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Quando rezamos... falamos com Deus; quando lemos...

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Apresentação em tema: "Quando rezamos... falamos com Deus; quando lemos..."— Transcrição da apresentação:

1 Quando rezamos... falamos com Deus; quando lemos...
é Deus que nos fala. São Jerônimo

2 GN 1: A CRIAÇÃO 2ª Semana Teológica Início de tudo: Gênesis e Êxodo
Paróquia Papa João XXIII Colider - MT Frei Diones Rafael Paganotto, oad 1º ENCONTRO GN 1: A CRIAÇÃO

3 1 INTRODUÇÃO AO GÊNESIS

4 1. INTRODUÇÃO AO GÊNESIS Nome do livro. Divisão do livro.
Idéias teológicas.

5 1. INTRODUÇÃO AO GÊNESIS A) NOME DO LIVRO Hebraico: tyviareB. bereshit
1ª palavra do texto – “No princípio” Grego: ge,nesij ghênesis Conteúdo principal, a origem da humanidade.

6 1. INTRODUÇÃO AO GÊNESIS B) DIVISÃO DO LIVRO
Gn 1-11: a origem (etiologia meta-histórica) Gn 12-36: patriarcas (tribos, santuários) Gn 37-50: história de José no Egito (novela)

7 1. INTRODUÇÃO AO GÊNESIS C) IDÉIAS TEOLÓGICAS
Deus é criador de todo o mundo... Senhor da História Deus é misericordioso... Fonte da bênção e promessa Deus faz uma aliança com o homem... Noé (humanidade) Abraão (Israel)

8 1. INTRODUÇÃO AO GÊNESIS Nome do livro. Divisão do livro.
Idéias teológicas.

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10 2 INTRODUÇÃO A GN 1

11 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A criação na Bíblia.
A importância de uma 1ª página. Algumas características do poema. Esquema do comando. Visão hebraica do mundo.

12 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A) CRIAÇÃO NA BÍBLIA Gn 1 não é uma narração!
Gn 1 é um hino litúrgico, um louvor a Deus. Para compreender melhor este famoso texto bíblico, precisamos eliminar algumas idéias, algumas pré-compreensões que possuímos.

13 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A) CRIAÇÃO NA BÍBLIA
1ª – Quando começa a Revelação de Deus? Israel conhece Deus na libertação do Egito. Bíblia começa com a criação, mas a experiência decisiva, na qual Israel se tornou “povo de Deus” foi a libertação da escravidão do Egito. A reflexão sobre a criação veio depois. Israel compreendeu que o Deus libertador é criador.

14 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A) CRIAÇÃO NA BÍBLIA
2ª – Temos outros textos sobre a criação? Gn 1 não é o único texto bíblico que fala de criação: outros textos sapienciais (Sl, Jó, Pv) narram ou celebram a criação. Para ter uma idéia global do que a Bíblia diz sobre a criação, precisamos ler estes textos.

15 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A) CRIAÇÃO NA BÍBLIA Outros textos:
(Sl 104) Minha alma, bendize o SENHOR! Envolto em luz como num manto. Tu estendes o céu como uma tenda, constróis sobre as águas tuas moradas, fazes das nuvens teu carro. Firmaste a terra sobre suas bases, para ficar imóvel pelos séculos. Com o abismo a envolveste como um manto, as águas cobriam as montanhas. Para as águas marcaste um limite intransponível, para não tornarem a cobrir a terra.

16 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A) CRIAÇÃO NA BÍBLIA Outros textos:
(Sl 108) Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso teu nome em toda a terra! Quando olho para o teu céu, obra de tuas mãos, vejo a lua e as estrelas que criaste: Que coisa é o homem, para dele te lembrares, que é o ser humano, para o visitares? No entanto o fizeste só um pouco menor que um deus, de glória e de honra o coroaste.

17 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A) CRIAÇÃO NA BÍBLIA Outros textos:
(Pv 8,22-31) O Senhor me gerou no início de suas obras, antes de ter feito coisa alguma, no princípio, antes que a terra fosse feita. Ainda não havia os abismos, e eu já fora concebida, quando ainda não havia os mananciais das águas. Ele ainda não havia feito a terra e os campos, nem os primeiros elementos do orbe terrestre. Quando preparava os céus, ali eu estava, quando fixava ao mar os seus limites e às águas, para que não ultrapassassem suas bordas, e lançava os fundamentos da terra, eu estava ao seu lado como mestre-de-obras.

