A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE"— Transcrição da apresentação:

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

2

3 “A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA NEOLÍTICA”
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO SEMI-ÁRIDO UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGROECOLOGIA “A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA NEOLÍTICA” HISTÓRIA SOCIAL DO CAMPESINATO (2010.2) Professor Márcio Caniello

4 A TRANSIÇÃO PARA A AGRICULTURA
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A TRANSIÇÃO PARA A AGRICULTURA As Características Rapidez  Universalidade  As Causas (Por que?) O Fator Climático  O Fator Populacional  O Fator Cultural  O Processo(Como?) O Crescente Fértil  A Meso-América  As Repercussões Desenvolvimento material  Aumento populacional  Urbanização e comércio  Oposição rural vs. urbano  “Grupos em diversas partes do mundo fizeram a transição para a agricultura de maneiras diferentes, de acordo com as condições, os recursos e, presumivelmente, as tradições locais” (Leakey, 1981). A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

5 A RAPIDEZ DA TRANSIÇÃO PARA A AGRICULTURA
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A RAPIDEZ DA TRANSIÇÃO PARA A AGRICULTURA 2 milhões de anos de estabilidade cultural e do sistema de caça e coleta anos AP: sepultamentos com indícios de diferenciação de status. anos AP: troca de materiais como obsidiana e conchas. anos AP: “Nossos ancestrais já peavam cavalos” (Leakey, 1981: 184). anos AP: “a maioria dos povos do mundo adotou alguma forma de agricultura e um novo estilo de vida” (Leakey, 1981: 200) Silos domésticos de cerâmica. Aldeia Neolítica, Irã A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

6 A UNIVERSALIDADE DA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA NEOLÍTICA
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A UNIVERSALIDADE DA REVOLUÇÃO AGRÍCOLA NEOLÍTICA O aparecimento da agricultura operou-se, independentemente, a partir de quatro centros de irradiação principais: anos AP: “Crescente Fértil” (Mesopotâmia – atual Iraque)  anos AP: Mesoamérica  8.500 anos AP: China anos AP: Nova Guiné Outros centros de origem: 6.000 anos AP: América Andina anos AP: América do Norte 5.000 anos AP: Tailândia (?) Grãos de Cevada Fossilizados, Oriente Médio A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

7 Centros de Origem e Áreas de Extensão da Revolução Agrícola Neolítica
(Mazoyer & Roudart, 2010, p. 98)

8 O CENTRO IRRADIANTE DO ORIENTE PRÓXIMO
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia O CENTRO IRRADIANTE DO ORIENTE PRÓXIMO O Crescente Fértil Rio Eufrates A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

9 Jericó

10 Jericó

11 O CENTRO IRRADIADOR DA MESOAMÉRICA
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia O CENTRO IRRADIADOR DA MESOAMÉRICA “A domesticação de plantas no Novo Mundo é um fenômeno muito antigo. Por exemplo, cultivavam o cabaceiro no mínimo há dez mil anos.” (Leakey, 1981: 212) O Vale Tehuacán “Mas a agricultura em seu sentido pleno só emergiu, há cerca de 5 mil anos, e não foi unicamente a agricultura em si, mas um verdadeiro compromisso com a agricultura do milho” (Leakey, 1981: 212) A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

12 A MUDANÇA CLIMÁTICA EXPLICA A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA?
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A MUDANÇA CLIMÁTICA EXPLICA A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? anos AP: Fim da Era Glacial: Clima mais quente e úmido; Aumento da cobertura vegetal; Elevação do nível do Mar  Daí, as primeiras hipóteses:. “Teoria do oásis”  Otimização da coleta  Redução da caça  Contradição com o universalismo: Fenômenos climáticos são reversíveis e repetitivos Mudanças climáticas têm caráter regional (Cohen apud Leakey, 1981, 203) Pintura rupestre típica da Era Glacial Bisão. Gruta de Altamira, Espanha es.wikipedia.org/wiki/Cueva_de_Altamira A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

13 AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DO PLEISTOCENO
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DO PLEISTOCENO Época entre e anos antes do presente: Alternância entre períodos glaciares e inter-glaciares ; Formação de geleiras, diminuição do nível do mar (até 130 metros) e emergência de partes submersas; O Pleistoceno Superior (100 mil – 85 mil anos A.P.) é o palco do aparecimento do Homo sapiens. Fonte: Leakey, 1981 A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

