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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

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Apresentação em tema: "Pontifícia Universidade Católica de Goiás"— Transcrição da apresentação:

1 Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Gênero e Sexualidade em debate: oportunidades e desafios para a psicologia Lenise Santana Borges Pontifícia Universidade Católica de Goiás

2 Localizando palavras – noções e conceitos Gênero: o que é?
É um conceito/categoria das ciências sociais, elaborada no interior do pensamento feminista, que diz respeito às diferenças socialmente atribuídas ao feminino e ao masculino, cujas marcas se inscrevem, sobretudo, nos corpos das pessoas. As marcas de gênero se intersectam a outras marcas - raciais, étnicas, de classe, de idade, de orientação sexual, etc. – produzindo hierarquias, ou seja, relações sociais assimétricas e desiguais em termos de poder.

3 Gênero: de onde veio? Gênero foi criado no seio do pensamento feminista para superar dificuldades do uso da categoria “mulher”. Mas, compartilha vários dos pressupostos da luta feminista em prol do reconhecimento desse sujeito político mulher/mulheres e da sua “opressão” específica.

4 Para que serve? Gênero oferece a possibilidade de um outro olhar sobre a realidade, permitindo ler como as desigualdades afetam, de modos distintos, homens e mulheres nas suas relações uns com os outros: homens-homens; homens-mulheres; mulheres-mulheres.  Possibilita analisar como operam as hierarquias e qual a centralidade que as outras marcas assumem.

5 Marcas de diferença: Hierarquias
Marcas de gênero, classe, raça, orientação sexual, etc., não são equivalentes. Quando hierarquizadas, as marcas de gênero tendem a se fixar no pólo mais “fraco” da balança, por ser a forma mais antiga e naturalizada de distinção entre pessoas, coisas e fenômenos. Na “balança” de gênero, o feminino e, por consequência, as mulheres, ocupam as posições mais vulneráveis.

6 Exemplo de dois extremos numa polarização homem/mulher:
Homem branco, adulto, classe média urbana, escolarizado, com emprego fixo, heterossexual, casado legalmente, pai, católico. Mulher negra, pobre, adulta, analfabeta, moradora da periferia da cidade, trabalho informal não assalariado, mãe-solteira, sem religião definida.

7 Combinando marcas (intersecções): Quem está mais vulnerável?
uma aluna “branca”, classe média, declaradamente lésbica e “masculinizada”; um aluno “branco”, classe média, percebido como gay; uma “negra”, pobre, percebida como heterossexual, e mãe solteira; uma “índia”, pobre, e da zona rural;

8 Combinando marcas (intersecções): Quem está mais vulnerável?
uma “parda”, classe média baixa, gorda, politicamente engajada nas religiões “africanas” um aluno “pardo”, classe média baixa, gay, evangélico; um/a aluno/a travestido/a com identidade sexual ambígua; uma aluna “branca”, pobre, declaradamente “garota de programa”; um aluno “branco”, heterossexual e declaradamente HIV positivo;

9 É importante lembrar que:
Uma mulher pode ser discriminada em algum momento por ser mulher, em outro isso pode não importar tanto quanto o fato dela ser vista como negra, ou pobre, ou idosa, ou lésbica, ou portadora de HIV. Da mesma forma, isso pode mudar segundo o contexto que tal classificação for acionada. Modelos de gênero podem ser mais gerais, mas não são iguais para todo mundo, variam segundo as relações e o contexto que as pessoas estejam.

10 É importante lembrar que:
As diferenças são “evidências” arbitrariamente impostas. Ser diferente é ser colocado em relação ao que é socialmente definido como dominante, normal, ajustado, etc. O que é ser diferente muda historicamente. Por isso, gênero é um conceito relacional e está referido a contextos culturais particulares.

11 Mas... Todas as culturas conhecidas apresentam sistemas de gênero específicos, resultando em desigualdades aparentemente “universais”. Por isso, algumas diferenças tendem a ser consideradas “naturais”. No entanto, a noção de gênero, tanto quanto a de sexo, são construídas socialmente. Por isso, a fórmula Sexo = natureza/ Gênero = cultura precisa ser problematizada.

12 Exemplo de esquemas “universais”:
Feminino = passividade Masculino = atividade Decorrendo que: Um menino mais “passivo” é percebido como um menino “feminino” Uma menina mais “ativa” é percebida como uma menina “masculina”

13 Matriz heterossexual Gênero permite analisar como opera a “matriz heterossexual”, por meio de uma série de coerências: feminilidade = mulher; masculinidade = homem = desejo/atração/orientação heterossexual = complementaridade (os “opostos” se completam). Gênero, uma vez naturalizado, tende a coincidir com sexo biológico ou “papéis sexuais”; cada pessoa, definida pelo seu sexo, possui determinadas funções a cumprir, dando origem a “tipos sociológicos”:

14 “Tipos” sociológicos A “mãe cuidadora”. A maternidade também é uma construção social, mas é tratada como função inscrita na natureza que, se não realizada, torna a mulher “anormal”. O “pai provedor”. Embora as mulheres trabalhem, a relação de dependência com um homem provedor permanece como um valor social. O “macho garanhão”. O desejo sexual “desenfreado”, característico dos “verdadeiros” homens. Ou a mulher “contida”, cujo desejo sexual é passível de controle. Etc...

15 Voltando à pergunta inicial: para que serve?
Essas posições, uma vez naturalizadas, dão forma às instituições e práticas sociais: família, ciência, religião, política, escola, arte, etc. Gênero permite desconstruir regras rígidas e aparentemente fixas em todos esses campos, embora todas as mudanças sociais levem um tempo considerável. Consiste numa ferramenta importante no mundo da ação política e da intervenção social.

16 Interrogando sobre o lugar do gênero na escola:
A escola tende a reproduzir, reforçar, modificar ou transgredir as normas sociais dominantes quanto ao gênero (e também outras marcas)? Que efeitos de poder podemos mapear cotidianamente nas relações dentro da escola? Como os livros didáticos tratam das relações sociais marcadas por gênero? Como apresentam homens, mulheres, crianças, adultos, negros, brancos, índios, etc.? Que linguagens e imagens utiliza quando focaliza o feminino ou que formas de feminilidade privilegia ?

17 Interrogando sobre o lugar da escola:
Quais estereótipos de gênero são mais comuns? Exemplos: a professora “maternal”; a aluna dócil e obediente; o aluno rebelde; a aluna sedutora; o aluno malandro, etc.; o/a aluno/a inteligente? Quando organiza suas atividades, a escola separa os alunos por sexo? Que tipo de atividades/responsabilidades atribui a garotos e garotas? Por que? Como a escola lida com as “verdades” científicas?

18 Vale ressaltar que: Pensar com “lentes de gênero” é aprender a interrogar cotidianamente sobre os efeitos de poder nas relações e práticas sociais diversas. Sendo construções sociais e arbitrárias, podem ser modificadas. Portanto, gênero é, sobretudo, um conceito político, uma ferramenta de transformação das relações sociais.

19 Transformando o tema em pergunta:
Quais as possibilidades e os limites do uso do conceito de gênero no trabalho dos/as psicólogos/as?

20 Fontes de inspiração:  PINTO, Joana Plaza. Os gêneros do corpo. In: GONÇALVES, Eliane (org.). Desigualdades de gênero no Brasil: reflexões e experiências. Goiânia: Grupo Transas do Corpo, 2004. PISCITELLI, Adriana. Re-criando a categoria mulher? In: ALGRANTI, Leila Mezan (org.). A prática feminista e o conceito de gênero. Textos Didáticos (48). Campinas: Unicamp/IFCH, 2002, pp


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