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A INTERCESSÃO NO SANTUÁRIO MARIANO

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Apresentação em tema: "A INTERCESSÃO NO SANTUÁRIO MARIANO"— Transcrição da apresentação:

1 A INTERCESSÃO NO SANTUÁRIO MARIANO
CASA DA MEDIAÇÃO MATERNA Pe. Alexandre Awi, ISch VI Congresso Mariológico Aparecida

2 Esquema 0. Introdução 1. Santuário como lugar sacramental: casa
2. Presença de Maria no santuário: casa da Mãe 3. Intercessão de Maria no santuário: casa da mediação materna 4. Pastoral mariana no santuário Santuário mariano, casa da palavra acolhedora e evangelizadora Santuário mariano, casa do culto e da piedade popular Santuário mariano, casa da caridade e da comunhão fraterna

3 “Os santuários são oásis da Igreja para o mundo que carece de sentido” e o trabalho evangelizador aqui realizado “tem como inspiração a mediação de Maria, sob o título de Aparecida” Pe. Darci Nicioli, CSsR Reitor Santuário Nacional

4 Introdução Objetivo: uma reflexão teológico-pastoral focalizada na realidade da intercessão nos santuários marianos. Pastoral sem teologia é como corpo sem alma. Por outro lado, uma teologia que não parte da realidade nem conduz à vida termina por tornar-se estéril. Vários encontros pastorais, mas “teologia dos santuários marianos” pouco explorada...

5 “Maria atrai as multidões. Cabe a nós saber o que fazer com elas...”
Pe. José Adelson Ramos Reitor do Santuário de N. Sra. de Nazaré – Belém/PA

6 Em relação à intercessão...
Tese: Os santuários marianos são lugares sacramentais da presença de Maria, “casa da mediação materna”. Pistas para uma “pastoral mariana” destes santuários como “casas” da palavra acolhedora e evangelizadora, do culto e da piedade popular, da caridade e da comunhão fraterna.

7 “Os santuários são lugares que dão testemunho da especial presença de Maria na vida da Igreja (...) são como a Casa da Mãe, lugares para deter-se e descansar ao longo do caminho que leva a Cristo (...) são autênticos Cenáculos, onde todas as categorias de fiéis têm a gozosa possibilidade de se submergir na oração intensa junto a Maria, a Mãe de Jesus.” (JP II, 21/6/87)

8 1. Santuário como lugar sacramental: casa
“O homem é um ser sacramental; no nível religioso exprime suas relações com Deus num conjunto de sinais e símbolos; Deus igualmente os utiliza quando se comunica com os homens. Toda a criação é, de certa forma, sacramento de Deus, porque no-lo revela.” (Puebla 920) 1. Santuário como lugar sacramental: casa

9 Santuários (lugares sagrados): em todos os povos e religiões
No Antigo e no Novo Testamento. Porém Jesus é maior que o templo (Mt 12,6). Jo 4,20-24: “adorar a Deus em espírito e verdade”. Relativização mas não abolição. Túmulo dos mártires, lugares santos em Jerusalém, Roma, Santiago...

10 Pedagogia pastoral de Deus: expressa sua proximidade; respeita o homem como ser sensível.
O homem busca “mediações”. Base teológica: criação e encarnação. “Sensus fidei” intui e confirma.(“A melhor escola é o romeiro” – Geraldo, voluntário) Há um “instinto de fé mariano” na religiosidade popular. Os fiéis se sentem “em casa” e escrevem ali sua história pessoal e comunitária...

11 Os santuários pertencem à categoria dos “sacramentais”
Os santuários pertencem à categoria dos “sacramentais”. Estes são sinais visíveis que ajudam o homem a encontrar-se com Deus e tomar contato com sua força transformadora. “Quase não há uso honesto das coisas materiais que não possa reverter para este fim: a santificação dos homens e o louvor a Deus” (SC 61) Um sacramental só produz efeito em função da atitude subjetiva e da disposição de fé da pessoa.

