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ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA

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Apresentação em tema: "ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA"— Transcrição da apresentação:

1 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS: A TEORIA DOS SALÁRIOS HEDÔNICOS ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS NOTAS DE AULA PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO UFRGS PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

2 Teoria dos Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Teoria dos Salários Hedônicos O termo hedônico deriva do conceito filosófico de hedonismo, o qual assume que as pessoas perseguem ou buscam utilidade (prazer), aqui no caso – salários elevados, e evitam algum tipo de desutilidade (dor, risco de morte ou contaminação), por exemplo, empregos que possuem características não agradáveis. Assim, segundo a teoria dos salários hedônicos, os trabalhadores estão interessados em maximizar a utilidade liquida e portanto estariam dispostos a trocar o que produz utilidade para obter reduções no que produz desutilidade. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

3 Job Matching: preferências
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Job Matching: preferências A principal função do mercado de trabalho é prover os sinais e os mecanismos pelos quais cada trabalhador, buscando maximizar sua própria utilidade, pode encontrar-se com os empregadores que buscam, cada um a seu modo, maximizar os lucros. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

4 Job Matching: preferências
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Job Matching: preferências A maximização da utilidade implica que os trabalhadores estão interessados tanto nos aspectos pecuniários como não pecuniários de seus empregos. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

5 Escolhas Individuais e Seus Resultados
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Escolhas Individuais e Seus Resultados A Alocação da Mão-de-Obra A maioria das sociedades modernas baseiam-se principalmente em incentivos e diferenciais compensatórios para recrutar mão-de-obra em trabalhos que são desagradáveis. A compensação para os trabalhadores Os salários compensatórios servem como um recompensa individual pelo pagamento daqueles que aceitam condições de trabalho desagradáveis ou arriscadas. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

6 Qual o Valor dos Vários Aspectos de um Emprego?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Qual o Valor dos Vários Aspectos de um Emprego? Os empregos variam ao longo de várias dimensões: Localização; Prestígio; Tipo de trabalho – com risco, sem risco de vida; Flexibilidade de horas de trabalho; Autonomia; Criatividade. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

7 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Empregos .... PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

8 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

9 Questões sobre Salários Compensatórios
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Questões sobre Salários Compensatórios Por que os salários diferem no mercado de trabalho? Empregos com riscos de vida diferente implicam em salários diferentes? Por que as firmas oferecem empregos arriscados? Por que os trabalhadores aceitam trabalhos arriscados? Qual o valor de se salvar uma vida humana? A vida humana tem um preço? PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

10 O Equilíbrio no Mercado de Trabalho Entre Empregos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 O Equilíbrio no Mercado de Trabalho Entre Empregos Sob as seguintes condições: Livre entrada e saída; Todos os empregos são parecidos; Todos os trabalhadores são parecidos. Háverá um único salário na economia: Os ajustamentos salariais irão ocorrer devido Mobilidade do trabalhador (migração); Mobilidade do produtor. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

11 Quando Existem Diferenciais Salariais?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Quando Existem Diferenciais Salariais? Barreiras a Mobilidade da mão-de-obra Mercados de trabalho segmentados; monopsônio Os trabalhadores são diferentes Diferencial de habilidade – capital humano As preferências são diferentes com relação aos atributos do emprego Riscos Moral Os empregos são diferentes Teoria da equalização dos diferenciais salariais Os empregos tem diferentes amenidades Trabalhadores tem diferentes atitudes com relação ao risco e as amenidade. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

12 Acidentes de Trabalho - Definição
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Acidentes de Trabalho - Definição Acidente do trabalho é aquele que ocorre durante o serviço, ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional e pode resultar em morte, perda ou redução da capacidade para o trabalho. Seja em caráter permanente ou temporário, o acidente de trabalho inclui também as doenças ocupacionais. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

13 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Acidentes de Trabalho Os agrotóxicos estão em sétimo lugar em número de acidentes com substâncias químicas e em primeiro no número de mortes. A prevenção aos acidentes do trabalho é a ferramenta mais importante para evitar a incapacitação de milhares de trabalhadores. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

14 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Acidentes de Trabalho                                                                                                                Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os acidentes de trabalho são a causa da morte de mais de dois milhões de trabalhadores no mundo por ano. São três pessoas que morrem a cada minuto devido a condições impróprias de trabalho ! PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

15 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Acidentes de Trabalho Acompanhe os dados da OIT: Em 2001, morreram 650 mil pessoas em conflitos armados. As vítimas de morte por acidentes de trabalho foram mais de um milhão e 300 mil pessoas - mais que o dobro! - No mesmo ano, 340 mil pessoas foram afetadas devido ao contato com substâncias perigosas (produtos químicos e radioativos, por exemplo). PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

