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O desafio da construção das redes de proteção ao uso de drogas para crianças e adolescentes Prof.ª Dr.ª Maria Aparecida Penso – Universidade Católica de.

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1 O desafio da construção das redes de proteção ao uso de drogas para crianças e adolescentes Prof.ª Dr.ª Maria Aparecida Penso – Universidade Católica de Brasília Prof.ª MsC Sandra Eni F. Nunes Pereira Universidade Católica de Brasília

2 O QUE É O ADOLESCENTE?

3 VISÃO PRECONCEITUOSA “Aborrecente” “Aquele que é grande demais para ser criança e pequeno demais para ser adulto” É consumista; é imediatista; é inseguro; é irresponsável” VISÃO SISTÊMICA A adolescência é um momento de socialização e construção identitária, rico em possibilidades de descobertas, mudanças e experimentação de papéis e situações sociais

4 ADOLESCÊNCIA - Não é apenas o desprendimento em relação aos laços infantis, mas o encontro com uma cultura , seus valores e sua ética. - Conceito ampliado e contextualizado “na relação. O adolescente compreendido em seu universo psicossocial para que as alternativas oferecidas encontrem ressonância na sua história de vida. - Transformação social, mais do que biológica; Não é caracterizada como um período único e inerente ao indivíduo, mas um processo num momento dado, determinado na existência do sistema sócio-familiar.

5 USO DE DROGAS NA ADOLESCÊNCIA ATENÇÃO Muitos adolescentes usam drogas por curiosidade. Esta experimentação pode ou não dar origem ao uso sistemático. Os riscos do uso de drogas dependem do contexto, as características do sujeito e da própria droga

6 DEFINIÇÕES IMPORTANTES Dependência entendida como um conjunto de dificuldades de ordem afetiva e social que se manifesta no encontro de uma substância tóxica com um indivíduo portador de uma determinada personalidade e de um corpo vivendo um momento específico de inserção sócio cultural. Foco nas relações e comportamentos e não simplesmente no indivíduo ou no estado provocado pela droga (Colle, 1996). A atenção pura e simplesmente à dependência do produto, oculta as dependências relacionais.

7 Pressuposto geral do trabalho Os problemas da droga dependem da relação que se estabelece com elas. O homem é um ser em relação; e não pode ser apartado do seu mundo para ser compreendido. O foco do trabalho desloca-se do indivíduo para a sua rede de relações. A dependência passa a ser entendida como um conjunto de dificuldades de ordem afetiva e social, que se manifesta no encontro de uma substancia tóxica com um indivíduo portador de uma determinada personalidade e de um corpo vivendo um momento específico de inserção sócio-cultural

8 Perspectiva sistêmica
Adolescente País Escola Família Trabalho Comunidade

9 TIPOS DE PREVENÇÃO Primária – intervenção junto aos adolescentes antes do primeiro contato com a droga Objetivo: impedir ou retardar o início do consumo de drogas Secundária – intervenção que ocorre depois do primeiro contato com a droga Objetivo: evitar a progressão do consumo e minimizar os prejuízos relacionados ao uso

10 TIPOS DE PREVENÇÃO Terciária – intervenção realizada após a instalação de transtornos relacionados a substâncias Objetivo: evitar ou minimizar as complicações decorrentes do uso abusivo de drogas Foco não apenas na abstinência, como na reinserção social do indivíduo.

