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3. Problemas práticos de concepção e implementação do questionário

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Apresentação em tema: "3. Problemas práticos de concepção e implementação do questionário"— Transcrição da apresentação:

1 3. Problemas práticos de concepção e implementação do questionário
3.1. Operacionalização do plano de concepção do questionário Planeamento, concepção e integração das variáveis

2 Medir para quê? 1. Estimar certas grandezas “absolutas”.
Ex.º: percentagem de pessoas com uma certa opinião 2. Elaborar uma estimativa das grandezas “relativas”. Ex.º: estimativa sobre alunos de diferentes nacionalidades em escolas portuguesas 3. Descrever uma população. Ex.º: determinar as caraterísticas dos alunos que frequentam ISOP 4. Verificar hipóteses sob a forma de relações entre duas ou mais variáveis. Ex.º: analisar se certo comportamento varia com a idade

3 Modelo de análise Os itens devem ser formulados tendo em mente o modelo de análise escolhido para a investigação. O modelo de análise é “composto por conceitos e hipóteses estreitamente articulados entre si, para em conjunto, formarem um quadro de análise coerente” (Quivy, Campenhoudt, 1992: 151).

4 MODELO DE ANÁLISE Exemplo: Estudo sobre fenómeno religioso católico
Objetivo / Problema: verificar se a prática e os sentimentos religiosos se transformaram desde há duas gerações. Hipótese 1: Os jovens católicos de 16 e 20 anos são menos religiosos que as gerações mais velhas Conceitos a operacionalizar: religião, juventude e velhice

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6 Questionário – Que cuidados?
“Todo questionário deve ter uma extensão e um escopo limitados. Toda entrevista não deve prolongar-se muito além de meia hora, inclusive esta duração é difícil de se obter sem cansar o informante. Os questionários, que a pessoa responde por si mesma, não devem exigir mais de 30 minutos, e são de exigir um tempo mais curto.” Goode e Hatt

7 Questionário – Que cuidados?
“Todo aspecto incluído no questionário constitui uma hipótese, isto é, a inclusão de todos e cada um dos pontos deve ser possível de defender que está trabalhando.” Revisão da literatura sobre o tema e a experiência do pesquisador. É recomendável estabelecer uma relação entre a necessidade de abordar um tema e o pedido a especialistas que o revejam. De acordo com as novas posições ante a Pesquisa Social, é importante discutir os aspectos a incluir, no questionário, com pessoas-chave, como líderes da população-alvo. Tal permitirá a participação dessa população no processo de pesquisa e, assim, trará, ao pesquisador, melhor conhecimento sobre as suas caraterísticas e interesses, e também um melhor entrosamento entre ambos.

8 Vantagens do questionário
a) possibilita atingir um grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa área geográfica muito extensa; b) implica menores gastos com recursos humanos, posto que o questionário não exige o treino ou um treino exigente dos pesquisadores; c) garante o anonimato das respostas, possibilitando uma resposta sincera; d) rapidez na obtenção das respostas; e) permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais conveniente (inquérito por correio); d) pode não expor os “pesquisados” à influência das opiniões e do aspecto pessoal do inquiridor (no caso de inquérito por correio).

9 Limitações do questionário
a) envolve, geralmente, um número relativamente pequeno de perguntas, porque é sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não serem respondidos; b) coletores de informação superficial, que prejudica a profundeza das matérias; c) proporciona resultados críticos em relação à objetividade, pois os itens podem ter significado diferente para cada sujeito pesquisado. Inquérito por correio: a) exclui as pessoas que não sabem ler e escrever. O que, em certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação; b) impede o auxílio ao informador quando este não entende corretamente as instruções ou perguntas; c) impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas; d) não oferece a garantia de que a maioria dos indivíduos o devolvam devidamente preenchido. Tal pode implicar a significativa diminuição da representatividade da amostra.

10 ELABORAÇÃO Do QUESTIONÁRIO
Contemplação da totalidade dos objetivos da pesquisa Elaboração de formulário para coleta de dados Para cada objetivo, deve haver, no mínimo, uma pergunta no formulário. Assim: é necessário especificar inicialmente, e com muita clareza, os objetivos da pesquisa e, então depois, elaborar o formulário / questionário para a recolha dos dados.

