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Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio

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Apresentação em tema: "Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio"— Transcrição da apresentação:

1 Organização Industrial: Concorrência Perfeita e Monopólio
Prof. João Manoel Pinho de Mello Depto. de Economia, PUC-Rio Agosto, 2008

2 Motivação Dois extremos opostos canônicos
Monopólio: a firma enfrenta “toda a curva de demanda” Demanda ao nível da firma é a mais inelástica possível Concorrência perfeita: a firma é tomadora de preço Demanda ao nível da firma é a mais elástica possível (infinitamente elástica) Por que estudar estes dois casos? Como paradigmas a serem comparados com o caso mais geral 90% deste curso trata de algo intermediário

3 Motivação Monopólio e concorrência perfeita têm um fator em comum
Firmas não são estratégicas Em monopólio, por construção Concorrência perfeita tem pouco ou nada de concorrencial no sentido de rivalidade Vamos ver tb um modelo de oligopólio no qual as firmas não são estratégicas

4 Concorrência perfeita: as suposições
Firmas atomísticas Muito pequenas perto do mercado Que aspectos tecnológicos justificam isto? Produto homogêneo Informação perfeita Todos os agentes (firmas e consumidores) sabem os preços de todas as firmas Mesma tecnologia Livre entrada

5 Concorrência perfeita: a consequência comportamental
Dadas as suposições, é natural supor que as firmas são tomadoras de preço Esta é uma suposição, que se imagina razoável no mundo do slide anterior É uma suposição conjectural: A firma pensa (conjectura) que sua quantidade: Não altera as quantidades das outras firmas Não altera a quantidade total

6 Concorrência perfeita: a consequência comportamental
Seja P o preço de “mercado”, e D(P) a demanda de mercado. A firma i conjectura que sua curva de demanda é: Por que não colocar Pi < P? Porque a capacidade da firma é muito menor que a demanda de mercado 0, se Pi > P [0,D(P) ] , se Pi = P Di(Pi,P) = D(P) , se Pi < P

7 Concorrêcia Perfeita: a demanda graficamente
Qi Dmercado (P) Di(Pi) Capmax Pmercado Pi

8 Concorrência perfeita: o apreçamento
Neste caso é sempre ótimo colocar Pi = P, e a receita marginal (RMg) da firma é P Quantidade fica indeterminada, e é escolhida RMg = CMg. Ou seja: Qi é tal que C´(Qi) = P

9 Concorrência perfeita: o gráfico clássico
$ CMg(Q) P = RMg Q

10 Concorrência perfeita: lucro
$ CMe(Q) P = RMg Lucro CMg(Q) Qi Qi*

11 Concorrência perfeita: oferta de mercado
Se há N firmas no mercado, a quantidade total produzida ao preço P é NQi P PE D(P) NQi=S(P) QE Q

12 Concorrência perfeita: equilíbrio de longo prazo
Em qual ponto exatamente se dá o equilíbrio (PE, QE)? Note que há muitos compatíveis Aí impõe-se uma condição de lucro zero Fica mais fácil entender em um jogo sequencial de 2 estágios

13 Concorrência perfeita: jogo em dois estágios
São N >>> 0, potenciais entrantes 2° estágio, exatamente o jogo de concorrência perfeita 1° estágio, decisão de entrada Equilíbrio de Nash Perfeito em Sub-jogos (ENPS) é: NE tal que P(Qi(P(QiNE))xNE) ≤ CMe(Qi)

14 Concorrência perfeita: entrada
$ CMe(Q) F P = RMg Entrada Lucro P = RMg = CMe CMg(Q) Qi Qi*

15 Concorrência perfeita: saída
$ CMe(Q) F CMg(Q) Prejuízo Saída P = RMg Qi Qi*

16 Concorrência perfeita: eficiência
P = CMg Eficiência alocativa O valor social da unidade adicional (dado pela demanda) é ≤ ao custo social desta unidade (dado pela função custo) P = CMe Eficiência produtiva

17 Concorrência perfeita: da teoria para o mundo real
Firmas todas com a mesma tecnologia Implica, só saída ou só entrada em um dado ponto do tempo Distribuição de firmas uniforme: só há um ponto de custo médio mínimo

18 Concorrência perfeita: desempenha?
No mundo real: Saída e entrada não ocorrem simultaneamente Enorme heterogeneidade de tamanho de firmas Entrantes muito menores que a média da indústria