16 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Acidentes de Trabalho O contato com o amianto foi responsável pela morte de 100 trabalhadores em a maioria ocupada na construção civil. A falta de segurança no trabalho mata mais do que as drogas e o álcool juntos. - Os setores que apresentam menores condições de segurança em todo o mundo são a agricultura, a construção civil e a mineração. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

17 Acidentes de Trabalho no Brasil - 2002
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Acidentes de Trabalho no Brasil Os acidentes de trabalho no Brasil, no ano de 2002, deixaram empregados temporariamente incapacitados, outros 15 mil incapacitados para sempre, e foram responsáveis pela morte de trabalhadores, vítimas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Esse quadro foi responsável por despesas equivalentes a 2,2% do PIB - Produto Interno Bruto - brasileiro, ou R$ 23 bilhões, gastos com pagamento dos benefícios por afastamento do empregado, despesas de saúde, reabilitação profissional, além de processos judiciais PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

18 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Acidentes de Trabalho Apesar de estes setores liderarem a lista de acidentes, o Brasil testemunha atualmente o alarmante número de acidentes em uma categoria de trabalho em expansão: os motoqueiros. O serviço de courier através de motos une vários fatores de risco: violência das ruas, roubos seguidos de mortes (latrocínios), acidentes de trânsito, entre outros. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

19 Dados sobre Acidentes de Trabalho no Brasil
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Dados sobre Acidentes de Trabalho no Brasil PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

20 Doenças Profissionais
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Doenças Profissionais Bancários e profissionais de saúde são os que mais se afastam por causa de doenças mentais. Dessas, 55% são doenças depressivas. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

21 Indicadores e estatísticas de acidentes
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Indicadores e estatísticas de acidentes Coeficiente de Freqüência CF = [número de acidentes com afastamentos * / (número de homens/horas trabalhadas)] Coeficiente de gravidade CG = [(número de dias perdidos + número de dias computados * ) / numero de homens / horas trabalhadas)] PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

22 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Alguns Fatos – Mortes ocupacionais por trabalhadores – Fonte: Filer, Hamermersh & Rees (1996, p.378) Indústria 1978 1993 Mineração 43,8 26,0 Construção 30,5 13,7 Manufatura 5,9 3,9 Trasp. & UP 18,7 12,9 Seguro & Imóveis 5,4 1,52 Serviços 3,0 2,4 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

23 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Alguns Fatos – Efeitos da amenidades locacionais sobre as taxas salariais em cidades dos EUA, 1980 – Fonte: Filer, Hamermersh & Rees (1996, p.393) (Dis)amenidade Mudança % de mudança nos salários Dias de sol 30%-80% -6,8 Umidade 20% - 90% +6,8 Velocidade do vento 5-15 milhas p/h +14,4 Crimes violentos 2x média +5,8 Visibilidade 0-25 milhas -1,0 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

24 Taxas de Acidentes nos EUA, 1996
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Taxas de Acidentes nos EUA, 1996 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

25 Diferenciais Compensatórios de Salários
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Diferenciais Compensatórios de Salários Origem: Adam Smith (1776,cap.10) Alfred Marshall (1920, book 6 cap.3) Rosen, S. (1974), JPE PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

26 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Adam Smith (1776, cap.10) The ferve following are the principal circumstances which, so far as I have been able to observe, make up for a small pecuniary gain in some employments, and counter-balance a great one in others: first, the agreeableness or disagreeableness of the employments themselves; secondly, the easiness and cheapness, or the difficulty and expence of learning them; thirdly, the constancy or inconstancy of employment in them; fourthly, the small or great trust which must be reposed in those who exercise them; and fiftly, the probability or improbability of success in them. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

27 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Adam Smith (1776, cap.10) First, The wages of labour vary with the ease or hardship, the cleanliness or dirtiness, the honourableness or dishonourableness of the employment. Thus in most places, take the year round, a journeyman taylor earns less than a journeyman weaver. His work is much easier. A journeyman weaver earns less than a journeyman smith. His work is not always easier, but it is much cleanlier. A journeyman blacksmith, though an artificer, seldom earns so much in twelve hours as a collier, who is only a labourer, does in eight. His work is not quite so dirty, is less dangerous, and is carried on in day-light, and above ground. Honour makes a great part of the reward of all honourable professions. In point of pecuniary gain, all things considered, they are generally under-recompensed, as I shall endeavour to show by and by.*5 Disgrace has the contrary effect. The trade of a butcher is a brutal and an odious business; but it is in most places more profitable than the greater part of common trades. The most detestable of all employments, that of public executioner, is, in proportion to the quantity of work done, better paid than any common trade whatever. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