18 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A) CRIAÇÃO NA BÍBLIA Outros textos:
(Jó, 38,1ss) Então o Senhor, do meio da tempestade, respondeu a Jó: “Quem é este que obscurece o meu Projeto com palavras insensatas? Onde estavas, quando lancei os fundamentos da terra? Quem lhe deu as medidas, se sabes? ou quem estendeu o cordel sobre ela? Onde se encaixam suas bases, ou quem assentou a sua pedra angular enquanto aclamavam em coro os astros da manhã e jubilavam todos os filhos de Deus? Quem fechou com portas o mar, quando ele irrompeu como se saísse das entranhas...

19 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A) CRIAÇÃO NA BÍBLIA 3ª – Narração ou poema/hino?
Celebração do Deus criador: A Bíblia não descreve a criação, mas louva o Deus criador. Os textos da criação são sapienciais e litúrgicos, escritos em ambientes de estudo, com a finalidade de louvar a Deus e ensinar ao homem a justa relação com Deus.

20 2. INTRODUÇÃO A GN 1 © CRIAÇÃO NA BÍBLIA
A experiência com Deus inicia com o Êxodo, a libertação  criação. Gn 1 não é o único texto que fala de criação na Bíblia, mas vários textos sapienciais já trazem as mesmas idéias. Gn não é uma narração, uma história dos acontecimentos, mas um louvor, uma celebra-ção ao Deus que salva libertanto e criando.

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22 2. INTRODUÇÃO A GN 1 B) IMPORTÂNCIA DE UMA 1ª PÁGINA Fariseu = leigo.
(Mt 16,1) Os fariseus e os saduceus se aproximaram de Jesus e, para pô-lo à prova, pediram que lhes mostrasse um sinal do céu. Fariseu = leigo. AT  PROFETAS. Saduceu = sacerdote. AT  LEVITAS

23 “Hino sacerdotal ao Criador”
2. INTRODUÇÃO A GN 1 B) IMPORTÂNCIA DE UMA 1ª PÁGINA Este texto poderia ser intitulado: “Hino sacerdotal ao Criador” Hino: forma literária, palavras escolhidas, rimas. Sacerdotal: escrito por sacerdotes no exílio, um hino para ser utilizado nas celebrações litúrgicas. Criador: Deus deve ser louvado e celebrado pela grandiosa obra realizada  Criação.

24 2. INTRODUÇÃO A GN 1 B) IMPORTÂNCIA DE UMA 1ª PÁGINA
Gn 1 tem a função de ser o grande portal de ingresso na história de Israel, o povo escolhido por Deus através da história. Gn 1 é a “introdução” à toda a Bíblia.

25 2. INTRODUÇÃO A GN 1 B) IMPORTÂNCIA DE UMA 1ª PÁGINA
O autor desta 1ª página já tem em mente todas as etapas da história do seu povo, mas o leitor que inicia a leitura da Bíblia ainda...

26 2. INTRODUÇÃO A GN 1 © IMPORTÂNCIA DE UMA 1ª PÁGINA
Gn 1 foi escolhido para ser a 1ª página de uma longa história entre Deus ↔ Povo. É um “Hino sacerdotal ao Criador”. Tendo em mente toda a obra, compreendemos melhor a Introdução.

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28 2. INTRODUÇÃO A GN 1 C) CARACTERÍSTICAS DO POEMA
Antes de ler o texto, devemos conhecer algumas características. Lendo com atenção o texto, percebemos a repetição de algumas palavras ou frases, parecendo com uma litania.

