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Decision Science or Decision-aid Science

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Apresentação em tema: "Decision Science or Decision-aid Science"— Transcrição da apresentação:

1 Decision Science or Decision-aid Science
Artigo do Roy: Decision Science or Decision-aid Science

2 Abstract Apoio à Decisão:
Raramente pode descrever realidades que seriam independentes do observador e que poderiam existir independentemente de outros atores humanos.

3 Abstract Os pesquisadores na área tem seguido três caminhos principais, cada um deles podendo ser associado a uma busca particular: Realismo: descrições para descobrimento; Axiomático: normas para prescrever; Construtivismo: hipóteses para recomendações.

4 Abstract “Decision Science”: caminho do realismo;
“Decision-aid Science”: caminho do construtivismo.

5 Seção 1 Por séculos tem sido aconselhado a nós a refletir antes de tomar uma decisão. O cálculo de probabilidades é o instrumento que permite que o comportamento humano seja modelado matematicamente. “O campo da matemática social permite transformar as decisões humanas em decisões racionais”.

6 Seção 1 Após a 2a. Guerra Mundial este desejo de racionalizar as decisões humanas aumentou, levando a criação da PO. Neste espírito, eles consideram que em todas as circunstâncias existe uma decisão ótima que qualquer análise ou pesquisador deve tentar se aproximar o máximo possível.

7 Seção 1 “Decision Science”: caminho do realismo usualmente em conjunção com o axiomático; “Decision-Aid Science”: caminho construtivista em conjunção com o axiomático.

8 Seção 2: Definição de Pesquisa Operacional;
Definição de Apoio à Decisão; Definição de Ciência; Dificuldade de validar métodos; Um problema não pode ser visto independentemente das relações entre o indivíduo e a realidade;

9 Seção 2: Freqüentemente no processo de resolução de um problema a sua própria formulação é modificada; Muitas vezes esta transformação é tão radical que é legitimo se questionar se estamos ainda lidando com o mesmo problema.

10 Seção 2: O conceito ortodoxo de ciência não pode ser aplicado, sem dificuldade, a chamada ciência administrativa; Nós não descobrimos um problema, como é feito ao descobrir um objeto pré-existente; A formulação que damos a um problema não é totalmente objetiva, mas sim é esperado que ela evolua no decorrer do processo de resolução.

11 Seção 3: O Caminho do Realismo
Realismo envolve tipicamente a noção de verdade; de acordo com o realismo o mundo (problema) existe independentemente dos atores. Seguir este caminho leva em direção a uma busca pela descrição, que deverá permitir a descoberta ou aproximação de uma solução melhor (ótima).

12 Seção 3: O Caminho do Realismo
Roy mostra que este caminho enfrenta sérias dificuldades na PO-AD: 3a) Ao encarar um problema gerencial envolvendo tomada de decisão, muitos pesquisadores da PO pensam que o problema, com suas restrições e alternativas, existe objetivamente, independentemente dos atores envolvidos na decisão.

13 Seção 3: O Caminho do Realismo
Este pensamento está relacionado com o fato de que muitos pesquisadores da PO são matemáticos ou provem de ciências matemáticas (exatas) Do mesmo modo existe uma noção de “melhor” e “pior” que permite comparar as alternativas; isto toma a forma de um sistema de preferências implícito, que existe previamente na cabeça do decisor.

14 Seção 3: O Caminho do Realismo
O analista deve então procurar simplificar esta realidade objetiva, mas não muito, encontrando “aproximações” corretas, evitando “tendeciosidades”, diminuindo fontes de “imprecisão” com relação a esta realidade que é por si só precisa. Uma realidade que existe de forma independente das pessoas que formulam os problemas.

15 Seção 3: O Caminho do Realismo
Nós criamos uma variedade de padrões matemáticos ou estruturas. Nós então ficamos tão deleitados com estes padrões que deliberadamente forçamos certos aspectos físicos e sociais do universo para que se enquadrem nestes padrões da melhor maneira possível.