11 O Processo de Desenvolvimento de Questionário
10.Implementar a Pesquisa 2.Determinar o(s) método(s) de coleta de dados 3.Determinar o formato das perguntas e respostas. 9.Preparar o texto final 1.Determinar os objetivos da pesquisa, recursos e restrições 4.Decidir sobre a redação das perguntas 8.Pré-teste e revisão 5.Estabelecer o fluxo do questionário e o layout 7.Obter aprovação de todos os responsáveis envolvidos. 6.Avaliar o questionário e o layout

12 Preparação do questionário
Operações: 1 . Determinação dos aspetos de interesse para a pesquisa (relação de assunto). 2. Revisão das hipóteses e dos questionários. 3. Estabelecimento de um plano de perguntas a ser incluído nos questionários e sua ordem. 4. Redação das perguntas. 5. Preparação dos elementos complementários ao questionário: tratamento do layout, a sua apresentação – que inclui a solicitação da colaboração do entrevistado e o agradecimento pela sua participação –, e as instruções suplementares. Estas referem-se à forma de preenchimento do questionário e incluem indicações sobre a maneira de responder a certas perguntas.     REGRAS DE OURO: Cada item do questionário deve ter um sentido preciso e responder a uma necessidade relacionada com os objetivos da pesquisa. Deve-se evitar perguntas não diretamente ligadas aos fins do trabalho.

13 A CONSTRUÇÃO DO QUESTIONÁRIO
Consiste basicamente em traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem redigidos. É necessário que a fixação dos objetivos tenha sido efetuada no sentido de garantir sua operacionalização. A maior parte do que se sabe a respeito da elaboração de questionários decorre da experiência. Resulta daí que grande parte do que se dispõe nesse domínio é constituída por receitas baseadas no senso comum, sem maior apoio em provas científicas rigorosas ou em teorias.

14 PERGUNTAS Evitar ambiguidades.
Ao planear o questionário, deve-se considerar o tipo de análise que será efetuado com os dados obtidos. O pesquisador deve estabelecer as possibilidades de medição de determinada variável, de maneira tal que possa realizar a análise estatística desejada. Por exemplo, se o problema de pesquisa requerer uma análise de regressão, o pesquisador não deverá incluir, no questionário, perguntas que apenas proporcionem dados dicotómicos.

15 Recomendações para a redação das perguntas
1. Não incluir uma pergunta sem ter uma ideia clara da forma como utilizar a sua informação e do seu contributo para os objetivos da pesquisa. 2. Utilizar vocabulário preciso. Evitar palavras confusas e termos técnicos que não sejam do conhecimento da população a ser inquirida. 3. Evitar formular duas perguntas numa única. Exemplo:  - Está de acordo ou em desacordo com a seguinte afirmação: "Os alunos superdotados deveriam ser colocados em grupos separados dos outros alunos e em escolas especiais.” Os respondentes a esta pergunta podem ter uma opinião favorável quanto à separação dos alunos superdotados para dar-lhes uma instrução mais adequada. Mas podem não concordar com a sua inscrição em escolas especiais.

16 Recomendações para a redação das perguntas
4. As perguntas devem ajustar-se às possibilidades de resposta dos sujeitos. Não devem ser concebidas perguntas difíceis de serem respondidas de forma precisa. Exemplo: Em que idade teve sarampo? É possível que o entrevistado não se lembre da idade.

17 Recomendações para a redação das perguntas
5. É preferível usar itens curtos. O entrevistado deve ler a pergunta sem dificuldade, compreendê-la rapidamente e responder ou escolher a alternativa adequada da maneira mais fácil possível. Os itens devem ser precisos e claros, evitando a possibilidade de serem mal interpretados. Exemplo: - A vida na cidade é boa? 1. ( ) Sim.         2. ( ) Não. A que cidade se refere? A uma pequena (Machico) ou a uma grande (Lisboa / Porto)? À cidade em que mora ou a outra? Atenção à possibilidade de a pergunta poder ser mal interpretada.