28 Diferenciais Compensatórios de Salários
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Diferenciais Compensatórios de Salários As principais razões para a existência de diferenciais salariais (Adam Smith, 1776): (i) caráter agradável ou desagradável dos empregos; (ii) facilidade e o pouco gasto ou a dificuldade e o alto dispêndio exigidos na aprendizagem dos empregos; (iii) constância ou inconstância do emprego; (iv) grau de confiança colocados no emprego; (v) probabilidade de sucesso ou insucesso no emprego. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

29 Diferenciais Compensatórios de Salários
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Diferenciais Compensatórios de Salários O modelo competitivo do mercado de trabalho implica que, na medida em que os trabalhadores e firmas possam entrar e sair livremente do mercado de trabalho, haverá um único salário na economia se todos os trabalhadores e empregos forem iguais. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

30 Diferenciais Compensatórios de Salários
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Diferenciais Compensatórios de Salários A teoria dos salários compensatórios reconhece que os empregos são diferentes. A teoria dos salários compensatórios busca examinar o impacto das características nos empregos com base em suas características na determinação dos salários e emprego. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

31 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Escolha Ocupacional Por que um trabalhador iria aceita trabalhar num emprego perigoso? Os economistas modelam a decisão ocupacional dos trabalhadores usando a teoria dos salários hedônicos como desenvolvida por Sherwin Rosen (1974). Rosen, Sherwin, “Hedonic Prices and Implicit Markets,” Journal of Political Economy, Vol. 82, pg , 1974. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

32 Qual é a hipótese básica da teoria dos salários compensatórios?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Qual é a hipótese básica da teoria dos salários compensatórios? A idéia básica da teoria dos salários compensatórios é que as características dos empregos tem influência sobre a determinação dos salários e empregos num determinado mercado de trabalho. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

33 Diferenciais Compensatórios de Salários
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Diferenciais Compensatórios de Salários Segundo a teoria dos salários compensatórios, é útil pensarmos um emprego não somente em termos de salários, ou de quanto ele paga, mas também em termos de todo um pacote que inclui tanto salários como as condições de trabalho. De acordo com o enfoque original de Smith (1776,cap.10), não é o salário que é igualado entre os empregos num mercado de trabalho competitivo, mas todas as vantagens e desvantagens do mesmo. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

34 Diferenciais Compensatórios de Salários
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Diferenciais Compensatórios de Salários A introdução das compensações salariais implica que os trabalhadores diferem em suas preferências por empregos específicos e as firmas diferem nas condições de trabalho que elas oferecem. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

35 O que a teoria dos salários compensatórios busca explicar?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 O que a teoria dos salários compensatórios busca explicar? A teoria dos diferenciais compensatórios de salários procura explicar como os trabalhadores e firmas se encontram ou interagem no mercado de trabalho a fim de determinar os níveis de emprego e salários de equilíbrio. Assim, a alocação de trabalho não é aleatória. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

36 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS – O MODELO DE ROSEN (1983) (i) os empregos diferem em apenas uma característica - a probabilidade de que o trabalhador irá ser prejudicado ou ferido enquanto estiver empregado, sendo que a probabilidade de sofrer um acidente é dada por: 0 e 1 A suposição de analisarmos apenas uma única dimensão nos permite ver mais claramente os resultados do processo de seleção do emprego. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

37 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS (ii) a utilidade do trabalhador é função tanto do salário como da probabilidade de que ele irá ser ferido enquanto estiver no trabalho i. A sua função utilidade é dada por: U = (w, ) Onde: (U/w) > 0 e (U/) < 0 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

38 A Escolha dos Trabalhadores Entre Salário e Risco
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A Escolha dos Trabalhadores Entre Salário e Risco Utilidade= f (salário, risco de acidente no emprego) O acidente é considerado algo indesejável. a curva de indiferença é positivamente inclinada U0: (wo, 0) ~ (^W1, 1) . PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

39 A Escolha dos Trabalhadores Entre Salário e Risco
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A Escolha dos Trabalhadores Entre Salário e Risco Salário reserva: é o montante de salário que deve ser oferecido ao trabalhador para induzi-lo a aceitar o emprego arriscado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

40 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Curvas de indiferença e salário reserva Salário-reserva PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

