arrefecimento; Os sistemas de emergência são chamados a actuar e pode haver racionamento Zona amarela Arábia Saudita começa a apresentar limitações de abastecimento. Preços mais voláteis: choques previsíveis para o 4T de 2007 e 4T de A. Entretanto os subsídios ao etanol fazem disparar o preço do milho para o dobro Necessária adaptação das refinarias ao heavy crude Aumento das perfurações horizontais para mais rápida extração Necessidade de investimentos nas explorações PLANOS DE CONSERVAÇÃO TORNAM-SE URGENTES Zona verde até 2005 A oferta consegue satisfazer a procura. Existe ainda reserva de produção. Os preços apresentam uma volatilidade moderada. Esta fase termina em maio de 2005, por coincidencia, o pico de produção de petróleo convencional (liquidio + condensado)..... Fonte:

55 O que fazer? A nível pessoal
Estar preparado para orientar os investimentos pessoais para aplicações ou fundos menos afectados pelo problemas energéticos Reduzir a utilização de qualquer forma de energia em particular as que estão dependentes do petróleo e do gás (isolamento de edifícios, lâmpadas de baixo consumo, aquecimento por painéis solares...) Adoptar um estilo de vida sem grandes deslocações, por exemplo evitar ter de viajar muito. Reduzir– evitar empréstimos pessoais Aumentar a componente local do estilo de vida: emprego, abastecimentos. Fonte (adaptado): Mike Tooke April 2005;

56 O que fazer? A nível pessoal
Minimizar a exposição ao mercado imobiliário Procurar negócios ou oportunidades que podem estar ligada às carências de energia. Adoptar todas as medidas de economia energética. Maximizar o uso de energias renováveis Estar preparado para a ocorrência de apagões, falta de água e falta de produtos essenciais Fonte: Mike Tooke April 2005;

57 O que fazer – a nível governos
Encorajar o aparecimento de energias alternativas (renováveis, nuclear, carvão limpo) incluindo a partir de fontes domesticas Desencorajar o uso do petróleo e do gás a a favor das fontes alternativas. Por a tónica na eficiência energética. Investir em pesquisa sobre novas fontes de energia Implementar políticas que favorecem o transporte publico em detrimento do transporte individual. Educar o publico em geral e as empresas. Assumir posições transparentes sobre o problema energético. Realinhar as políticas agrícolas de forma a produzir os bens alimentares de forma sustentada

58 O que fazer – a nível governos
Criar departamentos centralizados focados no problema evitando a dispersão das acções Dar o exemplo e reduzir os gastos energéticos da administração pública. Trabalhar com as empresas bancos e investidores para controlar os preços globais da energia Estudar o impacto do acréscimo de custos de energia na economia e os seu impacto nas importações e exportações Reduzir a dependência dos abastecimentos de longa distancia e encorajar a produção local Manter um bom sistema de informações sobre as reservas Reduzir a taxa de natalidade Colaboração internacional – por exemplo subscrever o RIMINI PROTOCOL que estabelece os compromissos onternacionais de poupança energética

59 Em síntese: três ideias chave
E Economizar L Localizar P Produzir

60 Fim


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