29 2. INTRODUÇÃO A GN 1 10x C) CARACTERÍSTICAS DO POEMA
Quantas vezes aparece: Deus disse... 10x

30 2. INTRODUÇÃO A GN 1 7x 7x 7x C) CARACTERÍSTICAS DO POEMA
Quantas vezes aparece: Deus viu que era bom… Assim se fez… Deus fez… 7x 7x 7x

31 #rah taw ~ymVh ta ~yhla arB tyvarB
2. INTRODUÇÃO A GN 1 C) CARACTERÍSTICAS DO POEMA Quantas palavras tem Gn 1,1: #rah taw ~ymVh ta ~yhla arB tyvarB ha´arets ve´et hashamaym ´et ´elohim bará bereshit 7

32 ygp - lc $vxw whbw wht htyh #rahw
2. INTRODUÇÃO A GN 1 C) CARACTERÍSTICAS DO POEMA Quantas palavras tem Gn 1,2: ygp - lc $vxw whbw wht htyh #rahw `al - penêy vehoshek vâbohu thohu hâyetáh vehâ'ârets ~ymh ygp - lc tpxrm ~yhla xwrw ~wht hamâim `al - penêy merahephet 'elohim veruáh tehom 14

33 2. INTRODUÇÃO A GN 1 C) CARACTERÍSTICAS DO POEMA
O autor conta as palavras e o número 7 domina todo o esquema. Gn 1,1 tem 7 vocábulos. Gn 1,2 tem 14 vocábulos (7x2). Fórmulas importantes como “Deus viu que era bom”, “assim se fez”, “Deus disse” se repetem 7x. O nome de Deus [’elohim] se repete 35 vezes (7x5). No 7º dia temos 3 afirmações com 7 palavras cada uma (7+7+7).

34 2. INTRODUÇÃO A GN 1 © CARACTERÍSTICAS DO POEMA
O número 7 domina o poema. Muitas palavras importantes são repetidas.

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36 2. INTRODUÇÃO A GN 1 D) ESQUEMA DO COMANDO
Em todos os dias temos um esquema: a) Início: Deus disse b) Comando: Faça-se... c) Realização: E assim se fez d) Avaliação: E Deus viu que era bom e) Conclusão: Houve uma tarde e uma manhã: dia Este esquema do comando é típico dos sacerdotes: Deus fala com alguém, comanda e a pessoa realiza esta ordem de Deus.

37 2. INTRODUÇÃO A GN 1 D) ESQUEMA DO COMANDO Início: Deus disse...
Deus comanda, confirma com a potência da sua Palavra. Deus está sozinho e fala com quem? Deus comanda ao nada e a ninguém, Deus simplesmente fala e acontece!

38 2. INTRODUÇÃO A GN 1 D) ESQUEMA DO COMANDO Comando: Faça-se...
No poema bíblico, a ordem de Deus é dirigida em 3ª pessoa: "faça-se", "juntem-se". Não explica como tudo aconteceu, mas chama a atenção ao mistério escondido na criação.

39 2. INTRODUÇÃO A GN 1 D) ESQUEMA DO COMANDO
Realização: E assim se fez... Depois da ordem divina, temos a realização, o resultado do comando divino. Com a fórmula "e assim se fez", o autor menciona os elementos que constituem o mundo dizendo que todos foram pensados e criados por Deus.

40 2. INTRODUÇÃO A GN 1 D) ESQUEMA DO COMANDO
Avaliação: Deus viu que era bom... Só Deus percebe como tudo é bom, como tudo possui a bondade. Mentalidade sacerdotal: como Deus criou tudo, e Deus é a bondade na sua plenitude, tudo o que foi criado deve ser bom.

41 2. INTRODUÇÃO A GN 1 D) ESQUEMA DO COMANDO
Conclusão: Houve uma tarde e uma manhã... dia Esta fórmula dá o ritmo temporal, descreve a ação de Deus no tempo. Deus entra na história...

42 2. INTRODUÇÃO A GN 1 D) ESQUEMA DO COMANDO
O esquema que o autor sacerdotal seguiu é um esquema teológico e não científico. Ele não descreve como o mundo foi criado, como passou a existir, mas atribui tudo ao Deus criador e louva este Deus pela sua obra.

43 2. INTRODUÇÃO A GN 1 © ESQUEMA DO COMANDO
Todas as ações de Deus se repetem ao longo da semana. Não se explica como tudo foi criado, mas Deus entra na história, sai de si e a sua bondade se transfere para a criação.

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45 2. INTRODUÇÃO A GN 1 E) VISÃO HEBRAICA DO MUNDO
Para concluir a introdução, devemos entender como os hebreus pensavam o mundo. Qual era a visão Cosmogônica: κοσμογονία κόσμος = universo γονία = nascimento

46 ÁGUAS SUP FIRMAMENTO JERUSALÉM TERRA ÁGUAS INF sheol

47 2. INTRODUÇÃO A GN 1 E) VISÃO HEBRAICA DO MUNDO Terra era plana,
apoiada sobre colunas rodeada pelo mar inf.