41 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS As curvas de indiferença risco-salário se inclinam para cima porque o risco de acidentes constitui-se numa característica do emprego que é considerada ruim para o trabalhador. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

42 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 As curvas de indiferença entre salário e probabilidade de acidente no trabalho salários Uo wr wo 1 Probabilidade de acidente  PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

43 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS (iii) é assumido que os trabalhadores preferem altos salários e que o risco é um atributo indesejado. Aqui assumimos, implicitamente que existem trabalhadores propensos ao risco. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

44 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS A inclinação da curva de indiferença nos mostra quanto um trabalhador valoriza o fato de se ferir. Ela mostra quanto o trabalhador está disposto a substituir o risco de acidente por um aumento na taxa de salário. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

45 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Se o trabalhador não gosta de correr riscos, sua curva de indiferença será muito inclinada e seu salário-reserva será muito alto. Se o trabalhador não se importar muito com os riscos que corre no emprego sua curva será plana e seu salário-reserva será baixo. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

46 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Taxa de salário U1 Uo w1 wo Probabilidade de acidente  PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

47 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS (iv) existem no mercado de trabalho somente dois tipos de emprego, os arriscados e os seguros: 0 – alguns empregos oferecem um ambiente completamente seguro; 1 – outros oferecem um ambiente inerentemente arriscado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

48 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS (vi) o trabalhador tem uma informação completa sobre o nível de risco assumido com cada trabalho. Em outras palavras, ele sabe ou conhece o verdadeiro valor do risco () num determinado emprego. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

49 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS (vi) o emprego seguro tem um salário wo e o emprego arriscado tem um salário w1; - como todos os trabalhadores são avessos ao risco, temos que w1 > wo, - a fim de que os empregos arriscados atraiam trabalhadores, eles devem pagar uma compensação salarial diferenciada (w1- wo) > 0. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

50 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS (vii)  = w1* - wo – salário-reserva. Se o salário aumentar de $, o trabalhador irá mudar de um emprego seguro para o emprego arriscado. O salário-reserva busca responder a seguinte pergunta – quanto você está disposto a ganhar para fazer algo que não gosta? PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

51 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS (viii) O conjunto de oportunidades do trabalhador contém apenas duas alternativas: A1 (wo, 0) A2 (w1, 1) w/ = [(w1 - w0)/1-0] = w1 - wo PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

52 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS B w1 Diferencial compensatório de salário A wo 1 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

53 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS O conjunto de oportunidades do trabalhador contém duas alternativas: trabalhar num emprego seguro e ganhar $wo ou trabalhar no emprego arriscado e ganhar $w1. A inclinação da linha que conecta os dois pontos alternativos é dado por (w1-wo), ou o diferencial compensatório pago pelo mercado entre os dois tipos de trabalho. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

54 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS w/ = [(w1-w0)/1-0] = w1- w0 O salário compensatório é a taxa a qual o mercado está disposto a compensar um trabalhador pelo risco que está correndo. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

55 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS – A ESCOLHA DO EMPREGO (ix) o trabalhador deve escolher o emprego que maximize sua utilidade. Função objetivo do trabalhador: Max U (w,  ) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

56 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS – A ESCOLHA DO EMPREGO No caso em que o trabalhador menos avesso ao risco escolhe o emprego mais arriscado, ocorre porque o seu salário-reserva [ = (w1*- w0)] é menor do que o salário referente ao salário compensatório pago no mercado de trabalho, ou seja, a curva de indiferença é mais plana do que a linha orçamentária. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

57 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS A aceitação de uma oferta com um emprego seguro lhe confere uma utilidade U, enquanto a aceitação de uma oferta com um emprego arriscado o coloca numa curva de indiferença mais elevada. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

58 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS (x) o trabalhador escolhe um emprego seguro porque o seu salário-reserva é maior do que o diferencial compensatório, isto é:  > w1-w0 O trabalhador escolhe um emprego arriscado porque o seu salário-reserva é menor do que o diferencial compensatório, isto é:  < w1-w0 PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

59 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS - A LÓGICA DA ESCOLHA O que nos mostra o salário-reserva () ? O salário-reserva () indica quanto o trabalhador requer para ser persuadido a se mover de um emprego seguro para um emprego arriscado ou (w1*-w0) enquanto o salário diferencial compensatório (w1-w0) indica quanto o mercado está disposto a pagar para um trabalhador se mover ou ir para um trabalho arriscado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

