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FARMACOECONOMIA ProAR Rosana Franco Pneumologista

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Apresentação em tema: "FARMACOECONOMIA ProAR Rosana Franco Pneumologista"— Transcrição da apresentação:

1 FARMACOECONOMIA ProAR Rosana Franco Pneumologista
Boa tarde a todos! FARMACOECONOMIA Rosana Franco Pneumologista Mestre e Doutora em Medicina ProAR

2 Novas Tecnologias em Saúde
Aumentam a longevidade e a qualidade de vida Aumentam as taxas de cura Reduzem a dor e o sofrimento Recuperam a capacidade funcional / profissional Nas últimas décadas temos tido grande avanço das novas tecnologias no setor de saúde em todo o mundo há um esforço em promover e ampliar a oferta de produtos e serviços em saúde para o maior número de pessoas possível, e acompanhando o ritmo de crescimento da população. De forma inegável Isso tem sido recompensado com melhores resultados em saúde. E a melhoria da saúde de uma população pode contribuir para o crescimento econômicode um país , tornando os indivíduos aptos ao trabalho e aumentando sua produtividade com redução do custo para a sociedade Musgrove P. Health Policy; 47: , 2007.

3 Qualidade X Custo Kenneth A. Am Econ Rev 53:941-73, 2003.
Orçamento público para saúde é restrito Recursos insuficientes para todos os programas de saúde Racionalização dos gastos públicos Procura por alternativas de intervenções Escolhas dependem da estrutura de morbi mortalidade de cada região Envelhecimento da nossa população No entanto, estes benefícios têm se associado a um aumento dos custos em saúde Como o orçamento público para saúde é restrito, Os gestores fazem grande esforço para conciliar a elevação destes gastos com a escassez de recursos e têm que tomar decisões com realaçào aos investimentos em programas de saúde A necessidade de racionalização dos gastos pressionam para que possa contemplar o maior número possível de cidadões sem comprometer a qualidade do resultado esperado As demandas de saúde podem ser diferentes em cada região do nosso país e levam em conta o envelhecimento da população com grande participação de idosos,com aumento das doenças crônico-degenerativas; aspectos culturais da população e de morbi-mortalidade de cada local. Kenneth A. Am Econ Rev 53:941-73, 2003.

4 Por que médicos precisam saber sobre economia da saúde ?
Então, como de um lado existe o surgimento veloz de novas tecnologias cada vez mais caras e sofisticadas e de outro lado a escassez de recursos para contemplar a todos Surgiu assim a necessiadade do conhecimento amplo e detalhado destes custos para seu melhor controle Assim, para evitar que as decisões relativas a aplicações de recursos de saúde sejam tomadas sem uma fundamentação adequada, apartir dos anos 70 surgio a farmacoeconomia, uma associação de princípios de ciências administrativas com a medicina, tentando entender as relações entre os custos e os benefícios das ações de saúde. Tanto em clínicas particulares como em hospitais públicos os médicos trataram pacientes durante séculos sem se preocupar com ponderações econômicas. Quase tudo que acontece antes ou depois do encontro entre médicos e pacientes é pertinente ao processo econômico, pois lida com a utilizaçào de recursos daí a importância cada vez maior deste

5 Farmacoeconomia Estudo interdisciplinar dos custos de tratamentos
Análise comparativa entre opções de intervenções Compara custos X resultados de diferentes estratégias Evita desperdício de recursos Concilia os recursos existentes com a necessidade de saúde da população Reduz desigualdade no acesso à saúde Avalia impacto da saúde no desenvolvimento da região Farmacoeconomia é o estudo sobre o custo econômico de determinada doença apresenta-se como um rico campo interdisciplinar que visa o conhecimento de aspectos práticos destes custos para embasar decisões que impactam na vida cotidiana dos cidadões e ajudam a definir estratégias mais eficientes e equitativas na prestação dos serviços públicos de saúde. Um esforço conjunto entre médicos e economistas pode reduzir desperdícios de recursos e capazes de reduzir as desigualdades sociais no acesso à saúde no país. Eddy, D. JAMA, 267: , 2002.

6 Ciclo virtuoso do investimento em saúde
as regiões mais ricas investem mais em saúde e em contrapartida, com sua população mais saldável e mais produtiva, gera mais riqueza para a sociedade, este é o ciclo virtuoso do investimento em saúde pública Este raciocínio é semelhante ao investimento em saúde que fazemos com os filhos. Oferecemos a eles toda condição de saúde necessária para seu desenvolvimento pleno, tornando-os indivíduos preparados para o desempenho de atividades sociais e profissionias para alcançar o sucesso.

