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Tecnologias para Transformar a Educação

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Apresentação em tema: "Tecnologias para Transformar a Educação"— Transcrição da apresentação:

1 Tecnologias para Transformar a Educação
Juana Maria Sancho (organizadora)

2 Juana Maria Sancho

3 Juana María Sancho Gil, 58 anos, é professora catedrática de tecnologia da Educação da Universidade de Barcelona, onde trabalha com didática e organização educacional, e coordena o grupo de pesquisa em formação, inovação e novas tecnologias. Dirige o Centro de Pesquisa sobre Mudança na Cultura de Educação no Parque Científico de Barcelona (área de ciências sociais). A educadora espanhola é autora dos livros Para uma Tecnologia Educacional e Aprendendo com as Inovações nas Escolas (em co-autoria com o educador Fernando Hernández), entre outros.

4 A introdução de uma tecnologia tão suave como o computador e, mais tarde, internet em uma estrutura tão dura como a escola (Sancho,1996a), permitia refletir a partir de enfoques pouco explorados sobre uma forma de fazer a educação que, por tradição e costume, foi aceita naturalmente como a única possível.

5 De Tecnologias da Informação e Comunicação a Recursos Educativos Juana Maria Sancho

6 Finalidade do capítulo:
Problematizar as concepções sobre o ensino e a aprendizagens vigentes e profundamente arraigadas nas escolas tendo como referências as TIC.

7 O argumento principal é a dificuldade – quase impossibilidade- de tornar as TIC meios de ensino que melhorem os processos e resultados da aprendizagem se:

8 Os professores, diretores, assessores pedagógicos, especialistas em educação e pessoal da administração não revisarem sua forma de entender:

9 Como se ensina e como aprendem as crianças e jovens de hoje em dia;
As concepções sobre currículo; O papel da avaliação; Os espaços educativos e a gestão escolar.

10 O CARÁTER TRANSFORMADOR DAS TIC

11 As NTIC, conforme Inis (cf. Tedesco 1995), tem três tipos de efeito:
Alteram as estruturas de interesse Mudam o caráter dos símbolos Modificam a natureza da comunidade

12 Alteram a estrutura de interesse( as coisas em que pensamos)
O que tem conseqüências importantes na avaliação do que se considera prioritário, importante, fundamental ou obsoleto e também na configuração das relações de poder.

13 Mudam o caráter dos símbolos ( as coisas com as quais pensamos).
Quando o primeiro ser humano começou a realizar operações comparativamente simples, como dar um nó ou fazer marcas em um pedaço de pau para lembrar de alguma coisa, passou a mudar a estrutura psicológica do processo de memória, ampliando-a para além das dimensões biológicas do sistema nervoso humano.

14 Este processo, que continuou com o desenvolvimento dos sistemas de escrita, numeração, etc. permitiu incorporar estímulos artificiais ou autogerados que chamamos de signos( Vygotski, 1979).

15 As novas tecnologias da informação não apenas ampliaram consideravelmente este repertório de signos como também os sistemas de armazenamento, gestão e acesso à informação, impulsionando um desenvolvimento sem precedentes do conhecimento público.

16 Modificam a natureza da comunidade ( área em que se desenvolve o pensamento).
Neste momento, para um grande número de indivíduos, esta área pode ser o ciberespaço, a totalidade do mundo conhecido e do virtual, mesmo que praticamente não saia de casa e não se relacione fisicamente com ninguém.

17 As tecnologias da informação e comunicação estão aí e ficarão por muito tempo, estão transformando o mundo e deve-se considerá-las no terreno da educação

18 deve-se lembrar que os processos gerados pela combinação dessas tecnologias e das práticas políticas e econômicas dominantes nem sempre é positivo para os indivíduos e a sociedade.

19 AS TIC E A EDUCAÇÃO O âmbito da educação, com suas características específicas, não se diferencia do resto dos sistemas sociais no que se refere à influência das TIC.

20 Também foi afetado pelas TIC e o contexto político econômico que promove seu desenvolvimento e extensão.

21 Os jovens estão descobrindo as linguagens utilizadas em seu ambiente e lhes custa tanto ou mais decifrar e dominar a linguagem textual como a audiovisual.

22 A grande diferença é que os resultados desta última ação abrem um amplo mundo de possibilidades cada vez mais interativas, em que constantemente acontece algo e tudo vai mais depressa do que a estrutura que a escola pode assimilar.

23 A principal dificuldade para transformar os contextos de ensino com a incorporação de tecnologias diversificadas de informação e comunicação parece se encontrar no fato de que a tipologia diversificada de informação e comunicação parece se encontrar no fato de que a tipologia de ensino dominante na escola é a centrada no professor.