18 Recomendações para a redação das perguntas
6. Evitar perguntas negativas. Geralmente, este tipo de pergunta leva a erro fácil. Exemplo: É partidário de não controlar a natalidade? ( ) Sim.         2. ( ) Não.

19 Recomendações para a redação das perguntas
7. As perguntas não devem estar direcionadas, nem refletir a posição do pesquisador sobre certo assunto. Devem ser objetivamente formuladas de tal forma que o entrevistado não se considere pressionado a dar uma resposta que acredita ser a opinião do pesquisador. As alternativas de resposta não devem ser muito categóricas, no sentido de o entrevistado se sentir obrigado a decidir-se por alguma, ainda que esteja em desacordo com ela. Por exemplo: Quantas vezes por mês discute com a sua esposa? A pergunta está mal formulada. Pois, por um lado, supõe que o entrevistador esteja casado. Por outro, se casado, que discute com a mulher. Forma mais adequada de formular a pergunta é a seguinte: - Está casado? 1. ( ) Sim.         2. ( ) Não. Em caso de resposta positiva: - Discute com a sua esposa? 1. ( ) Sim.         2.( )  Não. Em caso de responder sim: - Com que frequência? 1 . ( ) Frequentemente.         2. ( ) Ocasionalmente.         3. ( ) Raramente.

20 Recomendações para a redação das perguntas
8. O pesquisador deve ter cuidado com a interpretação que faz das respostas dos inquiridos. Exemplo: Com que frequência vai à missa? 1. ( ) Não vou. 2. ( ) Uma ou duas vezes por mês. 3. ( ) Três ou quatro vezes por mês. 4. ( ) Mais de quatro vezes por mês. A ida à missa não reflete a religiosidade ou crença. Fazer inferência a partir de um fato (assistir à missa) das atividades ou da crença de um indivíduo é um assunto difícil e cuidadoso.

21 Recomendações para a redação das perguntas
9. Evitar perguntas tão óbvias que mais de 80% dos entrevistados respondam a uma mesma categoria. Exemplo:    Nível de escolaridade do pai Frequência Ensino Primário 10% Ensino Secundário 5% Ensino Superior 85% _____  100% Não há uma variabilidade, pois a grande maioria dos casos optou pela alternativa "terceiro grau". Tem-se uma constante. Que fazer para se obter uma informação mais útil e que permita comparação entre grupos? Uma solução é suprimir a pergunta, pois a informação não aponta nada novo.

22 Recomendações para a redação das perguntas
Outra solução é reformular a pergunta, desdobrando-a:       Nível de escolaridade do pai Frequência Ensino Primário 10% Ensino Secundário 5% Ensino Superior 40% Mestrado 30% Doutoramento 15% ______ 100%

23 Recomendações para a redação das perguntas
O exemplo anterior: Demonstra que a utilização das categorias numa pergunta fechada supõe um conhecimento das caraterísticas gerais da população indicada na pesquisa. Supõe-se que, numa população operária, as categorias não serão as referidas. Pois a maioria dos trabalhadores não foi além do Ensino Primário / Ensino Secundário.

24 Recomendações para a redação das perguntas
10. Categorias outros e não sabe, das perguntas fechadas: se muitos responderem a estas categorias, a pergunta deve ser reformulada ou as alternativas mudadas (verificar-se no pré-teste):    - Que programas de televisão prefere? Frequência Noticiários 10% Desportivos 15% Humorísticos 20% Outros 55% _______  100% Evidentemente, devem acrescentar-se outras categorias, como: telenovelas, séries policiais, filmes, etc.

25 Recomendações para a redação das perguntas
No questionário definitivo, a categoria outros deve estar reduzida a uma frequência mínima:       - Que planos tem para 2016? Frequência 1. Ficar neste lugar 20% 2. Sair deste lugar 10% 3. Não sabe 70% _____  100% A pergunta deve ser reformulada. Pois é demasiado precoce exigir que se saiba o que se vai fazer daqui a quatro anos.

