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LITURGIA.

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Apresentação em tema: "LITURGIA."— Transcrição da apresentação:

1 LITURGIA

2 O que é liturgia? A palavra LIT-URGIA vem da língua grega:
laos = povo e ergon = ação, trabalho, serviço, ofício... Unindo os dois termos LITURGIA = AÇÃO, trabalho, serviço do povo e realizado em benefício do povo, isto é: um serviço público.

3 Antes desta palavra ser usada pela Igreja, os gregos a usavam para indicar qualquer trabalho realizado a favor do povo e sempre realizado pelo povo, em forma de mutirão. Quando abriam uma estrada, construíam uma ponte ou qualquer trabalho que trouxesse benefício à população, os gregos diziam: realizamos uma liturgia.

4 As liturgias eram cíclicas ou extraordinárias:
As cíclicas atribuídas por “turnos” a determinadas famílias que eram responsáveis pela organização dos jogos e festas (como os jogos olímpicos de 4 em 4 anos), as extraordinárias, provocadas por situações particulares graves em que a cidade podia encontrar-se, tendo em vista o armamento, equipamento de um destacamento militar, ou de um navio de guerra, enquanto durasse o conflito (+-500 a.C., Aristóteles critica certos gastos inúteis e dispersivos, que poderiam enfraquecer as riquezas de uma família - Política 5,8).

5 "Liturgia" no uso religioso-cultual:
A partir do III século a.C., o termo "liturgia" assume o sentido religioso-cultual de culto aos deuses; embora com menor frequência que no uso político-civil, e feito por pessoas para isso designadas. Aos poucos, no decorrer da história, a palavra “liturgia” foi perdendo o seu significado de serviço público, para designar qualquer serviço, como o serviço do escravo ao patrão, de um amigo a outro amigo, do enfermeiro ao doente... Passando para o sentido religioso...

6 “Liturgia” no AT: O termo leitourghía, nas suas diversas formas de expressão (no hebraico e no grego), repete-se frequentemente na Sagrada Escritura do AT (cerca de 70 vezes). Na intenção dos LXX (III a.C.), o termo adquire com força o valor técnico para indicar o culto prestado a Iahweh pelos sacerdotes e levitas, no seu templo. O culto levítico enquanto tal, numa forma determinada por um cerimonial próprio, fixado nos livros da Lei, e reservada a essa categoria de pessoas, (mais como termo especialmente adequado para indicar o "modo de culto" praticado pelos sacerdotes e pelos levitas hebreus).

7 "Liturgia" no NT: Enquanto no AT usava mais o termo "liturgia" para designar o culto prestado a Javé, pelos sacerdotes e levitas; no NT muda este conceito mais exclusivista. Aqui, o termo "Liturgia" é tomado cumulativamente: a) na sua forma verbal, leitourgein: At 13,2: ... certo dia, enquanto celebravam o culto do Senhor... Rm 15,27: ... participaram dos seus bens espirituais... Hb 10,11: ... realizar suas funções e oferecer com frequência os mesmos sacrifícios...

8 b) no substantivo da coisa, leitourghía:
Lc 1,23:... completados os dias do seu ministério, voltou para casa... 2Cor 9,12; Fl 2,7.30; Hb 8,6; 9,21. c) no substantivo da pessoa, leitourgós: Rm 13,6:... são servidores de Deus... Rm 15,16: ... de ser o ministro de Cristo Jesus... Fl 2,25; Hb 1,7:... e em chama de fogo os seus ministros... Hb1,14; Hb 8,2: Ele é ministro do Santuário e da Tenda verdadeira...

9 "Liturgia" com significado profano = coletas:
Fl 2,25.30; 2Cor 9,12; Rm 13,6. "Liturgia" em sentido cúltico, ritual-sacerdotal do AT: Lc 1,23; Hb 9,21; Hb 10,11; Hb 8,2.6. "Liturgia" em sentido de culto espiritual: toda a vida cristã vem a ser um culto a Deus, significado vivencial: =) Fl 2,17: "Se o meu sangue, for derramado em libação, em sacrifício e serviço (lei-tourgia) da vossa fé, alegro-me e rigozijo-me com todos vós". Paulo manifesta estar disposto para ser derramado em libação no sacrifício e na "Liturgia" da fé dos filipenses; =) Rm 15,16: "A graça me foi concedida por Deus de ser o ministro-liturgo de Cristo Jesus para os gentios, a serviço do Evangelho de Deus"; =) Rm 1,9; Fl 3,3; 4,14; Rm 12,1; 1Pd 2,5; Hb 13,15: oferecer-nos como hóstias vivas.