48 2. INTRODUÇÃO A GN 1 E) VISÃO HEBRAICA DO MUNDO Firmamento
Cúpula de cristal que dividia as águas do mar: Mar superior Mar inferior

49 2. INTRODUÇÃO A GN 1 E) VISÃO HEBRAICA DO MUNDO Santuário celeste
acima do firmamento é o 3º céu, a morada de Deus e dos anjos.

50 2. INTRODUÇÃO A GN 1 E) VISÃO HEBRAICA DO MUNDO Sheol
está abaixo da terra lugar dos mortos.

51 2. INTRODUÇÃO A GN 1 Céu: Deus Terra: vivos Sheol: mortos
E) VISÃO HEBRAICA DO MUNDO Céu: Deus Terra: vivos Sheol: mortos

52 2. INTRODUÇÃO A GN 1 © VISÃO HEBRAICA DO MUNDO Terra.
Firmamento: água inferior, água superior. Santuário celeste. Sheol. Colunas da terra.

53 2. INTRODUÇÃO A GN 1 A criação na Bíblia.
A importância de uma 1ª página. Algumas características do poema. Esquema do comando. Visão hebraica do mundo.

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55 3 LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a

56 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a Estrutura do poema. Conceito de separação.
Leitura do texto.

57 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a A) ESTRUTURA DO POEMA
Gn 1 é estruturado num esquema paralelístico: Obras de Deus reagrupadas em 6 dias. 1º 2º 3º obras de fundação. 4º 5º 6º obras de ornamentação. Descanso de Deus no 7º dia.

58 Fundação/separação Ornamentação
Luz 1º dia: separação Trevas 4º dia: criação Astros Firmamento 2º dia: separação Abismos 5º dia: criação Peixes e Aves Terra 3º dia: separação Águas 6º dia: criação Animais e Homem

59 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a A) ESTRUTURA DO POEMA
O esquema setenário caracteriza Gn 1: a obra de Deus é dividida em 6 dias mais 1 ao descanso. O autor bíblico precisava de um esquema para apresentar o evento da criação. Ele escolheu um esquema litúrgico, já que era acostumado às celebrações litúrgicas do templo.

60 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a A) ESTRUTURA DO POEMA
Tais celebrações obedeciam ao ritmo semanal, cada dia possui uma liturgia especial, com as suas orações, os seus ritos, os seus sacrifícios.

61 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a B) CONCEITO DE SEPARAÇÃO
O poeta sacerdotal descreve a criação através de uma série de separações de algo já existente: Deus é santo  separou Israel dos outros povos, Santidade = separação, delimitação do resto...

62 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a B) CONCEITO DE SEPARAÇÃO
Deus estabelece a ordem das coisas, e posteriormente Deus continua separando os povos, os tempos e as estações, os alimentos puros e impuros, etc. É tarefa da classe sacerdotal reconhecer estas separações estabelecidas por Deus e aplicá-las no dia a dia para manter a ordem primordial que Deus estabeleceu na criação.

63 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a C) TÍTULO DO POEMA
(Gn 1,1) No princípio, Deus criou o céu e a terra. 1º versículo não é o início do poema, mas o seu título, a síntese do conteúdo teológico. “no princípio” (bere'shît) indica o início da história graças à bondade de Deus. (Jo 1,1) No princípio era a Palavra (lógos), e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus.

64 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a C) TÍTULO DO POEMA
(Gn 1,1) No princípio, Deus criou o céu e a terra. O verbo “criar” (bara’) é exclusivo de Deus! Deus cria com facilidade, produzindo algo de novo; já o homem inventa utilizando algo pré-existente.

65 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a C) TÍTULO DO POEMA
(Gn 1,2) A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. A terra é deserta, as trevas a cobrem, a água domina tudo: A VIDA É IMPOSSÍVEL!

66 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a C) TÍTULO DO POEMA
(Gn 1,2) A terra estava deserta e vazia. A terra estava “deserta” (tohú) e “vazia” (bohú). Difícil tradução, são palavras que indicam a deformidade, uma realidade vazia e sem nenhuma característica ou ordem.

