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LINGUAGEM E IDEOLOGIA TURMA: G

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Apresentação em tema: "LINGUAGEM E IDEOLOGIA TURMA: G"— Transcrição da apresentação:

1 LINGUAGEM E IDEOLOGIA TURMA: G
GRUPO: EDVÂNIA MELO BIANCA KELLY TATIANA BRAGA TURMA: G

2 Introdução A linguagem é um fenômeno extremamente complexo, que pode ser estudada de múltiplos pontos de vista, pois pertence a diferentes domínios. É ao mesmo tempo, individual e social, física, fisiológica e psiquica. Numa certa época, foi tomada como “ciência-piloto” das demais ciências humanas. Levi-Strauss, Dumézil, Lacan, Barthes e outros teóricos tomaram os conceitos da linguística e transladaram para outros ramos do saber.

3 Passou a considerar a aquisição da linguística estrutural, que representou um avanço dos estudos linguísticos, como um conjunto de práticas puramente “ideológicas” A linguagem é mediadora, o veículo das ideologias entre homem e natureza, e homens e outros homens, ela carrega não só os significados, mas também os signos, ou seja, a cultura e os costumes de cada uma. Ela é flexível ao uso determinado de pessoas ou segmentos sociais.

4 Marx e Engels Marx e Engels, em A ideologia Alemã, dizem que não se pode fazer da linguagem uma realidade autônoma, como os filósofos idealistas fizeram com o pensamento. Eles afirmam que nem o pensamento nem a linguagem constituem um domínio autônomo, pois ambos são expressões da vida real. Tudo o que pensamos é baseado nos signos pré- existentes. A atribuição de um pensamento pré-verbal, pensamos independente do signo porém só concretizamos esses pensamentos com a linguagem.

5 As principais distinções
É preciso fazer distinção entre o sistema virtual (a lingua) e sua realização concreta. Sistema virtual, abstrato, que todos os falantes de uma dada língua conhecem, realiza-se concretamente nos atos de fala. Na realização concreta do sistema é necessário distinguir o discurso da fala. Fala: É a exteriozação psico-físico-fisiológica do discurso. Ela é rigorosamente individual, pois é sempre um eu quem toma a palavra e realiza o ato de exteriozar o discurso. Discurso: São as combinações de elementos linguísticos (frases ou conjuntos constituídos de muitas frases) usadas pelos falantes com o propósito de exprimir seus pensamentos de falar do mundo exterior ou de seu mundo interior, de agir sobre o mundo.

6 Discurso No discurso temos que distinguir um texto de um não texto. Porque o discurso é estruturado, temos que diferenciar no seu interior uma sintaxe, e uma semântica. Sintaxe discursiva compreende os processos de estruturação do discurso. Introduz ou não a primeira pessoa no discurso. Ex: Eu acho que Pedro foi ao cinema. Pedro foi ao cinema! O uso da primeira pessoa cria um efeito de sentido de “subjetividade”, enquanto sua não utilização produz um efeito de sentido de “objetividade” Ex: Eu afirmo que a terra é redonda.

7 Semântica Discursiva: Abarca os conteúdos que são investidos nos moldes sintáticos abstratos.
Ex: A personagem a quem se delega voz, o que ela diz. No discurso existe o campo de manipulação consciente e o da manipulação inconscientes. A síntese discursiva -> É o campo da manipulação consciente. O falante cria efeitos de sentido de verdade ou de realidade com vistas a convencer seu interlocutor. A semântica discursiva -> É o campo das determinações do inconsciente, consiste no conjunto de elementos semânticos habitualmente usados nos discursos de uma dada época constitui a maneira de ver o mundo numa dada formação social.

8 Duas maneiras de dizer a mesma coisa
Observemos os textos a seguir: Texto A – Um cavalo, quase morto de fome e de sede, caminhava em busca de água e de comida. De repente, deparou com um campo de feno, ao lado do qual corria um regato de águas cristalinas. O cavalo, não sabendo se primeiro bebia da água ou comia do feno, morreu de fome e de sede. Texto B – Há pessoas tão indecisas que são incapazes de realizar qualquer escolha e acabam perdendo muitas oportunidades na vida. Os dois textos querem dizer praticamente a mesma coisa.

9 Tema e Figura Definamos, de maneira precisa, o que é tema e o que é figura. Tema é o elemento semântico que designa um elemento não presente no mundo natural, mas que exerce o papel de categoria ordenadora dos fatos observáveis. Figura é o elemento semântico que remete a um elemento do mundo natural. O discurso figurativo é a concretização de um discurso temático. Para entender um discurso figurativo é preciso, pois, antes de mais nada, apreender o discurso temático que subjaz a ele. Quando falamos em textos figurativos ou não figurativos, estamos falando em predominância e não em exclusividade. Não existem textos exclusivamente figurativos ou temáticos. Um texto figurativo é aquele construído predominantemente com figuras, enquanto um texto temático é organizado basicamente com temas.

