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PSICOSES NO PUERPÉRIO E DEPENDÊNCIA QUÍMICA

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Apresentação em tema: "PSICOSES NO PUERPÉRIO E DEPENDÊNCIA QUÍMICA"— Transcrição da apresentação:

1 PSICOSES NO PUERPÉRIO E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Dra. Ana Maria Freitas Preceptora da residência em psiquiatria HMIPV_UFCSPA

2 A gestação e o puerpério são períodos da vida da mulher que precisam ser avaliados com especial atenção , pois envolvem inúmeras alterações físicas, hormonais, psíquicas e de inserção social. Tem-se dado importância cada vez maior ao tema e estudos atuais tem visado delinear os fatores de risco

3 Apesar da maior pesquisa sobre o tema, ainda não há especificação para essas patologias no CID-10, a não ser como diagnóstico de exclusão

4 A dificuldade na classificação destes transtornos se deve a controvérsia ainda existente em relação á sua gênese Alguns pesquisadores defendem a existência de uma entidade nosológica própria Um número cada vez maior de estudiosos aproxima as psicoses puerperais daquelas que ocorrem em qualquer outro período da vida , apontando para a sua não especificidade Villar ,M ;Rev.Esc.Enf.,1998

5 Ao contrário do que se pensava , o período perinatal não protege a mulher dos transtornos psiquiátricos

6 A prevalência de depressão é de 7,4% no primeiro trimestre da gestação , 12,8% do segundo e 18% no terceiro e no pós parto Nas adolescentes , a prevalência duplica devido á imaturidade e instabilidade nos relacionamentos Camacho, RS Rev.Psiq.Clin,2006

7 Estudos observaram que 33% das pacientes com transtorno de pânico apresentam piora na gestação

8 As pacientes com transtorno obsessivo compulsivo apresentam uma taxa de piora em torno de 46%

9 A psicose puerperal é mais rara com incidência entre 1 a 4 casos por 1000 nascimentos

10 Etiologia Predisposição geneticamente determinada , causando uma hipersensibilidade individual á variações nos hormônios gonadais e esteróides. Esta hipersensibilidade também pode provocar sintomas psiquiátricos em outros períodos de instabilidade hormonal do ciclo reprodutivo , como a fase lútea tardia , o uso de contraceptivos bifásicos e trifásicos e climatério Journal of affective disorders 88(2005)

11 FATORES DE RISCO BIOLÓGICOS:
História de transtornos psiquiátricos prévios Doença psiquiátrica na família História de transtorno disfórico pré-menstrual Mulheres com transtorno bipolar prévio ( risco > 260/1000) Abuso de substâncias/tabagismo Journal of affective disorders,88(2005) 9-18.

12 Fatores de risco PSICOSSOCIAIS: Idade inferior a 16 anos
Eventos estressantes nos últimos 12 meses Personalidade vulnerável Pouco suporte social Ser solteira ou divorciada Violência doméstica ou conflitos no lar Baixo nível de escolaridade

13 GESTAÇÃO E USO DE DROGAS

14 Atualmente tem sido motivo de alerta mundial a exposição de gestantes á drogas de abuso
Pesquisas tem indicado elevação progressiva e alarmante no consumo de álcool , maconha e outras drogas durante a gravidez

15 Estima-se que 10 a 15% das mulheres Norte Americanas tenham usado cocaína durante a gestação
O uso de maconha na gestação tem uma prevalência variando entre 10 e 27% No Brasil, em um estudo realizado com 450 gestantes usuárias do SUS foi encontrada uma prevalência de 6% de uso nocivo de álcool e 3,1% de dependência ao álcool Rev. Saúde pública2005:39(4):593(8)

16 O uso de álcool , maconha e cocaína na gestação aumentam significativamente a probabilidade de aparecimento de sintomas ansiosos , depressivos , ideação paranoíde , hostilidade , psicotismo e hipersensibilidade interpessoal Journal of substance abuse, 7(2), (1995)

17 Apesar da gravidade não existe um consenso de como este problema deve ser abordado
Nos EUA , em muitos estados , a legislação tem requerido o tratamento compulsório de gestantes abusadoras ou dependentes de álcool e drogas The gullmacher report on public healthy, 2000

18 No Brasil , não existem leis específicas de proteção ao feto , porém a maioria dos médicos , assim como o ministério público entendem que a gestante tem a responsabilidade legal de não criar um risco substancial ao neonato , como conseqüência do uso de drogas ilícitas na gestação Na prática , também se observa a intervenção freqüente do ministério público no sentido de determinar tratamentos compulsórios para gestantes usuárias de álcool e drogas

19 Como abordar a drogadição na gravidez?

20 Apesar dos potenciais riscos da drogadição para a mãe e o feto , este mesmo fator pode fazer da gestação uma janela de oportunidades para prover psicoeducação, motivação para o tratamento, suporte psicossocial e mudanças no estilo de vida. Apesar dos potenciais riscos do uso de drogas na gravidez , a gestação pode ser vista como uma janela de oportunidades para prover psicoeducação , suporte e para motivar para o tratamento da dependência e adoção de mudanças no estilo de vida.