12 Santuário, e tudo o que com ele se relaciona, tem apenas o valor de símbolo de uma realidade superior. Tudo num santuário indica para o além. Eles são sinais... de Cristo, morada de Deus da Igreja, sacramento da salvação (LG 48) da nossa vocação de ser santuários vivos (1Cor 6,19; 1Pe 2,5) Maria, santuário do Verbo encarnado da Jerusalém celeste, pátria definitiva da CASA, do LAR definitivo que todos buscam

13 Consequência pastoral...
Peregrino terá frutos de fé, de amor, de conversão na medida em que se comprometer interior e pessoalmente. Não é algo mágico, onde basta cumprir certos rituais. O santuário será instrumento para a conversão e o milagre, seja ele do tipo que for (físico ou espiritual), se encontrar no fiel uma disposição interior para um encontro real com o Senhor e sua Mãe.

14 2. Presença de Maria no santuário: casa da Mãe
Santuários marianos são sacramentais da casa materna

15 “Maria representa o símbolo cultural (e cultual) mais potente e popular dos últimos mil anos do ocidente cristão.” (A. Greely) A Nossa Senhora da piedade popular é a Mãe!

16 “Os diversos títulos e os santuários espalhados por todo o Continente testemunham a presença próxima de Maria às pessoas, e ao mesmo tempo manifestam a fé e a confiança que os devotos sentem por ela. Ela pertence a eles e eles a sentem como mãe e irmã.” (Puebla 269)

17 Magistério de João Paulo II lançou importante luz sobre a teologia e espiritualidade dos santuários marianos. RM 28: “uma específica ‘geografia’ da fé e da piedade mariana, que abarca todos estes lugares de especial peregrinação do povo de Deus, que busca o encontro com a Mãe de Deus para encontrar neles a presença materna de Maria.” Em plena continuidade com o evento de Pentecostes. Esta união de Maria com a Igreja Primitiva, existente no início continua até os nossos dias e deve permanecer em cada lugar onde a Igreja se manifesta. Os santuários são, portanto, lugares onde se faz visível esta relação entre Maria e a Igreja, histórica e geograficamente presente no meio do mundo.

18 Origem histórica dos santuários...
Pode variar, mas, é sempre a consciência de certa presença de Maria naquele lugar que desperta no povo fiel a devoção. manifestação extraordinária de Maria, como no caso de uma aparição (Guadalupe, Lourdes, Fátima); lenda ou acontecimento milagroso da parte de Maria, vinculados a um título ou imagem específica (Loreto, Aparecida); piedade de fiéis que elevam um santuário em honra de Maria (Pompéia, Schoenstatt). Edgardo Trucco: Seja como for, “todos surgem da iniciativa de Deus (...) não existem santuários por iniciativas humanas”.

19 “Quando declaramos que a Mãe de Deus criou o lugar de peregrinações, não devemos envergonhar-nos de dizer que ela só juntou as mãos, que o criou por sua intercessão; em última análise foram o Pai, Jesus e o Espírito Santo que o fizeram. A Mãe de Deus só pode dizer: ‘Por favor!’ Por mais que a amemos, ela não pode fazer nada. Em última análise quem faz tudo o que diz respeito à ordem da salvação? O Deus eterno. Nenhuma criatura pode fazê-lo, por trás de tudo está o Deus Trino.” Santuário Original - Schoenstatt Pe. José Kentenich

20 Missão dos santuários marianos
Prolongar a presença de Maria junto à Igreja. Ser lugar de seu “ministério maternal” (MC). Neles Maria “atrai” e “envia”. Atrai ao seu Filho e envia ao mundo, onde a salvação deve se fazer operante no hoje da história.

21 Excurso: Presença de Maria na Igreja e na vida dos cristãos?

22 René Lauretin: “Em que consiste a ação de Maria em favor de seus filhos? É uma questão difícil e discutida. Um ponto é certo: Maria exerce uma intercessão universal, uma intercessão viva que procede do amor.” Sua oração por livre disposição de Deus, tem eficácia verdadeira e universal. Seu amor é pleno de desejos que refletem em seu coração, cumulado de graças, os próprios desejos de Deus. Só Deus pode realizar os desejos de Maria para seus filhos, porém não devemos dissociar a ação de Deus da ação de Maria. Não conseguimos precisar o modo desta interpenetração de ações, mas parece que convém a uma mãe atingir os seus filhos “não apenas em intenção, mas realmente. E é também difícil explicar, de forma diferente, a experiência tão surpreendente e comum da ‘presença mariana’ na alma dos santos.”