11 MITOS SOBRE A PREVENÇÃO 1 - A informação por si só é suficiente para influenciar o comportamento 2 - É possível fazer prevenção sem considerar o contexto sócio-cultural do sujeito 3 - As propagandas que vendem um “comportamento de saúde” são suficientes para prevenir o uso de drogas

12 MODELO SISTÊMICO DE PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS - Propõe a redução dos fatores de risco e a otimização dos fatores de proteção contra o uso de drogas nas escolas Fatores de risco e proteção - estão na própria pessoa, a família, nos seus amigos, na escola, no trabalho e na comunidade

13 FATORES DO PRÓPRIO INDIVÍDUO
De proteção Habilidades sociais Cooperação Habilidades para resolver os problemas Vínculos positivos com pessoas instituições e valores Autonomia Auto estima desenvolvida De risco Insegurança Insatisfação com a vida Sintomas depressivos Curiosidade Busca do prazer

14 FATORES FAMILIARES De proteção
Pais que acompanham as atividades dos filhos Estabelecimento de regras claras de conduta Envolvimento afetivo com a vida dos filhos Respeito aos ritos familiares Estabelecimento claro da hierarquia familiar De risco Pais que fazem uso abusivo de drogas Pais que sofrem de transtornos mentais Pais excessivamente autoritários ou muito exigentes

15 FATORES ESCOLARES De proteção Bom desempenho escolar De risco
Boa inserção e adaptação no ambiente escolar Oportunidades de participação em decisão Vínculos afetivos com professores e colegas Realização pessoal Prazer em aprender Descoberta e construção do projeto de vida De risco Baixo desempenho escolar Falta de regras claras Baixas expectativas em relação às crianças Exclusão social Falta de vínculos com pessoas ou com a aprendizagem

16 FATORES SOCIAIS De proteção Respeito às leis sociais De risco
Oportunidade de trabalho e lazer Informações adequadas sobre as drogas e seus efeitos Clima comunitário afetivo Consciência comunitária e mobilização social De risco Violência Desvalorização das autoridades sociais Falta de recursos para prevenção e atendimento Descrença das instituições Falta de oportunidade de trabalho e lazer

17 FATORES RELACIONADOS À DROGA
De proteção Informações contextualizadas sobre os efeitos Regras e controle para o consumo adequado De risco Disponibilidade para a compra Propaganda que incentiva e mostra apenas o prazer que a droga causa Prazer intenso que leva o indivíduo a querer repetir o uso

18 O QUE SÃO REDES SOCIAIS? As redes não são invenções abstratas, mas partem da articulação de atores/organizações São forças existentes no território para uma ação conjunta multidimensional com responsabilidade compartilhada (parcerias) e negociada. Um tecido de relações e interações que se estabelecem com uma finalidade e se interconectam por meio de linhas de ação ou trabalhos conjuntos. Numa analogia com as redes de pescadores, os seus nós são pensados como pessoas, instituições ou grupos.

19 O TRABALHO COM REDES O foco de trabalho em redes não é um problema imediato, isolado, mas a articulação de sujeitos/atores/forças para propiciar poder, recursos, dispositivos para ação para a autonomia, a auto-organização e a auto-reflexão dos sujeitos.

20 QUEM COMPÕE AS REDES SOCIAIS
QUEM COMPÕE AS REDES SOCIAIS? Escola, família e comunidade compõem uma malha tecida com a participação de cada um, beneficiando a todos, pela integração da diversidade e permitindo a convergência das emoções e a mutualidade de interesses.

21 O QUE É PENSAR EM REDE? É acreditar que existe uma rede natural de relações na qual estes adolescentes já estão inseridos. Assim as possibilidades de soluções estão na própria rede, as quais podem oferecer e mobilizar o desenvolvimento e as mudanças tanto individuais como grupais.

22 O QUE É PENSAR EM REDE? É pressupor que todos os cidadãos necessitam pertencer a uma rede, um subgrupo da sociedade global, que se configura em fonte de recursos, informações e apoio emocional. Isto se torna particularmente importante, para aquelas populações que vivem em contextos de exclusão e desproteção social.

23 QUAL A FUNÇÃO DAS REDES SOCIAIS
QUAL A FUNÇÃO DAS REDES SOCIAIS? Uma rede bem organizada pode ser um poderoso instrumento de proteção face à exclusão sofrida pelas populações de risco, pois atribui identidade às pessoas, fragilizadas em sua inserção nos segmentos sociais; ajudando-as a descobrir recursos para a para ação, a autonomia, a auto-organização e a auto-reflexão dos sujeitos.

