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Como apresentar um trabalho num Congresso Científico:

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Apresentação em tema: "Como apresentar um trabalho num Congresso Científico:"— Transcrição da apresentação:

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2 Como apresentar um trabalho num Congresso Científico:
ELABORAÇÃO DE RESUMO Profa. Dra. Sabrina Pereira de Abreu Instituto de Letras/UFRGS (Apresentação adaptada do Seminário Temático “Como apresentar um trabalho num Congresso Científico: a elaboração de um resumo”, realizado pela PROSPESq/UFRGS/2003,

3 COMO ELABORAR UM RESUMO OU COMO ESCREVER SOBRE AS COISAS ESSENCIAIS?
Rubem Alves, na crônica “As Coisas Essenciais”, cita o seguinte poema de Clarice Lispector para falar sobre elas: (In: ALVES, Rubem, 1933 – O retorno e o terno.../Rubem Alves – Campinas – SP: Papirus, Rubem Alves ME, a.ed., 2003,p. 81))

4 Clarice Lispector No mistério do Sem-Fim, equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim, e, no jardim, um canteiro: no canteiro, uma violeta, e, sobre ela, o dia inteiro, entre o planeta e o Sem-Fim, a asa de uma borboleta Clarice Lispector (In: ALVES, Rubem, 1933 – O retorno e o terno.../Rubem Alves – Campinas – SP: Papirus, Rubem Alves ME, a.ed., 2003, p. 81))

5 Sobre esse poema, Rubens Alves comenta:
“É pequeno, mas diz tudo. Nada lhe falta. Uni-verso. Nenhuma palavra lhe poderia ser tirada. Assim, se faz um poema, com palavras essenciais. [...] O essencial é aquilo que, se nos fosse roubado, morreríamos. O que não pode ser esquecido. [...] “ (In: ALVES, Rubem, 1933 – O retorno e o terno.../Rubem Alves – Campinas – SP: Papirus, Rubem Alves ME, a.ed., 2003, p. 81)) Podemos pensar que a tarefa que temos pela frente é também um tipo de arte: a arte de saber escrever sobre as coisas essenciais do universo da nossa pesquisa. Vamos ver, então, o que significa, na essência, resumir.

6 O QUE É RESUMIR? Segundo o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, v.1.0, o verbo resumir, entre outras acepções, significa “condensar em poucas palavras (o que foi dito ou escrito mais extensamente); fazer sinopse de; sintetizar; reunir, sistematizar”, isto é, reunir elementos diferentes, concretos ou abstratos, e fundi-los num todo. Em síntese, resumir é apresentar de forma breve, concisa e seletiva um certo conteúdo num todo coerente.

7 MAS É SÓ ISSO? - Não! VEJAMOS O QUE DIZ FERNANDO PESSOA SOBRE O ATO DE SISTEMATIZAR: “[...] Sistematizar, explicar, o que é senão construir? [...]” Fernando Pessoa ZENITH, R. (Org.) Livro do Desassossego, São Paulo: Companhia das Letras, p.368.

8 ISSO QUER DIZER QUE VAMOS CONSTRUIR UM TODO COERENTE?
Isso mesmo! No caso da elaboração de um resumo, esse todo coerente se apresentará sob a forma de texto, o dito texto resumitivo.

9 O QUE É UM TEXTO RESUMITIVO?
Segundo HUHNE (2000), o texto resumitivo “é uma apresentação concisa de todos os pontos relevantes do trabalho [...]”. De acordo com essa mesma autora, esse tipo de texto “deve ressaltar o que se pretendeu solucionar e explicar, os objetivos, a abordagem metodológica empreendida, os resultados e as conclusões.”

10 QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE UM TEXTO RESUMITIVO?
Brevidade e concisão: devemos deixar de lado os detalhes e dados secundários. Linguagem pessoal: um resumo deve ser sempre escrito “do seu jeito”, isto é, com suas próprias palavras. Estrutura textual concatenada: um resumo deve trazer as idéias principais daquilo que se está resumindo. Assim, as idéias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, com uma relação lógica entre elas.