16 Seção 3: O Caminho do Realismo
3b) O que se observa na tomada de decisão na prática? Comumente a solução adotada no contexto do problema não pertencia ao conjunto de soluções viáveis levadas em conta no modelo PO-AD. Isto acontece porque muitas vezes esta solução é muito heterodoxa, muito problemática e somente aparece no transcorrer do processo da tomada de decisão.

17 Seção 3: O Caminho do Realismo
Muitos experimentos para elucidar funções utilidade por técnicas de questionamento demonstram que os resultados que se chega dependem da forma que são obtidos. Quando se procura informações referentes aos pesos dos diferentes critérios, não é muito difícil obtê-los; mas é preciso dizer que estas informações (qualitativas ou quantitativas) só adquirem significância se ligadas a uma quantificação precisa dos critérios e a um modelo de agregação bem identificado.

18 Seção 3: O Caminho do Realismo
Assim, em muitos modelos de agregação as pessoas respondem a perguntas para determinar os pesos dos critérios sem levar se dar conta que muitas vezes as unidades e mesmo as definições dos critérios estão vagas.

19 Seção 3: O Caminho do Realismo
3c) Confrontados com as dificuldades citados anteriormente, muitos falam que elas aparecem porque o problema foi pobremente formulado, notadamente devido a um análise preliminar inadequada. Surge a pergunta: Em geral, quando confrontado com uma situação que requer uma tomada de decisão, é desejável e/ou possível to set forth o problema de tal forma que a sua resolução não irá contribuir para mudar muitos termos usados para formulá-lo?

20 Seção 3: O Caminho do Realismo
Se a resposta a esta pergunta for positiva, a descrição do problema deve ser capaz de impor a solução; assim o caminho do realismo é pertinente. Mas no campo do apoio a decisão, uma das vantagens é dissociar a formulação da investigação, o que leva a responder “não” àquela pergunta. Mas respondendo não a esta pergunta, um problema formulado pode ser, de fato, inadequado com respeito a realidade (dos atores) envolvida.

21 Seção 3: O Caminho do Realismo
Cabe assim perguntar se a maneira que um problema foi formulado é a única maneira aceitável para isso. Roy acredita que: “a formulação de um problema é de fato dependente em grande parte de como o formulador do problema olha e percebe-o, bem como das ações que ele considera relativas a situação problemática”.

22 Seção 3: O Caminho do Realismo
Sob estas condições, não podemos dizer que com outra formulação e/ou outra forma de lidar com os diferentes atores, a solução terá que ser a mesma. Quem quer que siga o caminho do realismo está inclinado a considerar que existe apenas uma maneira correta de formular um problema e esta formulação correta faz parte, ela mesma, da realidade.

23 Seção 4: O Caminho Axiomático
Roy: “É necessário enfatizar, a priori, que este caminho deve ser combinado tanto com o realista quanto com o construtivista.... Usualmente procuramos buscar normas para prescrever.” ...distinção entre métodos normativos - aqueles que idealmente gostaríamos de seguir - e métodos prescritivos, ou seja, maneiras de prescrever como os tomadores de decisão deveriam se aproximar deste ideal na prática.

24 Seção 4: O Caminho Axiomático
4a) O caminho axiomático, na PO-AD, dentro do contexto de um problema que objetiva combinar elementos, agregar pontos de vista, tomar posição com relação ao risco, etc, consiste em transcrever, em termos formais, aquelas demandas refletindo uma forma de racionalidade para investigar suas conseqüências lógicas. Desde que aceitemos certos conceitos, princípios ou regras como nossos pontos de partida, então um dado modelo de representação irá surgir destes princípios, um dado procedimento terá que ser seguido e um dado resultado será verdadeiro.

25 Seção 4: O Caminho Axiomático
Freqüentemente nós tentamos criar uma situação na qual os axiomas formam um sistema restritivo que permite apenas uma forma de representação ou um único procedimento. É a existência deste ideal criado pelo sistema axiomático que confere toda a sua validade e autoridade sobre a prescrição concebida nestas bases.

26 Seção 4: O Caminho Axiomático
4b) Na PO-AD, o sistema axiomático foi desenvolvido de tal forma que: adição era a única maneira válida de agregar elementos; o voto majoritário é a única forma de designar um representante; a cardinalidade da diferença entre duas relações binárias?? o cálculo do valor esperado é a única forma de medir o comportamento frente ao risco.