14 VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DA ATMOSFERA DESDE 400 MIL ANOS ATRÁS
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DA ATMOSFERA DESDE 400 MIL ANOS ATRÁS (Estação Antártica Vostok) A Terra sofre alterações de temperatura a cada anos. Isto deve-se ao movimento de “excentricidade” da Terra (Cf. Costa, 2007)  A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

15 ALGUNS MOVIMENTOS DA TERRA
Obliqüidade: mudança na inclinação do eixo da Terra. EstA inclinação varia de 21,5º a 24,5º. A inclinação atual é de 23,5º. Período: anos. Estações mais ou menos intensas. Excentricidade: é o que deixa a órbita da Terra mais ou menos elíptica. Período: a anos. Precessão: mudança na orientação do eixo rotacional da Terra. Período: anos. Fonte: Costa, 2007

16 A TEORIA DO OÁSIS (V. Gordon Childe)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A TEORIA DO OÁSIS (V. Gordon Childe) Fim da Era Glacial: Breve período de seca no Oriente Médio Concentração da população, de animais e plantas nos vales irrigados dos rios, como os do Tigre, Eufrates e Nilo “Simbiose” entre os humanos e os animais “À medida que os animais apropriados pela domesticação ficavam mais restritos ao oásis pelo avanço do deserto, os homens puderam estudar seus hábitos e, em vez de matá-los rudemente, puderam amansá-los e torná-los dependentes” (Childe apud Leakey, 1981, ) Crítica: Não há nenhuma evidência do suposto período de seca A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

17 A HIPÓTESE DA OTIMIZAÇÃO DA COLETA (Gordon Hillman)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A HIPÓTESE DA OTIMIZAÇÃO DA COLETA (Gordon Hillman) Fim da Era Glacial: Os humanos se alimentavam de sementes de estipa, uma gramínea que crescia muito bem na estepe Essas gramíneas tinham sementes maiores porque cresciam em áreas arbóreas, onde existe uma acirrada competição por espaço e luz À medida que o mundo se tornou mais quente e úmido, processou-se a propagação das pradarias, onde se concentravam os ancestrais dos cereais “Quando os cereais chegaram, os grupos que viviam no Oriente Próximo já tinham por hábito coletar sementes e teriam prontamente explorado esse rico recurso novo. O aumento da exploração eventualmente levou a um aumento da dependência” (Hillman, apud Leakey, 1981, 202) Estipa A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

18 A HIPÓTESE DA REDUÇÃO DA CAÇA (Richard McNeish)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A HIPÓTESE DA REDUÇÃO DA CAÇA (Richard McNeish) Fim da Era Glacial: Clima mais quente e úmido levou a um aumento da cobertura de florestas e áreas arbóreas no México Redução da quantidade de presas animais disponíveis para o caçador “Eles tiveram que adaptar seus hábitos e despendiam mais tempo na procura sistemática de frutos, bagas e sementes” “Aos poucos começaram a cuidar e nutrir os suprimentos de alimentos vegetais silvestres e posteriormente adotaram sólidas práticas agrícolas” (McNeish apud Leakey, 1981: 202) A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

19 O FATOR POPULACIONAL A Revolução Agrícola
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia O FATOR POPULACIONAL “Para Mark Cohen, o constante aumento da pressão populacional explica por que a Revolução Agrícola ocorreu quase ao mesmo tempo em diferentes partes do Mundo” (Leakey, 1981, 204) “No sudoeste da América do Norte, a intensificação e compromisso com a agricultura coincidem com um declínio de população; e no vale central do México a relação entre população e recursos produtivos permanece constante até o período de intensificação econômica” (Bender apud Leakey, 1981, 204) “A densidade populacional não é, nem remotamente, elevada o bastante para forçar qualquer pessoa a fazer qualquer coisa” (Flannery apud Leakey, 1981, 204) A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

20 FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen) “A introdução da atividade agrícola no repertório humano é vista com um dos grandes mistérios do nosso passado. Por que aconteceu?” “Certamente não foi porque o conhecimento sobre plantas e animais havia acumulado até chegar a um limiar crítico, capacitando o homem a domesticar essas espécies”. Evidências: “Caçadores e coletores – sejam eles humanos modernos ou arcaicos – são e foram exímios naturalistas” (Cf. Lévi-Strauss) “A inteligência naturalista totalmente desenvolvida evoluiu há, pelo menos, 1,8 milhão de anos” Sítios arqueológicos de comunidades de caçadores e coletores com evidências de conhecimento e manejo de plantas A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

