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Como Fazer um ensaio filosófico?

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Apresentação em tema: "Como Fazer um ensaio filosófico?"— Transcrição da apresentação:

1 Como Fazer um ensaio filosófico?
Bruno Santos Kherian Gracher.

2 Objetivos do Curso 1) Desenvolver a habilidade de identificação dos principais elementos de um texto filosófico (Hipóteses, Argumentos, contra- argumentos e definições). 2) Desenvolver a habilidade de argumentação em um texto filosófico. 3) Desenvolver as habilidades relacionadas a escrita e estruturação de um texto filosófico.

3 O Público É importante notar que, na Universidade, temos um público e um autor específico. O autor é, obviamente, vocês alunos. Já o público é o professor. Aluno seu público é especializado, mas não é por isso que você pode ser leviano quanto a argumentação e as definições que apresentar.

4 O Público Mesmo que o professor seja de fato seu público neste momento, você tem que estar comprometido com a clareza e com o rigor. Como dissemos, as definições tem que ser informativas e, o mais precisas possíveis. Você é o senhor do seu próprio texto, mas deve respeito ao leitor. Seja íntegro, não esconda informação através de obscuridades e leve sempre a sério a posição contrária a sua.

5 O Problema Ao começarmos um Ensaio de filosofia temos que ter em mente que o primeiro passo e estabelecer o problema que iremos tratar. Formule, se possível, o problema no formato de uma pergunta. Por exemplo: A) Será a eutanásia moralmente permissível? B) Qual a definição kantiana de conhecimento a priori? C) Há alguma relação entre o critério estético utilizada por Hume dos juízes competentes e o critério moral usado por Mill dos juízes competentes?

6 O Problema Em alguns casos é possível delinear um problema expondo como este problema foi tratado durante a história da filosofia e como você pretende tratar. Por exemplo: “Kant definiu conhecimento a priori em termos de necessidade metafísica. Já Kripe definiu o conhecimento a priori desvinculado da metafísica. Pretendo abordar tais definições e explorar seus problemas e qualidades.”

7 O Problema Como veremos a frente clareza ao expor o problema é essencial para que o leitor entenda do que seu Ensaio se trata. Se você não tem clareza sobre o problema e mesmo assim escreve um Ensaio, provavelmente, você não sabe do que está falando.

8 A Estrutura de um Ensaio
I) Apresente o problema que você deseja tratar. II) Apresente a proposição a ser provada (sua proposta para resolução do problema) III) Argumente a favor de sua proposta. IV) Cuide para apresentar argumentos válidos. V) Argumente a favor das premissas que você está utilizando VI) Retome de modo conclusivo o que foi provado.

9 A Estrutura de um Ensaio Filosófico - Resumo
O título e o resumo são as primeiras coisas que seu público irá ler. Seja claro no título, ele indica sobre o que o texto irá tratar. O resumo, por sua vez, tem que especificar o problema que você irá tratar. Qual sua hipótese de trabalho (o que você irá defender?) Os passos que você dará ao longo do texto para defender o seu ponto. Você não deve argumentar nesta parte do texto. Obs: Um bom resumo tem entre 200 e 250 palavras (sem contar os espaços).

10 Resumo – Exemplo de um péssimo resumo
“Amartya Sen defende a emancipação do homem enquanto homem contra o fetiche da mercadoria através da defesa do desenvolvimento das capacidades (também chamadas de capabilities, no original em inglês). Já Rawls é acusado por Sen de não conseguir compreender a desigualdade dos homens e os meios que este teriam que ter para serem iguais. Por um lado, Rawls é fetichista e pressupõe iguais capacidades dos indivíduos de usufruir de uma lista de “bens primários”. Sen, por sua vez, é indiano e entende as dificuldades dos seres humanos. Então, sua teoria é capaz de avaliar a situação de miséria melhor do que a de Rawls.”

11 Resumo – Porque o resumo anterior é ruim?
Utiliza de linguagem obscura como, por exemplo, “emancipação do homem enquanto homem” Há informações irrelevantes para a defesa de uma tese central – “Sen, por sua vez, é indiano e entende as dificuldades dos seres humanos”. Não há claramente um problema a ser enfrentado. Não há explicação do que se pretende fazer no artigo. Não há uma hipótese clara que será defendida.

12 Resumo – Exemplo de um bom resumo
“O objetivo deste trabalho é discutir as principais críticas do filósofo Amartya Sen a perspectiva rawlsiana dos bens primários. Ao que parece Sen considera que a métrica dos bens primários seria insuficiente para comparar os níveis relativos de vantagens e benefícios individuais. Mas, porque Sen a considera insuficiente? Quais seriam os contextos avaliativos nos quais a métrica dos bens primários falha? A métrica das capabilities proposta por Sen é capaz de solucionar os problemas resultantes das insuficiências da métrica dos bens primários? Com a finalidade de responder estas questões, dividiremos nosso texto em dois momentos. Primeiramente, faz-se um levantamento das críticas de Sen a perspectiva de Rawls. Em seguida, expõem- se a defesa de John Rawls a estas críticas”. (SANTOS, manuscrito, 2012)

13 A Estrutura de um ensaio filosófico -Introdução
1) Esclarecer o problema que iremos abordar - Qual a pergunta que você quer responder?; 2) Breve contextualização histórica do problema - Quais filósofos (que você deseja tratar) lidaram com o problema? Em quais obras?; 3) Levantar e esclarecer a hipótese que se pretende defender ou atacar - O que você pretende defender em relação ao problema?;  4) Esclarecer o objetivo - Qual o propósito do Ensaio? O você pretende concluir?; 5) Explicitar estrutura geral do artigo - Quais são os passos que você dará ao longo do ensaio até chegar a sua conclusão?; Obs: Não argumente a favor do seu ponto na Introdução.

