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Explorando o Processo de Escrita de um Romance

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Apresentação em tema: "Explorando o Processo de Escrita de um Romance"— Transcrição da apresentação:

1 Explorando o Processo de Escrita de um Romance
Alexandre Lobão Perguntar: Número de escritores ou aspirantes a escritores Número de leitores ávidos Curiosos que estavam só passando Vendo o título da palestra, alguns de vocês devem estar pensando que finalmente a auto-ajuda finalmente chegou ao mundo dos escritores (“Como fazer amigos e influenciar pessoas”, “7 regras de ouro para ganhar dinheiro fácil”, etc. Bom, eu gostaria de perguntar a expectativa de cada um, mas como só temos 45 minutos, vou fazer o contrário: vou explicar logo de início do que se trata a palestra, assim, se alguém entrou na palestra errada, quando eu começar a falar pode se levantar e ir saindo de fininho...

2 Quem sou eu?

3 Quem somos nós? Como professor e escritor, posso dizer que os professores: Têm muita intimidade com livros Têm uma rotina sobrecarregada de atividades Precisam se esforçar para conseguir algum tempo para: Leitura = formação pessoal = melhoria como pessoa e como profissional Se preocupam com a formação de leitores… Ou seja, professores e escritores têm MUITO em comum!  3

4 Objetivos da palestra Trocar idéias sobre uma possível forma de se escrever Não há “forma certa” de se escrever “Trocar idéias” significa que vocês devem participar! :) Destacar alguns pontos no pré-, durante a escrita de um romance Aproximar tutores/professores e escritor, aperfeiçoando o “lado professor” do escritor e o “lado escritor” dos tutores/professores Mostrar um exemplo de como mapear isso para sala de aula

5 Agenda Por que lemos? Como lemos? Leitura em 4 dimensões
Leitura em 3 níveis A relação entre ler e escrever “Introdução à arte de escrever” Antes de começar a escrever Escrevendo Como produzir histórias em sala de aula Proposta de trabalho

6 Por que lemos? Nos manter informados Para consulta
Realizar trabalhos acadêmicos Por prazer etc

7 Por que lemos? A leitura é requisito básico para sucesso social
Muitos anúncios de emprego pedem “escrita própria” Há profissões onde saber escrever BEM é essencial (advogados, professores, jornalistas, etc)

8 Como lemos? Ensinar uma língua é diferente de ensinar gramática!
Saber regras é diferente de saber se expressar! Alunos devem ser leiturizados, e não alfabetizados (Foucambert) Ler é mais importante que estudar (Ziraldo) A leitura transcende o texto É muito mais do que decodificar ou treinar o aluno na estrutura da língua! Envolve ajudar a compreender a relação língua/pensamento

9 Por que lemos? A leitura transcende o texto
É muito mais do que decodificar ou treinar o aluno na estrutura da língua! Envolve ajudar a compreender a relação língua/pensamento Alunos devem ser leiturizados, e não alfabetizados (Foucambert) Ler é mais importante que estudar (Ziraldo) Ensinar uma língua é diferente de ensinar gramática! Saber regras é diferente de saber se expressar!

10 Leitura em 4 dimensões Contexto: situa a texto no ambiente onde ele ocorre Texto: Coesão (termos de ligação), vocabulário e coerência (desenvolvimento) Infratexto: informações implícitas Intertexto: conexão com outros textos

11 Leitura em 3 níveis Leitura objetiva: decodificação
Mais simples, elementos explícitos Leitura inferencial: dedução Elementos implícitos Leitura avaliativa: impressão Opinião do leitor sobre o texto

12 A relação entre ler e escrever
Ao se estimular a criação de histórias, amplia-se também a capacidade de leitura Exercício das dimensões inferencial e avaliativa Toda criança já tem competência comunicativa ao entrar na escola O que falta é estabelecer a ligação entre pensamento e escrita / leitura

13 Agenda Por que lemos? Como lemos? Leitura em 4 dimensões
Leitura em 3 níveis A relação entre ler e escrever “Introdução à arte de escrever” Antes de começar a escrever Escrevendo Como produzir histórias em sala de aula Proposta de trabalho

