A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Autora Cláudia Fonseca Texto

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Autora Cláudia Fonseca Texto"— Transcrição da apresentação:

1 Autora Cláudia Fonseca Texto www.apsp.org.br/saudesociedade/
Concepções de Família e Práticas de Intervenção: Uma contribuição antropológica Autora Cláudia Fonseca Texto

2 Idéias Centrais da Autora
Família como Foco de Intervenção exige o aprofundamento e discussão sobre o que é uma família e como ela pode servir ou não de recurso em programas de intervenção. A comunicação entre técnicos que atuam na intervenção e a população. (elemento básico do processo de intervenção).

3 Pistas analíticas que podem ajudar a perceber dinâmicas em grupos populares do Brasil
Redes de parentesco se estendem além do grupo consangüíneo e da unidade doméstica para esferas mais amplas. (perspectiva espacial) As pessoas se inserem em uma sucessão de gerações, possibilitando projeções para o futuro ou resgates de elementos do passado (perspectiva temporal)

4 Continuando.... Pensar as implicações metodológicas de uma análise centrada em “modos de vida”, arraigados numa situação de classe. Descolonizar o olhar técnico, o que permite uma interação dialógica capaz de reforçar, antes de reprimir, recursos tradicionais na situação em que se pretende intervir.( a escuta do outro)

5 Família X Valor Para o antropólogo brasileiro Luis Fernando Duarte (1994) o valor família tem grande peso em todas as camadas da população brasileira. No entanto significa coisas diferentes dependendo da categoria social.

6 Entre pessoas de elite Prevalece a família como linhagem, pessoas orgulhosas de seu patrimônio, que mantêm entre elas um espírito corporativista.

7 Entre as camadas médias
Essas abraçam em espírito e em prática a família nuclear, identificada com a modernidade.

8 Entre os grupos populares
Entre esse grupo o conceito de família está ancorado nas atividades domésticas do dia-a-dia e nas redes de ajuda mútua.

9 FAMÍLIA x INDIVÍDUO Qual a distinção entre as necessidade da família como coletividade e as necessidades dos indivíduos separados que compõem essa família? Elsen Althoff (2004)

10 Visão Comparativa de Famílias Brancas de Camadas Médias e Negras de Camadas Pobres Americanas - Raina Rapp(1992) A ideologia altamente individualista da classe média americana parentes são tidos como amigos, de forma a eliminar os que não respeitam as regras da amizade, assim os indivíduos com muitos problemas são afastados da convivência familiar, tal como uma perna gangrenada é cortada para manter a saúde do corpo.

11 Permitindo que: O filho perdulário seja deserdado
O sobrinho doente esquecido A avó com problemas de senilidade asilada em uma instituição. Assim a noção de família é reduzida a unidade linear pais e filhos para evitar os riscos de dissipar recursos. Tudo é investido nos filhos na sua educação, na sua carreira.

12 As famílias negras pobres
Vivem em condições de grande precariedade econômica, só conseguem sobreviver porque criam extensas redes de ajuda mútua. Tornam-se membros pertinentes dessa rede familiar não somente pais, mas irmãos, tios, primos, ex-sogros, compadres e até amigos.

13 Pensar essa família com as famílias dos grupos populares brasileiros
A autora realizou uma pesquisa com camadas populares onde demonstra similaridades com essa situação das famílias negras pobres americanas. (Fonseca, 2004)

14 Retomando a questão da saúde da família
A autora constata que nas camadas médias , pensando no bem do núcleo pai e filhos, tenderiam a cortar os elementos estranhos e potencialmente perturbadores. Assim reduzindo ä família”ao número mínimo de indivíduos, há muito mais chance de fazer coincidir ä saúde do indivíduo” com ä saúde da família”.

15 Nas famílias pobres , por outro lado, parece que certas pessoas acabam sacrificando seus projetos individuais ou os de seu núcleo familiar para salvar indivíduos problemáticos da rede extensa de parentes

16 Assim a relação indivíduo-família não pode ser pensada da mesma forma em todo lugar, pois a própria noção de família varia conforme a categoria social com a qual estamos lidando.

