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Esclerose Múltipla 4º ano de Medicina
Lívia Diogo Sousa Consulta de doenças desmielinizantes HUC
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O que é a Esclerose Múltipla?
Doença inflamatória, desmielinizante específica para o SNC Início no adulto jovem Padrão mais frequente - evolução por surtos Maior causa de incapacidade por doença neurológica não traumática Prevalência Portugal 50/ (Dr João Sá)
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EM Patologia J.Cruveillier ( ) Charcot R. Carswell ( ) Placas de desmielinização multifocal distribuidas principalmente na substância branca do SNC (periventricular, nervos ópticos, tronco, cerebelo, medula espinhal)
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Condução nervosa normal e na EM
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Doenças desmielinizantes
SNP Sindroma de Guillain Barré Polineuropatia Inflamatória Crónica Polineuropatia Inflamatória Crónica Recorrente SNC Encefalomielite pós infecciosa (ADME) Esclerose múltipla forma primária progressiva ±15% Esclerose múltipla protótipo forma Surto-Remissão
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Sintomas iniciais na EM
Fraqueza em 1 ou + membros 40% Nevrite óptica 22% Parestesias 21% Diplopia 12% Vertigem 5% Alterações da micção 5% Outros < 5%
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Sintomas “major” na MS / sistemas envolvidos
Nevrite óptica N. Óptico Espasticidade e FM Sist. Motor Disestesias,formigueiros,queimar Sist.sensitivo Incoodenação desequilíbrio e tremor Cerebelo Diplopia,disfagia disfonia Tronco cerebral Disfunção da bexiga, intestino e sexual Autonómicos Depressão,euforia,alt cognitivas...neurocomportamentais Fadiga e sintomas paroxísticos
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Quem sofre de Esclerose múltipla ?
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Distribuição Mundial da EM
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ESTUDOS GENÉTICOS EM GÉMEOS
IRMÃOS
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Esclerose Múltipla - formas clínicas
Surto -Remissão Seundária Progressiva a seguir à Surto-Remissão Primária Progressiva Progressiva com Surtos
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Secondary Progressive
Relapse Remitting Secondary Progressive Disability Clínical threshold Axonal Loss Cerebral Volume Inflammation Axonal loss Inflammation, Plasticity and Remyelinization Axonal loss Infammation Remyelinization Compston A, Coles A. Lancet. 2002;359: Early inflammation and axonal lesion Early treatment
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Forma Surto-Remissão Mais frequente 80-85% casos
Evolui por episódios de agravamento neurológico “surtos” (24H a 1 Mês) Após um surto a recuperação espontânea “parcial” é a regra Há tendência a um acumular da incapacidade ao longo do tempo Não há relação directa entre o nº de surtos e a incapacidade
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Critérios essenciais de diagnóstico de MS
Duas ou mais lesões disseminadas no tempo e espaço Exclusão de condições capazes de originar quadro clínico semelhante
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Diagnóstico diferencial
Doenças Infecciosas Lyme Sífilis HIV Doenças Autoimunes Encefalomielite Aguda Dessiminada LES S Sjögren Behecet Poliarterite Nodosa Sarcoidose Outras Adrenoleucodistrofia Citopatias Mitocondriais Malformação Arnold Chiari Déficit de B12 AVC Trauma
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MS-critérios de diagnóstico Mc Donald
Clínica Lesões objectivas Exames Complementares 2 ou ou desejável consistentes c/ MS 2 ou RMNce+++ / LCR + e RMNce 2 ou outro surto c/ outra localização ou disseminação no tempo por RMN ou 2º surto 1 ( CIS ) disseminação no espaço por RMN ou LCR + e MRI 2 consistente c/ MS Progressiva LCR + e RMNce 9 lesões T2 ou RMN medular 2 ou RMN ce 4-8 lesões T2 e RMN medular 1 ou RMN ce 4-8 lesões T2 e VEP+ ou RMN ce < 4 lesões T2 e RMN medular 1 e PEV+
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Diagnóstico diferencial exames complementares
Ressonância Magnética Nuclear Estudo do Liquor Cefalorraquideo citoquímico e electroforético Potenciais Evocados Visuais Somatossensitivos Auditivos Motores Estudos bioquímicos e serológicos do sangue
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Bandas Oligoclonais no liquor cefalorraquídeo
normal anormal Bandas Oligoclonais ausentes Bandas Oligoclonais presentes LCR LCR
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Potenciais Evocados Visuais
normal anormal
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O que causa a Esclerose Múltipla?
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Características da EM Autoimune?
Lesões desmielinizantes espalhadas pelo SNC “placas” Diferentes sítios atingidos em tempos diferentes
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Dois fenómenos patológicos essenciais:
Inflamatório – responsável pelos surtos Degenerativo – responsável pela fase progressiva a outras doenças Qual é o 1º ?