10 "Liturgia" em sentido de culto ritual cristão:
Um texto que merece atenção é At 13,2. Este é o único texto neo-testamentário onde o uso do termo "Liturgia" indica uma celebração cultual da comunidade: "Celebrando eles a liturgia em honra do Senhor e jejuando disse-lhes o Espírito Santo: “Separai para mim Barnabé e Saulo, para a obra à qual os destinei”...". É o único texto no NT no qual se poderia reconhecer já o nome daquela que será chamada "Liturgia cristã".

11 A compreensão de liturgia nossa é esta:
Na Bíblia encontramos Deus agindo em favor da vida do seu povo. A maior ação de Deus em favor do seu povo foi através de seu filho JESUS CRISTO. A liturgia de Deus foi sempre SERVIÇO AMOROSO À VIDA.

12 AT - NT No Antigo Testamento vemos Deus que age criando, age libertando o seu povo, age falando ao povo por Moisés e os profetas; No Novo Testamento vemos Jesus agindo quando anda pregando o Reino de Deus, curando as pessoas; a maior ação de Jesus em favor do seu povo foi sua morte e ressurreição; pois nessa ação salvou a humanidade toda.

13 DUAS ALIANÇAS...

14 DATAS SIGNIFICATIVAS DO AT:
a.C.: Estabelecimento do Reino Egípcio. : Período patriarcal. Abraão, Isaac, Jacó. : Êxodo do Egito. Deserto, 40 anos... : Conquista de Canaã sob Josué. : Período dos Juízes. 1.050: Samuel. : Saul. : Davi.

15 961-922: Salomão. Construção do Templo de Jerusalém.
922: Reino dividido (Norte e Sul). : Oséias em Israel. 721: Queda de Israel. Exílio do Norte. : Ezequias. : Josias. 609: Batalha de Meguido. : Nabucodonosor, rei da Babilônia. 587: Queda de Jerusalém. Início do Exílio.

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17 : Exílio na Babilônia. Com a experiência de exílio ( ), com a falta forçada do Templo, dos sacerdotes e dos sacrifícios, os judeus encontraram a ocasião para oferecerem a Deus a contrição da alma e a humildade do espírito, como sacrifício mais agradável do que holocaustos de touros e de cordeiros. 539: Ciro conquista a Babilônia (Persa). 538: Primeiros exilados retornam a Judá. 515: Dedicação do Segundo Templo. 458?: Esdras: o sacerdote-escriba.

18 445: Neemias e Esdras promulgam a Torá.
Neemias, 8: Leitura pública da Lei. 332: Alexandre o Grande conquista a Palestina (Grego). 301: Ptolomeu I conquista a Palestina (Macedônio). : Antíoco III conquista a Palestina (Selêucida). 172: Jerusalém torna-se cidade grega. 169: Antíoco IV saqueia o Templo (filho do III). 167: Declara o judaísmo ilegal, profana o Templo. : Judas Macabeu lidera uma rebelião. 164: Judas rededica o Templo. Judas Morre em 160.

19 161: Tratado entre Judas e Roma. 63: Roma assume o controle da Judéia.
44: Assassinato de Júlio César. 37-4 d.C. Herodes. 4 a.C.: Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. 19 d.C.: Reconstrução do Templo de Jerusalém. 26-36: Pôncio Pilatos. 30-36: Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. 41-44: Herodes Agripa.

20 44 d.C.: Thiago Maior é executado em Jerusalém.
44: Os cristãos são expulsos do Templo e das Sinagogas. 54-68: Nero Imperador. Perseguições aos cristãos. 64-67: Morte dos Apóstolos Pedro e Paulo. 70: Tito conquista Jerusalém e destrói o Templo. 73-74: Queda de Massada (Sicarii se suicidam).

21 Um novo modo de pensar, viver e agir após o Cativeiro da Babilônia – linha dos Profetas e de Jesus:
Sl 40(39), 7-9: "Não quiseste sacrifício nem oferta, abriste o meu ouvido; não pediste holocausto nem expiação, e então eu disse: Eis que eu venho. No rolo do livro foi-me prescrito realizar a tua vontade; meu Deus eu quero ter a tua lei dentro das minhas entranhas". =) Deus não aprecia nem sacrifícios e oferendas, nem holocaustos e sacrifícios de expiação, mas quer que se faça a sua vontade, porque nisso se resume toda a Lei.