26 A DISPOSIÇÃO DAS PERGUNTAS
A preocupação básica: montar o questionário de tal forma que constitua um instrumento facilmente aplicável. Para isso, existem normas precisas que podem auxiliar na coleta de dados e, posteriormente, na análise da informação. No questionário existem dois aspectos importantes a serem considerados: (a) a distinção entre instruções, perguntas e respostas: Recomenda-se a seguinte distinção tipográfica: perguntas: Letras maiúsculas; e respostas: Letras minúsculas; e instruções: (entre parênteses). (b) a ordem das perguntas: Problema de ordem dinâmica. Qualquer coleta de dados, escrita ou oral, é um processo de interação entre pessoas. Portanto, deve-se procurar uma ordem de perguntas que facilite a interação. Assim, não convém passar bruscamente de um tema a outro. Não convém fazer e refazer a pergunta em diferentes partes do questionário. O leitor deve lembrar-se que a coleta de dados é uma conversa entre duas ou mais pessoas que visam solucionar um problema. Portanto, devem ser respeitadas as normas de uma conversa desse tipo.

27 A DISPOSIÇÃO DAS PERGUNTAS
Sugestões: (1) Introduzir o questionário com perguntas que não formulam problema. Exemplo: itens sociodemográficos: idade, sexo, estado civil, etc. (2) Em continuação, incluir perguntas sobre a problemática, mas em termos gerais. Exemplo: se o questionário se refere a fatores que intervêm no aproveitamento escolar, incluir-se perguntas de opinião sobre a escola, os professores, os estudos etc. (3) Como passo seguinte, incluir perguntas que formam o núcleo do questionário, as mais complexas ou emocionais. Pois supõe-se que o entrevistado esteja num estado de ânimo que compreenda esse tipo de perguntas. (4) Na última parte, incluem-se perguntas mais fáceis que possam proporcionar ao entrevistador e entrevistado uma situação de comportabilidade. É importante considerar, como última pergunta, uma que permita ao entrevistado expressar os seus sentimentos relacionados com o processo de coleta de dados. Esse tipo de pergunta permite analisar o questionário e o processo de entrevista.

28 A DISPOSIÇÃO DAS PERGUNTAS
Diversas pesquisas demonstram a ocorrência de contágio das respostas umas pelas outras. Por essa razão, torna-se conveniente dispersar perguntas suscetíveis de contágio. Também têm sido observados problemas decorrentes de mudanças bruscas do tema. Para evitá-los, torna-se conveniente marcar nitidamente uma pausa e recomeçar a preparação para a fase seguinte, fornecendo as explicações necessárias.

29 A DISPOSIÇÃO DAS PERGUNTAS
Regra de Ouro: Tal como num diálogo, primeiro produz-se a aproximação gradual ao tema. Depois, insere-se o tema central. Quando este tiver sido discutido suficientemente, não se termina de imediato: finda-se com uma conversa genérica antes de se despedir.

30 ORGANIZAÇÃO TÍPICA A sequência das perguntas SEQUÊNCIA TIPO FUNÇÃO
EXEMPLO Perguntas iniciais Abrangentes e genéricas Quebrar o gelo e criar empatia com o respondente Tem aparelho de DVD? Próximas perguntas Simples e diretas Assegurar ao respondente que o questionário é muito simples e fácil de responder. Em que marcas de aparelho de DVD pensou quando comprou o seu? Perguntas posteriores a um terço do questionário Perguntas específicas Relacionadas ao objetivo da pesquisa para conduzir o respondente à área de interesse do estudo Quais as caraterísticas que considera quando vai comprar um aparelho de DVD?

31 ORGANIZAÇÃO TÍPICA A sequência das perguntas SEQUÊNCIA TIPO FUNÇÃO
EXEMPLO Parte principal do questionário Perguntas específicas; algumas podem ser difíceis e complexas Obter a maioria das informações almejadas pela pesquisa. Classifique em ordem de importância as seguintes caraterísticas de um aparelho de DVD? Últimas perguntas Perguntas pessoais que podem ser encaradas pelo respondente como delicadas Obter informações demográficas e classificatórias sobre o respondente Qual o seu nível de escolaridade?