67 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a C) TÍTULO DO POEMA
(Gn 1,2) o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Neste caos o “Espírito de Deus” (rùach ’elohim) se movimenta: sopro, respiro, Palavra. Não temos uma apresentação do Espírito Santo, somente Jesus Cristo nos apresenta a 3ª pessoa da Trindade. Espírito de Deus = vento muito forte, uma tempestade

68 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a C) TÍTULO DO POEMA
(Gn 1,2) o Espírito de Deus pairava sobre as águas. “pairava” (marachafet) aparece 2x no AT (Jr 23,9) Sinto o coração esmagado no peito, os ossos desconjuntados, pareço um bêbado, cambaleando por causa do vinho. Pairar = cambalear

69 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a C) TÍTULO DO POEMA
(Gn 1,2) o Espírito de Deus pairava sobre as águas. (Dt 32,11) Qual águia que desperta a ninhada, voando sobre os filhotes, também ele estendeu as asas e o apanhou e sobre suas penas o carregou. Pairava = águia que voa sobre os seus filhotes. Nesse caos o mais importante é a presença de Deus que respira e fala. O obra de Deus será organizar este caos, esta confusão inicial.

70 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a C) TÍTULO DO POEMA
(Gn 1,2) A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. A ação de Deus vai iniciar sobre as trevas...

71 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 1º DIA (Gn 1,3) Deus disse: “Faça-se a luz”! E assim se fez a luz. A primeira ação de Deus é a palavra. “Deus disse” 10x.

72 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 1º DIA (Gn 1,3) Deus disse: “Faça-se a luz”! E assim se fez a luz. A ação de Deus inicia sobre as trevas que cobrem o abismo (água). O poeta bíblico não possui uma mentalidade científica, devemos saborear a sua linguagem poética.

73 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 1º DIA (Gn 1,4-5) A luz Deus viu que era bom. DEUS FEZ a separação da luz e das trevas. À luz Deus chamou “dia” e às trevas chamou “noite”. Houve uma tarde e uma manhã: 1º dia. Dar o nome é um sinal de domínio e conhecimento. Deus inicia dando nomes, depois esta tarefa será humana. Autor não cita “sol” e “lua”, mas já diz “dia” e “noite”.

74 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 2º DIA (Gn 1,6) Deus disse: “Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras”. Depois de criar a luz (+) separando as trevas (-), Deus passa para as águas. “Firmamento” (raqi’a) é a cúpula de cristal que separa as águas do oceano superior das águas do oceano inferior: agora é quase possível a sobrevivência!

75 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 2º DIA (Gn 1,7-8) DEUS FEZ o firmamento. Separou as águas debaixo do firmamento, das águas acima do firmamento. E assim se fez. Ao firmamento Deus chamou “céu”. Houve uma tarde e uma manhã: 2º dia. Firmamentum (latim) indica algo firme e forte, capaz de reger uma enorme quantidade de água que se encontra acima da terra. Cor do céu  azul porque o firmamento rege uma grande quantidade de água e a chuva, nada mais é que uma abertura neste firmamento.

76 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 3º DIA (Gn 1,9-10) Deus disse: “Juntem-se num único lugar as águas que estão debaixo do céu, para que apareça o solo firme”. E assim se fez. Ao solo firme Deus chamou “terra” e ao ajuntamento das águas, “mar”. Deus viu que era bom. Mar Vermelho: as águas se dividem, os israelitas conseguem a sobrevivência. Criação – libertação: duas realidades sempre presentes na história de Israel e nas orações.

77 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 3º DIA (Gn 1,11) Deus disse: “A terra faça brotar vegetação: plantas, que dêem semente, e árvores frutíferas, que dêem fruto sobre a terra, tendo em si a semente de sua espécie”. E assim se fez. Duas obras: separação da terra e do mar e produção vegetal. Nos primeiros 3 dias temos as obras de fundação, enquanto nos outros 3 dias as obras são de ornamentação. 1ª parte = realidades estáticas 2ª parte = realidades em movimento

78 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 3º DIA (Gn 1,12-13) A terra fez BROTAR vegetação, PLANTAS, que dão a semente de sua espécie, e ÁRVORES, que dão seu fruto com a semente de sua espécie. Deus viu que era bom. Houve uma tarde e uma manhã: 3º dia. “De sua espécie”: detalhada organização de todo o universo. O homem deve reconstruir esta ordem para administrar o mundo. Classificação dos vegetais em 03 categorias: BROTOS: pequenas plantas sem semente; PLANTAS: plantas com semente/flores, sem frutos; ÁRVORES FRUTÍFERAS: plantas com semente e frutos.