11 COMO FAZER UM TEXTO RESUMITIVO?
Divida o resumo em segmentos definidos numa progressão lógica, isto é: objetivos (o quê, para quê, qual o ponto de partida?) métodos(como?) resultados (o que encontramos?) conclusões (qual o ponto de chegada?).

12 A) OBJETIVOS Indique, clara e exatamente, o que você fez, que metas foram estabelecidas para a pesquisa. Diga também, de forma genérica, qual objetivo devia ser alcançado.

13 B) MÉTODOS Você deve indicar como executou sua pesquisa, isto é:
se foi uma pesquisa qualitativa, de que maneira você coletou e analisou os dados qualitativos (observação/entrevistas, etc.); se foi uma pesquisa quantitativa, de que maneira coletou os dados. Apresente em linhas gerais o método utilizado para a execução da pesquisa. MÉTODOS Conforme a área de conhecimento de sua pesquisa, você poderá fazer menção, por exemplo, aos seguintes itens: População e amostragem – identifique a população da qual você retirou a sua amostra. Por exemplo, se sua pesquisa envolveu os ex-alunos do Instituto de Letras de 1990, sua população é o número total desses ex-alunos de Letras, por exemplo 75 alunos. Se você decidiu então fazer uma amostragem, digamos de 30%, então sua amostra para fins de sua pesquisa foi de 23 alunos. Coleta de dados: você também pode indicar como operacionalizou a coleta de dados (se enviou questionários por correio, ou pessoalmente, anotando os resultados da reação em tempos predeterminados, etc.).

14 RESULTADOS Os resultados de sua pesquisa devem ser organizados de acordo com a proposta metodológica de seu trabalho. Assim, escreva quais os resultados que encontrou e como você analisou esses resultados.

15 CONCLUSÕES Apresente uma conclusão lógica, na qual devem constar as questões fundamentais de sua pesquisa. Os objetivos propostos foram alcançados? Se não o foram totalmente, em que nível não o foram? Seja breve, conciso e coerente. Conclua de forma relevante, enfatizando os resultados. Se possível, descreva opções para futuras pesquisas.

16 DOIS EXEMPLOS DE RESUMO
CONCLUSÕES Aqui você deve reavaliar seus resultados com relação aos objetivos propostos em sua pesquisa. Uma conclusão não pode se contrapor a outra. Se isto acontecer, tente explicar de forma racional e conveniente, isto é, não amontoe aleatoriamente explicações.

17 EXEMPLO 1 DESENVOLVIMENTO DE UM GERADOR E OTIMIZADOR AUTOMÁTICO DE NÚCLEOS DO CÓDIGO DE CORREÇÃO DE ERROS REED-SOLOMON. Gustavo Neuberger, Fernanda Gusmão de Lima Kastensmidt, Ricardo Augusto da Luz Reis (orient.) (Departamento de Informática Aplicada, Instituto de Informática, UFRGS).

18 OBJETIVOS (O QUÊ, PARA QUÊ, QUAL O PONTO DE PARTIDA?)
Sistemas eletrônicos sempre foram sujeitos a falhas, tanto transientes quanto permanentes. (O quê? ) Essas falhas precisam ser evitadas ou corrigidas. (Qual o ponto de partida? ) Códigos de correção de erros sempre foram bastante utilizados para aumentar o grau de confiabilidade de sistemas eletrônicos. O código de Hamming foi bastante utilizado para proteger contra falhas simples. (Qual o ponto de partida? ) Todavia, ele não cobre falhas múltiplas .