14 “Introdução à arte de escrever”
Escrever é fácil! “Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não.” José Saramago “Escrever é fácil: Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.” Pablo Neruda

15 “Introdução à arte de escrever”
Mas escrever bem dá trabalho... “Existem três regras para saber escrever ficção. Infelizmente ninguém sabe quais são elas.” W. Somerset Maugham “Escrevo trezentas páginas, aproveito no máximo trinta.” Fernando Sabino “O que é escrito sem esforço, geralmente é lido sem prazer” Samuel Johnson

16 “Introdução à arte de escrever”
Mas com amor e persistência se chega lá! “Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever.” Lêdo Ivo “Você irá escrevendo, irá escrevendo, se aperfeiçoando, progredindo, progredindo aos poucos: um belo dia (se você agüentar o tranco) os outros percebem que existe um grande escritor.” Mário de Andrade

17 “Introdução à arte de escrever”
E já que vamos escrever, falemos de livros! “A função do romance é ser a expressão maior e diríamos homérica, ou seja, épica, da vida contemporânea” M. Paulo Nunes “Romance é a imaginação abrangendo e modelando a vida” Joaquim Nabuco

18 “Introdução à arte de escrever”
Um Romance não é um conto comprido! Nele, podemos explorar melhor: Personagens Ambientes Tramas Tempo Formas narrativas etc, etc, etc O que é “útil” para um escritor de romances, é útil para qualquer outro escritor!

19 Introdução Como os escritores escrevem? Infelizmente, não há regra!
Alguns definem apenas os personagens e o ponto de partida Muitos definem o final da história antes de começar Alguns organizam toda a estrutura da história antes de iniciar ... Infelizmente, não há regra!

20 Escolhendo a idéia Por que é única? Por que vale a pena contá-la?
Acostume-se a registrar suas idéias Carregando bloco e papel, gravando, etc; desde que seja fácil de retornar a elas Guarde referências s, sites, fotos, registros de viagem, etc

21 Organizando as idéias O Quê? Quando? Onde? Sobre o quê?
Gênero / sub-gênero: F.C., Romance, Suspense, Terror, Policial, etc. Quando? Tempo: Passado, presente, futuro ou atemporal; definir “datas” exatas se isso for importante. Duração: do início ao fim da história: uma hora, cem anos? Onde? Local: Nave Espacial, cidade, campo, um quarto de pensão, um país... ou não interessa? Sobre o quê? Assunto / Premissa: Sobre o que é a história, exatamente? Aos poucos, a idéia começa a se transformar em história... Sobre o quê? Exemplos: Huckleberry Fin, de Mark Tain, não é sobre dois homens descendo o rio em uma jangada, é sobre preconceito e o valor da amizade. A Metamorfose, de Franz Kafka, não é sobre um homem que vira barata, é sobre o impacto desumanizador que a sociedade industrializada e de massa tem sobre o homem.

22 Gestação Momento em que detalhes do livro ainda estão indefinidos
Pesquisa sobre o tema Leituras direcionadas para “garimpar” informações Entrevistas / Conversas com especialistas Grupos de leitura / amigos (contar história e mencionar pontos a melhorar, colher sugestões) Exemplo de “garimpo”: Música preferida de Hitler, Termos e costumes usados na Alemanha durante a II Grande Guerra, Referências geográficas e climáticas, etc => 3 págs de um livro de 1008 (Albert Speer: sua luta pela Verdade)

23 Pesquisa O que escolher para o livro? Visão válida <> verdade
Código Da Vinci: fragmento de evangelho apócrifo diz que “Jesus XXX Maria de Madalena”, onde XXX, em hebraico significa ser amigo, irmão, esposo, companheiro ou qualquer outro relacionamento. Nome da Águia: descrição dos Kittim nos Manuscritos do Mar Morto – “Guerra dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas” Versões “polêmicas” garantem base factual verdadeira e máximo impacto na história

24 Validando a idéia Após a “gestação”, quando a idéia virou um argumento... Após toda a pesquisa, quando o argumento virou uma história... A história ainda merece ser contada? Se sim, continue. Caso contrário, jogue fora! Ex: Filme “Michelângelo”