23 José Garcia Paredes Tal presença tem seu fundamento no mistério da assunção de Maria (LG 62, RM 40) e na comunhão dos santos (LG 48-49). A primeira ressuscitada depois de Jesus, nele, com ele e por ele, Maria está presente em nós, atuando em nós. Nela a ressurreição produziu cem por um. Maria, primícia da Igreja triunfante está nela, com ela e em comunhão profunda conosco. A solidariedade para com aqueles que nos precederam no sinal da fé não é apenas uma ‘recordação’ e um ‘estímulo’ para a atuação, mas uma presença: a comunhão com os que morreram em Cristo está cheia de presença, de misterioso influxo mútuo. A experiência da presença de Maria é a prova mais generalizada. A nova Eva continua sendo a ‘mãe dos vivos’.

24 “O bispo de Limburgo acreditava realmente que nós pensávamos que a Mãe de Deus está sentada no trono do Santuário. Mas a Mãe de Deus está por ventura fisicamente sentada no trono? Acham que nosso povo imagina isso? (...) não, não é assim! Que significa a vinculação local? A Mãe de Deus está espiritualmente vinculada por seu amor, sua intercessão, seu poder. Nada mais. Consideramos natural a Mãe de Deus atender aqui de modo particular as orações, como acontece em todos os lugares de peregrinação. (...) É o que se costuma chamar de sacramental do lugar.” (P. José Kentenich) Presença por seu amor, sua intercessão, seu poder. Presença “moral”, para diferenciar de “física” ou “real” (Eucaristia).

25 Aplicando aos santuários marianos...
O fiel se vincula ao santuário porque acredita que Maria, como sua Mãe, se encontra ali de forma especial e pode exercer uma mediação em seu favor junto a Jesus, graças à ação do Espírito Santo. Maria está presente nos seus santuários na medida em que desenvolve ali sua atividade maternal como colaboradora permanente de Cristo na obra da redenção. O santuário é apenas uma “condição” (não exclusiva) para que Maria possa atuar. É lugar privilegiado.

26 3. Intercessão de Maria no santuário: casa da mediação materna
Tese fundamental: os santuários marianos são lugares privilegiados onde os fiéis experimentam a maternidade mediadora de Maria 3. Intercessão de Maria no santuário: casa da mediação materna

27 C. Boff: “lógica da inclusão”, própria das mediações, ajuda a entender o lugar de Maria no plano da salvação: ela é a pessoa que Cristo mais “incluiu” em sua obra salvadora, a que mais participou da mediação de Cristo, único mediador. E o fez a partir de sua missão maternal ou “ministério maternal”: maternidade divina e maternidade espiritual. LG 60: “maternus munus erga homines” (ministério maternal em relação aos homens). Os santuários são lugares privilegiados onde Maria exerce sua maternidade espiritual em favor dos homens, seus filhos.

28 MC 57: “multifacetada missão de Maria, descrita em três aspectos:
Santidade exemplar Mediação materna Portadora da graça

29 Mediação materna (JP II, RM 21)
Sobre o valor simbólico do episódio de Caná (cf. Jo 2): o “ir ao encontro das necessidades do homem significa, ao mesmo tempo, introduzi-las no âmbito da missão messiânica e do poder salvífico de Cristo. Dá-se, portanto, uma mediação: Maria põe-se de permeio entre o seu Filho e os homens na realidade das suas privações, das suas indigências e dos seus sofrimentos. Põe-se de ‘permeio’, isto é, faz de mediadora, não como uma estranha, mas na sua posição de mãe, consciente de que, como tal, pode - ou antes, ‘tem o direito de’ - fazer presente ao Filho as necessidades dos homens. A sua mediação, portanto, tem um carácter de intercessão: Maria ‘intercede’ pelos homens.” (mediação ascendente)