10 Que é ideologia? Numa formação social, temos dois níveis de realidade: um de essência e um de aparência; A ideologia é constituída pela realidade e constituinte da realidade. Não é um conjunto de ideias que surge do nada ou da mente privilegiada de alguns pensadores. Há ainda uma coisa muito importante que não devemos esquecer. Embora haja, numa formação social, tantas visões de mundo quantas forem as classes sociais, a ideologia dominante é a ideologia da classe dominante. No modo de produção capitalista, a ideologia dominante é a ideologia burguesa.

11 Formações ideológicas e formações discursivas
Uma formação ideológica deve ser entendida como a visão de mundo de uma determinada classe social, isto é, um conjunto de representações, de ideias que revelam a compreensão que uma dada classe tem do mundo. Formação discursiva é um conjunto de temas e de figuras que materializa uma dada visão de mundo. Por isso, o discurso é mais o lugar da reprodução que o da criação Não há, porém, identidade entre linguagem e pensamento. O que há é uma indissociabilidade de ambos, que não se apresentam jamais de uma forma pura. Por isso, as funções da linguagem e do pensamento não podem ser dissociadas e, muito menos, opostas. Por causa dessa indissociabilidade, pode-se afirmar que o discurso materializa as representações ideológicas.

12 A consciência é um fato social
O que é a consciência? Marx e Engels afirmam, em A ideologia Alemã, que a “linguagem é a consciência real”. Bakhtin diz que a “consciência constitui um fato socioideológico”, pois a realidade da consciência é a linguagem. Segundo esse último autor, sem linguagem não se pode falar em psiquismo humano, mas somente em processos fisiológicos ou processos do sistema nervoso, pois o que define o conteúdo da consciência são fatores sociais, que determinam a vida concreta dos indivíduos nas condições do meio social.

13 O discurso não é, pois, a expressão da consciência, mas a consciência é formada pelo conjunto dos discursos interiorizados pelo indivíduo ao longo de sua vida,. O pensamento dominante em nossa sociedade reluta em aceitar a tese de que a consciência seja social, pois repousa sobre o conceito de individualidade e concebe, assim, a consciência como o lugar da liberdade do ser humano.

14 A individualidade na linguagem
O signo linguístico é formado por dois componentes: Um conceito e um suporte do conceito, que serve para expressá-lo. Ao conceito chama-se significado e ao suporte chama-se significante. O significado é a parte inteligível do signo, enquanto a expressão é a parte sensível. O signo é a união de um significante a um significado. O discurso pertence ao plano do conteúdo. Ele é manifestado por um plano de expressão. A manifestação é, portanto, o encontro de um plano de conteúdo com um plano de expressão, que pode ter como material qualquer língua natural ou um meio não verbal de expressão. Neste nível surge o texto. Enquanto o discurso pertence exclusivamente ao plano do conteúdo, o texto faz parte do nível da manifestação.

15 Há necessidade de estabelecer uma distinção entre conteúdo e expressão, entre imanência e manifestação, entre discurso e texto?

16 Sim, pois o mesmo discurso pode ser manifestado por diferentes textos e estes podem ser construídos com materiais de expressão diversos. O beijo da mulher-aranha foi manifestado verbalmente, num livro, e cinematograficamente. Se o mesmo conteúdo pode manifestar-se por diferentes planos de expressão, a distinção entre imanência e manifestação, entre discurso e texto deve ser feita. Em síntese, o mesmo discurso pode ser manifestado por diferentes meios de expressão.

17 A trapaça discursiva O texto é individual, enquanto o discurso é social. Há um nível grande de liberdade no âmbito da textualização, enquanto no nível discursivo, o homem está preso aos temas às figuras das formações discursivas existentes na formação social que está inserido. Todos os discursos têm, para usar uma expressão de Edward Lopes, uma “função citativa” em relação a outros discursos. Na medida em que é determinado pelas formações ideológicas, o discurso cita outros discursos. Já o texto é individual.

18 Como o mesmo discurso pode manifestar-se em diferentes textos, a liberdade de textualizar é muito grande, estando condicionada apenas pelos processos modelizantes de aprendizagem. O discurso é, pois, o lugar das coerções sociais, enquanto o texto é o espaço da “liberdade individual”. Como diz Edward Lopes.

19 Falar ou ser falado? O falante, suporte das formações discursivas, ao construir seu discurso, investe nas estruturas sintáticas abstratas temas e figuras, que materializam valores, carências, desejos, explicações, justificativas e racionalizações existentes em sua formação social. Esse enunciador não pode, pois, ser considerado uma individualidade livre das coerções sociais, não pode ser visto como agente do discurso. Por ser produto de relações sociais, assimila uma ou várias formações discursivas, que existem em sua formação social, e as reproduz em seu discurso. É nesse sentido que se diz que ele é suporte de discursos.