27 Seção 4: O Caminho Axiomático
Os exemplos mostrados anteriormente dão uma idéia das dificuldades envolvidas em dar autoridade para normas numa base axiomática e em estabelecer uma prescrição como uma aproximação de um ideal caracterizado por um sistema axiomático.

28 Seção 4: O Caminho Axiomático
4c) É útil relembrar que para alguns o objetivo final da busca científica é a construção de sistemas dedutivos baseados em axiomas. O caminho axiomático leva a acreditar que com axiomas nós possuímos os meios de ganhar acesso a verdade claramente validada pelo que os axiomas parecem provar.

29 Seção 4: O Caminho Axiomático
Três observações para ilustrar os pontos discutidos anteriormente: 1) Nem sempre é fácil estabelecer uma ligação entre um postulado formal expressado dentro de um contexto abstrato e uma realidade relatada pelo decisor. Isto pode resultar do quase caráter esotérico dos axiomas. Parece até que um axioma parece mais inteligível, mais atrativo, quando está em harmonia com a cultura circundante.

30 Seção 4: O Caminho Axiomático
Da mesma forma, na PO-AD certas propriedades formais que parecem naturais na orientação de decisões, como a transitividade da indiferença, ou a preferência estrita ou mesmo a independência em relação a alternativas irrelevantes, podem ser produtivamente desafiadas.

31 Seção 4: O Caminho Axiomático
2) Mesmo se cada um dos axiomas do sistema tomados separadamente pareçam inegáveis (e aceitos como normas), nós não temos base para aceitar estes axiomas coletivamente. 3) Para um procedimento ou um modo de representação ser bem definido por um sistema de axiomas é freqüentemente necessário admitir o caminho do realismo A teoria da utilidade multi-atributo pressupõe a existência em algum lugar (na mente do decisor) de uma completa pré-ordem em um conjunto de distribuições probabilísticas; tudo mais é formulado relacionado com esta realidade.

32 Seção 5: O Caminho Construtivista
Constutivismo segundo Piaget (1967): “A inteligência organiza o mundo através da organização dela mesma”. Este caminho e a busca associada a ele só tem significado se reconhecermos que, a medida que progredimos no sentido dos elementos necessários para resolver um problema, alguns dados iniciais não são mais pertinentes, outros podem aparecer, novas questões podem substituir as originais.

33 Seção 5: O Caminho Construtivista
5a) Tomar o caminho do Construtivismo consiste em considerar conceitos, modelos, procedimentos e resultados como sendo chaves capazes (ou não) de abrir certas fechaduras que provavelmente (ou não) são apropriadas para organizar a situação ou causar seu desenvolvimento. Modelo: designa um esquema que, para um dado campo de questões, é aceito como a representação de uma classe de fenômenos, mais ou menos habilmente destacado do seu contexto por um observador, que serve como suporte para investigação e/ou comunicação.

34 Seção 5: O Caminho Construtivista
O objetivo não é descobrir uma verdade existente, externa aos atores envolvidos no processo, mas sim construir um “conjunto de chaves” que abrirão portas para os atores e que permitirão a eles prosseguir, progredir de acordo com seus objetivos e sistemas de valores. De acordo com esta perspectiva, nós podemos submeter a uma discussão crítica não apenas o “conjunto de chaves” mas também a maneira que ele é usado.

35 Seção 5: O Caminho Construtivista
... Não existe apenas um conjunto de ferramentas apropriado para clarificar uma decisão nem uma única “melhor” forma de fazer uso dele. A seleção e desenvolvimento de chaves, ou seja, os conceitos, modelos, procedimentos e mesmo resultados, devem ser claramente conectados a uma ou várias hipóteses de trabalho. A busca por estas hipóteses de trabalho deve ser guiada pelo julgamento (dos atores) de tal forma que elas sejam apropriadas para progredir em direção a certas convicções que dêem a base para aquilo que chamaremos de recomendação.