22 Sl 51(50), 17-19: "O Senhor, abre os meus lábios, e minha língua anunciará o teu louvor. Pois tu não queres um sacrifício e um holocausto não te agrada. Sacrifício a Deus é um espírito contrito, coração contrito e esmagado, ó Deus, tu não desprezas". Eclo 35,1-4: "Observar a lei é multiplicar as oferendas..., dar esmola é oferecer um sacrifício de louvor..., o que agrada o Senhor é afastar-se do mal..., afastar-se da injustiça, é um sacrifício expiatório..." Sacrifício é observar a Lei. O holocausto é a misericórdia.

23 No exílio e após o exílio babilônico (587-538) surgem as Sinagogas: chamadas "Casas de Oração".
Nelas se reúnem as "assembleias" dos fiéis para escutarem a Palavra de Deus e para a oração. Tudo isto fora do regime "litúrgico" levítico-sacerdotal.

24 É neste ambiente que Cristo se move, apresentando-se como o último na série dos enviados por Deus ao seu povo. Jesus entra na linha do culto apregoado pelos profetas. É por isto que ele fala à Samaritana que chegou a hora do culto espiritual, não mais ligado à instituição "sacerdotal-templária" de Jerusalém, ou do monte Garizim (Jo 4,19-26; ver nota na Bíblia de Jerusalém). Esta afirmação do culto espiritual, não manifestado numa "liturgia" temblaria, nem sacerdotal, no sentido antigo, assim como levou à morte Cristo, também decidiu a morte do diácono Estevão (At 4,47-53) e provocou a primeira perseguição contra os discípulos de Jesus (At 8,1).

25 A oração e a liturgia do AT - liturgia hebraica:
O culto litúrgico do AT é sempre expressão de fé do povo. Quando os judeus rezam, não partem de uma ideia ou teologia, mas de uma história. A oração nasce de uma experiência de Deus que o povo faz. A experiência de Deus é concreta. É esta experiência concreta que salva. (Talvez seja esta uma realidade que deveríamos valorizar mais nas nossas liturgias: memorial, anámnesis, vida...).

26 Esquema da oração hebraica:
O esquema fundamental da oração judaica é uma oração após o fato. Esta oração normalmente possui 4 momentos (partes): 1ª) Admiração: "Bendito sois Senhor..." 2ª) Recordação do fato (zíkkaron) de um benefício recebido: "Porque fizestes estas coisas..." (motivo da anámnesis = memória, memorial). 3ª) Prece-pedido (é uma reprise do benefício recebido): "Nós vos pedimos...". 4ª) Louvor (este já está presente nos momentos anteriores - doxologia: "A vós a glória para sempre. Amém".

27 O segundo momento tem dois temas: - criação, - lei. Depois libertação.
Lei e Libertação são os temas que se propagam na história. A psicologia desta oração é que Deus não passa, não muda, sempre é. Jesus também usa este tipo de oração: Mt 11,25-27: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra..."; Lc 10,21-24 (Berakah - louvor). Ney Brasil Pereira, A Ceia Pascal Cristã, p.14-16; Albert Rouet, A Missa na História: Rito da Refeição da Ceia, p

28 A oração no AT e no NT é: um lembrar a Deus o que ele realizou e realiza pelo seu povo. um colocar diante de Deus as suas maravilhas realizadas. uma certeza de que Deus vai ajudar de novo a seu povo; uma certeza de que Deus está presente. (Magnificat: Lc 1,46-55); (Benedictus: Lc 1,67-79).

29 PRINCIPAIS FESTAS JUDAICAS: Três grandes festas principais anuais:
1) A Festa dos Pães Ázimos: É chamada festa dos ázimos porque o pão comum é substituído por um pão não fermentado (sinal de novidade), e ervas amargas (dureza da vida); e se come o cordeiro pascal. A festa dos ázimos acontece por ocasião da primeira ceifa. Situada no início da colheita da cevada (Dt 16,9), quando se colhem as primeiras espigas. Compreende a oferta dos primeiros molhos de espigas (Lv 23,5-14). Dura sete dias.