25 Validando a idéia Agora que sua idéia já é uma história...
Por que esta história é interessante? Por que alguém gostaria de lê-la? O que faz esta história única, o que a diferencia das demais? Depois de ler a história, o que o leitor vai responder quando lhe perguntarem sobre do que se trata a história? E quando lhe perguntarem do que gostou mais na história? História: Filme “Michelangelo”, onde o pintor não está feliz com a pintura do teto da capela em Roma, pois o papa faz muitas ingerências, e, ao ir a uma taverna e beber um vinho azedo, reclama ao taverneiro. O Taverneiro bebe um pouco, pois não acredita (“Acabei de abrir o barril, ainda está cheio”), mas ao constatar que está azedo, destrói o barril com um machado (“se está ruim, joguemos fora!”). Michelângelo sai com a frase na cabeça, vai à Capela, destrói toda a pintura e começa novamente do zero – e fez uma obra que até hoje é respeitada pela sua qualidade!

26 Refinando os personagens
O seu personagem precisa ter: Passado / Background Personalidade Evolução bidimensionais tridimensionais Características físicas Interesses Papel e Importância na trama O que move o personagem? Quais são seus objetivos pessoais e suas necessidades? Como isso é explorado (ou não) na trama? Passado / Background (para justificar suas ações – como ele vê mundo?) Personalidade (conceitos morais, defeitos, o que ele aprendeu com o passado e como reage a mudanças e novas situações) Evolução (personagens podem ser bidimensionais – simplificados, são muitas vezes arquétipos ou reagem sempre da mesma forma, sua personalidade não é aprofundada a narrativa, ou tridimensionais – aprendem e evoluem no correr da narrativa, possuem várias facetas de personalidade) Características: sexo, idade, peso, cor da pele, cor e comprimento do cabelo, aparência em geral, etc. Interesses: hobbies, profissão, interesses pessoais (emoção e intelecto) Importância na trama: O principal, um dos principais, coadjuvante, figurante. Papel na Trama: Protagonista, Antagonista, etc O que move o personagem? Quais são seus objetivos pessoais e suas necessidades? Como isso é explorado (ou não) na trama?

27 Detalhamento de Personagens
Mapas mentais Tipo físico, relacionamentos, trabalho, religião, gostos pessoais, animais de estimação, etc Dão um passado, uma forma do leitor se identificar

28 Detalhamento de ambientes
Onde se passa a história País(es), cidade(s), bairro(s), cômodo(s)... Mais que isso: O que é importante neste ambiente? Por que foi escolhido? Como ele dá oportunidades dos personagens se desenvolverem? Favela, elevador, bairro chique, viagens pelo Brasil...

29 Definindo o tempo da história
Quando se passa a história Ano, mês, dia, hora, minuto... Duração da história: Gerações, décadas, anos, horas... Mais que isso: O tempo “completa” o ambiente e os personagens Por que foi escolhido? Como ele dá oportunidades dos personagens se desenvolverem? Tecnologias, rotina do dia a dia Que eventos acontecem durante o livro, no local e no resto do mundo?

30 Refinando o ambiente e o tempo
Pesquisa histórica e geográfica Fotos, Viagens Conversa com especialistas O que aconteceu de importante em 1892, no Brasil? Como era o dia a dia das pessoas em 1973, no Rio de Janeiro? E em Palmelo (GO)? Quando foi inventada a ferradura?

31 Refinando os conflitos
Conflitos são o coração da história. Não tem conotação negativa. São qualquer mudança no Status quo. Podem ser: Internos ou Psicológicos: dúvidas, indecisões, problemas dos personagens Externos ou Ambientais Ambos Internos ou Psicológicos: dúvidas, indecisões, problemas dos personagens Externos ou Ambientais: Externos aos personagens: guerras, separação, mudança de endereço, ganhar um prêmio na loteria, etc. Ambos: usualmente, os conflitos das histórias são tanto internos quanto externos, pois um tipo de conflito acaba provocando o outro, e vice-versa.