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? MS initiation Inflammatory CNS injury Degenerative CNS injury
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Padrões de Demielinização
C.F. Lucchinetti, H. Lassmann II – Demielinazação 58% Anticorpos e complemento ( imunidade celular +humural) inflamação mediada por Células T - activação dos macrofagos e microglia + Anticorpos activação do complemento dirigidos contra componentes da mielina I – Demielinização 15% mediada por macrofagos ( imunidade celular) inflamação mediada por Células T - activação dos macrofagos e microglia
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Padrões de Demielinazação fase precoce activa
C.F. Lucchinetti, H.Lassmann IV- Lesão Primária do Oligodendrocito 1% Desimelinização secundaria associada a Macrófagos (inflamação Tipo I, mas… periplaca) Degenerescência extensa dos OG! Causa: Defeito Genético dos OG? III – Distrofia Distal do Oligodendrocito 26% Inflamação Cels T +Macrófagos + vasculite + Degenerescência distal OG -apoptosis OG -remielinização limitada Causa : Hypoxia, Virus? (PML)
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Reação inflamatória e destruição da mielina
4 padrões 1-desmielinização por macrofagos 2-desmielinização por macrofagos imunoglobulinas e complemento 3-desmielinização c/ alteração da parte mais distal dos oligodendrócitos e apotosis destes 4-degeneração primária dos oligodendrócitos c/destruição secundária da mielina
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Pathology studies demonstrate transected axons in active MS lesions.
Axonal transection corresponds to sites of active tissue inflammation, regardless of the disease duration
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EM - alterações observáveis nos estudos patológicos:
Edema Inflamação Desmielinização Remielinização Gliose (esclerose- cicatriz) Lesão do axónio Consequência da inflamação trans-secção axonal Processo degenerativo
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Cel. Β, ac. Neutralizantes e IgE
Imunomodulação na EM Th2 Th1 INF- β, TGF β INF-γ, TNF α/β IL-4, 5, 6 e 10 IL-1, 2 e 12 Cel. Β, ac. Neutralizantes e IgE Macrófagos CÉLULAS REPARADORAS CÉLULAS PRO-INFLAMATÓRIAS
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Abordagem terapêutica da MS
Tratamento Modificador da Doença CIS, RRMS, RPMS, SPMS, PPMS, CATASTROFICA MS Tratamento dos Surtos Tratamento dos Sintomas Reabilitação - multidisciplinar
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Fármacos Modificadores da MS
Immunomoduladores Interferons and Copaxone Imunoglobulina G IV Immunosupressores Mitoxantrone Ciclofosfamida Azatioprina, Metotrexato, Mycophenolato mofetil Plasmaferese Terapêutica Imuoablativa Anticorpos Monoclonais Natalizumab Rituximab, Alentizumab..... + 64 ensaios clinicos
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Fármacos Aprovados para MS
Imunomuduladores (benefício relativo!$$$) ( nº Surtos 30% Carga lesional RM) Interferões 1b Betaferon 1 amp sc dias alternados 1a Avonex – 1 amp IM / sem Rebif 22 e 44 1 amp sc 3x semana Copaxone 4 aa à Proteina básica da mielinadesvio imunidade (1 amp sc diária) Natalizumab – inibe moleculas de adesão VL4 (+ eficaz nºSurtos 68% carga lesional $$$$$)
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Apenas ligeiramente diminuído (estudos mais recentes)
PROGNÓSTICO VITAL Apenas ligeiramente diminuído (estudos mais recentes) 75% de sobrevivência aos 25 anos Redução da esperança de vida 15% aos 25 anos fumar 1 maço cigarros /dia Estudo Dinamarquês T.médio: 28A - Masc 33 A - Fem
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Indicadores de prognóstico Características demográficas e clínicas
Favorável Recuperação completa Frequência dos surtos baixa Intervalo 1º-2º surtos > 1 ano Tempo para EDSS 3 longo Desfavorável Recuperação incompleta Frequência dos surto alta Intervalo 1º-2º surtos < 6 meses Tempo para EDSS 3 baixo
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Indicadores de prognóstico Características demográficas e clínicas
Favorável Sexo – Fem Idade início jovem < 40 anos Sintomas iniciais nevrite óptica sintomas sensitivos diplopia / vertigem piramidal “agudo” “aferentes” monorregionais Desfavorável Sexo – Masc ? Idade início velho >40 anos Sintomas iniciais polirregionais sintomas cerebelosos psiquiátricos piramidal “insidioso” “ eferentes”, polirregionais
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50% dos doentes atingiram EDSS 6 = marcha com apoio bilateral
Indicadores de prognóstico Frequência dos surtos é controversa, mas…. 50% dos doentes atingiram EDSS 6 = marcha com apoio bilateral 7 anos se 5 surtos nos 2 primeiros anos n=34 13 anos se 2 a 4 surtos “ “ n=244 18 anos se < “ “ “ n=452 (Weinshenker e al Brain 112: ,1989 )
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