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A Amazônia e os Processos Globais

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Apresentação em tema: "A Amazônia e os Processos Globais"— Transcrição da apresentação:

1 A Amazônia e os Processos Globais
Essa palestra foi planejada para ser a última, tentando mostrar o que os resultados científicos do Projetos significam para o planeta Terra. Infelizmente, invertemos a ordem, sendo assim funcionará como uma espécie de introdução. Vou me focar na importância da Amazônia para o nosso planeta. FOTOS/ LIANA JOHN Carlos A. Nobre Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC-INPE) “VI Congresso Brasileiro de Ecologia” Fortaleza, 10 de Novembro de 2003

2 cerca de 6 milhões de km2 de florestas tropicais contíguas
Amazônia em números ... O Sistema Natural cerca de 6 milhões de km2 de florestas tropicais contíguas 15% a 20% da biodiversidade do planeta chuvas abundantes (2.2 m de total médio anual) 18% da água doce que chega aos oceanos (220,000 m3/s) mais de 120 G ton C armazenados na vegetação e nos solos uma multitude de ecossistemas, diversidade biológica e étnica A Amazônia é um sistema natural único, devido a essas várias características colocadas de modo sumarizado. É um sistema que depende do clima, da água, da temperatura e que evoluiu em milhões de anos com estresses ambientais provocados, principalmente, pelas épocas glaciais e inter-glaciais. O resultado disso é um ecossistema, ou vários ecossistemas, um sistema natural único do planeta.

3 Nos últimos 30 anos. Desmatamento ...

4 PECUÁRIA AGRICULTURA EXPLORAÇÃO DE MADEIRA
Vários países tentam integrar a Amazônia através da utilização intensiva de seus recursos naturais, como forma de desenvolvimento econômico da região, imaginando que a Amazônia é uma grande reserva de riquezas.

5 Fogo ... E esse processo tem sido muito rápido, eu diria até um pouco violento.

6 Fogo ... E ainda usando, como vocês podem ver nessas figuras, tecnologias muito primitivas. Quer dizer, é tentar integrar a Amazônia a economia do século XX-XXI, usando agricultura primitiva. De modo geral, essa é a principal responsabilidade por taxas de desmatamento.

7 Em 1973. Courtesy: INPE/OBT

8 Agora 1999, em Rondônia. Courtesy: INPE/OBT

9 Courtesia: R. Alvalá, E. Kalil, INPE
MAPA DE VEGETAÇÃO (RADAM 1: ) + MAPA DE DESMATAMENTO (PRODES, 1997) Essas áreas em branco são desmatamentos. Na Amazônia brasileira são 600 mil km2 desmatados. Courtesia: R. Alvalá, E. Kalil, INPE

10 Extração seletiva de madeira...
E mais recentemente, o grande avanço da extração seletiva de madeiras.

11 Área total afetada por extração de madeira = 1,277 km2
Esse avanço causa outro vetor, o de ocupação do espaço natural da Amazônia. Cena223/62 05/07/99 Courtesia: INPE/OBT

12 Dinâmica da Cobertura Florestal na Amazônia: fragmentação florestal
Essa imagem trata sobre fragmentação florestal.

13 Dinâmica da Cobertura Florestal na Amazônia: Crescimento secondário
Essa imagem trata sobre fragmentação florestal.

14 Incêndios florestais acidentais
Dinâmica da Cobertura Florestal na Amazônia: Incêndios florestais acidentais Incêndios naturais, como o que ocorreu em Roraima (1998), são fatores que colocam um quadro preocupante com um avanço sobre os recursos naturais da região.

15 As duas questões fundamentais do LBA
 De que modo a Amazônia funciona, atualmente, como uma entidade regional com respeito aos ciclos naturais de água, energia, carbono, gases traço e nutrientes?  De que modo as mudanças dos usos da terra e do clima afetarão o funcionamento biológico, químico e físico da Amazônia, incluindo sua sustentabilidade e sua influência no clima global? A motivação primeira do LBA no começo da década de 90, época de planejamento, é realmente o que a ciência pode fazer para ajudar a chegar ao desenvolvimento sustentável. Vocês já viram estas duas perguntas fundamentais. Toda pesquisa científica se equaciona em função dessas duas perguntas.