30 “E não é tudo: como Mãe deseja também que se manifeste o poder messiânico do Filho, ou seja, o seu poder salvífico que se destina a socorrer as desventuras humanas, a libertar o homem do mal que, sob diversas formas e em diversas proporções, faz sentir o peso na sua vida.” (mediação descendente)

31 Analisando ainda o mesmo texto, o Papa destaca um “outro elemento essencial desta função maternal de Maria”: ela é para os homens “porta-voz da vontade do Filho, como quem indica aquelas exigências que devem ser satisfeitas, para que possa manifestar-se o poder salvífico do Messias”. Por isso ela indica: “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2,5). Em Caná, continua o Papa, “graças à intercessão de Maria e à obediência dos servos, Jesus dá início à ‘sua hora’.”

32 Mediação em chave cristocêntrica (LG)
Mas também: mediação de Maria não substitui a mediação do Espírito Santo. Ela acontece sempre “no Espírito Santo”. O Espírito sustenta sempre a mediação materna de Maria na sua intercessão; e ainda é o Espírito que é dado por meio da maternidade espiritual de Maria, como também, do seu modo, a da Igreja.

33 “Maria, de fato, não substitui o Espírito na intercessão, que é uma das formas da mediação ascendente, como não o obscurece na santificação que é a forma da mediação descendente. Maria ora e intercede no Espírito, atua e forma maternalmente em virtude do Espírito, em perfeita sinergia, em estreita colaboração, iluminando também deste ponto de vista sua exemplaridade para a Igreja, na qual se realiza também uma mediação ascendente e descendente no Espírito Santo, que deriva de Cristo, orientada ao Pai.” (Jesús Castellano)

34 Mediação maternal é mais que “intercessão”, e os santuários marianos em sua pastoral deveriam ajudar a destacar isto. Maria no santuário não só intercede, mas cuida e educa como mãe. Ela aponta a Jesus, mostra caminhos, chama à conversão, corrige e não apenas “resolve os problemas” ou “faz milagres”. Puebla se percebe claramente este acento: Maria é mãe e educadora, assumindo assim a intenção de Paulo VI ao proclamá-la como “Mãe da Igreja” ao final do Concílio. Maria é “pedagoga do evangelho” (n. 290), que “educa Cristo nos corações” (MC 37). Este caráter educador de Maria como mãe a coloca diante de nós como pessoa. Existe entre Maria e os discípulos de Jesus, seus filhos pela ordem da graça, uma relação pessoal de mãe para filho, e os santuários se transformam em “escolas”. Bento XVI: “Permanecei na escola de Maria”.

35 4. Pastoral mariana nos santuários
Ter em conta a dimensão mariana da pastoral Aproveitar pedagogicamente o potencial da religiosidade mariana Pastoral = ação evangelizadora Tríplice ofício: palavra, culto, caridade 4. Pastoral mariana nos santuários

36 “A vida e a missão do discípulo missionário de Jesus Cristo, segundo as Diretrizes da Ação Evangelizadora no Brasil nos últimos tempos, consiste no exercício do tríplice múnus, recebido no Batismo: ministério da Palavra, ministério da Liturgia, ministério da Caridade” (DGAE , n.129)

37 Aplicado aos santuários marianos:
casa da palavra acolhedora e evangelizadora (serviço da palavra) casa do culto e da piedade popular (serviço da liturgia) casa da caridade e da comunhão fraterna (serviço da caridade)

38 5.1 Santuário mariano, casa da palavra acolhedora e evangelizadora

39 CDC cân. 1230: santuário = “a igreja ou outro lugar sagrado, aonde os fiéis em grande número, por algum motivo especial de piedade, fazem peregrinações com a aprovação do Ordinário local” CDC cân § 1 recomenda que nos santuários se ofereçam aos fiéis “meios de salvação mais abundantes”, mencionando em primeiro lugar o anúncio diligente da Palavra de Deus.