79 Fundação Ornamentação
Luz 1º dia: Trevas 4º dia: criação Astros Firmamento 2º dia: Abismos 5º dia: criação Peixes e Aves Terra 3º dia: Águas 6º dia: criação Animais e Homem

80 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 4º DIA (Gn 1,14-15) Deus disse: “Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as festas, os dias e os anos. E, como luzeiros no firmamento do céu, sirvam para iluminar a terra”. E assim se fez. Sol e Lua não são chamados pelo nome, pois em todas as culturas próximas a Israel eles eram divindades  processo “demitizante”. Dles aparecem só em uma 2ª fase, reduzidos a simples instrumentos temporais.

81 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 4º DIA (Gn 1,16-19) DEUS FEZ OS 2 GRANDES LUSTRES, o lustre maior para presidir ao dia e o lustre menor para presidir à noite, e também as estrelas. Deus colocou-os no firmamento do céu para iluminar a terra, presidir ao dia e à noite e separar a luz das trevas. Deus viu que era bom. Houve uma tarde e uma manhã: 4º dia. “Luz” (me'orót) indica a sustentação do objeto que produz a claridade, um lustre pendurado no firmamento. Nem perto de uma divindade! Tríplice função: Iluminam a terra; Regulam o dia e a noite; Estabelecem o calendário religioso (festas, dias e anos).

82 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 5º DIA (Gn 1,20) Deus disse: “Fervilhem as águas de seres vivos e voem pássaros sobre a terra, debaixo do firmamento do céu”. O 5º dia corresponde ao 2º: à criação do firmamento que separa o céu do mar, corresponde a obra de ornamentação do céu e do mar: os peixes e os pássaros.

83 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 5º DIA (Gn 1,21) DEUS FEZ os grandes monstros marinhos e todos os seres vivos que nadam fervilhando nas águas, segundo suas espécies, e todas as aves segundo suas espécies. Deus viu que era bom. “Os grandes monstros marinhos” (tanninim) para os antigos eram uma realidade concreta: causavam os naufrágios. Os monstros marinhos estão presentes nas antigas tradições sobre a origem do mundo.

84 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 5º DIA (Sl 74,13-14) Com poder tu dividiste o mar, quebraste a cabeça dos dragões nas águas, ao Leviatã tu esmagaste as cabeças, deste-o como pasto aos monstros do mar. Mais uma vez, ele faz uma demitização e estes monstros são reduzidos a simples criaturas.

85 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 5º DIA Um elemento novo  BÊNÇÃO.
(Gn 1,22-23) Deus os abençoou, dizendo: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra”. Houve uma tarde e uma manhã: 5º dia. Um elemento novo  BÊNÇÃO. Vegetais (3º dia) se multiplicavam esponta-neamente, porque têm a semente (locomoção). Reprodução dos peixes e dos pássaros acontece de modo misterioso [macho+fêmea] = “bênção de Deus” que transmite a vida e conserva a espécie.

86 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA (Gn 1,24) Deus disse: “Produza a terra seres vivos... Alteração no comando inicial: uma realidade criada tem a função de produzir outras: “a terra produza seres vivos”. O poeta expressa assim a “lei natural”: Deus cria um sistema de vida, organiza a realidade para obter uma corrente produtiva; assim, de uma criatura deriva outra, evolução natural?

87 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA (Gn 1,25) DEUS FEZ os animais selvagens segundo suas espécies, os animais domésticos segundo suas espécies e todos os animais pequenos do chão segundo suas espécies. Deus viu que era bom. Animais e vegetais tem uma tríplice divisão: DOMÉSTICOS: animais dóceis ao homem, produzem algo utilizado por ele (leite, lã, carne); PEQUENOS: animais sem pernas ou com pernas minúsculas (insetos); SELVAGENS: animais que vivem longe do homem e que se ameaçados reagem de modo perigoso.