19 Concorrência Monopolística
Relaxando a suposição de homogeneidade dos produtos

20 Concorrência monopolística
Relaxamos agora a suposição de homogeneidade Todas as outras suposições são mantidas: Firmas atomísticas Acesso a mesma tecnologia Informação perfeita Livre entrada

21 Concorrência monopolística
Mas os produtos são diferentes (pense no mercado de pasta de dente) Isto implica que a Receita Marginal não é mais constante Quando uma firma aumenta seu preço acima do preço das outras, ela não tem demanda zero Graficamente: Demanda Receita marginal

22 Concorrência monopolística
A suposição de atomicidade é interpretada como: A quantidade (preço) produzida pela firma i não altera a curva de demanda da firma j Logo, ainda não há comportamento estratégico

23 Concorrência monopolística: equilíbrio de curto-prazo
$ No curto-prazo: CMe(Q) Pi* CMg(Q) Di(Qi) Lucro RMgi(Qi) Qi Qi*

24 Concorrência monopolística: do curto para o longo prazo
Há lucro na figura acima. Isto induz firmas (que têm acesso à mesma tecnologia) a entrar no mercado O efeito da entrada é deslocar a curva de demanda dos incumbentes para baixo

25 Concorrência monopolística: do curto para o longo prazo
$ CMe(Q) CMg(Q) Di(Qi;N ) RMgi(Qi;N) Qi*(N) Qi Qi*(N+1)

26 Concorrência monopolística: equilíbrio de longo prazo
Onde para? $ CMe(Qi) CMg(Qi) Pi* Di(Qi;NE) RMgi(Qi;NE) Qi Qi*(NE)

27 Concorrência monopolística: lições
Como as firmas enfrentam uma curva de demanda não perfeitamente elástica, P > CMg em equilíbrio Adicionalmente, a produção não se dá no ponto de custo médio mínimo

28 Concorrência monopolística: ineficiência
Fonte 1: O valor social de uma unidade (Pi) adicional é maior que o custo social (CMg(Qi)) Também chamada de ineficiência alocativa Fonte 2: a produção poderia ser realocada entre firmas: “muitas firmas no mercado”, não estão no custo médio mínimo Também chamada de ineficiência produtiva

29 Relaxando (radicalmente) atomicidade
Monopólio Relaxando (radicalmente) atomicidade

30 Monopólio Agora há somente um ofertante no mercado
Se a definição de mercado é restrita o suficiente, todas as firmas são monopolístas É um ponto sobre as elasticidades-cruzadas

31 O problema do monopolista
Seja P(q) a curva de demanda inversa. O monopolista resolve: A condição de 1ª ordem para um máximo interior é:

32 Monopólio: a regra de ouro
Manipulando a condição de primeira ordem: onde é o valor absoluto da elasticidade

33 Monopólio: a regra de ouro
A fórmula diz: O monopolista nunca produz na parte inelástica da curva de demanda. Intuição? Quanto maior a elasticidade, menor o preço. Intuição? O verdadeiro poder de mercado depende da elasticidade No limite, quando , P = CMg

34 Monopólio: a ineficiência
Como já sabíamos de concorrência monopolística, o fato do ofertante enfrentar uma curva de demanda menos que infinitamente elástica gera ineficiência

35 Monopólio: a ineficiência graficamente
$ Peso Morto CMe(Q) CMg(Q) Pmo* Pco* P(Q) RMg(Q) Qi Q

36 Monopólio: razões Barreiras à entrada regulatórias
Exemplo clássico: bancos locais norte-americanos até meados dos 1990s Barreiras à entrada tecnológicas Escala mínima eficiente pequena relativamente à demanda Alto custo fixo, baixo custo marginal Exemplos clássicos: água, esgoto, etc

37 Regulando um monopolista
P = CMg, geralmente, é inviável pois o monopolista quebra

38 Regulando o monopolista
Monopólio natural $ CMg(Q) CMe(Q) D(Q) Pmon PCMe Prejuízo em P = CMg PCMg RMg(Q) Qi QCMe QCMg

39 Regulando o monopolista
O second-best é: P = CMe

40 Discriminação de preços
Da onde vem a ineficiência do monopolista? Do apreçamento uniforme O monopolista gostaria de vender as unidades adicionais (alguém está disposto a pagar mais que CMg) Mais perde nas infra-marginais