16 O LBA como um Estudo Regional Integrado (perspectiva do IGBP)
Tais estudos irão fornecer um novo referencial para o endendimento da dinâmica do Planeta Terra Um EstudoRegional Integrado deve ser proposto e liderado por cientistas da região (para responder a questões científicas relevantes para a região e com colaboração internacional) O estudo deve avaliar a influência de processos regionais no ambiente global e vice-versa O estudo deve integrar aspectos naturais e sociais O LBA tem servido como modelo a tais estudos Como o Flávio e o Michael já falaram, o LBA foi um experimento muito inovador. Aqui eu coloco o que é uma plataforma de um estudo regional integrado, a plataforma do Projeto IGBP, que foi totalmente baseada no LBA. O LBA foi precursor de um modelo de pesquisa ambiental para o planeta. Hoje, ele tem que contribuir com o entendimento da dinâmica do nosso planeta e de suas alterações. Ele deve ser composto e liderado por cientistas da região em colaboração internacional. Esse é outro ponto muito forte do LBA, é a ciência internacional da melhor qualidade que foi feita para responder problemas regionais. Esse Projeto avalia a influência dos processos regionais no planeta Terra, no ambiente global e vice-versa.

17 Eu vou tentar, com todas as minhas limitações, colocar algumas questões para essa comunidade de Ecologia, como as que vem do clima físico e descendem sobre as preocupações em Ecologia. Eu vou abordar três aspectos: o aquecimento global, o ciclo de carbono e a mudança do clima. O desmatamento afetando o clima, as queimadas como afetam o clima e por último, o que pode acontecer com os biomas Amazônicos. Courtesy: GSFC/NASA

18 ”Amazônia e os Processos Globais”
Aquecimento Global e Ciclo de Carbono Contribuição da Amazônia ao aquecimento global Resposta dos ecossistemas às mudanças climáticas futuras No aquecimento global e o Ciclo do Carbono dois aspectos são abordados: a contribuição da Amazônia ao aquecimento global e como que os ecossistemas amazônicos respondem às mudanças climáticas futuras.

19 Balanço de carbono global: Assimilação total da biota
Ciclo de Carbono Contemporâneo: Balanço de carbono global: Assimilação total da biota terrestre é de cerca de 3 Gton C/ano (total de emissões de CO2 = 8 Gton C/ano; 3.2 Gton C/ano permanecem na atmosfera; 1.8 Gton C/ano vão para os oceanos) Mais de 120 bilhões de ton C armazenadas nos biomas da Amazonia A Amazônia é fonte ou sumidouro de carbono? Hipótese de “Climax Ecológico” revista: O Clima e a composição da atmosfera estão mudando! Sobre o balanço de Carbono contemporâneo, na década de 90, esses são os resultados do IPCC. A biota terrestre é responsável pela similação total, com cerca de 3 bilhões gigas toneladas de Carbono por ano, sendo oito bilhões de queimas de combustíveis fósseis mais as mudanças dos usos da terra, principalmente, o desmatamento que deixa 3,2 bilhões na atmosfera, sendo isso que causa o efeito estufa. E 1,8 bilhões são absorvidos pelo oceano. A Amazônia tem mais de 120 bilhões de toneladas, quer dizer, ela é uma reservatório importante de Carbono, acima e abaixo do solo. Uma das questões importantes do LBA é que a Amazônia é fonte sumidouro. Isso é importante porque nós precisamos saber se a Amazônia está mais para as similações ou para as emissões. A hipótese de que a Amazônia é o clímax ecológico tem que ser revista, por uma razão muito simples. O clima e a composição da atmosfera estão mudando, hoje temos 370 partes por bilhão de concentração de dióxido de carbono, o combustível principal da fotossíntese e 100 anos atrás tínhamos 280 ppb. O clima e a composição da atmosfera estão mudando, não só com CO2, mas com vários outros compostos, inclusive, nutrientes que são transportados pela atmosfera. Nós estamos vivendo num planeta pelo menos meio grau mais quente hoje do que há 100 anos atrás. Então obviamente ninguém esperaria um sistema ecológico ficar parado enquanto o clima e a composição estão mudando.