32 Organizando a Obra Abordagem “Sequencial”
Como começa? Quais os pontos mais importantes da obra? Como termina? Produzido de maneira não-estruturada, mais livre Pontos 2 e 3 acima nem sempre definidos Ex: Jean Angelles, de Jack Farrell, escreve assim

33 Organizando a Obra Abordagem “Top-Down”
Quais as tramas principais? Resumo de cada capítulo (de 1 a 3 parágrafos) Rapidamente permite a visão da evolução de cada trama e seu relacionamento Organizar as tramas Produzido de maneira estruturada Liberdade dentro de cada capítulo, mas a trama é sempre definida previamente Ex: “O Nome da Águia”

34 Organizando a Obra Abordagem “Top-Down” – Organizar as tramas
α Absolom Δ Arthur α Shoáh Δ David α Yahweh Δ Manuscrito Ω falta tato α Batizado Δ leitura nome α Meribá Ω acorda Δ Indo ninho α As Treze Tribos Δ procura ninho α Gautama Δ Fuga ninho α Budha Δ Descoberta e acidente α Alexandre Δ Fuga floresta α Alexandre III 2(356 a.C AC) Δ Caminhando cidade Ω Morte dono ninho Δ chegada cidade α Janeu 1 ( aC) Zadoc Ω Encontro Hernando Δ Sarah inicia história α Janeu 2 ( aC) Kittim Ω Hernando chega

35 Escrevendo os Capítulos
Escrever uma trama de cada vez ou em paralelo? Uma por vez: mais fácil aproveitar a pesquisa Em Paralelo: mais fácil integrar as tramas Em cada capítulo, usar ganchos para as tramas seguintes Voltar e reescrever para dar o “background” sempre que necessário História deve ser toda “amarrada” Ex: Rato no armário

36 Escrevendo os Capítulos
Pesquisas finais (detalhamento) Enciclopédias Referências de viagem (arquivo pessoal) Internet Fotolog Cias Aéreas (agendamento: vôos, tempo, aeroportos, etc) Agências de Turismo Sites das cidades / países Sites dos locais (museus, hotéis, etc) Referências geográficas (mapas, Google Earth)

37 Agenda Por que lemos? Como lemos? Leitura em 4 dimensões
Leitura em 3 níveis A relação entre ler e escrever “Introdução à arte de escrever” Antes de começar a escrever Escrevendo Como produzir histórias em sala de aula Proposta de trabalho

38 Como produzir histórias em sala de aula?
É possível fazer redações orais! São “mundos diferentes”, mas com diversas características em comum Vamos falar sobre criação de histórias Exercícios podem ser realizados oralmente, por escrito ou ambos A idéia é estimular o estudante a organizar suas idéias para entender as dimensões e níveis da escrita Este entendimento reflete-se em melhoria na leitura

39 Proposta de trabalho: Criação coletiva de histórias
Idéia geral: Explicar aos alunos elementos gerais sobre criação de histórias e personagens Dividir a turma em grupos Cada grupo cria sua história (oralmente ou por escrito) e a apresenta à turma Antes da atividade A turma deve conhecer o livro “O Menino Maluquinho”

40 Fase de Motivação “Quem acha que desenhar é mais divertido que escrever?” Normalmente, os alunos preferem desenhar “Pois hoje vamos descobrir que escrever é mais divertido!” “Para provar isso, vou fazer um desenho”

41 Fase de Motivação “Quem acha que desenhar é mais divertido que escrever?” Normalmente, os alunos preferem desenhar “Pois hoje vamos descobrir que escrever é mais divertido!” “Para provar isso, vou fazer um desenho”

42 Fase de Motivação (desenhar um menino) O que é este desenho?
“é um menino”, “um garoto careca”, etc

43 (Completar o desenho com uma panela)
Fase de Motivação (Completar o desenho com uma panela) E agora? “É o Menino Maluquinho” Se a turma não conhece o livro e não responder, apresentar o livro à turma

44 Fase de Motivação Quando falamos que ele é o “Menino Maluquinho”, não estamos falando do desenho – estamos falando de uma história! O desenho é apenas um menino com uma panela na cabeça O que faz ele ser divertido é que conhecemos sua história! “Já pensaram se a gente pudesse criar nossas próprias histórias?” Por isso é que escrever é mais divertido que desenhar, porque ao escrever inventamos histórias!