41 Discriminação de preços
Geralmente é eficiente É um problema informacional A taxonomia depende da quantidade de informação E do instrumento de discriminação

42 Discriminação de preços: uma taxomia
1ª ordem (ou perfeita): Informação completa Monopolista sabe o preço de reserva dos consumidores Retira todo o excedente do consumidor, mas é eficiente Monopolista vende diferentes unidades a diferentes preços, e este esquema varia entre os consumidores Exemplo (raramento observado na prática): Médico em cidade pequena Estilo socialista: “from everyone according to their means, to everyone according to their needs”

43 Discriminação de preços: uma taxomia
2ª ordem (ou screening, ou apreçamento não-linear) Monopolista não-observa o tipo (preço de reserva), mas oferece diferentes menus preço-quantidade e consumidores se auto-selecionam Monopolista vende diferentes unidades a preços diferentes mas não há variação entre consumidores Exemplos: Desconto por quantidade Bundling Versioning

44 Discriminação de preços: uma taxomia
3ª ordem (ou sinalização) Monopolista observa um sinal imperfeito sobre o tipo (preço de reserva) do consumidor Geralmente o sinal é um dado demográfico, como idade, sexo, residência Oferece diferentes preços a diferentes tipos de consumidores, mas cada unidade é vendida ao mesmo preço Exemplos: Desconto para estudantes e idosos

45 Discriminação de preços:1ª ordem, First-Best
Suponha que há 2 consumidores (V e A) , com propensões diferentes a pagar por diferentes quantidades: p Preço de reserva para cada quantia p Preço de reserva para cada quantia qV q qA q

46 Discriminação de preços:1ª ordem, First-Best
Suponha que o custo para o monopolista é zero. Se ele não é daltônico, ele oferece o seguinte menu de contratos: (PV = Área Vermelha, qV) (PA = Área Azul, qA)

47 Discriminação de preços: 2ª ordem
Informção incompleta: Ele é doltônico, mas sabe que as demandas dos tipos A e V Qual é o esquema de apreçamento ótimo?

48 Discriminação de preços: 2ª ordem
Y X W qV qA q

49 Discriminação de preços: 2ª ordem
Suponha que só pode oferecer um único contrato: (PV = Área Vermelha, qV) se 2xÁrea > Área (PA = Área Azul, qA) se 2xÁrea < Área

50 Discriminação de preços: 2ª ordem
Suponha que ele possa oferecer dois contratos Par de menus candidato: (PV = Área W, qV) (PA = Área W + Área X, qA) Não distorce alocações, mas não é ótimo para o monopolista

51 Discriminação de preços: 2ª ordem
Considere a seguinte mudança (PV = Área W, q’V) (PA = Área K+ Área X +Área J, qA) p Y J X W K q’V qA q

52 Discriminação de preços: 2ª ordem
Perde K na tipo V e ganha J no tipo A Para quando a perda for igual ao ganho do que O consumo de qual tipo é distorcido? Qual tipo recebe renda (informacional) positiva?

53 Discriminação de preços: 2ª ordem
Versioning “It is not because of the few thousands of francs that would have to be spent to put a roof over the third-class carriage or to upholster the third class seats that companies have open carriages with wooden benches …What the company is trying to do is to prevent the passengers to can pay for the second-class fare from traveling third-class; it hits the poor, not because it wants to, but to frighten the rich…” Emile Dupuit, Economista Francês, século 19 Qualquer semelhança não é mera coincidência

54 Discriminação de preços: 3ª ordem
Grupos são identificados Monopolista observa um sinal (imperfeito) da propensão a pagar Idosos e estudantes contra adultos no cinema

55 Discriminação de preços: 3ª ordem
Quem paga mais? Sempre quem tem menor elasticidade (maior propensão a pagar, menor sensibilidade a preço)

56 Discriminação de preços: 3ª ordem
Suponha que o monopolista tenha dois mercados separados Sejam y1 e y2 as quantia no mercado 1 e 2 Seja C(y1+y2) o custo de produzir y1+y2 Seja p1(y1) e p2(y2) as demandas nos dois mercados

57 Discriminação de preços: 3ª ordem
O monopolista resolve: As condições de 1ª ordem são:

58 Discriminação de preços: 3ª ordem
Ou seja

59 Discriminação de preços: 3ª ordem
Condição crucial: MERCADOS SEPARADOS Tickets are non-transferable Por que não ocorre, em geral, para eventos esportivos?


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