60 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS - A LÓGICA DA ESCOLHA Se o diferencial compensatório exceder o salário-reserva do trabalhador, ele irá para o emprego arriscado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

61 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS - A LÓGICA DA ESCOLHA Se o diferencial compensatório for menor que o preço-reserva, o mercado não está pagando o suficiente para convence-lo a trabalhar num emprego onde ele provavelmente sofrerá um acidente e ele terá que permanecer ou escolherá um emprego seguro. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

62 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Regras de decisão da escolha dos empregos:  > w1-w0  o trabalhador escolhe o emprego seguro.  < w1-w0  o trabalhador escolhe o emprego arriscado. As regras de decisão acima nos mostram como os trabalhadores alocam o seu tempo entre dois empregos alternativos. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

63 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A ESCOLHA DE UM EMPREGO ARRISCADO salários U’ w1 U wr sr wo 1 Probabilidade de acidente PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

64 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A ESCOLHA DE UM EMPREGO ARRISCADO O trabalhador escolhe o emprego arriscado porque o salário reserva é menor do que o diferencial compensatório pago pelo mercado (isto é, a curva de indiferença é mais plana do que o a linha orçamentária) PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

65 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A ESCOLHA DE UM EMPREGO SEGURO salários U’ U wr O trabalhador escolhe o emprego seguro porque o seu salário-reserva (wr) é maior do que o diferencial compensatório oferecido pelo mercado (w1). w1 wo 1 Probabilidade de acidente PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

66 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Se os diferenciais salariais forem elevados, é mais provável que um dado trabalhador acabe aceitando um emprego arriscado. Se os diferenciais salariais forem baixos, ele não irá aceitar um emprego arriscado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

67 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Os diferentes trabalhadores na economia tem diferentes salários reservas. freqüência A distribuição de freqüência assume que todos os trabalhadores tem um salário reserva positivo, ou em outras palavras, todos não gostam de correr riscos. min max PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

68 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Para derivarmos a curva de oferta do mercado de trabalho para empregos arriscados, nós adicionamos as decisões de oferta dos muitos trabalhadores da economia. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

69 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Supondo que existam N trabalhadores na população e que o salário-reserva [] tenha uma freqüência como mostrada acima e assumindo que um trabalhador escolhe um emprego arriscado somente se o diferencial compensatório [w1-wo] > , temos que isto implica que se o salário de mercado for menor que min, nenhum trabalhador desejará se empregar num trabalho arriscado, pois o diferencial compensatório é muito baixo, ele não supera o salário-reserva de até mesmo um trabalhador que não gosta de riscos. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

70 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Quando o diferencial compensatório é igual a mim, o trabalhador que não gosta de correr riscos se torna indiferente entre ofertar o seu tempo entre empregos arriscados e empregos seguros e sua oferta é igual a zero. Se o salário de mercado subir um pouco, teremos que agora ele irá ofertar seu tempo num trabalho arriscado e um trabalhador adicional que tem um baixo salário-reserva será persuadido a ofertar seu tempo de trabalho em empregos arriscados. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

71 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS A medida em que os diferenciais compensatórios continuam subindo, teremos que mais e mais trabalhadores são persuadidos a aceitar ocupações de risco e o número desses trabalhadores aumenta. Quando o diferencial compensatório atinge o seu máximo [max], todos os trabalhadores estariam ou desejariam trabalhar em empregos arriscados. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

72 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Curva de oferta de trabalhadores para empregos arriscados. w1-wo max min N Número de trabalhadores em empregos arriscados PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

73 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Assim, vemos que a curva de oferta de mercado para empregos arriscados é positivamente inclinada. A inclinação da curva de oferta de mercado é determinada pelo formato da distribuição das preferências com relação aos riscos na população. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

74 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Se houver pouca dispersão na distribuição do salário reserva na população, as diferenças entre (max e min) serão pequenas, e a curva de oferta de mão-de-obra ser elástica. Assim, uma pequena mudança nos salários compensatórios irá atrair um número muito grande de trabalhadores para empregos arriscados. Se a distribuição das preferências for muito dispersa – o que implica que a distância entre (max e min) é grande, a curva de oferta será inelástica. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

75 A Decisão da Firma em Oferecer Empregos Arriscados
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A Decisão da Firma em Oferecer Empregos Arriscados A função de produção da firma: q = (E, ) ; q/E > 0 e q/> 0 q = produto da firma; E = número de trabalhadores;  = probabilidade de acidente na firma. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