32 A forma das perguntas Categorias:
Perguntas fechadas: são aquelas para as quais todas as respostas possíveis são fixadas de antemão. Há casos em que são previstas apenas as respostas "sim" ou "não" (dicotómicas). Mas há também casos em que as perguntas admitem número relativamente grande de respostas possíveis (escolha múltipla). Perguntas abertas: o interrogado responde com as suas próprias palavras, sem qualquer restrição. Em virtude das dificuldades para tabulação e análise, as perguntas deste tipo são pouco recomendadas em estudos descritivos ou explicativos. Cumprem, no entanto, importante papel nos estudos formuladores ou exploratórios. Perguntas duplas, semi-abertas ou semi-fechadas: reúnem uma pergunta fechada e outra aberta, sendo esta última frequentemente enunciada pela forma "por quê?"

33 A forma das perguntas - Perguntas dicotómicas: apresentam duas opções de respostas. Admite-se a inclusão de terceira alternativa: “não sei” ou “nenhum”. Exemplos: 1) sexo: (1) Masculino (2) Feminino 2) Encontra o café da sua preferência em todos os lugares em que faz compras regulares? (1) Sim (2) não Perguntas de múltipla escolha: trazem três ou mais alternativas de resposta. Exemplo: 1) Qual a marca de sumo que acabou de comprar? Compal (2) Santal (3) Frisumo (4) Pingo Doce (5) Continente

34 A forma das perguntas Escala de Likert: o entrevistado deve expressar o seu grau de concordância ou discordância com afirmações. Exemplo: A qualidade de um café solúvel está em: (mostrar escala) Item Concordo totalmente Concordo parcialmente Indiferente Discordo parcialmente Discordo Totalmente Sabor 2. Pureza 3. Rendimento 4. Solubilidade 5. Variedade 6. Preço 7. Embalagem 8. Outro atributo: (especificar)

35 Totalmente importante
A forma das perguntas Escala de importância: o entrevistado deve classificar itens em importância. Exemplo: Qual o grau de importância que atribui a cada um dos itens abaixo ao comprar café solúvel (mostrar escala) Item Totalmente importante Muito importante Indiferente Pouco importante Nada importante Qualidade 2. Variedade da linha 3. Composição do produto 4. Tradição da marca 5. Embalagem 6. Disponibilidade 7. Preço

36 A Forma das Perguntas VER:

37 A forma das perguntas Diferencial semântico: o respondente escolhe um ponto entre duas palavras opostas. Exemplo: O café solúvel Mocambo é: Excelente _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Medíocre Caro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Barato Puro _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Impuro Disponível _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Indisponível Escala de intenção de compra: pergunta-se ao entrevistado se compraria um produto/serviço, dadas certas condições (preço, disponibilidade, mudanças na composição, etc.). Exemplo: Estando o café solúvel Mocambo disponível em diversos pontos de venda ao preço de 5€ a embalagem de 100g, o que faria: Certamente compraria (2) Provavelmente compraria (3) Provavelmente não compraria (4) Certamente não compraria (5) Não sei

38 A forma das perguntas TIPOS DE PERGUNTAS 1) PERGUNTAS FECHADAS Nas perguntas fechadas são fornecidas as possíveis respostas ao entrevistado, sendo que apenas uma alternativa de resposta é possível. Exemplo Em que freguesia de Lisboa mora? ( ) Alvalade ( ) Sacramento ( ) Benfica ( ) São Nicolau (enumerar todas as freguesias) 2) PERGUNTAS ABERTAS Neste tipo de pergunta, o entrevistado responde livremente o que pensa sobre o assunto. Qual a sua opinião sobre o bairro onde mora? ____________________________________

39 Em que freguesia de Lisboa mora?
A forma das perguntas 3) PERGUNTAS SEMI-ABERTAS A pergunta semi-aberta é a junção de uma pergunta fechada a uma aberta em que, num primeiro momento, o entrevistado responde a uma das opções das alternativas e depois justifica ou explica a sua resposta. Exemplo Em que freguesia de Lisboa mora? ( ) Alvalade ( ) Sacramento ( ) Benfica ( ) São Nicolau (enumerar todas as freguesias) Por quê? _____________________________________ 4) PERGUNTAS DICOTÓMICAS É a pergunta que tem como respostas Sim ou Não ou duas possibilidades excludentes. Mora em casa própria? ( ) Sim ( ) Não