24 Uma das conclusões do II Congresso Europeu sobre Tecnologia da Informação em Cidadania:
“Os educadores inquietos para renovar e melhorar a educação como o uso das TIC se sentem prisioneiros das estruturas administrativas e organizativas. (...) “

25 O vácuo pedagógico das TIC
As correntes condutivistas e neocondutivistas do ensino viram o computador como a máquina de ensinar, o sistema especializado ou o tutor inteligente por excelência, e existe uma importante atividade no âmbito da criação e do desenvolvimento de programas de ensino feitos em computador.(Sancho 1996)

26 As visões cognitivas da aprendizagem e do ensino, que transformaram o computador em metáfora explicativa do cérebro humano, o vêem como ferramenta que transforma o que toca.

27 Para quem considera que o problema da aprendizagem reside na expressividade e na diversificação dos códigos utilizados para representar a informação nos meios de ensino, a facilidade de integrar textos , gráficos e linguagens audiovisual e pictória proporcionada pelos sistemas multimídia

28 Vem a ser a resposta para os problemas de motivação e rendimento dos alunos ( e inclusive dos professores).

29 Quem considera que a aprendizagem se baeia na troca e na cooperação, no enfrentamento de riscos, na elaboração de hipóteses, no contraste, na argumentação, no reconhecimento do outro e na aceitação da diversidade

30 vê nos sistemas informáticos, na navegação pela informação e na ampliação da comunicação com pessoas e instituições geograficamente distantes a resposta às limitações do espaço escolar.

31 Assista ao vídeo

32 Atividades: Leiam e reflitam a seguinte frase:
“ O que mostra essa facilidade de adaptação das TIC às diferentes perspectivas sobre o ensino e a aprendizagem é que, em si mesmas, não representam um novo paradigma ou modelo pedagógico. Assim, professores e especialistas em educação tendem a adaptá-las às suas próprias crenças sobre como acontece a aprendizagem.

33 O desafio é que os profissionais de educação mudem de imediato sua forma de conceber e pôr em prática o ensino ao descobrir uma nova ferramenta. Como mostra a história da educação, a administração e os professores costumam introduzir meios e técnicas adaptando-os à sua própria forma de entender o

34 ensino,em vez de questionar suas crenças,muitas vezes implícitas e pouco refletidas, e tentar implantar outras formas de experiência docente(Sancho,p.22)”. Como você implantaria outra forma de experiência docente utilizando uma nova ferramenta, diferente da mostrada no vídeo, aplicando o desafio sugerido por Sancho no trecho acima?

35 As TIC são usadas muitas vezes para reforçar as crenças existentes sobre os ambientes de ensino em que ensinar é explicar, aprender é escutar e o conhecimento é o que contêm os livros-texto (Cuban, 1993)

36 ALÉM DAS TIC: EM BUSCA DA TRANSFORMAÇÃO DA ESCOLA.

37 Em 2000, a Comissão Européia, criou um projeto de pesquisa e desenvolvimento denominado A Escola do amanhã. A Idéia era desenvolver:

38 Ambientes múltiplos de aprendizagem e materiais inovadores que pudessem apoiar e administrar processos educativos e interações sociais entre os estudantes, os professores e a comunidade escolar.

39 Aprendizagem de atividades cognitivas de ordem superior oreientada a fomentar a autonomia, a criatividade, a resolução de problemas e o trabalho em grupo.

40 Aplicações das TIC fáceis de usar e com um custo razoável para aumentar a possibilidade de obter recursos distantes da escola e de casa.

41 O processo School + Mais que um sistema informático para construir a escola do amanhã foi um dos 11 projetos selecionados em toda Europa.

42 O desenvolvimento do projeto se baseava na constatação de que a maioria dos programas institucionais de informática educativos centra seus esforços em dotar as escolas de computadores e, no melhor dos casos, oferecer cursos de formação aos professores para aprender a utilizar determinadas aplicações.

43 Contudo, na maioria das vezes não consideram as necessidades das escolas, as limitações dos atuais currículos e os temas organizativos envolvidos no uso efeito das TIC no processo de ensino aprendizagem. Isto significa que

44 A introdução das TIC na escola não promove formas alternativas de ensinar e aprender, pelo contrário, costuma reforçar as estruturas preexistentes do conteúdo do currículo e as relações de poder

45 Os objetivos do projeto:
1. Planejar, desenvolver e avaliar um ambiente de ensino e aprendizagem virtual ( School + Microcosmos) a partir da integração das TIC emergentes e de perspectivas contemporâneas sobre ensino e aprendizagem, para ajudar as escolas a adquirir e desenvolver os conhecimentos e as habilidades necessários para a sociedade atual.