45 Fase de Preparação Para criarmos histórias, precisamos entender dois elementos principais: A organização das histórias A criação dos personagens Se os estudantes entenderem bem estes dois elementos, a história é criada “naturalmente”

46 Fase de Preparação A organização das histórias
Uma história, para ser uma história, precisa ter: Começo Meio Fim

47 Fase de Preparação Explicando mais
Começo é onde temos a APRESENTAÇÃO dos personagens e de como eles vivem. Meio é onde sabemos o que aconteceu na vida destes personagens e o que eles fizeram para resolver seus problemas. É o DESENVOLVIMENTO da história. Fim é onde descobrimos o que eles aprenderam com tudo isso, e como viveram depois. É a CONCLUSÃO da aventura!

48 Fase de Preparação “Status Quo” é um termo em latim, que significa algo como o “Estado das coisas”. Como é a vida do personagem, o que ele faz, quem ele conhece, onde mora... enfim, a vida normal, no dia-a-dia, sem problemas. Toda história precisa ter uma mudança do status quo para ser interessante.

49 Fase de Preparação Vamos ver com mais detalhes as partes que toda história precisa ter, falando agora sobre o status quo e o conflito, com um exemplo bem conhecido! Começo (ou apresentação): Era uma vez 3 porquinhos, que saíram da casa da mãe e construíram suas casas para viver em paz (este é o status quo deles!) Mudança: Certo dia, aparece um lobo que quer comê-los! Meio (ou desenvolvimento): O lobo derruba as casas de palha e de madeira, dos porquinhos preguiçosos, que fogem para a casa de tijolos de seu irmão trabalhador. Resolução da mudança: Quando o lobo tenta entrar na casa de tijolos pela chaminé, os porquinhos acendem o fogo com uma panela de água, que fica bem quente... e o lobo cai na água, foge e nunca mais volta! Fim (ou conclusão): Os porquinhos preguiçosos aprendem a lição, e todos se tornam trabalhadores e felizes para sempre! 

50 Fase de Preparação A criação dos personagens
Além de entender a história, definir bem os personagens ajuda a tornar a história interessante Veja os exemplos: Porquinhos, Menino Maluquinho, etc – bons personagens sempre vivem boas histórias

51 Fase de Preparação O personagem deve ter: Características físicas, Gostos, objetivos (“o que quer da vida”), família, amigos, etc – seu status quo

52 Fase de Execução Dividir a turma em grupos de 5 alunos
Cada grupo vai executar as atividades em 3 passos Apresente um passo de cada vez! Passo 1: Definir (oralmente) um personagem e suas características Pode criança, adulto, animal, etc Dê um limite de tempo ou a conversa não termina! 

53 Fase de Execução Passo 2:
Sorteie em cada grupo papéis numerados, com cada “trecho” da história: Começo (ou apresentação) Mudança Meio (ou desenvolvimento) Resolução da mudança Fim (ou conclusão)

54 Fase de Execução Passo 2:
O aluno que tirou o “1.Começo” inventa, em voz alta, o início da história, apresentando o personagem que o grupo definiu O aluno que tirou o “2.Mudança” fará o mesmo, indicando o que mudou na rotina (“status quo”) do personagem

55 Fase de Execução Passo 2:
O aluno que tirou o “3.Meio” conta como o personagem reagiu à mudança O aluno que tirou o “4.Resolução” contará como o personagem resolveu o problema O aluno que tirou o “5. Conclusão” contará o que o personagem aprendeu da história

56 Fase de Execução Passo 3:
Dependendo da série e da quantidade de alunos, é possível realizar diferentes tarefas: Cada grupo apresenta sua história à turma, na forma de jogral. Na segunda vez, a história muda um pouco, mas não tem problema; isso faz parte da dinâmica de criação de uma história! Cada grupo escreve sua história Cada um escreve sua parte, começando pelo primeiro e passando adiante OU Todos escrevem a mesma história que criaram – neste caso, outra dinâmica interessante é deixar que leiam os textos uns dos outros