20 Conclusão Antecipada …Ciclo de Carbono
mais de 120 G ton C armazenadas na vegetação e nos solos emissões resultantes do desmatamento: (200 ± 100) Mton C/ano o balanço de evidências fornecidas por um conjunto de observações diferentes e independentes (cálculos “inversos”, inventários florestais, estudos de fluxos e de reservatórios de carbono, medições em torres de fluxos, câmaras de medidas de respiração dos solos, balanço da camada limite atmosférica, mudanças dos usos da terra, emissões por queimadas,etc.) ainda não permitem conclusões seguras, mas correntemente a hipótese de que a Amazônia funcione como um sumidouro de carbono não pode ser descartada (sumidouro de aproximadamente 0 a 0,5 Pg C/ano) De uma maneira bem sumarizada, os desmatamentos respondem por 200 ± 100 milhões Mton C/ano. Então é certo que se você desmatar estará jogando Carbono na atmosfera. Inúmeros estudos que ainda serão apresentados, tentam estudar o que os ecossistemas não perturbados, a floresta não perturbada e, também, os sistemas aquáticos fazem? E ao olhar isso no seu conjunto, vocês vão ver os detalhes e as limitações. Essa é a minha conclusão. A hipótese de que a Amazônia, a floresta não perturbada, esteja absorvendo Carbono, seja sumidouro de Carbono, não pode ser descartada. Antes do LBA, a Amazônia era fonte, hoje pode não ser mais. Há varias evidências de que ela pode ser qualquer coisa entre neutra ou talvez um sumidouro. De qualquer coisa como até 500 milhões de tonelada, pode até ser um grande sumidouro. Então esse é o primeiro dado muito importante: a Amazônia não é só fonte. A floresta no seu estado natural pode estar absorvendo um pouco de Carbono, não é muito por hectare mas é uma grande extensão de floresta, são pelo menos 5 milhões de km2. Mesmo que seja pequeno o efeito por hectare, ao somar na Amazônia dará um efeito importante para o planeta.

21 Modelo de Vegetação Potencial distribuição de biomas somente depende da distribuição de temperatura, precipitação e água no solo VEGETAÇÃO NATURAL VEGETAÇÃO POTENCIAL O outro aspecto que eu quero mostrar aqui, que será uma grande preocupação com a Amazônia, está relacionado ao aquecimento global. Vou mostrar o resultado de um modelo de vegetação de biomas desenvolvido no Centro que eu trabalho. É um modelo que só depende da distribuição de temperatura, precipitação e água no solo. Temos aqui a vegetação natural para a América do Sul e, ao lado, é o modelo baseado no clima, que representa relativamente bem floresta, savana, caatinga e etc. Com base nesse modelo, nós podemos ver o que talvez acontecerá com os biomas da Amazônia no fim do século. SiB Biome Classification Oyama and Nobre, 2002

22 Aplicação do Modelo de Vegetação Potencial do CPTEC para Cenários de Mudanças Climáticas Futuras de Dois Modelos Climáticos Globais GCM scenarios for 2100 CPTEC-PBM Nós tomamos dois cenários de modelos climáticos globais: um é australiano e o outro é do Reino Unido. As cores são a variação de temperatura, onde amarelo é aquecimento global, esse modelo mostra um grande aquecimento de até 4, 5, 6 graus. Coloquei dois modelos para dar uma margem da incerteza que existe entre esses modelos. No modelo australiano quase nenhuma variação na chuva, já no modelo britânico há grande variação na chuva em milímetros por dia. Então forçamos aquele modelo de vegetação que mostrei com esses dois cenários, temperatura e precipitação. O resultado foi um modelo em equilíbrio com esse novo clima. O que esses dois modelos estão indicando com diversos graus de severidade é que as savanas iam tomar conta de grande parte da Amazônia, nesse caso é extremo, some a floresta totalmente. Então, se o clima mudar tanto quanto que esse modelo climático prevê, é impossível dizer se isso vai acontecer. Como um limite extremo não haveria condições climáticas para a floresta, só para a savana. Haveria uma grande savanização da Amazônia e semi-desertos apareceriam no Norte e no Centro da Caatinga. Então essa é uma mensagem importante: com o clima global mudando até o final do século, o que poderia acontecer com os ecossistemas? Current Potential Vegetation Oyama, 2002

23 ”Amazônia e os Processos Globais”
Desmatamentos, Queimadas e Clima Impactos regionais e globais do desmatamento no clima Queimdas, aerossóis e clima Os dois tópicos que vou evoluir rapidamente é o efeito do desmatamento, queimadas no clima em partes regionais e globais. E também os aerossóis e o clima.