76 A decisão da firma em oferecer empregos arriscados
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A decisão da firma em oferecer empregos arriscados O produto da firma depende do número de trabalhadores que ela contrata (E) e do tipo de ambiente de trabalho que ela oferece aos seus trabalhadores, medido pela probabilidade de sofrer algum tipo de acidente no emprego. Oferecer um ambiente seguro para a firma é caro, visto que a firma deve alocar recursos e materiais para produzir um ambiente seguro para os trabalhadores e que aqueles recursos poderiam ser usados na produção. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

77 Os ganhos de ser uma empresa arriscada
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Os ganhos de ser uma empresa arriscada Se a firma decidir oferecer um ambiente seguro, o seu produto é dado por: qo= oE* (o= produto marginal do trabalho num ambiente seguro) po = produto marginal do trabalho seguro. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

78 Os ganhos de ser uma empresa arriscada
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Os ganhos de ser uma empresa arriscada Se a firma decidir oferecer um ambiente com risco, o seu produto é dado por: q1= 1E* (1= produto marginal do trabalho num ambiente com risco); p1 = produto marginal do trabalho com risco. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

79 Os ganhos de ser uma empresa arriscada
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Os ganhos de ser uma empresa arriscada 1 > o – as firmas produzem mais produto quando não tem que alocar recursos para tornar o ambiente seguro. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

80 Os ganhos de ser uma empresa arriscada
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Os ganhos de ser uma empresa arriscada Seja:  = p1 - po  = montante ganho por trabalhador quando a firma muda de um ambiente seguro para um ambiente com risco. Assumimos aqui que o nível de preços [p] é constante, pois a firma opera num ambiente competitivo. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

81 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher? Os lucros da firma dependem do fato de se ela opera num ambiente seguro ou arriscado: o = poE* - woE* 1 = p1E* - w1E* - uma firma irá oferecer um ambiente com risco se 1 > o e irá oferecer um ambiente seguro quando 1 < o. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

82 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher? Substituindo-se as equações de lucro nas regras de decisão, obtemos que, por exemplo: o = poE* - woE* > 1 = p1E* - w1E* E* (po – wo) > E*(p1 - w1) (po – wo) > (p1 - w1) po - p1 > w1 - wo  = p1 - po > w1 - wo PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

83 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher? Oferece um ambiente seguro se:  < w1 – wo Oferece um ambiente arriscado se:  > w1 – wo A escolha da firma com relação a qual ambiente de trabalho oferecer dependerá da comparação de quanto serão os ganhos quando for proporcionado um ambiente seguro (sem risco) comparado com os seus custos (w1-wo). PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

84 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher? Assumimos que as firmas numa economia diferem com relação as várias tecnologias para produzir uma ambiente seguro. Para algumas firmas é fácil e barato produzir um ambiente seguro enquanto para outras isto é muito difícil e dispendioso. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

85 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher?
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Qual o tipo de ambiente de trabalho que uma firma deve escolher? Assim, temos que o parâmetro  varia significativamente entre as firmas numa economia. As firmas com um elevado  são firmas que tem mais a ganhar oferecendo um ambiente arriscado e as firmas com um baixo  são as firmas que tem pouco a ganhar. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

86 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS As diferentes firmas ganham diferentes montantes de lucros por oferecer diferentes ambientes de risco. freqüência max min Ganho por oferecer um ambiente com risco PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

87 A curva de demanda por trabalhadores arriscados
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A curva de demanda por trabalhadores arriscados A curva de demanda por trabalhadores arriscados é derivada adicionando-se as curvas de demanda das “firmas arriscadas”. Se w1-wo > max, temos que nenhuma firma na economia irá desejar oferecer um ambiente de risco. Portanto, a curva de demanda por trabalhadores em ocupações de risco é igual a zero. A medida em que o diferencial compensatório (w1-wo) declina, algumas firmas irão achar ótimo oferecer ambientes de risco. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

88 A curva de demanda por trabalhadores arriscados
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 A curva de demanda por trabalhadores arriscados A curva de demanda por trabalhadores em ocupações de risco é negativamente inclinada. A medida em que os diferenciais compensatórios de salários declinam, haverá mais firmas com riscos e demanda por eles. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

89 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS – A OFERTA DE TRABALHADORES EM EMPREGOS ARRISCADOS Curva de demanda por trabalhadores em empregos arriscados. w1-wo max min N Número de trabalhadores em empregos arriscados PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