21 Certas doenças infecciosas como HIV , HCV , e DSTs são mais comuns entre usuárias de drogas ilícitas
A sua detecção precoce e tratamento é essencial para prevenir a transmissão vertical

22 Questões relacionadas á gestantes usuárias de drogas incluem violência doméstica e situação de rua.
Na Europa, 10% das gestantes que ingressam para tratamento de drogadição estão em situação de rua Eurosurveillance. V ol14. March 2009

23 Estas pacientes tem um risco aumentado de distúrbios perinatais e obstétricos devido aos precários cuidados de saúde e ausência de pré natal Elas também são mais propensas á recaída

24 Para a abordagem desse problema é necessário o envolvimento da assistência social e dos serviços de proteção á criança de modo á estimular a aderência ao tratamento , a reabilitação e uma maternagem adequada á criança

25 Abordagens psicossociais
Psicoeducação Suporte sociofamiliar TCC Terapia motivacional Abordagem dos 12 passos Psicoterapia individual Grupos de apoio

26 Farmacoterapia? O tratamento de gestantes usuárias de drogas com comorbidades psiquiátricas ainda representa um desafio ao sistema de saúde Mais estudos necessitam ser feitos no sentido de desenvolver tratamentos mais efetivos e baseados em evidências

27 Atualmente , não existe nenhuma droga aprovada pelo FDA para o tratamento de desintoxicação e manutenção da dependência á estimulantes , alucinógenos , inalantes e canabinoídes

28 Fármacos devem ser prescritos após a análise dos benefícios X potenciais riscos
A preferência deve ser dada ás drogas com risco A e B, e as de risco C , somente se o benefício for muito superior ao potencial risco

29 Inalantes e canabinoídes: ???
• Para a dependência ao álcool existe tratamento estabelecido: Benzodiazepínicos e CBZ Estimulantes: A maior parte das drogas utilizadas visam a redução do craving e sintomas alvo : BZP de curta ação , ISRS antipsicóticos, lítio , agonistas dopaminérgicos ?, tricíclicos? Inalantes e canabinoídes: ??? American journal of obstetrics and gynecology (2002).

30 Todas estas são designadas como categoria C, para uso na gestação
Alguns fármacos , aprovados pelo FDA para outros usos, tem se mostrados promissores na redução do “craving” : dissulfiram, modafinil, propanolol e topiramato Todas estas são designadas como categoria C, para uso na gestação Journal of clinic psychiatry, (1)

31 O diagnóstico e tratamento precoce da drogadição e transtornos psiquiátricos perinatais são muito importantes

32 Mulheres com diagnóstico de transtornos psiquiátricos perinatais e/ou drogadição apresentam elevado risco para complicações obstétricas e neonatais , tais como, contrações uterinas prematuras, problemas placentários , sofrimento fetal e baixo peso ao nascer Por outro lado , complicações no parto podem causar uma resposta aumentada ao stress ,com elevação dos níveis de cortisol e piora significativa dos quadros psiquiátricos Uma boa interação Psiquiatria-obstetrícia são fundamentais na prevenção da morbidade obstétrica neonatal British journal of psychiatry (1994)

33 Os exames de rastreamento de DST devem ser repetidos na 36ª semana
São recomendadas ultrasonografias seriadas , com uma frequência mensal para verificar o bem estar e crescimento fetal e a integridade placentária Os exames de rastreamento de DST devem ser repetidos na 36ª semana Eurosurveillance(14)issue 9, march 2009

34 Do ponto de vista Psiquiátrico, o tratamento precoce diminui a gravidade do quadro, a resistência ao tratamento , dificuldades no vínculo mãe-bebê e no desenvolvimento do neonato.

35 E quando apesar de todos os cuidados , a paciente evoluir para um quadro de psicose no puerpério?
Como Identificar? Quais são os sinais e sintomas?

36 QUADRO CLINICO Delírios , alucinações e estado confusional
Sintomas depressivos , maníacos ou mistos associados O comportamento costuma ser desorganizado e os delírios costumam envolver seus filhos Risco de suicídio e infanticídio O quadro deve iniciar dentro do primeiro mês do puerpério

37 Frente a esses quadros, como tratar?

38 O tratamento baseia-se em:
Psicofarmacos Psicoterapias Suporte psicossocial ECT

39 O tratamento farmacológico segue as mesmas diretrizes dos transtornos psiquiátricos não puerperais
A ECT deve ser considerada em casos graves e/ou com riscos de suicídio e infanticídio

40 As desordens psiquiátricas da gestação e pós parto são comuns e subdiagnosticadas e afetam muitas mulheres em uma época de suas vidas por muito tempo antecipada como a mais feliz

41 É imperativo que todos os profissionais de saúde envolvidos com a gestação e o puerpério estejam atentos a essas condições para que possam ser tratadas precocemente , devolvendo a essas mães e seus bebes a alegria desse momento único

42 FIM


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