40 A segunda pergunta depende da resposta da primeira. Exemplo
A forma das perguntas 5) PERGUNTAS ENCADEADAS A segunda pergunta depende da resposta da primeira. Exemplo Mora em casa própria financiada? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual a entidade financiadora? ( ) Banco privado ( ) Construtora ( ) Outros 6) PERGUNTAS COM ORDEM DE PREFERÊNCIA É dada ao entrevistado a possibilidade de escolha do 1.º, 2.º e 3.º lugares: Caso fosse mudar de casa, que freguesia escolheria em 1.º, 2.º e 3.º lugares? ( ) Alvalade ( ) Sacramento ( ) Benfica ( ) São Nicolau ( ) Outro

41 A forma das perguntas QUESTÃO ESCALONADA ESCALA DE LIKERT – uma declaração com a qual o respondente mostra o seu grau de concordância “Geralmente, as pequenas empresas aéreas prestam melhor serviço que as grandes:”. Discordo totalmente Discordo Nem concordo Nem discordo Concordo Concordo totalmente

42 Experiente 1 2 3 4 5 6 7 Inexperiente
A forma das perguntas QUESTÃO ESCALONADA DIFERENCIAL SEMÂNTICO – o inquirido é confrontado com duas palavras antagónicas e assinala o ponto que representa a sua opinião “American Airlines:” Grande Pequena Experiente Inexperiente Moderna Antiquada

43 “Para mim, o serviço de alimentação das linhas aéreas é:”
A forma das perguntas QUESTÃO ESCALONADA ESCALA DE IMPORTÂNCIA – classifica a importância de algum atributo; “Para mim, o serviço de alimentação das linhas aéreas é:” Extremamente importante Muito importante Não muito importante Pouco importante Sem importância

44 “Para mim, o serviço de alimentação da American Airlines é:”
A forma das perguntas QUESTÃO ESCALONADA ESCALA DE AVALIAÇÃO – avalia algum atributo de medíocre a excelente “Para mim, o serviço de alimentação da American Airlines é:” Excelente Muito Bom Bom Regular Medíocre

45 ESCALA DE INTENÇÃO DE COMPRA OU DE USO
A forma das perguntas QUESTÃO ESCALONADA ESCALA DE INTENÇÃO DE COMPRA OU DE USO “Se fosse possível ter acesso a meios eletrónicos como notebooks e telemóveis a bordo durante o voo a um certo custo, eu:”          Seguramente usaria Provavelmente usaria Não tenho certeza Provavelmente Não usaria Seguramente Não usaria

46 O conteúdo das perguntas
a) Perguntas sobre factos Referem-se a dados concretos e fáceis de precisar, como: idade, sexo, habilitações literárias, residência, estado civil, número de filhos, nacionalidade, etc. De modo geral, estas perguntas são respondidas com sinceridade, salvo quando o inquirido possa supor que, das suas respostas, derive uma consequência negativa sobre ele, tal como aumento de impostos, desprestígio social, etc.

47 O conteúdo das perguntas
b) Perguntas sobre crenças Referem-se às experiências subjetivas das pessoas. Ou seja, do que as pessoas acreditam que sejam os fatos. São muito utilizadas em questionários cuja finalidade é fornecer dados sobre preconceitos, ideologias e convicções religiosas.

48 O conteúdo das perguntas
c) Perguntas sobre sentimentos Referem-se às reações emocionais das pessoas perante fatos, fenómenos, instituições ou outras pessoas. Medo, desconfiança, desprezo, ódio, inveja, simpatia e admiração são alguns dos sentimentos mais pesquisados mediante questionários.

49 O conteúdo das perguntas
d) Perguntas sobre padrões de ação Referem-se, genericamente, aos padrões éticos sobre o que deve ser feito, mas podem envolver considerações práticas a respeito das ações que são praticadas. O interesse destas perguntas está em que podem oferecer um reflexo do clima predominante de opinião, bem como do comportamento provável em situações particulares.