7 Políticas de Saúde Pública
Acesso á Saúde é um direito do cidadão Parcela considerável da população é excluída dos benefícios dos modernos recursos da medicina Distorções agravam desigualdade social Avaliações econômicas auxiliam os gesteros nas decisões Programas desenvolvidos pelo governo tentam produzir inclusão social na área da saúde O acesso à saúde é um direito e uma necessidade básica do cidadão. Mas, no atual modelo de saúde vigente em nosso país, grande parcela da população está excluída dos benefícios dos modernos recursos da medicina Com muitas pessoas privadas de acesso ao atendimento e medicamentos essenciais necessários em nosso país, surgem distorções levando a desigualdade social que atinge principalmente os pacientes carentes e seus familiares. torna-se cada vez mais importante que se façam avaliações econômicas que indiquem se os sistemas de saúde implementados trabalham de forma justa e socialmente desejadas. Os programas de universalização da saúde, adotados por muitos países, a partir dos anos 1950, resultaram na extensão horizontal e vertical da cobertura e são apontados para explicar a elevação dos gastos com saúde No caso do Brasil, aos fatores mencionados soma-se a extensão da cobertura resultante da universalização do sistema SUS a partir da Constituição de 1988. Desde então, o País possui um sistema público de saúde dito universal, mas grande parte da população não utiliza esses serviços, tendo como razões para isso a dada à limitação dos recursos públicos em atender a demanda da população. Assim, muita gente tem migrado para o setor privado, seja pagando diretamente suas despesas, seja se afiliando a algum plano ou seguro de saúde,conhecido como sistema de saúde suplementar Vivemos hoje um período de consolidação do SUS, em que a organização da assistência à saúde e ampliação do acesso dos cidadãos aos serviços constituem o principal desafio para seus gestores Upshur, Journal Public Health, 93: , 2002

8 Assistência Farmacêutica
Deve se adequar a realidade de cada região Distribuição gratuita de medicamentos Ampliar acesso a tratamentos essenciais Priorizar doenças crônicas e incapacitantes Na área da assistência farmacêutica, o sistema de saúde brasileiro ainda se depara com grandes problemas devido às distorções geradas pela enorme desigualdade social e econômica, que determinam restrições ao pleno acesso a medicamentos. Neste particular é essencial a ação do poder público no combate a iniqüidade do acesso, na formulação de políticas públicas de assistência farmacêutica de alto custo, na garantia do financiamento e distribuição gratuita de medicamentos e na ampliação do acesso da população a esses tratamentos, considerados essenciais e prioritários do ponto de vista de saúde pública Principalmente no caso de doenças crônicas de grande prevalência em nosso país, quando seu controle não é obtido de maneira adequada a nível de saúde pública, gera grande desperdício de recursos e de vidas (asma, DPOC, hipertensão, diabetes, TB, etc) pelo seu curso prolongado gerando alto custo hospitalar com emergências, internaçòes e complicaçòes Picon et al., Caderno de Saúde Pública, 2003

9 Custos em Saúde Custos Diretos Custos Indiretos Custos Intangíveis
 Quantidade de dinheiro gasto como resultado direto da doença.  Ø Médicos Consulta médica Consulta enfermeira Consulta farmacêutica Medicações Hospitalização (emergência, UTI) Exames  Ø Não Médicos ·Material descartável ·Equipamentos ·Imóveis (aluguel, IPTU, condomínio) ·Transporte ·Adaptação domiciliar Custos Indiretos Perdas dos ganhos com impossibilidade de realizar atividades, incluindo os familiares. Perda produtividade do trabalho do paciente Perda produtividade do trabalho do familiar Perda produtividade por morte prematura Perda produtividade por aposentadoria precoce Diminuição de horas ou dias de trabalho Custos Intangíveis Perdas da Q.V. satisfação, dor e sofrimento. Depressão Difícil quantificação Cisternas et al. JACI 2003; 111:1212-8 Como se calcula os custos de uma doença? Custo Global é a soma = Gastos (custos diretos) + Perda dos ganhos (custos indiretos) Os custos diretos que mais pesam são medicamentos e internações Os custos intangíveis são de difícil mensuração Os custos diretos variam muito de um país para outro dependendo da política de saúde, salários, grau de complexidade das unidades