30 Está ligada ao livro do Deuteronômio (2Rs 21-23).
A festa dos Ázimos liga-se ao Êxodo e torna-se a lembrança da libertação do Egito = Páscoa. A FESTA DA PÁSCOA: (passar, saltar, poupar): a origem da Páscoa está ligada a povos primitivos: os agricultores ocupados com o cultivo da terra, e os pastores ocupados com os rebanhos, festa da tosquia. Para agradecer pela nova vida e para pedir a proteção ao rebanho... Era uma festa primaveril, celebrada na passagem do inverno para a primavera. O povo comemorava a nova estação. Festejava porque a natureza, morta pela dureza do inverno, se refazia verdejante com as condições climáticas da primavera. Festa do clã nômade, conserva um tom familiar, que se acentuará mais no período dos reis (do ano 1000 a 622 a.C.), com a reforma de Josias. Está ligada ao livro do Deuteronômio (2Rs 21-23).

31 A festa da Páscoa não exige um lugar fixo, mas sua data é fixada com precisão: no calendário lunar cai em qualquer dia da semana, mas impreterivelmente no dia 14 de Nisan (início de abril) - tempo de lua cheia. Prolonga-se por uma tarde e uma noite. Vários povos tinham esta festa. Os hebreus, porém, a partir de sua libertação do Egito, passaram a dar a esta festa um novo significado. O povo eleito e escravizado por tantos anos no Egito, passou a celebrar a Páscoa como passagem da escravidão do Egito para a liberdade na Terra Prometida. Celebra-se a Páscoa agora, com o sentido de: passar, saltar, poupar... (Ex 12). Celebrar a Páscoa significava a partir de então agradecer a Deus pelas maravilhas realizadas na sua libertação e implicava o compromisso de todo o povo em manter a Aliança com Deus. Inclui o sacrifício de um cordeiro, seguindo-se uma refeição em trajes de viagem, quando comem o pão dos beduínos, sem fermento: sentido de novidade e de pressa (Cf.: Cristo, Festa da Igreja, p.249, nota 5).

32 Para o homem da Bíblia, Páscoa é a mais importante de todas as festas.
A saída do Egito é o mais importante episódio de toda a história de Israel. A travessia do mar marca o início de um povo...

33 O texto bíblico (Êxodo 12,27) afirma que a morte “passou por cima deles” (passar-saltar-poupar-libertar). = tradução literal da palavra hebraica “Pessah”; = em grego “Paskha”; = em português “Páscoa”. O movimento do Mar Vermelho exprime o mesmo movimento. Os filhos de Israel, em vez de serem engolidos pelas ondas, são “poupados” e chegam à outra margem sãos e salvos. Desde então Israel comemorará o fato com uma festa chamada “Pessah”, celebrada no 14 de nisan – primeiro mês do ano bíblico – durante a qual uma refeição (seder) concretizará os diferentes aspectos dessa libertação.

34 Jesus Cristo, como membro do povo eleito, também celebrava a Páscoa como os seus contemporâneos.
Na última Quinta-feira, ao celebrar a Páscoa com os seus discípulos, Jesus deu um novo sentido para a Páscoa e introduziu uma nova maneira de celebrá-la. Transformou o pão em seu Corpo e o vinho em seu Sangue e os deu para os apóstolos comerem e beberem. Deu-lhes também o poder de realizarem o mesmo em sua memória. O que Jesus realizara na véspera de sua morte, Ele o realizaria na Cruz e na Ressurreição. A partir desse fato, a Páscoa assume um sentido novo e pleno. A Páscoa agora é a passagem de Cristo, de sua morte para a vida - Ressurreição do Senhor. Jesus deu o sentido pleno e definitivo à Páscoa.

35 2) A Festa de Pentecostes, também chamada Festa da Messe, festa das semanas, por ser celebrada 50 dias depois da Páscoa: uma semana de 7 semanas; 7 semanas após a festa dos ázimos, ou seja, no quinquagésimo dia: Pentecostes. Comiam o pão comum, em sinal da volta ao tempo normal após a messe. Celebrada no fim da colheita do trigo (Lv 23,17); anuncia a semeadura (Lv 23,18-20; 2Rs 4,42). É também comemoração da Aliança. Em Jerusalém, o sacerdote oferecia no Templo o primeiro feixe da ceifa de trigo e dois pães cozidos com fermento. É nesta perspectiva que temos de interpretar o episódio de Melquisedec (Gn 14,18). Cof.: Vocabulário de Teologia Bíblica, Pentecostes, p