50 O conteúdo das perguntas
e) Perguntas dirigidas a comportamentos presentes ou passados O comportamento passado ou presente de um indivíduo é um tipo de fato que pode reportar de uma posição privilegiada. Este tipo de fato é, aqui, isolado em virtude do valor que pode ter para a predição do comportamento futuro. O comportamento anterior de uma pessoa em determinada situação constitui sempre indicador expressivo do seu comportamento futuro em situações similares.

51 O conteúdo das perguntas
f) Perguntas referentes a razões conscientes de crenças, sentimentos, orientações ou comportamentos Formuladas com o objetivo de descobrir os "porquês". Embora sejam perguntas simples de serem formuladas, há que se considerar que as respostas obtidas referem-se apenas a uma dimensão desses "porquês": a dimensão consciente.

52 A escolha das perguntas
Fatores de condicionamento: a natureza da informação desejada, o nível sociocultural dos interrogados, etc. Algumas regras: a) devem ser incluídas apenas perguntas relacionadas com o problema pesquisado; b) não devem ser incluídas perguntas cujas respostas podem ser obtidas de forma mais precisa por outros procedimentos; c) deve-se considerar as implicações da pergunta com os procedimentos de tabulação e análise dos dados; d) devem ser incluídas apenas as perguntas que possam ser respondidas sem maiores dificuldades; e) devem ser evitadas perguntas que penetrem na intimidade das pessoas e as embaracem.

53 A formulação das perguntas
O conteúdo da resposta relaciona-se diretamente com a maneira como a pergunta foi formulada. Algumas normas já consagradas: a) as perguntas devem ser formuladas de maneira clara, concreta e precisa; b) deve-se levar em consideração o sistema de referência do interrogado e o seu nível de informação/conhecimentos; c) as perguntas devem possibilitar uma única interpretação; d) as pergunta não devem influenciar/condicionar respostas; e) as perguntas devem referir-se a uma única ideia de cada vez. Regra de ouro: uma pergunta uma ideia.

54 O número de perguntas Para definir o número adequado de perguntas, é preciso considerar o possível interesse dos respondentes pelo tema pesquisado. Alguns autores estabelecem, como regra geral, que o número de perguntas de um questionário não deve ultrapassar o 30.

55 A prevenção de deformações
Na elaboração do questionário, torna-se necessário considerar os mecanismos de defesa social. Estes, de maneira inconsciente, intervêm na situação de resposta a um questionário. O redator do questionário deverá, portanto, estar atento a isso.

56 A prevenção de deformações
a) A “defesa de fachada” Quando o respondente desconfia estar a ser julgado, reage oferecendo respostas defensivas, estereotipadas ou socialmente desejáveis, encobrindo a sua real percepção acerca do fato teoria da espiral do silêncio: diz-se o que se percepciona ser a opinião/tendência dominante Para minimizar tal efeito, convém evitar que o questionário seja iniciado por questões que possam gerar respostas de fachada. Convém, ainda, formular respostas articuladas, a fim de que se possa verificar a autenticidade de uma resposta a partir de outra. Ou chegar à resposta sincera por inferência, por via de questões que, isoladamente, não trazem o risco de provocar uma resposta defensiva.

57 A prevenção de deformações
b) A defesa contra a pergunta personalizada As perguntas personalizadas, diretas, que geralmente se iniciam por expressões do tipo "O que pensa a respeito de...”; "Na sua opinião...”, etc. tendem a provocar respostas de fuga. Nessas circunstâncias, são frequentes as recusas ou hesitações em respostas "Não sei", "Não estou seguro" e "Não tenho opinião". Para evitar essas defesas, convém não iniciar o questionário por perguntas que provoquem esse tipo de reação. Deve-se, também, preferir a inclusão de perguntas indiretas, quando o tema for delicado.

58 A prevenção de deformações
c) A deformação conservadora É natural que se ofereça certa resistência à mudança. Esta manifesta-se pela tendência a responder "sim" de preferência a "não” à manutenção da ordem e também a oferecer respostas indicadoras de conformismo. Cuidados especiais devem ser tomados na formulação das questões. Deve-se estar atento, sobretudo, ao "tom" das perguntas, mesmo na sua expressão escrita simples.