90 Equilíbrio de mercado em empregos com risco
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Equilíbrio de mercado em empregos com risco O salário diferencial compensatório de mercado e o número de trabalhadores empregados em empregos de risco são determinados pela interseção das curvas de oferta e demanda de mercado. Se o salário compensatório exceder o nível de equilíbrio, mais pessoas estarão dispostas a trabalhar em firmas “arriscadas” do que estão sendo demandadas e o diferencial compensatório de equilíbrio iria diminuir. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

91 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 Equilíbrio de Mercado w1-wo oferta max P (w1-wo)* min demanda Número de trabalhadores em empregos arriscados E* N PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

92 Equilíbrio de Mercado - Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Equilíbrio de Mercado - Propriedades (1) o diferencial compensatório de equilíbrio é positivo. Empregos que envolvam riscos pagam mais do que empregos “seguros”. Este resultado é devido ao pressuposto de que todos os trabalhadores não gostam de riscos, de modo que se as firmas oferecerem um ambiente que envolva riscos e desejam atrair trabalhadores, elas devem pagar salários mais elevados. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

93 Equilíbrio de Mercado - Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Equilíbrio de Mercado - Propriedades (2) o salários compensatório de equilíbrio [(w1-wo)*] é o diferencial compensatório que é requerido para compensar o trabalhador marginal ao emprego arriscado. O salários compensatório de equilíbrio constitui-se na medida do salário-reserva que o último trabalhador contratado. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

94 Equilíbrio de Mercado - Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Equilíbrio de Mercado - Propriedades (3) tanto os trabalhadores como as firmas não são “casados” aleatoriamente no mercado de trabalho. Os trabalhadores que são mais avessos ao risco (aqueles que tem um salário reserva mais elevado) são aqueles que escolhem trabalhar em empresas mais seguras. Os trabalhadores que tem uma menor aversão ao risco irão trabalhar em empresas menos seguras. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

95 Equilíbrio de Mercado - Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Equilíbrio de Mercado - Propriedades (4) O equilíbrio de mercado obtido é do tipo em que há uma autoseleção dos trabalhadores (self-select) entre o spectrum de firmas. No modelo de salários compensatórios há um “casamento” entre trabalhadores e firmas que tem interesses comuns. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

96 Teoria dos Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Teoria dos Salários Hedônicos Salários Hedônicos – cada característica do emprego possui um equivalente monetário. Este equivalente monetário será determinado pela interação do mercado entre os trabalhadores e as firmas. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

97 Teoria dos Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Teoria dos Salários Hedônicos Generalização Ao invés de termos apenas 2 tipos de trabalhadores, um arriscado e outro seguro, nós temos agora muitos tipos de firmas. A probabilidade de acidente pode assumir qualquer valor entre 0 e 1. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

98 Curvas de indiferença dos trabalhadores
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Curvas de indiferença dos trabalhadores Aqui nós assumimos que os trabalhadores são avessos ao risco, mas que diferentes trabalhadores têm diferentes aversões ao risco. A figura abaixo ilustra o caso de curvas de indiferença para trabalhadores avessos ao risco, mas que diferem em suas atitudes com relação ao risco, de modo que tais curvas podem se interceptar. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

99 Curvas de indiferença dos trabalhadores
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Curvas de indiferença dos trabalhadores A inclinação de cada curva de indiferença nos mostra quanto de um aumento salarial deve ocorrer a fim de que um determinado trabalhador se sinta disposto, voluntariamente, a aceitar um emprego com um risco mais elevado. Portanto, a inclinação da curva de indiferença é o preço-reserva que o trabalhador fixa para se mover para um emprego que envolva maior risco. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

100 Função de Salários Hedônicos Curvas de Indiferença dos Trabalhadores
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos Curvas de Indiferença dos Trabalhadores salários Uc Ua Ub Probabilidade de acidente PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

101 ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA
26/03/2017 As Curvas de Isolucro As curvas de isolucro nos dão todas as combinações de salário e risco que produzem o mesmo nível de lucros para as empresas. Assim, todos os pontos ao longo de uma curva de isolucro produzem o mesmo nível de lucros, tais como o. Um empregador maximizador de lucros é indiferentes entre as várias combinações possíveis entre risco e salário que se situam ao longo de uma única curva de isolucro. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

102 As Curvas de Isolucro Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 As Curvas de Isolucro Propriedades As curvas de isolucro são positivamente inclinadas. Visto que proporcionar um ambiente seguro para as empresas é dispendioso, uma firma que oferece um nível de risco * pode tornar o ambiente de trabalho mais seguro somente se ele reduzir os salários (mantendo os lucros constantes). Assim, a curva de isolucro é positivamente inclinada. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