36 Seção 5: O Caminho Construtivista
Aqui recomendação tem um sentido mais fraco do que prescrição: a recomendação pode ser desenvolvida sem procurar aproximar qualquer entidade (real ou formal) considerada pré-existente, com respeito ao estudo empreendido. O conteúdo da recomendação pode ser apenas o fruto de uma convicção construída no curso de um processo que necessita de múltiplas interações, colocando em jogo uma variedade de atores envolvidos num ambiente gerencial complexo.

37 Seção 5: O Caminho Construtivista
Assim, de acordo com este caminho, nós somos forçados a reconhecer que o conhecimento que adquirimos num processo de decisão não pode ser totalmente independente do curso escolhido para alcançar este conhecimento. Esta recomendação não pode ser considerada como a única solução possível mas como uma que gostaríamos que fosse especialmente bem fundamentada.

38 Seção 5: O Caminho Construtivista
A recomendação é orientada no sentido de produzir o conhecimento concernente de como agir (contribuindo para o processo de tomada de decisão), que não é baseada no desejo de descobrir uma realidade.

39 Seção 5: O Caminho Construtivista
5b) Os exemplos que seguem ilustram esta busca por hipóteses de trabalho que deveram capacitar-nos a selecionar e/ou desenvolver chaves que levem a uma recomendação. 5b1) Mesmo os custos de estoque são, mais freqüentemente do que não, “construídos” e a forma com que são construídos em geral deixa uma grande margem de indeterminação.

40 Seção 5: O Caminho Construtivista
5b2) Para efetuar comparações e estabelecer preferências, nós somos induzidos a conceitualizar índices ou critérios. O caminho do realismo consiste no postulado da existência de um valor real que mede as quantidades assim designadas e na tentativa de construir um índice ou um critério que mais se aproxime (sem tendeciosidades) deste valor.

41 Seção 5: O Caminho Construtivista
O caminho do construtivismo, ao contrário, reconhece que processos de tomada de decisão tem um tal grau de complexidade que não existe uma só dimensão que nos permita compreendê-los claramente e que, consequentemente, não existe “valores verdadeiros” que nos permitam dar significado a noções de aproximação ou tendência. Assim, existe uma irredutível margem de indeterminação para quantificar o que estamos modelando.

42 Seção 5: O Caminho Construtivista
A chave aqui é o índice ou critério que foi construído e aceito como base de discussão e comparação.

43 Seção 5: O Caminho Construtivista
5b3) Tão logo diversos critérios são levados em conta para tomar uma decisão, a questão que surge é como caracterizar o papel que cada um dele assume (no modelo); Não é incomum para um tomador de decisão afirmar que um critério é mais importante que outro e até mesmo quantificar esta importância. A literatura da PO-AD é rica em artigos descrevendo procedimentos para estimar estes coeficientes de importância ou pesos kj.

44 Seção 5: O Caminho Construtivista
Neste contexto, o conceito de “estimação” não é apropriado; ele seria apropriado apenas se em algum lugar existissem quantidades de kj que queremos aproximar o mais precisamente possível. Os coeficientes kj aparecem na maioria dos procedimentos e modelos de agregação Entretanto, estes modelos e procedimentos ressaltam o fato que o significado dos coeficientes kj podem estar intimamente ligados às definições dos critérios, bem como com o modo de agregação (compensatório ou não compensatório).

45 Seção 5: O Caminho Construtivista
Valores reais que podem ser estimados existem apenas se o decisor claramente levar em consideração a definição acurada dos critérios em um modelo de agregação bem definido, o que usualmente não é o caso (ver 3c); Sobre estas condições, os valores de kj parecem ser aqueles que se ajustam, valores com os quais o decisor deseja trabalhar.

46 Seção 5: O Caminho Construtivista
Este coeficientes devem ser olhados como as chaves que permitem diferenciar o papel desempenhado por cada critério no modelo de agregação selecionado. O significado destes coeficientes (e consequentemente seus valores) está intimamente ligado às hipóteses que estão por trás do modelo de agregação escolhido.