20 Arena de conflitos e palco de acordo
Se um discurso cita outro discurso, ele não é um sistema fechado em si mesmo, mas é um lugar de pessoas anunciativas, em que a história pode inscrever-se uma vez que é um espaço conflitual e heterogêneo ou um espaço de reprodução. Um discurso pode aceitar, implícita ou explicitamente, outro discurso, pode rejeitá-lo, pode repeti-lo num tom irônico ou reverente. Um discurso sempre cita outro discurso. Um texto pode citar outro texto. As relações entre os textos podem também ser contratuais ou polêmicas.

21 Análise não é investigação policial
A análise vai mostrar que a formação discursiva pertence determinado discurso. O sujeito inscrito no discurso é um “efeito de sentido” produzido pelo próprio discurso, isto é, seus temas e suas figuras é que configuram a “visão de mundo” do sujeito. Se, do ponto de vista genético, as formações ideológicas materializadas nas formações discursivas é que determinam o discurso, do ponto de vista de análise, é o discurso que vai revelar quem é o sujeito, qual é sua visão do mundo. O que importa para o analista é que todo discurso desvela uma ou várias das visões de mundo existentes numa formação social. O homem não escapa de suas coerções nem mesmo quando imagina outros mundos. Na ficção científica, por exemplo, em que o homem cria outros universos, revela os anseios, os temores, os desejos, as carências e os valores da sociedade em que vive.

22 O discurso é reflexo da realidade?
É preciso considerar, quando se diz que a linguagem reflete a realidade (seja seu nível aparente, seja seu nível de essência), que o espírito humano não é passivo e que sua função não consiste apenas em refletir a realidade. Isso significa que o discurso não reflete uma representação sensível no mundo, mas uma categorização do mundo, ou seja, uma abstração efetuada pela prática social. A percepção pura não existe. Pelo contrário, certos dados da psicologia autorizam a dizer que a percepção é guiada pela linguagem. Porque o homem age e transforma a realidade, não apreende passivamente. A forma de apreensão depende do sujeito cognoscente, isto é, do gênero de prática, acumulada na filogênese e na ontogênese, de que dispõe. É por isso que uma mesma realidade pode ser apreendida diversamente por homens distintos. Pode-se concluir que o discurso é, ao mesmo tempo, prática social cristalizada e modelador de uma visão de mundo.

23 A linguagem faz parte da superestrutura?
Fiorin demonstra que diverge de Marr e Stálin, pois Marr coloca a língua como oriunda das classes e Stálin defende a língua como identidade de uma nação e que por isso deve ser estática.

24 O lugar da linguagem A língua em si não é um fenômeno que tenha um caráter de classe, uma vez que ela existia nas sociedades sem classe, existe nas formações sociais com classe e continuará existindo quando as classes forem abolidas. No entanto, as classes usam a linguagem para transmitir suas representações ideológicas. Ela também não é propriamente um fenômeno de superestrutura, mas é o veículo das representações ideológicas. Se entendermos que a linguagem, ao mesmo tempo que permeia toda superestrutura, constitui formações discursivas que pertencem á ordem surperestrutural, não incidiremos no equívoco de dar uma resposta exclusivamente afirmativa, como Marr, ou unicamente negativa, como Stálin, á questão das relações entre linguagem e formações sociais. A primeira função da linguagem não é ser representação do pensamento ou instrumento de comunicação, mas expressão da vida real.

25 Comunicar é agir Quando um enunciador comunica alguma coisa, tem em vista agir no mundo. Ao exercer seu fazer informativo, produz um sentido com  a finalidade de influir sobre os outros, deseja que o enunciatário creia no que ele lhe diz, faça alguma coisa, mude de comportamento ou de opinião, comunicar é também agir num sentido mais amplo. Quando um enunciador reproduz em seu discurso elementos da formação discursiva dominante, de certa forma, contribui para reforçar as estruturas de dominação. Sem pretender que o discurso possa transformar o mundo, pode-se dizer que a linguagem pode ser instrumento de libertação ou de opressão, de mudança ou de conservação.

26 A reflexão sobre a linguagem desafia os homens há milênios, porque dela se pode dizer o que dizia Riobaldo, no Grande sertão: veredas: Todos estão loucos, neste mundo? Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça para o total. Conclui-se portanto que a linguagem é, ao mesmo tempo autônoma em relação ás formações sociais e determinada por fatores ideológicos, onde a determinação ideológica revela-se, em toda sua plenitude, no componente semântico do discurso.


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