14 A Estrutura de um ensaio filosófico –Alguns problemas da Introdução
1) Perder o rumo: Tenha em mente o problema que você irá tratar e o que é importante para o leitor saber de início. Não seja específico em demasia, isto pode confundir o leitor. Não insira informação desnecessária (como uma biografia do autor que você seguirá, por exemplo). 2) Dê a devida importância ao problema: Você deve adequar a sua abordagem ao problema. Por exemplo, se você quer discutir a definição de arte de Hume, você não precisa fazer um regresso a antiguidade e resumir as definições de Platão, Aristóteles ou Sócrates. Por outro lado, se você quer discutir se o aborto é moralmente correto, você não deve omitir as posições mais fortes e clássicas contra seu ponto. 3)Não faça rodeios: Vá direto ao ponto e seja o mais claro possível. Mostre como sua hipótese pretende resolver o problema, ou seja, mostre claramente o que você pretende.

15 A Estrutura de um ensaio filosófico - Desenvolvimento
Chegou a hora de argumentar em nosso trabalho a favor de nosso ponto. Um bom desenvolvimento deve conter: 1)Explicação do Problema: no desenvolvimento, é hora de apresentarmos uma explicação pormenorizadas do problema que você está lidando.  2)Definições: ao apresentar um conceito, necessário para discutir o problema, defina-o imediatamente de forma compreensível; 3)Argumentos: tente apresentar os argumentos (seus argumentos ou do filósofo ao qual você está se debruçando) de maneira clara. 4)Defenda ou ataque argumentos: tente defender (ou atacar, se for o caso), as premissas do argumento que você expôs. 5)Contra-exemplos e contra-argumentos: Utilize contra- exemplos para atacar definições que você pensa serem problemáticas. Crie ou apresente contra-argumentos às premissas dos argumentos que você mesmo defende ou que você está a atacar.

16 A Estrutura de um ensaio filosófico - Desenvolvimento
Uma dica valiosa é que você comece por esclarecer o que pretende defender. Defina sempre os conceitos da maneira mais simples e clara possível. E seja caridoso com os argumentos dos oponentes. Mais informações sobre a estrutura do texto podem ser encontradas no livro do Martinich (p.85-87)

17 A Estrutura de um ensaio filosófico - Conclusão
De modo geral, a conclusão deve conter um apanhado geral do que foi desenvolvido do texto como evidência para a conclusão almejada - por exemplo, "dado X, Y e Z que defendi acima, segue-se a conclusão W). A conclusão também não necessita ser extensa em demasia. Obviamente, dependendo do tipo de artigo que estamos a escrever ela será maior ou menor.

18 Alguns Conselhos: Clareza, Objetividade e Rigor.
Ser claro, objetivo e rigoroso em nosso textos é uma tarefa difícil, todavia o treino e a discussão com nossos pares podem nos ajudar a desenvolver estas habilidades. Clareza: Seja o mais claro possível, apresente, quando possível, definições simples e em liguagem acessível. Tente colocar os argumentos (seus e de seu oponente) na forma canônica. Crie exemplos para deixar as ideias mais intuitivas. Imagine que seu público não tem um conhecimento aprofundado do problema que você está tratando. Dessa forma, seu leitor saberá do que se trata seu Ensaio e não ficará perdido em seu desenrolar.

19 Alguns Conselhos: Clareza, Objetividade e Rigor.
Objetividade: É humanamente impossível tratar de todos os aspectos de um problema filosófico em um ensaio, então recorte o problema e sua estratégia para que ela inclua as informações mais relevantes possíveis. Use exemplos que tenham uma função ilucidativa no texto, não faça rodeios, não inclua informação desnecessária para o seu ponto. Quando for o caso, escolha comentadores relevantes sobre a obra do filósofo que você está abordando. Se você não sabe quem são eles, pergunte a seus amigos e professores.

20 Alguns Conselhos: Clareza, Objetividade e Rigor.
Rigor: Reproduza do modo mais fiel possível a posição dos seus interlocutores. Cuide para não cometer falácias e apresente argumentos válidos. Faça boas definições. Apresente contra-argumentos aos seus próprios argumentos de forma logicamente disciplinada.

21 Não tenha medo, seja criativo.
O academicismo, algumas vezes, acaba por eliminar a criatividade de alguns alunos. Eles acabam se tornando repetidores, ou seja, sua única habilidade é reproduzir o que já foi escrito por outros filósofos. Isto, em parte, é ruim, pois perdemos a chance de ouvir novos argumentos acerca dos problemas filosóficos. Não tenha medo de apresentar em seu ensaio argumentos novos, interpretações novas para velhas teorias. Seja criativo! O espaço de discussão deve ser igual para todos. E, não se desespere. Você pode estar errado em grande parte das vezes.

22 Um Último Conselho Ao escrever um ensaio você está se comprometendo com aquilo que defende e com o seu leitor. Seu leitor espera que você seja intelectualmente honesto o máximo possível, afinal ele está lendo seu artigo para se informar melhor e está gastando seu precioso tempo com isto. Então, tente ser o mais comprometido e hosneto. É claro, erros acontecem. Não se culpe por errar. Analise a contrapartida dos seus leitores e amigos para que você melhore sua escrita filosófica.


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