47 Seção 5: O Caminho Construtivista
5c) A recomendação desenvolvida pode ser formulada tanto como um remédio para a insatisfação de onde o problema foi originado (ver 2d) como quanto uma base para discussão e comunicação. Nos dois casos o impacto da recomendação será limitado pelas dificuldades encontradas na sua validação: o que lhe confere importância e prova sua viabilidade?

48 Seção 5: O Caminho Construtivista
Não é mais fácil fornecer respostas para esta questão (validação) com os outros dois caminhos discutidos anteriormente. Que meios nós temos a nossa disposição para validar uma prescrição? Roy procurou demonstrar os elementos ilusórios e mesmo perigosos que podem surgir da tentativa de basear esta validação na hipótese da existência (que o caso do realismo).

49 Seção 5: O Caminho Construtivista
O caminho construtivista, mesmo se ele não é mais exato, pelo menos tem a vantagem de não se fundamentar nem numa busca verdade nem na sua aproximação. Quais são os meios a nossa disposição na PO-AD para validar o conhecimento produzido pelo caminho construtivista? Para responder a esta questão, Roy escreve várias observações e questões:

50 Seção 5: O Caminho Construtivista
1) O mero fato que uma recomendação desenvolvida usando certos conceitos, modelos, procedimentos e/ou resultados tenha sido aceito e dado satisfação (ao decisor) de forma alguma constitui-se em uma validação destes conceitos, modelos, procedimentos e/ou resultados.

51 Seção 5: O Caminho Construtivista
Para reconhecer seu valor científico, para Roy, duas condições mínimas devem ser atendidas: (i) que existe uma comunidade científica grande o suficiente que está interessada neles (modelos, conceitos, procedimentos e resultados) e que vê neles instrumentos apropriados para os projetos da PO-AD; (ii) que exista um sistema de situações de tomada de decisão, que nos permita tanto “fazer predições” quanto “causar ou evitar, de acordo com o caso, certos fenômenos (eventos, aparências)” que estão relacionados com as decisões.

52 Seção 5: O Caminho Construtivista
Estas condições podem parecer “frouxas” e consequentemente, insuficientes para o tipo de validação que estaríamos procurando, quando nós não estamos nos referindo a predições (que é o caso do realismo) 2) Para reduzir esta insuficiência nós devemos procurar reforçar a segunda das duas condições mencionadas anteriormente, fornecendo pelo menos alguns elementos para uma resposta para uma das questões a seguir:

53 Seção 5: O Caminho Construtivista
Para dar um relato convincente da suas naturezas produtivas em termos de aparências, eventos e experiências relacionadas a decisões, o que nós devemos ser capazes de observar? Que protocolos e demandas deve o relato (account) satisfazer de tal forma que a validade e viabilidade dos conceitos, modelos, procedimentos ou resultados em questão sejam reconhecidos?

54 Seção 5: O Caminho Construtivista
Dentro do caminho do realismo, existe uma resposta correta para este tipos de questões: que nós podemos dar um relato especificando que, sob condições experimentais, dentro de um protocolo bem definido, certos eventos de natureza qualitativa ou quantitativa são produzidos em conformidade com as predições que o corpo de conhecimento em questão nos permite fazer.

55 Seção 5: O Caminho Construtivista
É desta forma que numerosos experimentos permitiram-nos testemunhar consistentemente os “furos” entre o comportamento real dos decisores colocados em situação de risco (descrito em termos probabilísticos) e as previsões de tal comportamento dados pelo modelo de utilidade de Von Neumman-Morgenstern. Esta inabilidade do modelo em explicar o comportamento do decisor que ele alega descrever constitui uma forma de falsificação que não é sem interesse para a PO-AD.

56 Seção 5: O Caminho Construtivista
O exemplo dado acima ressalta a principal dificuldade para responder as questões postas anteriormente. Tentando basear um relato de validade e viabilidade na forma que as predições são verificados seria muito restritivo, porque os conceitos, modelos, procedimentos e resultados cuja validade nós estamos tentando avaliar são limitados a influenciar futuras decisões, e não descrevem o que ocorre fora de sua influência.