21 FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen) Wadi Kubbaniya (oeste do vale do Nilo) – anos AP: “Os restos de vegetais carbonizados ali descobertos indicam que um ‘mingau’ de plantas finamente trituradas havia sido utilizado, provavelmente, para desmamar crianças pequenas. Uma gama diversificada de raízes e tubérculos havia sido explorada, possivelmente ao longo do ano, em acampamentos permanentes.” Tell Abu Hureya (Síria) – a anos AP : “Foram identificadas não menos que 150 espécies de plantas comestíveis.” “Nessas duas localidades, encontramos uma tecnologia para moer e triturar material vegetal – a mesma utilizada pelos primeiros agricultores” “Esses sítios demonstram que as origens da agricultura, há dez mil anos, não devem ser buscadas em um avanço súbito da tecnologia ou em um acúmulo crítico do conhecimento botânico” A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

22 FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen) ASSIM, “Uma certa compulsão deve estar envolvida, pois cultivar a terra não libertou automaticamente nossos ancestrais da Idade da Pedra de uma vida árdua onde o alimento passava da mão à boca (coleta) ou era obtido quando surgia a oportunidade (caça)” “Viver segundo a agricultura é mais sacrificado que a caça e a coleta”  Problemas do sedentarismo: Doenças infecciosas advindas de problemas sanitários Tensões sociais Depleção de recursos como a lenha EVIDÊNCIAS: “As primeiras comunidades agrícolas do Oriente Médio revelam estados de saúde bem piores que os dos antecessores que viviam da caça e da coleta, segundo indicam os estudos sobre ossos e dentes” A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

23 OS CAÇADORES-COLETORES
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia OS CAÇADORES-COLETORES “Se a economia é a ciência maldita, o estudo de economias baseadas na caça e na coleta deve ser o seu ramo mais avançado. Quase todos os nossos manuais transmitem a idéia de uma vida muito dura no paleolítico, fazendo-nos indagar de como os caçadores conseguiram viver” (Sahlins, 1978: 7) Os Mitos “Mera economia de subsistência” “Lazer limitado, salvo em circunstâncias especiais” “Busca incessante de comida” “Recursos naturais pobres e relativamente incertos” “Ausência de excedente econômico” “Máximo de energia de um máximo de pessoas” A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

24 ECONOMIA DE SUBSISTÊNCIA E SOCIEDADES DE AFLUÊNCIA
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia ECONOMIA DE SUBSISTÊNCIA E SOCIEDADES DE AFLUÊNCIA “Pode-se, em sua defesa, dizer que os caçadores e coletores trabalham menos do que nós; e mais do que trabalho contínuo, a coleta de alimentos é intermitente, o descanso abundante; e existe maior quantidade de sono no tempo diário per capita, do que em qualquer outra formação social” (Sahlins, 1978: 20) As Verdades Tempo de trabalho médio diário por pessoa: 4 a 5 horas Tempo de trabalho médio semanal: 2 dias e meio Em um dia, a mulher coleta comida suficiente para alimentar a família durante 3 dias É comum um homem caçar durante uma semana e não caçar mais nada durante 2 ou 3 semanas “A conclusão é que os bosquímanos não levam uma existência abaixo dos padrões mínimos, ameaçados pela fome, como comumente se supõe” (Lee, apud Sahlins, 1978: 28) A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

25 FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen) “Deve ter existido, portanto, algum incentivo para que as pessoas aderissem à agricultura – e deve ter surtido efeito em escala mundial, há dez mil anos” – Hipóteses: Mudanças climáticas associadas ao fim da última glaciação Aumento populacional associado a uma “crise alimentar global” Os caçadores-coletores nômades são extremamente limitados quanto ao que podem carregar consigo e isto se aplica às crianças e aos bens. Além disso, a mulheres nessas sociedades não podem participar de uma expedição de coleta carregando mais de um filho, e assim os nascimentos tendem a ser espaçados para cada quatro anos. O controle de natalidade através de vários métodos, como a prolongada amamentação, as ervas medicinais e o infanticídio, é uma prática comum entre os grupos nômades e, como resultado, as populações permanecem relativamente constantes (Leakey, 1981: 203) A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