24 A água e o ciclo hidrológico é fundamental
A água e o ciclo hidrológico é fundamental. A Amazônia é conhecida por ter uma rápida reciclagem da água. A chuva cai e a floreta transpira muita água, esse ciclo é muito ativo. Cortesia: A Nobre

25 De floresta para pastagem ...
Mas, queremos saber como que o clima mudaria se toda a Amazônia for desmatada, ou seja, de floresta para pastagem. Simulando os impactos do desmatamento

26 Efeitos de Desmatamento de Grande Escala
P pasture - P forest ( annual, in mm) Oceano Atlântico Cerrado Forest  Pasture Caatinga Pacífic Ocean Cerrado Rocha, 2001. Em resumo: - a temperatura aumentaria entre 1 e 2,5 graus; - redução de 15 a 30% da evapotranspiração; - uma possível redução da chuva de 5 a 20%. Isso é um grande resumo de inúmeros estudos e observações do LBA e de outros experimentos anteriores que confirmam isso com muita segurança. Simulações Numéricas de desmatamento 1 a 2.5 C aumento da temperature do ar 15% a 30% redução de evapotranspiração 5% a 20% diminuiição de chuva

27 Efeito do desmatamento na precipitação total
Campanha LBA (WET-AMC), Rondônia Category Precipitation Feb 1999 (mm) All 194.0 Non-Elevated 181.0 Elevated 206.4 Non-Forest 183.1 Forest 198.5 NFor NElev 176.2 NFor Elev 193.6 For NonElev 183.7 Forest Elevated 210.7 Na estação chuvosa de Rondônia, durante esta campanha importantíssima do LBA, houve uma medida muito detalhada e em fevereiro de 1999, aparentemente houve uma redução de chuva em áreas desmatadas em relação a áreas com florestas, mas estes resultados ainda precisam ser muito mais reforçados, mas mostram um caminho. ~20% Carey et al 2001

28 Modelo conceitual de desmatamento regional na Amazônia
Qual é a grande questão? Esse gráfico mostra a relação entre a precipitação relativa e a cobertura florestal. Qual será a curva quando tiver 100% desmatado? Esperamos que nunca chegue. Mas, teoricamente se chegar, quando vai diminuir a precipitação ou será que a precipitação pode até aumentar no começo? Essas são questões que estão sendo muito discutidas e vocês vão ouvir um pouco mais de resultados nessa área durante o Evento. . Avissar et al 2002

29 Mudança Climática Global + quente + seco
Efeitos sinergísticos de mudanças climáticas regionais ( induzidas por mudanças na vegetação) e globais (induzidas por aquecimento global) na Amazônia Cenário 1 Mudança Climática Global quente + seco Mudança Climática Regional quente Cenário 2 Mudança Climática Global quente + úmido Mudança Climática Regional quente Alta sensibilidade associada ao clima (fogo, biodiversidade, etc) O que poderia acontecer com o clima? Nós temos dois cenários: com mudança climática global e regional. No cenário 1, a Amazônia teria alta sensibilidade associada ao clima, fogo, biodiversidade e etc., uma situação preocupante. No cenário 2, a mudança climática regional continua sendo a mesma, mais quente, mais seco, se a mudança climática global for mais quente, mas por alguma razão, se chover mais, a sensibilidade vai ser moderada associada ao clima. Ainda não podemos ser conclusivos porque existe muita incerteza. Com a mudança climática regional nós já temos uma boa evidência que é mais quente e mais seco, se os desmatamentos forem de grandes proporções, tomando conta de quase toda a Amazônia. Moderada sensibilidade associada ao clima

30 Nuvens Tropicais e o Clima
Interceptação de Radição Solar Calor Latente Liberado Fluxos de Superfície Intensificados Efeito Estufa das Nuvens Agora será que essa mudança do clima afeta o clima do planeta? Então, essa é uma questão de preocupação mundial, não só nossa, mas de todo o planeta. Tudo tem a ver como funcionam as nuvens tropicais, vou me concentrar nisso, principalmente, para os ecologistas e os biólogos presentes. Essa é a principal fonte de energia dos movimentos atmosféricos, a energia cinética dos movimentos vêm disso, principalmente. Qualquer modificação das chuvas tropicais através das modificações das nuvens vai refletir na energia solar que chega em toda a camada atmosférica. Um aspecto muito critico é saber como modificam as chuvas e as nuvens. Cortesia: A Costa, UECE, Fortaleza, CE

31 Modelo Conceitual Um outro diagrama para entender isso é: a nuvem faz esse papel que já mostrei, mas tem um outro papel, que ela carrega todas as propriedades da superfícies, por exemplo, as emissões da floresta, de inúmeros gases. Ela carrega isso para a alta atmosfera e lá os ventos são muito mais fortes e estão conectados globalmente. Então, uma perturbação na superfície através das nuvens vai para alta atmosfera e se conecta com o clima global, em meteorologia chamamos de teleconexões. Uma perturbação na superfície da Amazônia é teleconectada através das nuvens e das chuvas para a atmosfera global.