40 Íntima relação entre santuário e evangelização
Puebla urge a “uma crescente e planificada transfor­mação de nossos santuários para que possam ser ‘lugares privilegiados’ de evangelização. Isso requer purificá-los de todo tipo de manipulação e de atividades comer­ciais.” (n. 463) A circunstância de lugar não é secundária (como no caso das circunstâncias para a oração mental) Maria, Estrela da Evangelização (antiga e nova). Cf. EN 82. Centralidade do serviço de acolhida

41 Caso da América Latina O primeiro anúncio se fez com a marca mariana: “em nossos povos, o evangelho tem sido anunciado, apresentando a Virgem Maria como a sua realização mais alta”(282). O dado mariano é tão característico de toda a piedade popular latino-americana: “Esta experiência pertence à íntima identidade desses povos.” (283) Mas é também eclesial: “O povo sabe que encontra Maria na Igreja Católica” (284). Devido a essas características, os santuários marianos são um sinal da presença de Maria na realidade latino-americana e um sinal de comunhão entre todos os povos: “Maria foi a voz que impulsou a união entre todos os povos”(282). 

42 II Congresso Mundial de pastoral de peregrinações e santuários (2010)
Principal objetivo da peregrinação a um santuário é a evangelização, o encontro com Deus e, por isso, se tem passado de uma prática devocional a uma pastoral da peregrinação Mensagem de Bento XVI: Sintonizar com o peregrino (e suas perguntas) Aproveitar sua presença Qualidade no acolhimento Fazer proposta verdadeiramente cristã: a meta é o encontro com Deus Aproveitar o momento da graça

43 “Como toda a Igreja, a religião do povo deve ser evangelizada sempre de novo.
Será um esfor­ço de pedagogia pastoral, em que o catolicismo po­pular seja assumido, purificado, completado e di­namizado pelo Evangelho. Para tanto se re­quer conhecer os símbolos, a linguagem silenciosa, não verbal, do povo, com o fim de conseguir, num diálogo vital, comunicar a Boa Nova mediante um processo de re-informação catequética.” (Puebla 457)

44 5.2 Santuário mariano, casa da liturgia e da piedade popular

45 Entre os “meios mais abundantes de salvação” que o Código de Direito Canônico com clareza recomenda que sejam oferecidos aos fiéis nos santuários se encontra a vida litúrgica, principalmente a Eucaristia e a celebração da penitência, e o cultivo das formas aprovadas de piedade popular (cf. cân § 2). Recomenda, inclusive, que “os documentos votivos da arte popular e da piedade sejam conservados em lugar visível nos santuários ou em locais adjacentes, e sejam guardados com segurança.” (cân § 2)

46 Centralidade da Eucaristia, celebrada de forma exemplar, com e como Maria, mulher Eucarística.
Importância do Sacramento da Reconciliação e uma “pastoral da conversão” (lugar, preparação adequada): Maria atua como “Mãe da Misericórdia”. Ter em conta o Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia (Congregação para o Culto Divino, 2002)

47 Puebla diz: que se favoreça “a mútua fecundação entre liturgia e piedade popular que possa orientar com lu­cidez e prudência os anseios de oração e vita­lidade carismática que hoje se comprovam em nossos países. Por outro lado, a religião do povo, com sua grande riqueza simbólica e ex­pressiva, pode proporcionar à liturgia um di­namismo criador. Este, devidamente discerni­do, há de servir para encarnar mais e melhor a oração universal da Igreja em nossa cultura.” (465)

48 MC 31: evitar dois extremos
Desprezar os exercícios de piedade Misturar exercícios piedosos e atos litúrgicos em celebrações híbridas Puebla 913: “A piedade popular apresenta aspectos positivos como: senso do sagrado e do transcendente; dispo­nibilidade para ouvir a Palavra de Deus; marcada piedade mariana; capacidade para rezar; sentido de amizade, caridade e união familiar; capacidade de sofrer e reparar; resignação cristã em situações irreparáveis; desprendimento das coisas materiais.”

49 Puebla 914: Mas apresenta também aspectos negativos: falta de senso de pertença à Igreja; desvinculação entre fé e vida; o fato de não conduzir à recepção dos sacramentos; exagerada valorização do culto dos santos com detrimento do conhecimento de Jesus Cristo e de seu mistério; ideia deformada a respei­to de Deus; conceito utilitário de certas formas de piedade; propensão, em alguns lugares, para o sin­cretismo religioso; infiltração do espiritismo e, em certos casos, de práticas religiosas do Oriente.