36 A alegria dos ceifeiros
A alegria dos ceifeiros. A colheita da cevada (abril) e a do trigo (maio) é ocasião de regozijo popular: de colina em colina propaga-se o canto das turmas de ceifeiros, fazendo esquecer a dura fadiga do trabalho... Nessa alegria Javé não é esquecido: a colheita é o sinal e o resultado da benção divina (Rt 2; Is 9,2; Jr 31,12; Sl 126(125),6). A ação de graças se exprime pela festa litúrgica da Messe, Pentecostes, em cujo transcurso se oferece as primícias da colheita (Ex 23,16; 34,22), especialmente o primeiro feixe (Lv 23,10). A festa de Pentecostes se torna a recordação da Aliança, o dom da Lei, a Torá (primeiros 5 livros da Lei).

37 3) Festa das Colheitas: posteriormente chamada festa das Tendas ou dos Tabernáculos.
Lembra os acampamentos no deserto. Celebrava, primitivamente, o fim das vindimas. É uma festa popular dedicada à colheita dos frutos. A parte litúrgica consistia numa procissão com galhos, enquanto se cantavam salmos messiânicos, especialmente o Sl 118(117): Liturgia para a festa das Tendas. Os judeus pediam chuva. A festa dos Tabernáculos (Surrot) também se torna "histórica". Torna-se a lembrança da peregrinação no deserto.

38 Depois do exílio surgiram algumas festas secundárias (587-538):
1ª) Uma festa ligada à Criação e Festa do Ano Novo. Festa esta conhecida em todas as civilizações. 2ª) Festa da Reconciliação, recordando a purificação do Templo e a penitência da comunidade (YON KIPUR), dia da expiação. Há confissão de pecados 10 vezes por dia. Confessa-se no plural. Os patrões pedem perdão por suas faltas aos empregados. 3ª) Purim (Ester 9,20-32; cf. 2Mc 15,36s), Purificação e Dedicação do Templo, e Dia de Nicanor (1Mc 4,52-59; 2Mc 10,5-8).      An 4, pp ; Ez 45,18-20; Lv 16,1-26: sacrifício dos novilhos e dos bodes... Um feriado judaico. A festa de Purim é caracterizada pela recitação pública do Livro de Ester por duas vezes, distribuição de comida e dinheiro aos pobres, presentes e consumo de vinho durante refeição de celebração (Ester 9,22); outros costumes incluem o uso de máscaras e fantasias, e comemoração pública.

39 FESTAS NO TEMPO DE JESUS:
No NT encontramos, em relação às festas: o sábado, a páscoa, o pentecostes, a festa dos tabernáculos, a dedicação do templo e os jejuns regulares. Jesus tomava parte nas festas de seu povo, mas colocava-se acima do sábado; deu novo sentido à refeição pascal, pela instituição da eucaristia. A Igreja primitiva continuou inicialmente na mesma linha, mas a substituição do sábado pelo domingo foi o ponto de partida para um calendário cristão próprio.

40 O TEMPLO NO TEMPO DE JESUS:

41 O CULTO NO TEMPO: O Templo era o lugar que Deus escolhera para morar entre o seu povo. Lá se encontrava o único altar para os judeus de todo o mundo. O sacrifício constituía o elemento essencial da religião. Os sacrifícios públicos: todo dia, pela manhã e pela tarde, um cordeiro era oferecido em holocausto (Ex 29,42) em nome da nação, representados por leigos e delegados, vindos a Jerusalém, e pela classe sacerdotal em serviço. Este é o sacrifício perpétuo. As sábados, e nas luas-novas, nas festas o número de sacrifícios era maior. E é preciso juntar aos cordeiros ou cabritos, aos 113 touros e aos 32 bodes oferecidos anualmente, uma abundante quantidade de farinha, de vinho e de óleo...

42 NO TEMPO DE JESUS: O Israel puro: constituído pelas famílias de origem legítima. Os sacerdotes: havia cerca de sacerdotes comuns na Palestina (com suas esposas e filhos) quase um décimo da população. Exerciam suas funções duas semanas por ano. Os levitas: eram cerca de (cantores e músicos, sacristãos e porteiros). Os israelitas leigos de ascendência pura. Os descendentes ilegítimos de sacerdotes. Os prosélitos. Os escravos pagãos libertos. Famílias ilegítimas atingidas por manchas grave (os bastardos, os escravos do templo, os filhos de pai desconhecido e as crianças expostas...