57 Fase de Avaliação Caso seja necessária uma avaliação é possível
Avaliar o trabalho do grupo (nota coletiva pelo trabalho) Avaliar a parte escrita, focando apenas nos erros gramaticais que envolvam assuntos sendo estudados no momento Apontar erros demais desestimula e atrapalha a absorção das informações! Pedir que os alunos sigam as idéias da atividade e produzam histórias individuais, para serem avaliadas

58 Fase de Avaliação Esta atividade não é necessariamente avaliada
O ideal é que os alunos se sintam em um ambiente onde: Ele possam errar à vontade, sem serem culpados de nada, para se sentirem à vontade para arriscar Os pontos fortes (imaginação, estruturação da história, etc) sejam elogiados, para estimulá-los a gostar de escrever

59 O professor como pesquisador
Fazer perguntas sobre as histórias criadas pelos alunos, envolvendo os três níveis de leitura Leitura objetiva: pergunte sobre elementos objetivos da história criada pelos alunos: “O que o personagem foi fazer em…?” Leitura inferencial: pergunte sobre elementos implícitos na história: “Por que o personagem fez …?” Leitura avaliativa: pergunte qual a opinião sobre algo da história: “O vocês acharam do personagem ter feito…? O que vocês fariam no lugar dele?” As perguntas podem ser feita para a turma ou para o grupo que contou a história Não deve parecer “sabatina”, mas sim uma curiosidade sobre a criação do grupo! O grupo deve se sentir importante por ter criado uma história que é interessante!

60 O professor como pesquisador
Explicar as diferenças dos níveis de leitura à turma, com linguagem apropriada Propor à turma fazerem estudo dos níveis também em histórias que eles irão ler Avaliar o nível de leitura / escrita de cada aluno através da atividade para poder dar assistência de acordo com a necessidade de cada um

61 www.AlexandreLobao.com - contato@alexandreLobao.com
Conclusão Para meditar e responder Você é um leitor assíduo? Qual seu gênero preferido de livros? Como os tutores podem estimular os professores a se tornarem leitores? E como melhor orientar os professores para que sejam formadores de leitores, e não apenas alfabetizadores? E como os escritores podem ajudar neste processo? -

62 Estilo Não se copia Varia conforme o autor e o gênero literário
Mas pode ser “aprendido” Varia conforme o autor e o gênero literário Só a prática leva a perfeição “Escrever é a arte de saber cortar” Não se copia (é impossível), embora você possa escrever em um estilo semelhante a outro autor. Dica: Leia prestando atenção ao estilo do escritor, para compor seu próprio estilo. Por exemplo, Stephen King (escritor de terror) abusa de descrições detalhadas sobre o ambiente, principalmente vistas pelo ponto de vista do personagem, para compor o suspense. Veja o trecho a seguir: <incluir trecho de livro do Stephen King> Outro exemplo: Luiz Fernando Veríssimo, autor de textos de humor, cria situações absurdas a partir de acontecimentos comuns ou banais do cotidiano, deixando a narrativa ainda mais engraçada. Veja o trecho a seguir: <incluir trecho de livro do Veríssimo> Dica: Muito cuidado em fazer sua história parecer plausível. Histórias de humor e terror são especialmente difíceis, pois terror mal escrito vira humor, e humor mau escrito é um terror!