24 REDES DE APOIO Rede social primária - constituída por todas as relações significativas que uma pessoa estabelece quotidianamente ao longo da vida. A FAMÍLIA é uma rede primária onde se fabrica a identificação primeira do ser humano como alguém, com um sobrenome que o vincula às relações de família, com um projeto de vida e um curso de vida que o vinculam a uma condição e classe sociais determinadas, um status social que o vincula às oportunidades sociais, políticas e econômicas.

25 REDES DE APOIO Rede social secundária - fornecem atenção especializada, orientação e informação. Formada por profissionais e funcionários de instituições públicas ou privadas; organizações sociais, organizações não governamentais, grupos organizados de mulheres, associações comunitárias comunidade.

26 MAPA DAS REDES

27 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA REDE SOCIAL
TAMANHO DENSIDADE COMPOSIÇÃO OU DISTRIBUIÇÃO DISPERSÃO HOMOGENEIDADE ou HETEROGENEIDADE (Sluzki, 1997)

28 FUNÇÕES DA REDE COMPANHIA SOCIAL APOIO EMOCIONAL
GUIA COGNITIVO E DE CONSELHOS AUTORIDADE, REGULAÇÃO OU CONTROLE SOCIAL AJUDA MATERIAL E DE SERVIÇOS ACESSO A NOVOS CONTATOS (Sluzki, 1997) SEGURANÇA / PROTEÇÃO PERIGO / RISCO AMEAÇA / MEDO AFETO / AMOR / CUIDADO...

29 Pensando a rede social do adolescente envolvido com drogas
Quando o indivíduo passa a se comunicar através de um sintoma (uso de drogas), ele ao mesmo tempo afeta e é afetado negativamente pelo seu sistema relacional; Os sintomas são testemunhas do sofrimento, da vontade e simultaneamente da impotência para curar os sistemas relacionais.

30 Pensando a rede social do adolescente envolvido com drogas
Estigmatização do indivíduo – doente, criminoso ou pecador; Autoridade parental comprometida Emergem os códigos de desenraizamento: o isolamento a violência no interior dos corpos e das famílias a amnésia da história a indiferença a desconfiança

31 Pensando a rede social do adolescente envolvido com drogas
Redirecionamento da problemática: De: O adolescente é ou não usuário de drogas? Para onde encaminhá-lo? Para: Quem são estes adolescentes envolvidos com drogas? O que eles pedem? Qual a realidade desta clientela? Como abordá-los? Como encaminhá-los? Como evitar que entrem no circuito da delinqüência?

32 Pensando a rede social do adolescente envolvido com drogas
A questão que se coloca em relação ao adolescente que faz uso de drogas não é quanto ao porquê do uso, mas sim o que ele está querendo dizer com esse comportamento; Importância de formar uma rede social efetiva, firme, sensível e confiável – geradora de saúde; O adolescente expressa, pelo seu ato, algo que não pode ou não consegue expressar com palavras, o que implica no modo de interação e construção da sua rede social pessoal – DEPENDÊNCIAS RELACIONAIS

33 Adolescentes no paradigma da da complexidade redes sociais compreensão
ética da compreensão Sistema terapêutico Sistema socioeducativo

34 Dimensão ética A ética da complexidade (Morin,2002):
É a ética da compreensão, da solidariedade, da tolerância, da inclusão, em oposição à ética da intolerância, da punição e da exclusão; Compreender o ser humano é não reduzi-lo à perversidade e ao crime que ele tenha cometido, mas reconhecer suas potencialidades, por vezes dominadas por suas ações destrutivas; É irrelevante julgar uma pessoa apenas pelo ponto de vista de sua transgressão à lei, sem considerar o contexto mais amplo das carências ou das violências sofridas que a antecedem;