32 Correlação entre a Precipitação na América do Sul e o Índice da Escandinavia
SON, Figure 6. Correlations between South American precipitation and the Scandinavia index for boreal Autumn (SON), Although 5% of points are expected to exceed a correlation of ±0.37, corresponding to the 95% confidence level, by chance, a coherent pattern of negative correlations occurs north of 10°S, coincident with the upper tropospheric convergence anomalies observed during Autumn 2000, depicted in Fig. 5. Blackburn and Hoskins, 2001. Esse é um resultado recente britânico que mostrou que a chuva nessa região NE da Amazônia, períodos de seca, nessa época do ano, setembro, outubro e novembro estão fortemente associadas com mais chuva na Inglaterra, na Grã-Bretanha e menos chuva na Escandinávia.

33 sobre o Atlântico Tropical produzida por modelo barotrópico
Anomalia da função de corrente para forçamento idealizado de convergência sobre o Atlântico Tropical produzida por modelo barotrópico Figure 7. Barotropic model streamfunction anomaly (coloured in m 2 s -1 ) for idealised convergence forcing over the tropical Atlantic (bold contours, interval s - 1 ), using the 300hPa Autumn climatological flow as background state and a linearised form of the vorticity forcing (-fD). The anomaly is for day 15, approximating the steady-state solution. It is dominated by a Rossby wavetrain propagating northeast over the Atlantic and Europe, similar to the observed 2000 anomaly (Fig. 2) and the regression with wet UK Autumns (Fig. 3). Blackburn and Hoskins, 2001. Este é um exemplo de teleconexão. A chuva na Amazônia afetando o clima a 10 mil km de distância, como se fosse uma onda que se propaga com cristas e cavalos. Então, um lugar que tem um cavalo chove mais que na Grã-Bretanha e um lugar que tem crista chove menos que na Escandinávia. Assim, o que acontece na Amazônia, afeta também o clima global.

34 “ Caçando” e medindo Pironuvens
Já falei sobre o efeito das queimadas, que é um fator do ambiente amazônico, devido a agricultura tradicional, a colonização recente, o alto desenvolvimento, com mais de 100 mil queimadas por ano na Amazônia e jogam todo tipo de substância e também de aerossóis. Os aerossóis são as partículas em suspensão na atmosfera e interagem com a radiação, eles absorvem e espalham a radiação térmica, modificam bastante o balanço. Cortesia: P. Artaxo, SMOCC, 2002

35 Dia claro Visibilidade ~ ??? km NCN ~ 500 cm-3 BC ~ 0.2 mg m-3
Bruma de fumaça Visibilidade ~ 800 m NCN ~ cm-3 BC ~ 7 mg m-3 Compare a foto tirada na torre do LBA em um dia sem aerossóis, na época chuvosa. E outra foto tirada no mesmo local, em um dia da estação seca com queimadas. Os aerossóis não interferem só na visibilidade. Andrea et al

36 Efeitos Diretos dos Aerossóis:
Nuvem de fumaça de queima de biomassa cobrem milhões de km2 Efeitos Diretos dos Aerossóis: Normalmente, espalhamento da radiação solar  Esfriamento Se houver aerossóis que absorvem radiação solar (carbono elementar)  Aquecimento SCAR-B, 1995 Trajetórias de plumas de queimadas de biomassa Em um aspecto global, essa é uma imagem de satélite com uma nuvem de fumaça das queimadas que vem da Amazônia. Mostra um cálculo para onde vai. Vai para o Pacífico e para o Atlântico Sul. Quer dizer, esses aerossóis afetam potencialmente o clima de todo planeta. Um dado ecológico recente e interessante é que a deposição desses aerossóis no Oceano afeta o balanço de nutrientes e a produtividade primária dos Oceanos. Isso é uns dos assuntos muito novos, dos últimos 10 anos, mostrando a importância das conexões globais. Os estudos do LBA mostraram na época das queimadas essas nuvens imensas de aerossóis. Há vários efeitos diretos e indiretos, mas um efeito biológico, ainda muito pouco explorado é quando tem uma nuvem de aerossol muito grande. Por exemplo, o LBA percebeu isso, os pesquisadores tinham que ligar as luzes do carro às três horas da tarde e essas nuvens são em meses da estação seca, portanto tem menos radiação solar. Isso está muito bem documentado no LBA. Qual é o efeito biológico disso? Como que as plantas e as comunidades da Amazônia respondem a menos radiação solar com espectro diferente, será que respondem? Isso é muito interessante e pouco explorado. Acho que os biólogos da área de Ecologia devem prestar mais atenção, porque é uma modificação muito importante. Height Freitas, Longo and Silva Dias, 1996

