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FEB: Matriz Portuguesa

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Apresentação em tema: "FEB: Matriz Portuguesa"— Transcrição da apresentação:

1 FEB: Matriz Portuguesa
A expansão marítima ultramarina Charles Boxer O Império Marítimo Português, Cap. 1

2 Mediterrâneo versus Atlântico
Até mudar-se para a região do Mar do Norte (principalmente o que é hoje a Grã-Bretanha e os Países Baixos) no século XVII, o centro de gravidade do comércio marítimo europeu era o Mediterrâneo (John Munro) Conquista de Ceuta 1415 ou 1419 / 1499: início / fim da expansão marítima no oceano Atlântico (costa da ocidental da África; ilhas dos Açores, Madeira, Canárias)

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5 Portugal: expansão marítima no Atlântico (1415 – 1499)
Por que Portugal tomou a dianteira? Quais foram as motivações dos portugueses? Estariam seguindo um plano consciente e programado?

6 Fernand Braudel: Resumo da explicação tradicional (I)
Situado no extremo ocidental da Europa, Portugal estava pronto para partir Expulsão dos mouros em 1253: tinha as mãos livres para agir fora de casa A tomada de Ceuta (1415) introduzira-o no segredo dos tráficos distantes e despertara nele o espírito agressivo das Cruzadas Portugal encontrou um herói: Infante D. Henrique, o Navegador  rodeado de sábios & cartógrafos, foi o inspirador apaixonado das viagens de descobrimento

7 Fernand Braudel: resumo da explicação tradicional (II)
Avanços tecnológicos: a caravela, técnicas & instrumentos de navegação, canhões a bordo, etc. A conquista do litoral africano foi lenta porque: - hostilidade dos ventos; - inospitalidade do litoral saariano; - temores diversos (espontâneos ou propagados); - dificuldades de financiamento; - pouca popularidade (em Portugal)

8 Cronologicamente (mas com sobreposições):
Razões das descobertas portuguesas Boxer: não há consenso, mas pode-se afirmar que os “impulsos fundamentais” foram uma mistura de fatores religiosos, econômicos, estratégicos e políticos. Cronologicamente (mas com sobreposições): - cruzada contra muçulmanos; - para se apoderar do ouro da Guiné; - procura de Preste João; e - busca de especiarias no Oriente.

9 Debate: por que Portugal saiu na frente da Espanha?
PQ era um reino unido mais consolidado  mouros expulsos do Algarve em 1249 Espanha = Castela + Aragão + Catalunha + Galícia...  Unificada apenas após o casamento de Fernando de Aragão e Isabel de Castela (1469)  mouros expulsos de Granada em 1492

10 Debate: razões da tomada de Ceuta em 1415
Por que os dirigentes portugueses (reis, príncipes, nobres & comerciantes) tomaram Ceuta em 1415?  e, principalmente, por que mantiveram (inutilmente) o controle da cidade até 1668? Motivos religiosos; sagração de cavaleiros em ordens religiosas Motivos econômicos: (i) ouro da Guiné (mas será que os portugueses sabiam disso?); entre 1383 e 1435, Portugal não cunhou “moedas nacionais” de ouro; (ii) precisavam de trigo (não produziam o suficiente)

11 Situação financeira de Portugal (I)
1383-5: Guerra com Castela. Assume o trono D. João I, o Mestre de Avis. A paz só foi firmada em 1411  Crise fiscal & monetária: entre , o preço da prata foi elevado em 700 vezes 1435: reforma monetária que cria o real (em substituição à libra);  foi abandonado o sistema libra = 20 soldos // 240 dinheiros

12 Situação financeira de Portugal (II)
1457: emissão de moedas de ouro: cruzados (inicialmente valendo 247 réis)  A partir do final do século XV, o cruzado passa a valer 400 réis (também como unidade de conta) V. M. Godinho: moedas de ouro eram moedas de prestígio (internacional). Por isso não poderiam ter seu valor intrínseco alterado o cruzado manteve suas características durante 80 anos

13 Portugal & Religião & Papa
As bulas papais de meados do sé. XV e as final do século reproduzem as aspirações portuguesas: autorizavam o rei ou o príncipe) de Portugal “atacar, conquistar e submeter” pagãos e outros infiéis em diferentes regiões (“entre o Marrocos e as Índias”). Os dizeres das bulas “coincidiam” com os desejos dos dirigentes portugueses Referências às Índias: reino de Preste João; qualquer região à leste a partir da África Oriental.