35 Dimensão ética A ética da complexidade:
É preciso resgatarmos a força da participação, da solidariedade e o espírito de comunidade; A ética do perdão – não é o prêmio pelo arrependimento (como na religião), mas uma postura que antecede o arrependimento. É um crédito conferido ao sujeito, por suas potencialidades, por sua face boa, por sua dimensão de humanidade... É uma aposta ética, uma aposta na possibilidade de transformação, regeneração, conversão daquele que falha, daquele que cometeu o mal. A ética do perdão tem o objetivo de gerar o arrependimento, um processo de reflexão crítica de seus atos; baseia-se na compreensão;

36 LEI DO SILÊNCIO MODELO e REDES SOCIAIS
DO MEDO PARALISIA E IMPOTÊNCIA OPÇÃO: LINGUAGEM DOS VÍNCULOS e REDES SOCIAIS

37 Quando o medo opera... É interessante observar que quando a intervenção chega, a rede já está formada. Por isso, o profissional, quando sozinho e centralizado no indivíduo, fica paralisado, impossibilitado de avançar na construção de possibilidades diferentes de intervenção; Quando o medo opera, a rede social se debilita; Se desapreende a solidariedade, as vontades de saber, o ser curioso, a criatividade. Impede de conhecer com quem se pode contar, de quem se pode receber ajuda, com quem é possível juntar-se para resolver um problema comum;

38 A prática de redes sociais...
OBJETIVOS Favorecer o estabelecimento de vínculos positivos, por meio da interação entre os indivíduos; Oportunizar um espaço para reflexão, troca de experiências e busca de soluções para problemas comuns; Estimular o exercício da solidariedade e da cidadania; Mobilizar as pessoas, grupos e instituições para a utilização de recursos existentes na própria comunidade; Estabelecer parcerias entre setores governamentais e não-governamentais, para implementar programas de orientação e prevenção;

39 A prática de redes sociais...
O ponto de partida não é nossa estranheza no mundo, mas um sentimento de profundo pertencimento, de legitimidade do outro e da abertura a um diálogo emocionado em uma interação que não nega o conflito mas que reconhece a diferença como a única via rumo à evolução.

40 A prática de redes sociais...
Quando se compartilham os medos, estes se atenuam e geram projetos, se recuperam o desejo , a vida e a utopia; Como não é suficiente a proteção de riscos, é preciso criar condições de enfrentá-los. As redes consistem em um meio que nos permitirá construir novas possibilidades neste sentido;

41 A prática de redes sociais...
A intervenção em rede funciona como instrumento de prevenção – ação conjunta de todos os saberes existentes, desafiando-nos a construir com a realidade; Propõe que estejamos preparados para assimilar outros conhecimentos, eliminando a “fala vazia”, o discurso pronto, feito “para” o outro; Propõe a potencialização das redes de solidariedade entre as pessoas que compartilham problemas similares; propõe a confiança no outro; Promove a otimização da organização autogestiva; e a mudança na subjetividade das pessoas, na família, na escola e no meio social;

42 A prática de redes sociais...
Cada um se redescobre na relação com o outro, constrói a rede, se reconstrói; A rede promove responsabilidade, protagonismo, sociabilidade;

43 A prática de redes sociais...
O adolescente é percebido como agente de mudanças: precisa ser capaz de identificar seus sentimentos e expressá-los, assim como precisa também reconhecer as necessidades emocionais dos outros membros de seus sistema sócio-familiar, para construir sua rede afetiva; O adolescente desenvolve a sua capacidade de fazer escolhas, fortalecendo-se para negociar novas regras junto ao sistema;

44 Concluindo... “Ao invés de colocarmos barreiras ou apenas delimitarmos fronteiras, estamos nos propondo a edificar pontes, formar elos, articular saberes, em uma construção conjunta de modelos que ampliem cada vez mais nossa visão de mundo” (Sudbrack, 1996, p.108).


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