37 ”Amazônia e os Processos Globais” Biomas e Biodiversidade
Múltiplos estados de equilíbrio bioma-clima Implicações para políticas de desenvolvimento sustentável e de conservação E por último, biomas e biodiversidade, uma visão de quem vem de modelagem climática como eu e ver quais as implicações para a política de desenvolvimento sustentável e de conservação.

38 Interações Vegetação-Clima
Clima Vegetação Bidirecional em quais escalas temporais? Hoje, sabemos que o clima e a vegetação interage bidirecionalmente, quer dizer, o clima determina a vegetação, mas a vegetação também é um fator determinante do clima. Isso não se sabia antigamente, achava que a vegetação só respondesse ao clima.

39 Resultados do Modelo de Vegetação Dinâmica do CPTEC para duas condições iniciais: todos os continentes cobertos por deserto (a) ou por floresta (b) a c Condições Iniciais b Nós fizemos alguns estudos baseados no mesmo modelo de biomas anterior. Procuramos os equilíbrios entre o bioma e o clima. Por exemplo, o bioma que temos hoje, com distribuição em florestas, savanas, caatingas está em equilíbrio com o clima. Se aqui chove menos, na caatinga temos um bioma de equilíbrio. Então, fizemos um estudo procurando outros equilíbrios. Biome-climate equilibrium solution with IC as forest (a) is similar to current natural vegetation (c); when the IC is desert (b), the final equilibrium solution is different for Tropical South America Oyama, 2002

40 Dois Estados de Equilíbrio Bioma-Clima para a América do Sul!
Na verdade esses estudos revelaram que para o clima atual do planeta poderia haver dois equilíbrios possíveis: 1. O atual, como conhecemos, com floresta, savana, caatinga; 2. O outro, como esses estudos indicam, é um muito parecido com o clima da época glacial, quando tinha muito mais savanas na Amazônia e semi-desertos no semi-árido. Então, esse tipo de estudo com uma visão ecológica ampla do planeta, indicaria questões importantes que tem que ser levantadas para a biodiversidade e para conservação. Em outras palavras, será que o desmatamento atual da Amazônia vai levar o sistema para este outro estado? E se levar, quais seriam as políticas de conservação e desenvolvimento para a Amazônia? Essas são questões que eu coloco para esta comunidade. Oyama and Nobre, 2003

41 O grande legado do LBA para a Amazônia
tre3inamento avançado para centenas de estudantes e jovens pesquisadores, principalmente da Amazônia capacitação das instituições amazônicas o LBA auxlia na construção da prática da interdisciplinaridade “local to global to local thinking” um grande desafio: fixar centenas de jovens pesquisadores na região E para finalizar, coloco o grande legado do LBA para a Amazônia que é a capacidade que nós estamos desenvolvendo na Amazônia, em todos os paises e, principalmente, no Brasil de criar um grupo de pesquisadores especializados, treinados e capacitados para estudar a Amazônia. É um novo pesquisador que entende dos problemas globais, que sabe relacionar os problemas locais com os globais e como estes afetam os locais. O grande desafio hoje do Brasil, principalmente, é como fixar estes pesquisadores todos.

42 O LBA é um experimento que...
As florestas ...

43 ...quer dar os conhecimentos...
Cortesia: A. Nobre

44 ...para que nós possamos,... As chuvas ... Cortesia: A Nobre

45 Os rios ... ...permitir que os nossos filhos e netos possam enxergar a Amazônia…

46 ...como temos o privilégio...
Biodiversidade...

47 ...de ainda enxergar na sua maioria.
Courtesy: GSFC/NASA

48 OBRIGADO! Muito obrigado.


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