26 FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia FATORES CULTURAIS LEVARAM À REVOLUÇÃO AGRÍCOLA? (Steven Mithen) “A agricultura encontra suas raízes em uma nova maneira de ver o mundo através da mente moderna, tanto quanto na seqüência particular de transformações ambientais e econômicas do fim do Pleistoceno” – 4 aspectos: “A habilidade de criar ferramentas que pudessem ser utilizadas intensivamente para colher e processar recursos vegetais” Integração das inteligências técnica e naturalista “A tendência de usar animais e plantas como meio de adquirir prestígio social e poder” Integração das inteligências social e naturalista “A tendência de desenvolver ‘relações sociais’ com plantas e animais estruturalmente semelhantes às estabelecidas entre pessoas” Conseqüência adicional da integração das inteligências social e naturalista “A tendência manipular plantas e animais, nascida da integração entre a inteligência técnica e a naturalista” A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

27 Universidade Federal de Campina Grande
Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia O CRESCENTE FÉRTIL “Há dez mil anos atrás, as pessoas já estavam engajadas na produção intensiva de alimentos: a aldeia agrícola era um modo de vida estabelecido” (Leakey, 1981: 206) Condicionantes naturais: Climas mais quentes Avanço do trigo e da cevada selvagem O experimento de Jack Harlan A grande disponibilidade de grãos e o uso de implementos primitivos definiria um período de transição: “As pessoas podiam coletar os grãos e estocá-los para usá-los, quando outros alimentos na área fossem limitados. Isto implicaria viver em aldeias permanentes, mas sem a agricultura como tal” Neste sentido, as evidências de Abu Hureya  A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

28 O SÍTIO DE ABU HUREYA (VALE DO EUFRATES, NORTE DA SÍRIA)
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia O SÍTIO DE ABU HUREYA (VALE DO EUFRATES, NORTE DA SÍRIA) Trigo selvagem: eixo de inflorescência quebradiço  debulhe natural  vantagem adaptativa  espalhamento das sementes O trigo doméstico difere do selvagem por ter um eixo de inflorescência mais duro que mantém as espigas unidas à planta, mesmo quando elas estão maduras No trigo selvagem, há uma proporção muito pequena de plantas com espiga mais compacta como resultado de mutação genética, mas, no processo de coleta, é muito provável que todos os grãos das espigas compactas fossem coletados. Assim, a proporção de sementes mutantes seria mais elevada nas espigas ceifadas “Depois de muitas gerações – mais ou menos mil anos – a proporção do mutante de espiga compacta teria aumentado o suficiente para que um cultivador observador o notasse. Ele poderia, então, tomar medidas positivas para selecionar as sementes desta variedade mais favorável à disseminação, e o processo de domesticação ativa teria tido início” (Leakey, 1981) “A transição da coleta sistemática de trigo selvagem, numa comunidade sedentária, para o cultivo do trigo seria fácil e natural se as circunstâncias o exigissem. Essa transição pode ter ocorrido em muitas comunidades do Crescente Fértil há uns 10 mil anos atrás, cada comunidade tendo desenvolvido primeiro a capacidade para armazenar alimentos, o que lhe permitiu fixar-se num local e, em seguida, a habilidade de cultivar” (Leakey, 1981) A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

29 A AGRICULTURA NO NOVO MUNDO
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A AGRICULTURA NO NOVO MUNDO anos AP: cultivo do cabaceiro “As pessoas devem ter plantado sementes de cabaceiro em partes estratégicas de seus territórios de caça e coleta” “As pessoas teriam reconhecido a similaridade entre as sementes do cabaceiro e as plantas relacionadas como a abóbora” “Compromisso” com a cultura do milho - Evidências de Tehuacán: 8.000 anos AP: a carne representava 50% da dieta dos tehuacanos Com o fim da Era Glacial, a diminuição de oferta de caça teria determinado o aumento da coleta e o desenvolvimento do armazenamento de grãos 5.000 anos AP: “a agricultura estava firmemente estabelecida” Milho, feijões, abóbora, chili A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

30 A CERÂMICA É UMA INVENÇÃO NEOLÍTICA
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A CERÂMICA É UMA INVENÇÃO NEOLÍTICA Garrafa de barro amarela pequena Honan, China. Cerca de a.C. A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