10 Tipos de Análises Econômicas usadas em Saúde Pública
Custo-benefício: mensurações de resultados expressas em valores financeiros Custo-efetividade: mensurações de resultados expressa em valores e efetividade das intervenções Custo-utilidade: mensurações de resultados expressa em valores e a efetividade em termos quantitativos e qualitativos Para que escolhas de estratégias em saúde sejam feitas, uma série de ferramentas de análise estão disponíveis para que o gestor de políticas públicas venha justificar sua decisão. Avaliação econômica permite ao gestor apoiar-se em seus resultados para justificar a escolha da opção de intervenção mais relevante para o governo, famílias e/ou sociedade Com isto, a avaliação econômica preocupa-se em conduzir uma análise comparativa entre diferentes intervenções, em termos de custos e suas conseqüências Os métodos de avaliação econômica em saúde tem por objetivo calcular o custo de todos os recursos utilizados na implementação de uma ação e estabelecer relações com os resultados dessas ações As diferenças entre os métodos de avaliação econômica residem nas formas com que os resultados das ações são medidos: Permitem saber se os recursos sociais estão sendo bem aplicados: análise custo benefício avalia custos e resultados de saúde apenas em termos monetários. Esta análise deve comparar as despezas do programa com os gastos econômicos a serem evitados no futuro, como resultado da implantação do programa. Os resultados são apresentados como custos evitados devido à prática implementada. análise custo efetividade que compara alternativas de tratamento em que os custos e os resultados das intervenções variam, e a relação entre o custo e a efetividade é expressa como custo por evento evitado (internações, morte, casos de doenças). Esse é o tipo de avaliação econômica mais comum na literatura internacional, pois seu resultado pode ser definido de várias maneiras para expressar benefícios, de acordo com o interesse do estudo. análise custo utilidade é uma variante da análise custo efetividade em que são comparados os custos em termos monetários e os resultados de saúde em termos de utilidade para o grupo de intervenção. O resultado em termos de saúde é definido pelo que o paciente julga como benefício e incorpora questões subjetivas definidas pela população de estudo. Os mais comuns na literatura internacional sobre estas análises são referidos mediante QALY’s (quality-adjusted life-years) e DALY’s (disability adjusted life years). Por exemplo, em um estudo de asma, o resultado de saúde não é medido apenas na constatação do paciente ser ou não portador de asma, mas na qualidade de vida obtida pelo mesmo. Custo-utilidade: tipo mais sofisticado de análise que incorpora aspectos quantitativos e qualitativos A prolongação da vida não é o único componente do benefício, mas também com que qualidade este prolongamento se efetiva. Desse modo, a análise QALYs ganha importância, na medicina atual. A análise econômica de custo efetividade é a mais utilizada na literatura internacional e compara alternativas de tratamento aplicadas em condições reais de rotina, onde múltiplas inteferências cotidianas podem modificar a resposta esperada como adesão ao tratamento, comorbidades existentes, interações medicamentosas, etc. Nesta análise os custos e os resultados variam, sendo a relação expressa como custo por evento (internação, óbito, etc.). Drummond et al., 1997

11 Análise de Custo Efetividade
Menor efetividade Maior Custo B Maior efetividade C Menor Custo D Existem 4 tipos possíveis de resultados de análises de custo efetividade: A= única ilógica e irracional B= em situação de grande disponibilidades de recursos C= em situação de pouca disponibilidades de recursos D= melhor resultado a ser obtido Seria desejável que um tratamento escolhido sempre estivesse situado na área D do gráfico acima, apresentando maior efetividade e menor custo em relação às outras alternativas terapêuticas disponíveis. Em situações econômicas favoráveis, com disponibilidade de recursos, pode-se também optar pelos tratamentos da área B, de máxima efetividade e custo. Em determinadas situações pode ser necessário optar pela alternativa C do gráfico, quando faltarem recursos para melhores opções e desde que se respeitem os aspectos éticos. A única situação absolutamente indesejável e ilógica é o uso continuado e injustificado de tratamentos do grupo A em que maior custo está associado a menor efetividade. o que irá depender dos interesses sociais, existência de outros problemas de saúde que competem por recursos, e da disponibilidade de recursos para implementá-la Eddy, JAMA 1992