59 A prevenção de deformações
d) O efeito de palavras estereotipadas Certas palavras, quando colocadas numa pergunta, predispõem a uma resposta preferencial. Palavras como: comunista, nazista, vermelho, crente, burguês são possuidoras de carga emocional suficiente para provocar distorções. Por esta razão, na redação das perguntas, devem ser evitadas palavras chocantes, afetiva ou socialmente carregadas. Devem ser substituídas por equivalentes mais neutros.

60 A prevenção de deformações
e) A influência da referência a personalidades de destaque A simples referência a uma personalidade de destaque pode ser suficiente para influir nas respostas, tanto num sentido positivo quanto negativo. Assim, devem ser evitadas, nas questões, referências a pessoas que suscitem simpatia, antipatia, autoridade moral ou desprezo público.

61 A apresentação do questionário
CUIDADOS ESPECIAIS: a) Apresentação gráfica Estes cuidados envolvem o tipo de papel, os caracteres, o grafismo, o espaçamento das questões, a apresentação dos quadros a preencher, dos quadradinhos a assinalar, etc. Estes cuidados são facilitadores do preenchimento e das operações de modificação e tabulação. b) Instruções para preenchimento O questionário deve conter instruções acerca do correto preenchimento das questões, preferencialmente com caracteres distintos. Quando se passa de uma parte a outra, deve-se imprimir fórmulas de transição. c) Introdução do questionário O questionário deve conter uma introdução. Essa introdução deverá mostrar informações acerca do objeto de estudo, seus objetivos e entidade patrocinadora. A introdução deverá ainda servir para explicar o quão essencial é as respostas do consultado e para lembrar acerca do anonimato da pesquisa.

62 O PRÉ-TESTE DO QUESTIONÁRIO
Depois de redigido e antes de ser efetivamente aplicado, o questionário deverá passar por uma prova preliminar. A finalidade desta prova – geralmente designada como pré-teste –, é evidenciar possíveis falhas na redação do questionário, tais como: complexidade das questões, imprecisão na redação, desnecessidade das questões, constrangimentos ao informante, exaustão, etc.

63 O PRÉ-TESTE DO QUESTIONÁRIO
É realizado mediante a aplicação de alguns questionários (de 10 a 20) a elementos que pertencem à população pesquisada. Para que seja eficaz, é necessário que os elementos selecionados sejam típicos em relação ao universo, e que aceitem dedicar, para responder ao questionário, maior tempo que os respondentes definitivos. Isto porque, depois de responderem ao questionário, os inquiridos deverão ser entrevistados a fim de se obterem informações acerca das dificuldades encontradas. O pré-teste de um instrumento de coleta de dados visa assegurar-lhe validade e precisão. Deve garantir que o questionário esteja bem elaborado, sobretudo no referente a: a) clareza e precisão dos termos;  b) forma das questões;  c) desmembramento das questões;  d) ordem das questões; e) introdução do questionário.

64 Pré-teste Em geral, é um momento muito útil para rever o processo de pesquisa, que não deve ser aproveitado para fazer do questionário um instrumento de monopolização do saber. Existem pesquisadores que, acreditando conhecer muito bem as características de uma população, planeiam todo o trabalho, inclusive os instrumentos de coleta, sem uma discussão inicial com representantes dessa população. Viciar o estudo: Assim, utilizam o pré-teste para "traduzir" na linguagem da população as suas ideias, sem se preocuparem com os interesses e necessidades das pessoas. É uma posição que não contribui ao diálogo entre pesquisador e "pesquisado". Indubitavelmente, à medida que se reforça esse diálogo, o pré-teste do instrumento servirá para uma discussão mais aprofundada dos temas pesquisados. Assim, tanto o pesquisador quanto o "pesquisado" experimentam um processo de aprendizagem. Tal é muito importante sobretudo quando se fazem pesquisas com populações de nível cultural e social diferente do pesquisador.

65 Bibliografia RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social; métodos e técnicas. São Paulo, Editora Atlas, Capítulo 9.  Construção dos questionários. p GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo, Editora Atlas, Capítulo II. O questionário. Conceituação. Vantagens e limitações do questionário. A construção do questionário. p  


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