46 2. Desenvolver paralelamente tecnologias organizativas e simbólicas para poder prevenir desvios quanto ao uso educativo das TIC ou à falta de compreensão da complexidade das escolas.

47 3. Favorecer a reorganização do ambiente escolar para poder abordar o tema do uso das TIC nas escolas com base em suas raízes, mediante a integração e adaptação das TIC às necessidades emergentes das escolas e sua tarefa de educar indivíduos com predisposição para continuar aprendendo durante a vida.

48 OS RESULTADOS E AS APRENDIZAGENS DO PROJETO

49 Os resultados mais importantes deste processo foram o conjunto de estratégias desenvolvidas em cada escola para promover mudanças fundamentais nas perspectivas em cada escola para promover mudanças fundamentais nas perspectivas dos institutos e dos professores sobre:

50 o que significa ensinar no século XXI:
a interação docente; o papel dos professores e dos alunos no processo de aprendizagem; a melhor maneira de administrar o tempo e o espaço; O papel das diferentes linguagens – textual, visual, audiovisual, informáticas, etc. – no ensino, na aprendizagem e n o acesso ao conhecimento, etc.

51 Estas são as dimensões do que chamamos no projeto de tecnologias organizativas e simbólicas

52 Não pode-se reorganizar as escolas a
Um dos objetivos que se vislumbrou como mais difícil foi o de favorecer a transformação das escolas. Não pode-se reorganizar as escolas a partir de suas raízes. Conseguiu-se colocar em prática novas perspectivas organizativas e simbólicas em determinados períodos da vida escolar.

53 Os principais problemas identificados na implementação de novas perspectivas de ensino e aprendizagem incorporando as TIC são encontrados em :

54 Especificações e níveis dos currículos atuais;
Restrições da própria administração; Esquemas organizativos do ensino ( aulas de minutos)

55 A organização do espaço - acesso aos computadores, número de estudantes por sala de aula...;
Os sistemas de formação permanente dos professores que impedem a mudança educativa;

56 O conteúdo disciplinar dos currículos que dificultam as propostas transdisciplinares baseada em problemas As restrições na organização de espaço e tempo;

57 A falta de motivação dos professores para introduzir novos métodos;
A pouca autonomia de professores e alunos.

58 Estes temas, que de fato constituem a tecnologia mais dura da escola atual e que são uma combinação de legislação, formação de professores, acesso aos recursos adequados e predisposição de todos os envolvidos para promover a mudança, estiveram sempre na base do projeto, como acontece nas iniciativas inovadoras que tentam ultrapassar a superfície da escola.

59 Este conjunto de reflexões e lições
Aprendidas no projeto School + nos leva à última parte deste texto em que, por intermédio de Robert McClintock(2000), resumiremos elementos que consideramos imprescindíveis para que uma escola converta as TIC em recursos educativos que façam a diferença.

60 E o faremos sugerindo aos leitores um conjunto de perguntas e reflexões que podem ser úteis na hora de tomar decisões com relação à introdução das TIC no ensino, seja onde for.

61 CONVERTER AS TIC EM MOTOR DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA
SETE AXIOMAS PARA CONVERTER AS TIC EM MOTOR DE INOVAÇÃO PEDAGÓGICA

62 Como demonstram projetos do tipo School +, a cada dia parece mais claro que a estrutura pedagógica e organizativa da escola atual não é a mais adequada para a incorporação das TIC.

63 McClintock concluiu, que, em todos os projetos, apenas era cumprido o primeiro axioma, relativo à necessidade de contar com uma infra-estrutura informática que realmente possibilitasse a utilização educativa do computador.

64 Ou seja, é mais fácil conseguir fundos para comprar equipamentos do que para transformar as concepções e práticas educativas.

65 Infra-estrutura tecnológica adequada
Nossa escola conta com as condições mínimas necessárias para poder proporcionar um ambiente educativo que fomente os processos de aprendizagem de todos alunos? Como podem contribuir as TIC para melhorar a prática de nossa escola?

66 De que condições nossa escola necessita para contar com uma infra - estrutura que lhe permita converter as TIC em uma potente ferramenta educativa? Que garantia existe de que futuramente será possível atualizar os equipamentos?

67 Utilização dos novos meios nos processos de ensino e aprendizagem.

68 Até que ponto e em que sentido o currículo vigente favorece a utilização das TIC?
Que aspectos de conteúdos e prática do ensino teriam que mudar para poder garantir uma utilização generalizada e gradativamente valiosa das TIC na escola?