12 Custo Familiar da Saúde
Saúde é o 4º maior item de consumo das famílias Remédios (41%) e planos de saúde (28%) Famílias de renda alta gastam mais com planos de saúde do que com medicações Reflete padrão desigual entre as classes Elevada carga das doenças crônicas para as famílias A maioria dos estudos econômicos da saúde focam no custos diretos e indiretos para a saúde pública e poucos trabalhos analisam o impacto do custo da saúde para as famílias Neste estudo desenvolvido em 2006, por uma economista da saúde do ISC/ UFBA, que utilizou famílias de diferentes classes sociais de salvador, e os resultados mostram que saúde é o quarto maior item de consumo das famílias, cujos componentes de maior peso são remédios (41%) e planos de saúde (28%). O gasto médio com saúde das famílias de mais alta renda (> 30 SM) corresponde a 26 vezes o valor gasto pelas famílias que recebem até 2 SM. À medida que aumenta a renda, caem os percentuais gastos com remédios, exames e consulta, enquanto crescem os gastos com planos, tratamento dentário e serviços de cirurgia. Os gastos das famílias com saúde refletem o mesmo padrão desigual da distribuição de renda no país e os resultados deste estudo apontam a potencialidade redistributiva das políticas públicas em saúde. Para enfrentar a elevada carga da doença crônica e incapacitante, as famílias são obrigadas a utilizar estratégias para suportar as despesas e satisfazer suas necessidades básicas com empréstimos, vendas de bens e contam com ajuda financeira e não financeira (medicações , alimentos, moradia, transporte, gás e seguro saúde) de doações dos amigos e parentes e de programas sociais do governo. A perda freqüente de dias de trabalho, do paciente e de seus familiares, por uma doença incapacitante tem grandes implicações para os recursos domésticos e contribui para o processo de empobrecimento destas famílias (Russel, 2001). BAHIA ANÁLISE & DADOS v. 16, n. 2, p , set. 2006

13 Asma no Brasil 8o lugar em prevalência mundial (10 a 20%)
2.500 óbitos /ano 3a causa de internações no SUS Custo anual de R$ 98,6 milhões para o SUS Tratamento que segue diretrizes tem maior efetividade e menor custo Tomando como exemplo a asma que é doença crônica de alta prevalência no Brasil e se torna incapacitante se não tratada levando a alto percentual e custo com iinternaçòes e emergência A asma é uma doença de prevalência crescente, adquirindo dimensões de um problema de saúde pública. Estima-se que 20% da população mundial seja portadora de Asma. É a doença crônica na infância de maior prevalência. Segundo o DataSUS, em 2004, a asma representou a terceira causa de hospitalização pelo SUS, com 396 mil internações em todo o país. Apesar dos avanços científicos, pessoas morrem por Asma por ano no Brasil. Em a Secretaria de Saúde  implantou o Programa de Atendimento ao Paciente Asmático do DF, que conta atualmente com 24 Centros de Referência. O Brasil ocupa a 8ª posição mundial em prevalência de asma, variando de 10 a 20%, dependendo da região e da faixa etária consideradas. Em 2007, foi responsável por cerca de 273 mil internações e óbitos, dos quais aproximadamente 1/3 ocorreu em UBS, domicílios ou vias públicas, gerando um custo aproximado R$ 98,6 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). (DATASUS, 2008). Em termos mundiais, os custos com a asma superam os com a tuberculose e HIV/AIDS somados. É fundamental mudar o foco do cuidado praticado atualmente aos pacientes asmáticos graves e centralizar o atendimento na prevenção das crises, tendo como alvo principal a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. DATASUS, 2007

14 Uso de Corticoide Inalatório em Pacientes com Asma Persistente
Parte do problema se deve ou subdiagnóstico e á resistência por parte de alguns médicos e pacientes no uso de CI No Brasil as medicações preventivas inalatórias, só recentemente passaram a ser distribuídas para asmáticos graves e em algumas cidades. Ainda não são distribuídas na rede básica,. Segundo o estudo Goal o uso de CI inalatório em asma persistente segue o seguinte percentual no mundo: Europa: 41% EUA: 35% Ásia: 14% Brasil: 5% Há cerca de 15 anos diretrizes internacionais GINA, padronizaram o tratamento da asma persistente com um novo paradigma focando na prevenção com o uso de CI de manutenção e BD de alívio de fácil acesso Ainda hoje, grande parte da nossa população mantém-se excluída desse avanço e continuam usando xaropes e comprimidos Bateman et al., Goal study, Eur Respir Journal, (38): 465,2002.

15 coorte clínica Custo Total da Asma por paciente/ano
Estimativa da Distribuição da ASMA Custo Total da Asma por paciente/ano coorte clínica EUA n=401 (adultos) O custo da asma é inversamente proporcional á gravidade da doença Segundo este estudo os 10% de pacientes com a forma grave da doença são responsáveis por 64% dos gastos. Da mesma maneira se comporta a DPOC Portanto a iniciativa dos gestores de saúde deve ser priorizar a atenção aos doentes graves, tanto pelo sofrimento quanto pelo custo que eles têm Cisternas et al. JACI 2003; 111:

16 Programas de Asma pioneiros no Brasil
Belo Horizonte : Organização da Assistência Pública à Criança Asmática –1996 Porto Alegre: PEA – Programa de Educação e Assistência em Asma para Adultos- 1996 “ De Volta para Casa & Asma” Prefeitura Municipal de POA – Fluxograma de Atenção ao Asmático Programa de Atenção à Criança e Adolescente com Asma-POA São Luis : PAPA - Programa de Assistência ao Paciente Asmático Fortaleza: PROAICA Programa de Atenção à Criança e ao Adulto com Asma Brasília: Programa de Atenção ao Asmático do Distrito Federal – 1999 Caxias do Sul /RS: Programa de Atenção à Criança com Asma da Prefeitura Municipal Campo Grande /MGS: Ambulatório Público de Asma Pediátrica da Prefeitura Municipal-2000 São Paulo: Programa de Educação e Assistência ao Asmático Rio de Janeiro: Projeto de Atendimento á Criança com Asma Curitiba: Programa Crescendo com Saúde – Pediatria 2001 Itabira / MG: Programa RESPIRAI / Asma Infantil- 2001 Londrina / PR: Núcleo de Atendimento a Doenças Respiratórias Salvador: ProAR_ Programa de Controle da Asma e Rinite Alérgica na Bahia- 2002 São José dos Campos/ SP: Programa de Assistência Integrada ao Paciente Asmático -2002 Diante dessa realidade de falta de acesso na rede pública ao tratamento atual preventivo para a asma conforme preconizam as diretrizes para a maioria da população carente brasileira, diversos programas de controle da asma começaram a surgir no país Os pioneiros foram o de BH e POA em 1996

17 Objetivos dos Programas de Asma
Implantar o Plano Nacional da Asma nos Municípios Fortalecer a adesão do paciente e de seus familiares no tratamento ambulatorial preventivo Reduzir a demanda de pronto socorro Reduzir o número de hospitalizações / UTI Reduzir os gastos diretos e indiretos com a asma Melhorar a qualidade de vida do asmático MAIOR ADESÂO = CONTROLE = MENOR CUSTO E de que forma esses programas impactam no custo da asma????? Quais são seus objetivos????? Garantir medicação preventiva INALATÓRIA em todos os municípios Educação em asma fortalecendo a adesão ao tratamento preventivo MAIOR ADESÂO= MAIOR CONTROLE = MENOR CUSTO

18 Metas dos Programas de Asma
Mudança do perfil de atendimento vigente Capacitação de recursos humanos Disponibilização de medicamentos preventivos gratuitos Reorganização da assistência Redirecionamento dos recursos existentes MUDAR O PARADIGMA ATUAL!!!! Priorizara assistência básica preventiva com reciclagem de profissionais clínicos e pediatras para o adequado diagnóstico e manejo da asma com distribuição gratuita de medicações Tratar a asma e a rinite associadas Reorganização da assistência deslocando o tratamento para centros ambulatoriais com consultas eletivas de baixo custo e não o tratamento de crises em pronto socorros e hospitais com custo mais elevado, Criar centros de referência para manejo dos casos de maior gravidade

19 Redução de hospitalizações entre pacientes inscritos em alguns programas de asma
Município Nº hospitalizações Redução (%) Antes Depois Belo Horizonte, MG 1.086 263 75,8 Porto Alegre, RS 194 64 67,0 São Luís, MA 55 1 98,0 Ribeirão das Neves, MG 1.511 138 90,8 Caxias do Sul, RS 77 23 66,0 (UTI: de 12 para zero) Esses são outros exemplos nacionais de como os programas de controle da asma podem impactar no custo da doença

20 Internações por Asma em Salvador
(janeiro a maio) Com a consolidação do funcionamento pleno do ProAR a partir de 2004 os índices de internação na cidade coincidentemente caem pela metade nos 5 primeiros meses deste ano comparando-se aos anos anteriores o que representa numa economia em 2005 para o governo de cerca de R$ ,00 apenas com internações , pois os asmáticos graves têm o maior índice de internações DATASUS, 2005.

21 Programa de Controle da Asma e da Rinite Alérgica na Bahia (ProAR)
Projeto de ensino, pesquisa e assistência, Integra o SUS à universidade pública Tratamento associado da asma grave e da rinite Fornecimento gratuito de medicações Equipe multidisciplinar Ambulatórios de referência Com essas metas e objetivos dentro do seu projeto, o ProAR vem trabalhando com 3 pólos de atendimento em Salvador desde 2003, prestando assistência a pacientes carentes com baixo nível sócio-econômica FMUFBA, março de 2002.

