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MODELOS EDUCACIONAIS: CLÍNICO E ANTROPOLÓGICO
SIMONE ANDRADE
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“Todo ponto de vista é a vista de um ponto.” (Leonardo Boff)
SIMONE ANDRADE
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Todo ponto de vista é a vista de um ponto. (Leonardo Boff, 1998)
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpretam a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são os seus olhos e qual a visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. SIMONE ANDRADE
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A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam
A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperança o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação. SIMONE ANDRADE
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“Todo ponto de vista é a vista de um ponto.” (Leonardo Boff,)
CONCEPÇOES VALORES PRINCÍPIOS CRENÇAS POSICIONAMENTO POLÍTICO EXPERIÊNCIAS... SIMONE ANDRADE
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DEFICIÊNCIA MODELO SOCIAL MODELO MÉDICO (SOCIEDADE) (SUJEITO)
. ESTILO DE VIDA; . RESULTADO DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL QUE PRODUZ DISCRIMINAÇÃO E OPRESSÃO; . RECONHECE O CORPO COM LESÃO, MAS DENUNCIA A ESTRUTURA SOCIAL DESIGUAL; . QUESTÃO SOCIOLÓGICA: CONTEXTO SÓCIOECONÔMICO LIMITADOR; . DESVANTAGEM SOCIAL IMPOSTA PELA SOCIEDADE EXCLUDENTE; . DESIGUALDADE RESULTANTE DA OPRESSÃO EXERCIDA SOBRE O CORPO; . AGREGAÇÃO DOS DIFERENTES SUJEITOS INDEPENDENTE DE SUAS LESÕES. . FATOR BIOLÓGICO (doença); . CONSEQÜÊNCIA NATURAL DA LESÃO EM UM CORPO; . LESÃO QUE IMPÕE RESTRIÇÕES NA PARTICIPAÇÃO SOCIAL; . QUESTÃO INDIVIDUAL-EXPERIÊNCIA DA DEFICÊNCIA CENTRADA NO CORPO; . DESVANTAGEM / DESIGUALDADE NATURAL; . CLASSIFICAÇÃO E CATEGORIZAÇÃO DOS SUJEITOS. SIMONE ANDRADE
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Atitudes resultantes das diferentes perspectivas da deficiência:
MODELO MÉDICO (SUJEITO) MODELO SOCIAL (SOCIEDADE) SIMONE ANDRADE
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MODELO MÉDICO (SUJEITO)
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Atitudes resultantes das diferentes perspectivas da deficiência:
MODELO SOCIAL (SOCIEDADE) MODELO MÉDICO (SUJEITO) SIMONE ANDRADE
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PROCESSOS INTERATIVOS MODELO SÓCIO-ANTROPOLÓGICO
EDUCAÇÃO ESPECIAL De quem ela é aliada? MEDICINA? OU PEDAGOGIA? MODELOS CORRETIVOS = MODELOS EDUCATIVOS CONCEPÇÃO DE SUJEITO CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO CONCEPÇÃO DE DEFICIÊNCIA METODOLOGIA DESCONTEXTUALIZADA (Exercitações/ Treinos) PROCESSOS INTERATIVOS (Atividades Significativas, com a mediação do outro, centradas nas funções psicológicas superiores pensamento,memória,linguagem) MODELO CLÍNICO-TERAPÊUTICO MODELO SÓCIO-ANTROPOLÓGICO OU SÓCIO-HISTÓRICO SIMONE ANDRADE
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MOVIMENTOS SÓCIO-HISTÓRICOS NA EDUCAÇÃO DE SURDOS
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. Na Antigüidade: A crença: desenvolvimento da linguagem e pensamento realizado exclusivamente pela fala. A humanidade dos surdos não era reconhecida, eles eram sacrificados ou abandonados. Século XVI: Cardano afirmou: “É um crime não educar o surdo-mudo”. Pedro Ponce de Leon( ): educou 04 surdos. (Questões econômicas) SIMONE ANDRADE
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A PRIMEIRA ESCOLA PARA SURDOS. ADOTAVA UMA ABORDAGEM
EM 1750, ABADE DE L’EPÊE, CRIOU EM PARIS, A PRIMEIRA ESCOLA PARA SURDOS. ADOTAVA UMA ABORDAGEM PEDAGÓGICA GESTUALISTA. SIMONE ANDRADE
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CONGRESSO DE MILÃO – HEGEMONIA DA FILOSOFIA ORALISTA