50 Dimensões do culto e devoção nos santuários marianos, que se deve ter presente(cf. MC):
Salvífica (história da salvação aplicada à história do povo) Cristológica (Maria conduz sempre a Cristo) Eclesial (Maria é figura da Igreja e índice onde se encontra a Igreja) Contemplativa (atitude contemplativa e relacional) Evangelizadora (conteúdo da pregação e da catequese) Antropológica (proximidade ao homem concreto) Sociológico-cultural (inserção do evangelho na cultura e nas situações sociais)

51 5.3 Santuário mariano, casa da caridade e comunhão fraterna

52 ‘Toda a atividade da Igreja é a manifestação de um amor que procura o bem integral do ser humano’ (DCE n. 19), amor esse que ‘é o melhor testemunho do Deus em que acreditamos’ (DCE n. 31). O amor cristão tem duas faces inseparáveis: faz brotar e crescer a comunhão fraterna entre os que acolheram a Palavra do Evangelho e leva ao serviço a todos, particularmente aos mais pobres. (DGAE, 219)

53 O objetivo da mediação materna de Maria como educação ao serviço, abertura às necessidades dos irmãos e confirma na Igreja o espírito do ‘Magnificat’. RM 41: mediação materna em Maria é um serviço pelo Reino e a sua exaltação gloriosa é para Maria a condição para poder continuar naquela dimensão de serviço que a caracterizou durante todo o tempo da sua vida. Também para ela vale o ditado: ‘servir quer dizer reinar!’ e vice-versa: ‘a glória de servir não deixa de ser a sua exaltação real’.

54 RM 37: bela reflexão sobre Magnificat
RM 37: bela reflexão sobre Magnificat. “O seu amor preferencial pelos pobres acha-se admiravelmente inscrito no Magnificat de Maria.” Muitos santuários marianos são vivos testemunhos de caridade e de promoção do serviço aos mais necessitados. Como lugares de culto e de reconciliação, promovem a atenção aos mais pobres tanto no sentido físico como espiritual, ou seja, todos aqueles que sofrem no corpo e no espírito e que orientam a peregrinação da sua vida a esses lugares onde Maria é Mãe e a Igreja se torna casa aberta a todos. Por isso, o Santuário deve ser também: casa para todas a cultura e a sociedade casa para o diálogo ecumênico e inter-religioso

55 Maria, especialmente por meio de seus santuários, tem sido um fator determinante para salvar a unidade eclesial e a comunhão. “Como na família humana, a Igreja-família é gerada ao redor de uma mãe, que confere ‘alma’ e ternura à convivência familiar (cf. DP 295). Maria, Mãe da Igreja, além de modelo e paradigma da humanidade, é artífice de comunhão. Um dos eventos fundamentais da Igreja é quando o ´sim’ brotou de Maria. Ela atrai multidões à comunhão com Jesus e sua Igreja, como experimentamos muitas vezes nos santuários marianos. Por isso, como a Virgem Maria, a Igreja é mãe.” (DAp 268)

56 Palavras-chave para uma autêntica espiritualidade mariana para o cristão do nosso tempo:
Contemplação Imitação Comunhão Colaboração E o exemplo deverá partir dos santuários, lugares de uma renovada espiritualidade mariana.

57 Concluindo... “Maria, rogai por nós!” É o clamor do peregrino. É a súplica daquele que vai à casa da mãe. Contudo, a mediação desta mãe tem a intenção não só de levar a Deus as suas preces, mas também de comunicar ao fiel a vontade de Deus em sua vida. A casa da mãe não é mera casa de acolhimento e de socorro na hora do desespero, mas é casa de uma mãe educadora. Nessa casa o filho se encontra com Deus e sua vontade, na escuta da Palavra, nos sacramentos e nas formas esclarecidas de piedade popular. Nessa casa, o filho se encontra com seus irmãos, aprendendo a servi-los em suas necessidades e a viver em comunhão com eles. Essa é a Casa da Mãe Maria, a de Aparecida, de Fátima, e de todos os santuários... Assim foi na casa humilde de Nazaré e assim será até a chegada de todos à casa da Jerusalém eterna.


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