22 Estudo de Custo Efetividade do ProAR
O manejo adequado da asma grave e da rinite pelo ProAR, pode resultar em redução da morbi-mortalidade e em impacto na qualidade de vida, com redução dos custos para a saúde pública e para as famílias Hipótese O ProAR= programa modelo de controle da asma com equipe multidisciplinar, distribuição gratuita de medicações e componente educativo E em 2004 um estudo de coorte foi conduzido no ProAR em parceira com a equipe de economia da saúde do ISC, com 180 pacientes adultos portadores de asma grave, visando analisar o custo-utilidade deste programa. Essa análise vai além de uma simples avaliação do custo-efetividade pois além de avaliar o impacto do custo no controle efetivo a asma, também visa analisar a melhoria da qualidade de vida que seus pacientes experimentam Esse estudo busca um amplo conhecimento de custos para o governo e as famílias, e os pacientes são avaliados durante 1 ano recebendo mensalmente atenção de uma equipe multidisciplinar, medicações e palestras de educação em asma. Paralelo a isso, espirometrias e questionários são preenchidos de 3/3 meses para avaliação de qualidade de vida e controle da asma, e os custos para o programa, as famílias e o governo estão sendo detalhadamente contabilizados BMC Public Health 2007, 7:82

23 Evolução da mediana da função pulmonar antes, durante e depois do acompanhamento no ProAR
3 Critéios utilizados para medir a efetividade do programa: Melhora da funçào pulmonar, controle da asma e qualidade de vida Neste gráfico vemos a evolução da função pulmonar que foi um dos parâmetros usados como medida de efetividade do ProAR A medida do pico de fluxo se mostrou mais sensível na melhora da função pulmonar do que a medida do VEF1 e da reversibilidade ao BD que não foram estatisticamente significantes os testes de função pulmonar, representados pelo Pico de Fuxo Expiratório e VEF1, revelaram menor impacto do controle da doença do que os questionários utilizados para avaliar qualidade de vida e controle da asma. p=0,73 BMC Public Health 2007, 7:82

24 Evolução da mediana dos escores de controle da asma antes, durante e depois do acompanhamento no ProAR 6,00 5,50 5,00 4,50 p< 0,01 4,00 Como o Sucesso do tratamento da asma está cada vez mais associado ao controle da doença usamos como Outro parâmetro para medir a efetividade do tratamento oferecido pelo ProAR os escores do questionário de controle da asma nos últimos 7 dias Ele tem 5 itens com escala de 0 a 6 com perguntas referentes ao controle da asma nos últimos 7 dias relacionado ao sono, sintomas, limitações físicas : 6 asma sem nenhum controle 3 parcialmente controlada 1 bem controlada (adequado e aceitável) 0 controle total Se considera os paciente com escore abaixo de 1,5 (ponto de corte) bem controlados Este gráfico mostra a evolução dos escores do questionário de controle da asma ACQ, Vemos que nas duas primeiras visitas quando o paciente ainda não havia iniciado o tratamento os escores são exatamente os mesmos e após 3 meses de início do acompanhamento houve redução em 50% do escore, que se mantém em platô até o fim do acompanhamento de 1 ano. Isso mostra o impacto do ProAR no controle da asma pois em apenas 1 ano o grupo passou de um controle pobre da doença (Escore 4) a um controle aceitável próximo ao ideal que é de 1,5 O ponto de corte serve para um alto resultado preditivo negativo (menor chance de incluir pacientes com asma mal controlada) 3,50 3,00 p<0,01 p< 0,01 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 V1 V2 V3 V4 V5 V6 ACQ 4,00 4,00 2,20 2,00 1,80 2,00 BMC Public Health 2007, 7:82

25 p<0,01 p<0,01 BMC Public Health 2007, 7:82
Como a asma grave ou mal controlada é inacapacitante e impacta no bem estar físico, social e emocional do paciente e de sua família pois restrige seu estilo de vida normal e Seu controle implica em extraordinária mudança na qualidade de vida outro parâmetro selecionado para avaliar a efetividade do tratamento no ProAR foi o escore do questionário de qualidade de vida o AQLQ Esse gráfico mostra os resultados dos escores do questionário de Qualidade de vida composto de 32 itens com atividades padronizadas aplicados nestes pacientes referente aos últimos 15 dias e constituído de 4 domínios: limitação de atividades (11 itens), sintomas (12 itens), função emocional (5 itens) e exposição a estímulos ambientais (4 itens). Este é avaliado em uma escala de 1 a 7 (ao contrário do anterior) onde 1 representa a pior e sete a melhor qualidade de vida. O questionário pode ser analisado pelos resultados da média de pontos obtidos em cada domínio ou pela qualidade de vida em geral com a média do escore dos 4 domínios. A mínima diferença importante para o dia-a-dia do paciente será de uma variação de 0,5 ponto em cada domínio ou na qualidade de vida como um todo. 1 totalmente limitado 2 extremamente limitado 3 muito limitado 4 moderadamente limitado 5 pouco limitado 6 muito pouco limitado 7 nenhuma limitação A avaliação deste gráfico mostra como no outro que, nas 2 visitas iniciais, antes do acompanhamento no ProAR os escores são muito semelhantes e apresentam uma melhora de 50% com 3 meses de tratamento saindo o grupo de uma condição de limitaçào extrema pela asma para uma limitação moderada após iniciar o acompanhamento. Esta melhora se manteve em platô até o fim do acompanhamento. O domínio de sintoma foi o que mostrou maior melhora e o menor foi o domínio emocional. A melhora da qualidade devida foi avaliada também pela psicóloga do ProAR que documentou como causas de sofrimento a história da doença marcada por internações e idas ã emergência com medo da morte, além de problemas financeiros advindos das restrições impostas pela doença ao trabalho e à incrsão social . Com o tratamento muitos destes pacientes resgataram a auto-estima,melhoram o humor, retomaram antigos projetos de estudo e trabalho mostrando a superação do sofrimento psiquco próprios da depressão que muitos apresentavam. Talvez os 25 anos de doença tenham levado a alterações profundas na qualidade de vida que só possam ser revertidas a longo prazo BMC Public Health 2007, 7:82