57 Seção 5: O Caminho Construtivista
3) Na PO-AD, muito mais que nas ciências naturais, todos experimentos encontram instabilidade. Ver citação 15: uma mesma causa acarretará uma mesma conseqüência? Isto vem da multiplicidade de variáveis e fatores que são impossíveis de controlar completamente: discrepâncias nem sempre perceptíveis no contexto organizacional e humano, a propósito de uma decisão, na forma que questões são formuladas ou em certos aspectos compreendidos das conseqüências, etc, podem ser a causa de diferenças fundamentais.

58 Seção 5: O Caminho Construtivista
Por causa disso, tentar basear um relato de validade ou viabilidade essencialmente na repetição e reprodução de experimentos parece levar a um impasse. 4) A nossa dificuldade final em ir além das condições mínimas necessárias colocadas em (i) deriva das interações, freqüentemente não negligenciáveis, entre uma observação detalhada do processo de tomada de decisão e a evolução daquele processo.

59 Seção 5: O Caminho Construtivista
O mero fato de estar interessado numa decisão, falar sobre ela, revisar os argumentos, modelar e fazer cálculos interage não só com o resultado final mas também com todo o contexto de tomada de decisão.

60 Seção 5: O Caminho Construtivista
5) A validação deve sempre se apoiar no consenso de um comunidade que formulou regras para este fim. Nós devemos notar que as regras que os físicos formularam para eles mesmos (seguindo o caminho realista), que eram satisfatórias por um longo período de tempo, são hoje motivo de controvérsia. Superando tais dificuldades e sugerindo regras de validação suficientes adequadas para a PO-AD dificilmente parece possível desde que desejemos prosseguir pela transposição de regras que tiveram sucesso na física.

61 Seção 5: O Caminho Construtivista
É importante não esquecer que as dificuldades na validação que nós apresentamos aqui não são inerentes ao desejo de seguir um caminho construtivista para obter um dado significado para o conhecimento; elas são inerentes, em primeiro lugar, ao objeto (processo de tomada de decisão) do conhecimento em questão.

62 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Para aqueles que adotam uma posição determinística (citação 16) a noção de decisão tanto quanto a de apoio à decisão perde todo o interesse; Roy não concorda com esta posição. O que nos permite julgar a validade e viabilidade deste corpo de conhecimento tem sido fonte de muitas questões:

63 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
São os métodos usados para produzir este corpo de conhecimento realmente apropriados para a especificidade dos problemas envolvendo tomada de decisão; eles cumprem o seu objetivo e sobrevivem a uma análise crítica? A resposta varia, se considerarmos que o objeto do corpo de conhecimento em questão é a tomada de decisão por si só ou o apoio à decisão.

64 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Para falarmos em termos de “ciência da decisão” devemos aceitar a primeira das duas possibilidades mencionadas no parágrafo anterior. 6a) Segundo Roy, “Ciência da Decisão” é: a ciência cujo propósito seria a busca por verdades objetivas na tomada de decisão e pelo conhecimento (se não preciso, mas pelo menos aproximado) da melhor decisão num dado contexto, através do uso de modelos apresentados como simplificações da realidade.

65 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Roy também fala que: é impossível confundir “ciência da decisão” assim definida com a ciência cujo propósito está focada em descrever e estudar como os atores decidem, mesmo se esta ciência desenvolve modelos que levam em conta o comportamento dos atores e predizem algumas de suas decisões. A esta ciência Roy dá o nome de “Ciência do comportamento na tomada de decisão”.

66 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
A Ciência da Decisão não pode existir, segundo Roy, sem um postulado fundamental que ele chama de postulado do ótimo: Postulado do ótimo: Em situações envolvendo tomada de decisão, existirá pelo menos uma decisão ótima, ou seja, uma para qual é possível (na condição de termos tempo e recursos adequados) para estabelecer objetivamente que uma decisão claramente melhor não existe. É possível encontrar esta solução apenas se permanecermos neutros em termos do processo da tomada de decisão.

67 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Este postulado está baseado em duas hipóteses: Hipótese 1: Um critério que dê significado ao conceito de ótimo pode ser identificado independentemente de qualquer opinião, convicção, valor ou preconceito humano (Cit. 1); Hipótese 2: A decisão ótima pode ser descoberta ou aproximada e reconhecida como tal independentemente dos modelos e procedimentos usados para chegar nela.