63 Recursos de Narrativa Flashback e flashfoward Referências recursivas
Cenas ou insights do passado ou futuro Referências recursivas Retorno ao mesmo ponto, no correr da história Inversão Troca da ordem cronológica Referências a outras obras Sutis ou explícitas Não é plágio! Tramas Paralelas Ajudam a balancear melhor a história Cuidado com os pontos de contato! Diversos recursos podem ser usados para quebrar a monotonia de um texto linear. A seguir apresentamos alguns destes recursos: Flashback: cena do passado da história, descrita usualmente como lembrança de um personagem “Recursão” ou referências recursivas: fazer com que trechos da narrativa retornem a um mesmo ponto ou idéia; dando uma noção de ciclos dentro da história. Quando usada apenas no fim da narrativa, referenciando alguma idéia no início, dá a noção de que uma nova história se inicia a partir dali, começando do mesmo ponto. Inversão: Troca da ordem na estrutura da narrativa. Por exemplo, a história pode começar pelo Clímax, e então retornar para o início da narrativa (como nos filmes “O Clube da Luta” e “Morto ao chegar”) ou ser mesmo completamente invertida (como no filme “Amnésia”) Referências externas: Durante sua narrativa, você pode referenciar outras obras de diversas formas diferentes, seja através de personagens lendo ou conversando a respeito de um livro, seja através de situações vividas pelos personagens que lembrem situações de outros livros ou filmes. Usualmente, as citações vêm entre aspas mas quando não fazendo isso (por exemplo, por se tratar apenas de situações semelhantes); deve se tomar cuidado para não cair inadvertidamente em um plágio da obra original. Uma nota de rodapé do autor pode ser útil para esclarecimento neste tipo de situação (por exemplo: “Ref.: ‘Reinações de Narizinho’, de Monteiro Lobato) Tramas paralelas: histórias que ocorrem ao mesmo tempo que a trama principal, e que podem seguir a estrutura completa de uma história ou apenas alguns dos pontos da mesma. No caso da criação de tramas paralelas, é importante definir os pontos de contato destas tramas com a trama principal, dando uma sensação de coesão para a história como um todo. Tramas paralelas são úteis para dar o balanço ideal que se deseja para a história, podendo incluir elementos de romance e humor, por exemplo, em uma história de suspense.

64 Sagas ou Ciclos Se a história transcende a narrativa atual (livro, conto), é importante ter: Prólogos Ganchos Epílogos A motivação do protagonista precisa ser coerente e, se possível, também transceder a narrativa Cuidado com os lugares comuns! Mesmo escrevendo um livro de cada vez, é possível se pensar em uma saga que envolva os mesmos personagens em diversos livros. Para isso, é importante que as linhas gerais da saga estejam mais ou menos definidas desde o princípio, e que, a cada livro, ao mesmo tempo em que se descreve a trama atual, novos elementos da trama completa da saga são apresentados, criando uma junção entre livros, trama esta que deverá ser concluída no último livro. Por exemplo, em uma saga de espionagem, um grande inimigo por trás de todos os problemas pode aos poucos ser revelado, e ser combatido apenas no último livro. Para isso, usualmente são incluídos prólogos (mostrando trechos das próximas histórias, ainda a serem desenvolvidas, durante a narrativa da história atual) e epílogos (que apresentam uma introdução à próxima história ao mesmo tempo em que concluem a atual). Prólogos e epílogos não precisam ser explicitamente separados do texto, podem aparecer como parte do mesmo; o leitor apenas descobre seu real significado ao ler o próximo livro.

65 Formas de Narração Primeira pessoa, única Primeira pessoa, variada
Narrador conta toda a história Primeira pessoa, variada Conjunto de pontos de vista compõe a história Terceira pessoa, onipresente Narrador “fora da história” Terceira pessoa, não onipresente Narrador funciona como um “personagem invisível” Primeira pessoa, única: O narrador conta a história como se fosse participante dela. Usualmente, este tipo de narração permite que o leitor mais facilmente se insira na história, uma vez que a narrativa é construída como uma conversa do personagem com o leitor. Sua maior desvantagem é ser excessivamente centralizada em um personagem, dificultando que se mostrem os pensamentos de outros personagens e que sejam descritas situações longe do narrador. Primeira pessoa, variada: Os narradores da história são os diversos personagens da mesma, que a contam, cada um, de seu ponto de vista. Embora esta abordagem possa ser rica e não tenha algumas das desvantagens da primeira pessoa única, é uma forma de narrativa que obriga o autor a ser bastante claro, sob a pena de deixar a história confusa. Terceira pessoa, onipresente: Narrador “fora da história”, mostrando livremente pensamentos e ações de todos os personagens, mesmo aquelas que ocorrem em paralelo em locais diferentes. Usualmente, este tipo de narrativa facilita a criação e desenvolvimento de tramas paralelas. Terceira pessoa, não onipresente (“personagem invisível”): embora o texto seja narrado em terceira pessoa, apenas os eventos locais, conversas e pensamentos dos personagens próximos são descritos. Eventos que acontecem remotamente são apenas posteriormente descobertos. Esta abordagem é interessante pois oferece a flexibilidade da narração terceira pessoa (conhecer conversas e pensamentos de diversos personagens), ao mesmo tempo que mantém a surpresa da descoberta de fatos que ocorreram alhures, como no caso da primeira pessoa.