88 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA (Gn 1,26) Deus disse: “Façamos o ser humano à nossa imagem e segundo nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todos os animais selvagens e todos os animais que se movem pelo chão”. Estamos no ápice da obra criadora de Deus: Início: “faça-se a luz” ou “juntem-se as águas”; 6º dia: “a terra produza”; Agora: Deus exorta si mesmo! “Façamos” é uma fórmula especial para sublinhar a importância da última criatura: o homem.

89 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA Porque Deus utiliza “façamos”?
(Gn 1,26a) Deus disse: “Façamos o ser humano... Porque Deus utiliza “façamos”? Hebreus: Deus está falando com a corte celeste. Cristãos: alguns Padres da Igreja (Basílio, João Crisóstomo, Jerônimo e Agostinho) viram um diálogo entre as pessoas da Trindade. Plural deliberativo: quando Deus fala consigo mesmo, ou qualquer outra pessoa, a gramática hebraica emprega do plural.

90 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA (Gn 1,26) Deus disse: “Façamos o ser humano à nossa imagem e segundo nossa semelhança”. A Bíblia tem 2 autores, Deus e o homem: A Trindade não era intenção do autor humano. Mas, pode ser a intenção de Deus que através de um texto simples vai muito além da compreensão e capacidade de comunicação do homem.

91 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA (Gn 1,27) DEUS FEZ o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher ele os criou. “imagem” (sélem) indica um objeto concreto, construído para reproduzir uma realidade: um quadro, uma estátua, etc.

92 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA Tríplice sentido:
(Gn 1,27) DEUS FEZ o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou, homem e mulher ele os criou. Tríplice sentido: Título real: cada homem é “imagem de Deus”. Criatura por excelência: o homem é a única criatura a ter este título, a representar Deus  Corpo Templo do Espírito Santo. Relação com Deus: a imagem é também o reflexo no espelho, o homem é capaz de dialogar com Deus, de pessoa para Pessoa.

93 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA Homem = servo, rei de toda a terra.
(Gn 1,28) E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra; submetei-a e dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem pelo chão”. Homem = servo, rei de toda a terra. Submeter: possuir, utilizar os animais nos campos. Dominar: controle total (pastorear, guiar), mas não pode fazer tudo aquilo que deseja. Homem = representante de Deus e deve cuidar da criação, não é o dono, mas faz parte da criação e deve zelar pelo seu bem estar.

94 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA (Gn 1,29-30) Deus disse: “Eis que vos dou, sobre toda a terra, todas as plantas que dão semente e todas as árvores que produzem seu fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todos os animais que se movem pelo chão, eu lhes dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. A carne é excluída como alimento humano: o alimento pode ser “todas as plantas”, mas não a carne. Todos os animais são herbívoros nesta visão primordial.

95 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 6º DIA (Gn 1,31) E Deus viu tudo quanto havia feito e viu que era MUITO bom. Houve uma tarde e uma manhã: 6º dia. O nosso poema ao Criador termina com a 7ª citação da fórmula “Deus viu que era bom”, mas com um significativo acréscimo: tudo era muito bom!

96 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 7º DIA (Gn 2,1) Assim foram concluídos o céu e a terra com todos os seus elementos. “elemento” (seba’ot) = o exército do céu e da terra: Soldados do céu são as estrelas e os astros, Soldados da terra todas as criaturas, A potência de Deus que faz vencer o nosso exército e protege os nossos soldados.

97 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 7º DIA (Gn 2,2-3) No 7º dia, Deus concluiu toda a obra que tinha feito; e no 7º dia repousou de toda a obra que fizera. Deus abençoou o 7º dia e o santificou, pois nesse dia Deus repousou de toda a obra da criação. “concluir” (shabat) dá o nome ao dia de festa. A celebração do sábado constitui o momento sagrado por excelência, neste dia não são permitidos trabalhos, mas somente o repouso, a paz, a festa e o diálogo com Deus.

98 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a 7º DIA (Gn 2,4a) Essa é a origem (toledót)
da criação do céu e da terra.

99 3. LEITURA DE GN 1,1 – 2,4a Estrutura do poema. Conceito de separação.
Leitura do texto.

100 AMANHÃ Gn 02-03


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