19 OBJETIVOS (O QUÊ, PARA QUÊ, QUAL O PONTO DE PARTIDA?)
(Qual o ponto de partida? ) O código Reed-Solomon é uma alternativa eficiente para tratar de falhas múltiplas. Ele possui diversas opções que podem afetar o resultado final. Por exemplo, ele é baseado na Aritmética de Campos Finitos, e precisa necessariamente de um polinômio gerador, e cada um dos polinômios pode apresentar um resultado diferente. O código faz uso de diversos multiplicadores por constantes. Também é possível escolher as melhores constantes para essa tarefa. É muito difícil se conseguir o melhor código possível de forma não automática

20 OBJETIVOS (O QUÊ, PARA QUÊ, QUAL O PONTO DE PARTIDA?)
O objetivo deste trabalho é (O quê ) a criação de uma ferramenta de geração automática de núcleos Reed-Solomon que gera o código VHDL mais otimizado possível para as opções que o usuário deseja.

21 MÉTODO (COMO?) Entre essas opções estão o número de bits que se deseja proteger, o tamanho do símbolo do código a ser gerado e alvo de otimização para ASIC ou FPGA. Com essas opções, o gerador cria multiplicadores básicos para cada um dos polinômios possíveis de gerar o código, propaga as constantes por esses multiplicadores, avalia o custo para ASIC ou FPGA, conforme escolhido, e finalmente cria o código VHDL (softcore) com as opções desejadas .

22 MÉTODO (COMO?) (Como? ) Foram feitas comparações com versões anteriores que foram geradas de forma não automática, e [...]

23 RESULTADOS E CONCLUSÕES
(O que encontramos? Qual o ponto de chegada?)  [...] os resultados mostraram um ganho significativo em área, além de o VHDL ser gerado de forma muito mais rápida do que seria feito normalmente. (CNPq - UFRGS).

24 EXEMPLO 2 AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE ADOLESCENTES NO BRASIL. Ana Paula Lazzaretti de Souza, Camila Furlanetto Becker, Caroline Tozzi Reppold, Claudio Simon Hutz (orient.) (Departamento de Psicologia do Desenvolvimento, Instituto de Psicologia, UFRGS).

25 OBJETIVOS (O QUÊ, PARA QUÊ, QUAL O PONTO DE PARTIDA?)
Apesar dos atuais esforços do Conselho Federal de Psicologia (CFP) em qualificar os instrumentos de medida psicológica existentes, (Qual o ponto de partida? ) a área da Avaliação Psicológica ainda apresenta diversas lacunas quanto à disponibilidade de testes validados que sejam específicos a determinadas faixas etárias ou condições sócio-culturais.

26 OBJETIVOS (O QUÊ, PARA QUÊ, QUAL O PONTO DE PARTIDA?)
(Qual o ponto de partida?) Para avaliação de adolescentes, por exemplo, especula-se que os recursos avaliativos sejam extremamente escassos, o que dificulta que se estabeleçam parâmetros consistentes e realistas acerca do desenvolvimento adaptativo destes indivíduos e, por conseqüência, a prevalência de transtornos psicológicos em amostras juvenis. (O quê?) Diante dessa falta de instrumentos e normas específicas, a maioria do conhecimento produzido até então sobre adolescência no país provém de especulações feitas a partir de técnicas não validadas e não de estudos padronizados

27 MÉTODOS (COMO?) (O quê?) Para averiguar a situação da avaliação psicológica de adolescentes no Brasil, a presente pesquisa (Como?) realizou um levantamento dos testes comercializados no país até julho de 2003 através de um guia de referência sobre os instrumentos existentes, com o objetivo de (Para quê?) analisar o número de instrumentos destinados à avaliação de adolescência e as propriedades psicométricas desses.