68 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Estas duas hipóteses apenas ficam de pé se nós também aceitarmos o seguinte postulado: Postulado da realidade de Primeira ordem: Os principais aspectos da realidade (preferências do indivíduo, a fronteira entre possível e impossível, as conseqüências de uma ação) sobre os quais o apoio à decisão é baseado, relacionam-se a objetos do conhecimento que podem ser vistos como dados (existindo fora de qualquer modelagem) e suficientemente estáveis (em face da duração, diversidade dos atores, discursos e observações feitas) para legitimar a referência ao estado exato ou valor preciso daquelas características específicas julgadas significantes para um aspecto da realidade.

69 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Desta discussão emerge que uma “ciência da decisão” pode ser apenas ancorada no caminho do realismo (a busca por descrições e verdades objetivas) embora ela deva, para validar o conhecimento produzido, encontrar suporte numa busca por normas baseadas no caminho axiomático. Se os postulados e hipóteses anteriores não são válidos, então a possibilidade desta “ciência” deve ser rejeitada.

70 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
De fato, os argumentos das seções 3 a 5 mostraram que a conjunção destes dois caminhos (realismo e axiomático) é impraticável na PO-AD e existem muitos exemplos que invalidam estes postulados e hipóteses.

71 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
6b) Vamos visualizar outro tipo de “ciência”, cujo objetivo não é conhecer ou aproximar a melhor solução possível mas sim desenvolver um corpo de condições e meios nos quais nós podemos basear nossas decisões em favor do que nós acreditamos seja o mais adequado. Assim, mudando o objeto da busca para o conhecimento, parece, segundo Roy, que nós podemos conceber uma ciência do apoio à decisão.

72 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
A Ciência do Apoio à Decisão procuraria desenvolver uma rede de conceitos, modelos, procedimentos e resultados capazes de formar um corpo de conhecimentos estruturado e coerente que pode agir - em conjunto com o corpo de hipóteses - como chaves para guiar a tomada decisão e a comunicação de seus atores em conformidade com seus objetivos e valores. Conceitos rigorosos, modelos bem formalizados, procedimentos de cálculo preciso (notavelmente procedimentos de otimização) e resultados axiomáticos devem estar no coração desta ciência.

73 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Através deles, nós devemos ser capazes de clarificar e cientificamente acompanhar processos de tomada de decisão, notavelmente por: distinguir objetivos mais claramente; separar conclusões robustas das frágeis; dissipar certas formas de incompreensões na comunicação; evitar a armadilha da racionalidade ilusória; enfatizar, uma vez que estejam compreendidos, resultados incontestáveis.

74 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Quando nós consideramos a mudança para a busca pelo conhecimento, é possível levar em conta: (i) aqueles aspectos da realidade que dão significado, valor e ordem para os fatos (liberta da Hip. 1); (ii) a influência externada por esta realidade através de sua observação, organização, provocando dentro dela certas formas de debate. Esta ciência não pode basear seu corpo de conhecimentos no conhecimento de objetos inteiramente externos aos seus próprios trabalhos.

75 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
Esta ciência não pode estabelecer a validade para seu corpo de conhecimento em termos de uma maior ou menor aptidão em refletir, mesmo através de simplificações, o que alega-se ser a realidade. Esta ciência não precisa dos dois postulados apresentados anteriormente. Isto não significa que ela deveria abandonar totalmente a descrição: descrições de sistemas físicos, financeiros, institucionais, sócio-econômicos, psicológicos, etc. (produzidos em outras disciplinas) terão um papel a desempenhar dentro da ciência do apoio à decisão.

76 Seção 6: Por que “Ciência do Apoio à Decisão” e não “Ciência da Decisão”?
O caminho do realismo pode apenas desempenhar um papel marginal em produzir e validar o conhecimento na ciência do apoio à decisão. Ela deve ser, segundo Roy, desenvolvida essencialmente dentro do caminho construtivista, em conjunção com (e observando certas precauções) o caminho axiomático.


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