31

32

33 O AUMENTO POPULACIONAL
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia O AUMENTO POPULACIONAL anos AP: 5 a 10 milhões de humanos. 2.000 anos AP: 300 milhões de humanos 1.750: 800 milhões de humanos. 1.780: Revolução Industrial: novo salto populacional 2.000: 6,5 bilhões de humanos 2.050: A ONU estima em 9 bilhões de pessoas a população mundial. Reconstituição Artística de Aldeia Neolítica A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

34 ARTESANATO, URBANIZAÇÃO, COMÉRCIO, HIERARQUIA
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia ARTESANATO, URBANIZAÇÃO, COMÉRCIO, HIERARQUIA “À medida que a comunidade agrícola de Abu Hureya crescia, a especialização artesanal teria emergido solidamente; ceramistas, tecelões, fazedores de instrumentos e cesteiros devotariam suas habilidades às necessidades da comunidade, talvez em troca de alimentos e outros itens. O pequeno povoado estaria então a caminho de se tornar cidade. O intercâmbio de mercadorias tem uma longa história, mas com o crescimento das comunidades sedentárias ele seguramente teria se expandido tanto em volume como natureza dos bens trocados”, como é o caso das cidades emergentes no Crescente Fértil: Jericó, a cidade mais antiga do Mundo ( anos AP) Catal Huyuc (8.000 anos AP) 3.000 anos AP: “Os tehuacanos cultivavam quase a metade de seus alimentos; viviam em aldeias permanentes e experimentavam o problema da expansão populacional: sinais de hierarquias sociais, cultos, sistemas políticos regionais sucediam-se” A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

35 A OPOSIÇÃO CAMPO VS. CIDADE
Universidade Federal de Campina Grande Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido UATEC – Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia A OPOSIÇÃO CAMPO VS. CIDADE Essa “grandiosa revolução social e econômica” (Burns, 2001: 11) que “surtiu efeito em escala mundial” (Mithen, 2002: 354) provocaria o primeiro grande processo de diferenciação social no interior das coletividades humanas, aquele baseado no contraste entre os povos da cidade e os povos do campo. Nas sociedades ancestrais a divisão do trabalho já se fundamentava em padrões de diferenciação sexual e etária, e a religião e a política possivelmente já estabeleciam escalas de status e poder entre os indivíduos, mas a segmentação entre grupos de famílias produtoras e grupos de famílias consumidoras de alimentos prefiguraria a própria divisão da sociedade em classes (Marx, 1985: 77), assim definindo “o mais velho e mais universal modo de produção conhecido na história” (Galeski apud Shanin, 1973: 63). Portanto, concomitantemente ao processo de transformação socioeconômico resultante da “Revolução Agrícola”, ocorreu também um processo de mudança na consciência dos sujeitos sociais pautada pela oposição entre cidade e campo. A Revolução Agrícola Prof. Dr. Márcio Caniello –

36 BIBLIOGRAFIA BURNS, Edward McNall: História da Civilização Ocidental: do homem das cavernas às naves espaciais. 41ª edição. São Paulo, Editora Globo, 2001. COSTA, Ricardo A. Buriti: Aquecimento Global Existe?. Apresentação em power point. Campina Grande, UFCG, 2007. LEAKEY, Richard: “Um novo modo de vida”, A Evolução da Humanidade. São Paulo, Melhoramentos/Círculo do Livro; Brasília, Editora da UnB, 1981. LEAKEY, Richard & LEWIN, Roger: “Da África à Agricultura”, Origens: o que novas descobertas revelam sobre o aparecimento de nossa espécie e seu possível futuro. 2ª ed. São Paulo, Melhoramentos; Brasília, Editora da UnB, 1981. MARX, Karl: Formações Econômicas Pré-Capitalistas. 4ª ed. Rio de Janeiro, Paz & Terra, 1985. MAZOYER, Marcel & ROUDART, Laurence: História das agriculturas no mundo: no neolítico à crise contemporânea. São Paulo, Editora da UNESP; Brasília, NEAD, 2010. MITHEN, Steven: “Epílogo: as origens da agricultura”, A Pré-História da Mente: uma busca das origens da arte, da religião e da ciência. São Paulo, Editora UNESP, 2002. SAHLINS, Marshal: “A primeira sociedade da afluência”, in CARVALHO, Edgard de Assis, Antropologia Econômica. São Paulo, Livraria Editora Ciências Humanas, 1978.


Carregar ppt "UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google