66 Recursos de Linguagem Enriquecem a narrativa Procure em sua gramática
Metáforas Antíteses Repetição ... Procure em sua gramática Metáforas: uso de um exemplo para ilustrar uma situação. Por exemplo: “bateu as botas” ao invés de “morreu”. Deve ser usado com cuidado de se evitar jargões. Antíteses: uso de idéias conflitantes na mesma frase. Por exemplo: “A chuva fria escorria sobre as suas costas, que ainda procuravam reter o calor daquele abraço”. Também não deve ser usado com exagero. Repetição: Repetir o mesmo trecho diversas vezes, como forma de enfatizar ou dar um tom poético à prosa. Por exemplo: “Fiquei ali parado, vendo-a partir. Fiquei ali parado, sentindo meu coração partir. Fiquei ali parado.”

67 É só isso? Lembrando: não há regras!
Nada do que foi falado aqui é “completo” ou “absoluto” Procure seus próprios caminhos Dica do autor: Picasso, antes de pintar “do jeito que queria”, provou ao mundo que era exímio retratista Domine a técnica, mesmo que seja para subvertê-la depois! Veja outras dicas no meu site, na seção “Para escritores” Metáforas: uso de um exemplo para ilustrar uma situação. Por exemplo: “bateu as botas” ao invés de “morreu”. Deve ser usado com cuidado de se evitar jargões. Antíteses: uso de idéias conflitantes na mesma frase. Por exemplo: “A chuva fria escorria sobre as suas costas, que ainda procuravam reter o calor daquele abraço”. Também não deve ser usado com exagero. Repetição: Repetir o mesmo trecho diversas vezes, como forma de enfatizar ou dar um tom poético à prosa. Por exemplo: “Fiquei ali parado, vendo-a partir. Fiquei ali parado, sentindo meu coração partir. Fiquei ali parado.”

68 Toques Finais Importante para dar substância e ritmo à obra
“Costurar” passado e futuro nas tramas (referências cruzadas) Suspense ao fim de cada capítulo Incluir detalhes sobre personagens, mesmo secundários Vícios de linguagem (estava fazendo = fazia, havia morrido = morreu) Vícios de narrativa: todas pontas precisam estar amarradas – nunca há fuga ao tema (ex: 2 arqueólogos em Berlim, casal no restaurante)

69 Toques Finais Revisão inicial pelo autor
Digitação, Ortografia, “furos” nas tramas Não confie nas indicações de “erro” pelos revisores automáticos de texto! Vícios de linguagem Vícios de narrativa: todas pontas precisam estar amarradas – nunca há fuga ao tema Revisão por pares - ajuda a detectar falhas maiores Vícios de linguagem (estava fazendo = fazia, havia morrido = morreu) Vícios de narrativa: todas pontas precisam estar amarradas – nunca há fuga ao tema (ex: 2 arqueólogos em Berlim, casal no restaurante)

70 Toques Finais Revisão profissional – necessária para pegar erros sutis (repetições, ritmo, etc) Leitura crítica Avalia: Coesão, Consistência, Coerência, Concisão, Clareza, Cadência, Correção, Diagramação (eventualmente), Linguagem, Suspensão da descrença Mais sobre Leitura Crítica: Palestra “Escrever: Arte ou Ofício”, Aqui, Domingo, 15:30h Vícios de linguagem (estava fazendo = fazia, havia morrido = morreu) Vícios de narrativa: todas pontas precisam estar amarradas – nunca há fuga ao tema (ex: 2 arqueólogos em Berlim, casal no restaurante)


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