17 Pensar a família além da unidade doméstica
Distinção entre família e unidade doméstica O IBGE trabalha com unidade doméstica e portanto define a vida familiar a partir da moradia, isso implica numa visão parcial, poi não leva em consideração a dinâmica das relações familiares que extrapolam em muito a casa.

18 Exemplo Moradores das vila pobres não pensam em termos de casa mas em termos de pátio. A primeira moradia do novo casal é no terreno da casa de um dos pais Há uma troca intensa entre essas casinhas na realização das tarefas domésticas.(fornecer almoço, cuidar das crianças (circulação de crianças)

19 O que esses exemplos sugerem...
- É difícil definir exatamente quais são os limites da própria unidade doméstica. - Sugere que traçando as linhas de ajuda mútua, podemos melhor refletir sobre o que é, nessa instância, a “família”pertinente.

20 Dimensão Temporal da Família
As relações familiares, sendo relativamente duradouras, seguem uma lógica que se estende no tempo através de diversas gerações e através de muitos anos, isto é, as diferentes etapas de uma troca “mútua”nem sempre ocorrem no imediato.

21 Exemplo: A avó que cuida dos netos. Não é uma relação de mão – única. Perceber que esta avó está marcando seu lugar na rede familiar, reforçando através de seu dom a obrigação que seus descendentes têm de cuidar dela anos mais tarde na velhice, quando estará ocupando o lado mais fraco da relação familiar.

22 Outra idéia de ciclo vital da família
Antropólogos clássicos (FORTES 1958) Três fases: Formação inicial ( em geral pelo casamento) Expansão (com o nascimento dos filhos) Declínio (quando os filhos adultos saem para estabelecer seus próprios núcleos, e a geração mais velha é deixada com o ninho vazio.

23 Mas esse modelo de ciclo serve???
Autores (BILAC, BARROS) constatam como não são nítidas essas etapas nos grupos populares. Nascimento de filhos e netos precede o casamento de seus pais. Tendência a retornar para a casa dos pais em momento difíceis.(divórcio, perda do emprego)

24 concluindo Hoje em dia o ciclo familiar baseado na nuclearização das famílias não é nada evidente Pais de 16 aos não se comportam da mesma forma , não tem as mesmas expectativas de pais de 30 ou 60 anos.

25 Repercussões metodológicas do recorte modo de vida: a teoria da prática
Pierre Bourdieu (1972) propõe uma abordagem de relação dialética entre práticas e valores (constantemente reconstituidos)

26 Aponta para o problema de muitas pesquisas estarem presas a uma visão jurídica da realidade.
Como se bastasse constatar a lei, repertoriar as normas hegemônicas, e medir a realidade contra esse parâmetro. Isso funcionaria como uma camisa de força, impondo-nos um tipo de viseira que impede uma melhor visão da realidade.

27 Além do ideal normativo existem outros arranjos, outras possíveis estruturas familiares que podem ordenar as práticas e dar sentido à existência. Foi pela observação cuidadosa desses profissionais foi se saindo da camisa de força dos modelos jurídicos e passando a pensar as dinâmicas sociais.

28 A arte de escutar: um processo reflexivo
O exercício da construção da árvore genealógica com os CTs (desconstrução) E a história familiar da própria autora Minha história é qualquer coisa menos padrão

29 Questionando a desestrurura
Ricos escolhem sua família Pobres submetem-se a biologia Ricos Maternidade Assistida Pobres Controle de Natalidade Ricos Família Recomposta (divórcio, recasamento Pobres Família desestruturada

30 Modo de Vida: Carência ou Criatividade
Lamenta a pobreza das análises sobre grupos populares, as quais ignoram qualquer positividade nas formas de sociabilidade desses grupos.


Carregar ppt "Autora Cláudia Fonseca Texto"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google