26 Comparação entre a mediana dos custos públicos anuais por cada paciente com tratamento antes e após o ProAR p=0,03 p<0,01 R$ Em termos de custo, o estudo mostrou que o governo economizou 51% dos recursos com a implantação do ProAR para esses pacientes estudados O maior gasto com prevenção foi compensado pela drástica redução dos atendimentos hospitalares Se multilicarmos R$ 836,00 por cada um dos 1800 pacientes inscritos hoje no ProAR teremos uma economia anual de cerca de R$ antes da municipalização plena de Salvador, o maior ônus ficava com o governo estadual que arcava com 70% do custo do tratamento hospitalar da asma (UTI, emergência e internação) Custos hospitalares reais apurados em 3 hospitais públicos: hotelaria + medicamentos para asma BMC Public Health 2007, 7:82

27 Comparação entre a mediana dos custos familiares anuais por paciente com tratamento antes e após o ProAR R$ O gráfico demonstra que a renda anual de cada família teve um aumento real de R$ 1.107,00 (18%), sem contar com o aumento do salário mínimo de R$ 240,00/ano entre 2003 e 2004. Como trata-se de medianas o custo familiar é superior á mediana da soma das perdaas com os gastos. Verificando na tabela vemos que o quartil dos custos são mais altos que dos gastos Os gastos reduziram-se em R$ 1.168,00 (86%) e a redução mais expressiva foi notada entre os gastos com transporte e medicações.Desta forma cada família passou a contar com mais R$ 1.583,00 por ano, excluindo o aumento anual do salário mínimo. Isso representa uma economia anual de 91 % no orçamento familiar se houver apenas um paciente com asma grave na família fazendo tratamento. BMC Public Health 2007, 7:82

28 Carga da doença: custo anual da asma por paciente para o governo e famílias, antes e após o ProAR
Nesta amostra estudada a avaliação da carga da asma mostra que famílias de baixa renda dividem em igual parcela o custo do tratamento da asma grave com o governo (52% X 48%). O custo total do tratamento por paciente passa de R$ 3.363,00 para R$ 944,00 quando acompanhados no ProAR Quando os pacientes sáo tratados no ProAR a situação fica bem diferente com uma redução total do custo da asma em 72% 91% de redução nos custos para famílias e 52% nos custos para o governo e as famílias passam as contribuir com apenas 17% da carga da asma que a implantação de programas de atenção global ao asmático grave, incluindo distribuição gratuita de medicações inalatórias para asma e rinite, promove saúde e bem estar social além de significativa economia em recursos familiares e de saúde pública. Essa economia propiciaria redirecionamento de recursos que poderia custear o tratamento do número crescente de pacientes advindos do aumento esperado da prevalência da asma. BMC Public Health 2007, 7:82