28 RESULTADOS (O QUE ENCONTRAMOS?)
(O que encontramos? )  Dos instrumentos investigados, apenas um (LIP – Levantamento de Interesses Profissionais) destina-se exclusivamente a adolescentes, cinco (5,8%) avaliam crianças e adolescentes, vinte e oito (32, 5%) abrangem adolescentes e adultos e dez (11, 6%) destinam-se tanto a crianças e adolescentes, como a adultos. Desta totalidade, há ainda 29, 5% dos instrumentos que não apresentam nenhuma informação, em seus manuais, sobre os parâmetros psicométricos.

29 (CNPq-Proj. Integrado).
CONCLUSÕES Assim, (Qual o ponto de chegada? ) ressalta-se a necessidade da construção, normatização e validação de instrumentos que atinjam tal população, especialmente porque, após a avaliação realizada pelo CFP das qualidades psicométricas dos testes psicológicos disponíveis, o número dos instrumentos indicado para uso junto a adolescentes tende a ser reduzido. (CNPq-Proj. Integrado).

30 COMO POSSO AVALIAR SE O TEXTO RESUMITIVO QUE PRODUZI É UM BOM TEXTO?
Verifique se o seu resumo expressa as fases fundamentais de sua pesquisa de uma forma coerente e clara, obedecendo ao número de palavras predeterminado pela Comissão Organizadora do Evento.

31 FAZENDO O ACABAMENTO... Verifique se o seu resumo está escrito num português adequado a esse tipo de texto. Lembre-se de que os acentos gráficos ainda estão sendo utilizados; o trema também. Verifique se o uso das vírgulas está de acordo com as regras de pontuação. Dê preferência ao uso da terceira pessoa do singular e do verbo na voz ativa.

32  Grande quantidade de referências bibliográficas.
O QUE DEVO EVITAR?  Grande quantidade de referências bibliográficas.  Termos técnicos não-traduzidos ou siglas. Períodos longos ou períodos com estruturação muito complexa (i.e., entrecortadas por explicações intercaladas, com inversões na ordem sintática).  Abreviações e referências a números e tabelas não devem ser utilizadas no resumo.

33 ASPECTOS FORMAIS DO RESUMO PARA O XVI SIC
 No XVI SIC, o espaço destinado ao resumo é de até 20 linhas. Você deve utilizar editor padrão, com fonte TIMES NEW ROMAN, tamanho 10. TÍTULO DO TRABALHO (EM LETRAS MAIÚSCULAS E EM NEGRITO) Autor(es) (em itálico e caixa baixa)  Professor orientador (em itálico e caixa baixa) (Unidade e universidade a que o aluno está vinculado) (redondo, entre parênteses)  Texto (novo parágrafo, num único bloco justificado) (Fonte financiadora) (se houver, entre parênteses)

34 UMA PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR...
 A minha pesquisa ainda não apresenta resultados. O que fazer? Lembre-se de que o resumo deve informar o estágio em que se encontra a pesquisa. Se for o estágio final, você deverá expor uma síntese dos resultados alcançados, mas, se for um estágio inicial ou em andamento, você deverá apontar as questões que pretende abarcar, relatando os resultados parciais da pesquisa.

35 OUTRA PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR...
A pesquisa que desenvolvo não é experimental. O que fazer? A sua pesquisa também tem objetivos, método de trabalho, resultados e conclusões. Comente-os.

36 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA PARA ELABORAÇÃO DESTA APRESENTAÇÃO
ALVES, Rubem, 1933 – O retorno e o terno.../Rubem Alves – Campinas – SP: Papirus, Rubem Alves ME, a.ed., 2003 BOAVENTURA, E.M. Como ordenar as idéias. São Paulo: Ática, 2 ed., 1990. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, v.1.0 HUHNE, L.M. Metodologia científica. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, pp LAKATOS, E.M., MARCONI, M.de A. Metodologia do Trabalho Científico, 1 ed. São Paulo: Atlas, 1983. MAY, Robert. Como escribir y publicar trabajos cientificos. Washington, PAHO. ZENITH, R. (Org.) Livro do Desassossego, São Paulo: Companhia das Letras, 1999.


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