14 Portugal & Religião & Papa (II)
 “O efeito cumulativo das bulas papais foi de dar aos portugueses – e, no devido tempo, aos outros europeus que os acompanharam – sansão religiosa a uma atitude igualmente dominadora com relação a todas as raças que estivessem fora do seio da cristandade”

15 Portugal: negócios na África & Ilhas (I)
Inicialmente, o comércio era feito em navios atracados ao longo da costa para desviar os negócios das caravanas Posteriormente, foram sendo estabelecidas feitorias e construídos fortes: Arguim (1445); S. Jorge da Mina (1482) Ocupação das ilhas (antes desabitadas): a partir de 1460, produção de cereais nos Açores e açúcar na Madeira “A fixação nessas ilhas desabitadas iniciou os portugueses na prática da colonização ultramarina, e os colonos foram literalmente pioneiros em um mundo novo”  Adão e Eva...

16 Portugal: negócios na África & Ilhas (II)
Os lucros com os negócios permitem o financiamento da expansão: - “compram” ouro, escravos & marfim - “vendem” manufaturados (tecidos, latões) adquiridos na Europa (Países Baixos; Inglaterra) e trigo das ilhas Portugal: entreposto comercial?

17 Portugal: monarquia empreendedora? (I)
D. Henrique ( ) teria sido uma espécie de CEO da empresa (multinacional) “Portugal Empreendimentos Ltda.” -tomava decisões estratégicas; - atuava diretamente nas empreitadas (p. ex., a conquista de Ceuta); - criava parcerias & sublocava negócios (vendia contratos de exploração), tendo participação nos lucros - incentivava avanços tecnológicos: Universidade de Coimbra; “Escola de Sagres” (?)

18 Portugal: monarquia empreendedora? II
Até sua morte, em 1460, o infante dom Henrique foi o concessionário de todo o comércio ao longo da costa ocidental africana... Mas podia autorizar comerciantes privados a fazer viagens, contanto que pagassem um % dos lucros. Suas motivações não teriam sido unicamente econômicas, mas também religiosas & místicas,  foi Grão-Mestre da Ordem de Cristo, que substituiu a Ordem dos Templários

19 Portugal: monarquia empreendedora? (III)
Entre 1469 e 1475, través de um contrato de arrendamento Fernão Gomes obteve o monopólio do comércio de certas mercadorias em troca de dinheiro e da promessa (cumprida) de descobrir 100 léguas por ano da costa africana para a Coroa Em 1475, o rei Afonso V passou o negócio para seu filho João (D. João II)

20 Portugal: monarquia empreendedora? (IV)
D. João II ( ) foi um “imperialista entusiasmado, que nutria verdadeira paixão pela África e seus produtos, fossem de natureza humana, animal, vegetal ou mineral.  Com perspicácia, interessou-se pessoalmente pela direção do comércio” A Coroa cedeu os direitos de importação de escravos e marfim a “certos indivíduos especialmente favorecidos”, mas manteve sempre o monopólio do ouro  como (desde) sempre, havia muito contrabando

21 Portugal: entreposto comercial
As mercadorias usadas para comprar escravos e ouro (em pó) eram importadas: tecidos, latões... E muitos dos produtos importados da África eram reexportados:  Ex.: pimenta para Flandres; escravos para a Itália e, mais tarde, para a outra margem do Atlântico (sul & norte)

22 Ouro & cunhagem de moeda
Por isso, houve grande cunhagem de cruzados de ouro, que foram exportados para pagar pelas manufaturas  Assim, o ouro africano ajudou a colocar Portugal no mapa da circulação monetária da Europa Durante séculos, certos tipos moeda de ouro que circulavam no norte da Europa eram chamadas de “portugaleses”, embora cunhadas alhures  V. M. Godinho: a partir do final do séc. XV, Portugal usava o ouro africano para comprar prata (& da Alemanha) para usar na aquisição de especiarias nas “Índias”


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