43 COMO ERA CELEBRADA A CEIA
E COMO SE DEU A PASSAGEM DA CEIA À PÁSCOA? A SUBSTITUIÇÃO DO ANTIGO ÊXODO PELA PÁSCOA DO SENHOR: “Evidentemente, foi na Ceia que se efetuou essa mudança e esse aprofundamento. Se sabemos que a missa torna presentes o sacrifício, a morte e a ressurreição de Jesus, isto é, sua oferenda e manifestação aceita pelo Espírito que ressuscita Jesus (At 2,31-36), é fundamental analisar a passagem do antigo rito ao novo e, portanto, examinar a maneira como se desenrolou a Ceia, visto a missa dela decorrer”.

44 Os relatos da Ceia: Mt 26,26-28. Mc 14,22-24. Lc 22,19-20.
1Cor 11,23-25. (Paralelos: Mt e Mc = Lc e Paulo). João menciona uma refeição (13,2), caracterizada pelo lava-pés que conferiu sua doutrina eucarística ao capítulo 6. (É aceitável que a Ceia tenha acontecido numa quarta-feira).

45 Na Ceia Jesus parece ter praticado uma “dupla abstenção”: ele afirma não tomar vinho (Lc 22,18) e, incita os discípulos: “tomai e comei”, e “bebei”, o que só se compreende caso ele jejue em sinal da iminente realização do Reino. Na última Ceia, Jesus não comeu o cordeiro pascal nem bebeu vinho; provavelmente jejuou por completo.

46 Cristo se serviu de pão ázimo, e este é o único rito pascal que foi conservado.
Jesus diz “Eu”, “meu corpo, em memória de mim”. O rito fazia memória de Deus e de seus atos salvíficos. Jesus não diz, como nas orações judaicas: “Bendito és tu, Deus de nossos pais. Ele fala e age em primeira pessoa. Coloca-se como aquele que preside à refeição.

47 A fórmula de Mateus e de Marcos: “Isso é o meu sangue, o sangue da aliança” remete ao Êxodo 24,8: “Esse é o sangue da aliança que Iahweh concluiu convosco”. Mateus e Marcos unem o pão e o vinho no mesmo gesto (“depois tomou um cálice...”). Lucas e Paulo os diferenciam, colocando o cálice “depois de comer...” “e após a ceia”. Lucas e Paulo seguem mais de perto o rito judaico.

48 O RITO DA REFEIÇÃO DA CEIA
No tempo de Cristo, algumas confrarias (as dos fariseus, por exemplo), reúnem-se para uma refeição semanal, geralmente na noite da sexta-feira, no início do sábado. Essa refeição segue um ritual muito estrito que conheceremos através das redações do século III, mas cujos elementos centrais remontam ao século I a.C. A refeição se desenrola em 7 partes. Os enquadrados mencionam as referencias evangélicas em relação a esse ritual.

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51 A instituição da eucaristia se coloca neste ritual das refeições de amigos, ritual onde as palavras estão impregnadas de referências ao Êxodo, à espera da salvação e, especialmente, ao louvor a IAHWEH. As palavras de bênção pronunciadas por aquele que preside vão marcar gradualmente as orações eucarísticas. A liturgia da palavra provém da liturgia das sinagogas, com sua leitura contínua, seus textos próprios às festas.

52 A estrutura do grande louvor da refeição (sétima parte) vai dar origem ao que chamamos de prefácio e cânon e foi dentro dessa estrutura que Cristo revelou “Isto é o meu Sangue”. Porque, em torno deste texto fixado, o presidente tinha o poder de comentar e expressar o louvor.

53 Eis a oração que inaugura essa refeição pascal (antes do 1º cálice)
Eis a oração que inaugura essa refeição pascal (antes do 1º cálice). Digna de observação a memória do ato fundador da aliança: Bendito sejas tu, Senhor nosso Deus, Rei Eterno: Tu nos escolhestes dentre todos os povos para santificar-nos dentre todos os povos Para santificar-nos em teus mandamentos. Em teu amor por nós, Senhor, Tu nos destes as festas para a alegria, as festividades para o regozijo.

54 a Festa dos Ázimos no tempo da nossa libertação,
em memória da saída do Egito. Porque tu nos escolhestes, Senhor, dentre os povos: Revestiste Israel de Santidade, convidando-o, por amor, às alegrias de tuas festas santas. Bendito és tu, Senhor, que santificas Israel e as festas.


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