29 Conclusões Análise de Custo-efetividade do ProAR:
Melhor controle da asma Redução de hospitalizações e visitas à emergência Melhora da qualidade de vida Redução em 51% dos custos governamentais Aumento em 18% na renda familiar Redução em 86% nos custos familiares Redução do percentual da renda familiar comprometida com a asma de 29% para 2% Os resultados desse trabalho podem ser sumarizados nos seguintes pontos: A análise de custo efetividade incremental conduzida revelou grande vantagem em favor do tratamento realizado pelo ProAR, em comparação ao tratamento convencional para asma grave oferecido atualmente pela rede de saúde pública. Em termos de efetividade, o acompanhamento no ProAR demonstrou significativa redução em internações e visitas á emergência com melhora da função pulmonar, do controle da asma e da qualidade de vida dos pacientes. Em termos de custos familiares, quando acompanhados no ProAR, os pacientes com asma grave e suas famílias obtiveram acentuado benefício econômico com aumento real na renda média de cada família em 15% e redução dos custos em 86%, com uma economia anual de R$ 3.291,78 por família. O percentual da renda familiar comprometida com o tratamento de um paciente com asma grave que era de 37% passou a 5% após acompanhamento no ProAR. Em termos de custos governamentais, houve economia anual de R$ ,53 em recursos de saúde pública a favor do ProAR. O aumento no custo com tratamento preventivo para os 64 pacientes em R$ ,00 foi largamente compensado pela redução nos custos hospitalares em R$ ,00. No total, o governo economizou 67% dos recursos para o tratamento anual destes 64 pacientes. BMC Public Health 2007, 7:82

30 Discussão Tratamento que não segue diretrizes leva a maior consumo de recursos de saúde Famílas e governo dividem a carga da doença Aumento de desigualdade social Estudo DPOC: quando os pacientes são acompanhados por clínicos e não fazem espirometrias nem seguem diretrizes atuais no manejo da doença, originavam menor controle da doença, maior uso dos serviços de saúde com consequente maior consumo de recursos, coincide com os achados deste estudo pacientes graves não tinham consultas regulares com especialistas, realizavam poucos exames de função pulmonar com controle deficiente da doença. Quando analisamos cada uma das instâncias do governo em relação aos gastos com o tratamento global ao asmático na rede pública antes da municipalização plena, vemos que esses custos são fragmentados o que dificulta o entendimento do impacto econômico global da asma. Assim existe dificuldade dos gestores em terem uma exata noção do montante dos recursos gastos com a asma. Necessidade de se ter um sistema estadual de apuração dos custos com saúde Os custos hospitalares representam a maior parcela de custos públicos para tratar asma Com base na comparação realizada entre o valor pago por cada AIH e o custo real contabilizado dos procedimentos hospitalares, ficou demonstrado que o repasse do SUS cobre apenas cerca de 30% dos custos hospitalares com a asma grave e o governo estadual arcava com 70% dos custos hospitalares apurados complementando o repasse do SUS, dentro do modelo atual de tratamento e era o maior beneficiado na economia de recursos com a expansçao do ProAR Esse subfinanciamento da saúde leva a dificuldade de gestçao, sucateamento e atraso tecnolçogico dos hospitais públicos, empurrando os pacientes cada vez mais para o sistema suplementar de saúde privado Se dividirmos a estimativa de custo da asma grave com os asmáticos graves que calculamos ter em Salvador, com base nos valores encontrados neste estudo (1,3 internações ao ano ao valor de 2.682,00/ internção ao ano) encontra-se a cifra de R$ ,00 que se rateada pela população de Salvador habitantes, estimamos que cada cidadão contribui com R$ 32,00/ano para o tratamento da asma grave com a estratégia de tratamento vigente na rede pública onde se oferecia apenas medicação sintomática e atenção nas crises Dificuldade de omparações: Metodologias (custos diretos/indiretos) família X governo gravidade da doença BMC Public Health 2007, 7:82

31 Assistência Farmacêutica
PACIENTES PROFISSIONAIS GOVERNO Assistência Farmacêutica Iniciativas para o desenvolvimento de programas de assistência a doenças com elevada prevalência e impacto social e econômico, tais como a asma, devem ser desenvolvidas em diversas regiões do país, contando com a participação das universidades, instituições governamentais estaduais e municipais, organizações não-governamentais, associações de profissionais de saúde e de pacientes Os benefícios diretos e indiretos: psicossociais, sócio econômicos e humanísticos e de reintegracao a saude propiciados este programa integrando pacientes, Universidade e governo poderão ser vislumbrados a curto e médio prazos O tratamento associado da asma e da rinite dentro de programas que controlem efetivamente a doença é uma intervenção na qual todos saem ganhando: Governo: economia de recursos públicos que serão redirecionados para outros investimentos e satisfação popular Indústria: fabricar e vender seus produtos e gerar mais recursos para pesquisa e aprimoramento das medicações Pacientes e familiares: qualidade de vida e redução dos custos com o tratamento (aumento da renda e redução dos gastos) Profissionais: Satisfação em poder exercer plenamente sua atividade seguindo as diretrizes atuais dos consenso Sociedade: cresce como um todo, com novos investimentos vindos com a economia de recursos públicos e com a reabilitação e reintegração dos cidadãos contribuindo pra o crescimento da comunidade SOCIEDADE INDÚSTRIA


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