69 Enfoque construtivista da
gestão

70 Qual a história da escola com relação
À introdução das TIC? Que tipo de apoio os professores recebem ao tentar promover o uso das TIC em sua sala de aula ou escola?

71 - Até que ponto as condições de trabalho dos docentes lhes garantem o tempo e a energia necessária para adquirir formação que lhes permita vislumbrar as possibilidades educativas das TIC, criar e executar projetos educacionais inovadores?

72 Planejar e gerir a escola na era da informação exige considerar o contexto social do ensino para poder tomar decisões sobre a própria estrutura da escola, a concepção do currículo, a própria forma de tomar decisões, o papel dos diferentes membros da comunidade escolar, os sistemas de comunicação externa e interna, as características dos recursos necessários e como consegui-los e o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores.

73 Este conjunto de decisões que reflete e garante a cultura da escola em um sentido ou outro é a base da gestão integral da escola e possibilita a criação e implantação de um projeto educacional compartilhado

74 Investimento na capacidade do aluno de adquirir sua própria educação

75 As escolas planejarão a utilização dos recursos tecnológicos como um investimento na capacidade dos alunos de adquirir sua própria educação.

76 Qual a função mais genuína e fundamental do ensino obrigatório?
Como influem nossas convicções sobre essa função fundamental na hora de planejar e colocar em prática o ensino, com o que implica a escolha de conteúdos, meios e métodos?

77 Como nossa escola está contribuindo para o desenvolvimento da autonomia pessoal, emocional e intelectual dos alunos? Que características pedagógicas teria uma utilização das TIC que destacasse a capacidade do aluno de adquirir sua própria educação?

78 - Até que ponto e em que sentido a legislação vigente permite colocar em prática processo de ensino e aprendizagem baseados nas TIC que fomentem a autonomia do aluno?

79 Impossibilidade de prever os resultados da aprendizagem

80 Os educadores devem abandonar a premissa de que podem prever o que terá aprendido um bom estudante como resultado de uma experiência educativa.

81 - Analisemos as questões dos livros-texto ou das provas e nos perguntemos: estas perguntas podem ter respostas diferentes ou as respostas já estão dadas no texto ou na explicação do professor?

82 Como reagimos se um aluno responde de um jeito que não havíamos previsto?
Na avaliação, nos propomos a constatar o que se imagina que os alunos tinham de aprender ou exploramos o que aprendeu, situamos seu valor educativo e avaliamos como isto favorece seu próprio processo de aprendizagem?

83 Ampliação do conceito de interação docente

84 As salas de aula devem tornar-se lugares em que estudantes e professores se comunicam de forma interativa entre si, e com especialistas e companheiros na localidade, na cultura e no globo.

85 As tarefas propostas aos alunos costumam ser pensadas para que eles as realizem de forma individual ou coletiva? Costumamos convidar outros colegas, pais de alunos, membros da comunidade educativa ou pessoas especializadas para participar de nossas aulas ou atuar como consultores? Por quê ( sim ou não)? Como avaliamos sua resposta?

86 - Utilizamos as próprias TIC para solicitar a participação de pessoas externas às atividades de ensino? Por quê ( sim ou não)? Como avaliamos sua resposta?

87 o senso pedagógico comum
Questionar o senso pedagógico comum

88 É imprescindível uma profunda revisão e o questionamento das convicções pedagógicas relativas ao que é e não é “ uma idade apropriada” para aprender , quem pode realizar escolhas pedagógicas válidas e como deve funcionar o controle do processo educacional.

89 Qual é a nossa visão sobre a infância e a adolescência?
Como acreditamos que crianças e adolescentes aprendem? Que papel acreditamos que crianças e adolescentes podem ter na hora de dirigir sua própria aprendizagem?

90 No caso dos alunos da nossa escola, onde acontecem suas experiências mais duradouras de aprendizagem? Que papel têm as TIUC nesse processo? Como se tomam as decisões em nossa escola sobre o que se espera que crianças e adolescentes aprendam?

91 Esta forma de abordar a temática
da transformação das TIC em recursos educativos se fundamenta na evidência contrastada de que Não são os instrumentos que mudam as práticas docentes profundamente enraizadas e, sim, estas práticas acabam domesticando as novas ferramentas.

92 A tecnologia da informação e comunicação não são neutras
A tecnologia da informação e comunicação não são neutras. Estão sendo desenvolvidas e utilizadas em um mundo cheio de valores e interesses que não favorecem toda a população. Além de considerar que um grande número de pessoas seguirá sem acesso às aplicações das TIC em um futuro próximo.

93 Referências SANCHO, Juana M. Tecnologias para transformar a educação.Porto alegre: Artmed, p. ISBN


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