Século XVIII: Surgiu a Filosofia Oralista, tendo como principal pensador o militar alemão, Samuel Heinnicke. Teorias Científicas com base no Evolucionismo (seleção natural das espécies) forçaram a imposição do Oralismo. O princípio da “eugenia” norteava esta abordagem educacional. Afirmação da Identidade Nacional. Século XIX: Em 1880 no Congresso de Milão, liderado por Graham Bell, foi imposta a Filosofia Oralista – Crescimento Industrial. SIMONE ANDRADE
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EUA 1816 -Thomas Gallaudet – Rumou para Europa em busca de informações sobre a Educação de Surdos Alemanha – abordagem oralista França – abordagem gestualista (L’Epée/Laurent Clerc) SIMONE ANDRADE
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NO BRASIL D. Pedro II convida o professor francês Edward Huet para ministrar aulas para duas crianças surdas 1857 é fundado o Imperial Instituto de Surdos Mudos. SIMONE ANDRADE
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FOI FUNDADO O IMPERIAL INSTITUTO DE SURDOS MUDOS
EM 26 DE SETEMBRO DE 1857: FOI FUNDADO O IMPERIAL INSTITUTO DE SURDOS MUDOS SIMONE ANDRADE
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MATERIAL PEDAGÓGICO COM ÊNFASE NA L.S.
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1903 – 1907 – Dr. João Brasil Silvado
EM 1897 – ENSINO DA LO 1903 – 1907 – Dr. João Brasil Silvado FOI LEGITIMADA A A FILOSOFIA ORALISTA PRÁTICAS EDUCACIONAIS ORALISTAS NO INES. A NORMALIZAÇÃO DOS SUJEITOS – referência ouvinte. O TRABALHO PEDAGÓGICO CONCENTRADO NA FALTA. SIMONE ANDRADE
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MÉTODO ORALISTA APLICADO NO MUNDO INTEIRO
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COMPARANDO AS PRÁTICAS ORALISTAS COM AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DESENVOLVIDAS AINDA POR ESCOLAS BRASILEIRAS. SIMONE ANDRADE
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2ª. PARTE SIMONE ANDRADE
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Década de 60 – surgimento de novos paradigmas na Educação de Surdos
William Stokoe – Desenvolve pesquisas referentes à língua de sinais americana - ASL; Reconhecimento do status linguístico das línguas de sinais; Crescimento dos movimentos sociais: feminismo, Movimento Negro e Movimento em favor dos direitos da pessoa com deficiência. Surgimento dos Estudos Culturais que discutem os processos de construção das diferenças e identidades. SIMONE ANDRADE
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COMUNICAÇÃO TOTAL SURGIU COMO FILOSOFIA E NÃO COMO MÉTODO.
RECONHECE A DIFERENÇA SURDA. O FOCO É A COMUNICAÇÃO. USO DO BIMODALISMO (PIDGIN – LÍNGUA DE CONTATO). CRÍTICAS. SIMONE ANDRADE
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BILINGUISMO Reconhecimento da DIFERENÇA LINGUÍSTICA E CULTURA DA PESSOA SURDA. Reconhecimento da condição bilíngue do surdo. (L1 + L2) Reconhecimento da língua de sinais como instrumento linguístico legítimo das comunidades surdas. Aportes teóricos: Sócio-interacionismo e Pedagogia Surda. SIMONE ANDRADE
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QUE TERMO USAR? SURDO-MUDO? DEFICIENTE AUDITIVO? SURDO? SIMONE ANDRADE
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QUE TERMO USAR? SURDO-MUDO?
Negação da existência das línguas sinalizadas. DEFICIENTE AUDITIVO? Normalização do sujeito surdo. O ouvinte como referência. SURDO? Reconhecimento da DIFERENÇA. Sujeito pertencente a um grupo lingüístico-cultural SIMONE ANDRADE
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REFERÊNCIAS: DINIZ, Débora. O que é deficiência. . S. Paulo: editora brasiliense, 2007, 89 p. GOLDFELD, Márcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. São Paulo: Plexus, 1997, 167 p. MOURA, Maria Cecília de. O Surdo: caminhos para uma nova identidade. Rio de Janeiro: Revinter, p. SKLIAR, Carlos (Org.). Educação e Exclusão: abordagens sócio-antropológicas em Educação Especial. Porto Alegre: Mediação, 1997a.153 p. SIMONE ANDRADE
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