103 As Curvas de Isolucro Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 As Curvas de Isolucro Propriedades As curvas de isolucro mais baixas implicam em lucro maiores para as firmas. Curvas de isolucro mais baixas implicam em lucros mais elevados, pois para um mesmo nível de risco (* ) a empresa poderia pagar salários mais baixos. Uma redução salarial, dado o nível de risco (* ) implica em maiores lucros. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

104 As Curvas de Isolucro Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 As Curvas de Isolucro Propriedades As curvas de isolucro são côncavas. A propriedade da concavidade das curvas de isolucro é devida ao fato de que a lei dos rendimentos marginais decrescentes também se aplica a produção de segurança no ambiente de trabalho. Por exemplo, no ponto (P), na curva [o] temos que a firma oferece um ambiente arriscado. Há várias coisas simples e baratas que uma firma poderia fazer para reduzir o risco de acidentes, o que implicaria numa pequena redução salarial a fim de manter os lucros. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

105 As Curvas de Isolucro Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 As Curvas de Isolucro Propriedades As curvas de isolucro são côncavas. Por exemplo, no ponto (P), na curva [o] temos que a firma oferece um ambiente arriscado. Há várias coisas simples e baratas que uma firma poderia fazer para reduzir o risco de acidentes, o que implicaria numa pequena redução salarial a fim de manter os lucros. Contudo, depois de a firma ter alcançado o ponto (Q), se a firma ainda desejar tornar o ambiente mais seguro ela teria que incorrer em gastos substanciais, que são caros e complexos e afirma teria que reduzir significativamente os salários a fim de manter os lucros constantes. Assim, depois do ponto (Q) a curva de isolucro é significativamente inclinada. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

106 As Curvas de Isolucro Propriedades
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 As Curvas de Isolucro Propriedades É assumido implicitamente no modelo que a firma opera num ambiente de concorrência perfeita com livre entrada e saída. O resultado do processo competitivo é que somente as combinações de salário-risco que se situam ao longo da curva de isolucro que produzem lucro-zero podem ser observadas num mercado competitivo. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

107 Função de Salários Hedônicos As Curvas de Isolucro
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos As Curvas de Isolucro salários P o w1 Q 1 wo * Probabilidade de acidente  PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

108 Função de Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos A curva de isolucro nos mostra o conjunto de combinações de risco salário disponíveis para uma dada firma maximizadora de lucros. Algumas firmas irão achar fácil oferecer um ambiente seguro para a sua força de trabalho, enquanto outras irão achar muito difícil se não impossível. Assim, temos que diferentes firmas irão ter diferentes curvas de isolucro. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

109 Função de Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos Os trabalhadores maximizam a utilidade [Ui] escolhendo a oferta salário-risco que os coloca sobre a curva de indiferença mais alta possível. O trabalhador A que não gosta de correr riscos maximiza sua utilidade no ponto Pa e irá acabar trabalhando na firma X, que é a firma que acha mais fácil proporcional um ambiente seguro. Já o trabalhador C, que não se importa muito com o risco, maximiza sua utilidade no ponto Pc e irá trabalhar na firma Z, a firma que acha mais difícil proporcionar um ambiente seguro. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

110 Função de Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos Diferentes firmas possuem diferentes curvas de isolucro e diferentes trabalhadores possuem diferentes curvas de indiferença. O mercado de trabalho “casa” os trabalhadores que não gostam de correr riscos (A) com as firmas que acham fácil prover um ambiente seguro (como as firmas X) e os trabalhadores que não se importam em correr risco (como os trabalhadores C) com as firmas que acham difícil proporcionar um ambiente seguro (firmas Z). A relação observada entre salários e a característica é chamada função hedônica dos salários. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

111 Função de Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos A relação de salários hedônicos mostra que a distribuição dos trabalhadores entre as firmas não é aleatória entre trabalhadores e firmas. Os trabalhadores avessos ao risco “casam-se” (matching) com as firmas seguras e os trabalhadores que são menos avessos ao risco “casam-se” com as firmas que proporcionam o ambiente menos seguro. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

112 Encontrando o Equilíbrio
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Encontrando o Equilíbrio Os trabalhadores maximizam sua utilidade escolhendo a oferta salário-risco que os coloca na curva de indiferença mais alta possivel. A oferta salário-risco de cada firma é fixada sobre a curva de isolucros. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

113 Encontrando o Equilíbrio
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Encontrando o Equilíbrio Pessoas altamente avessas ao risco escolhem trabalhar para firmas que podem reduzir o risco com maior facilidade. Pessoas que não se importam tanto com o risco escolhem trabalhar em firmas que acham díficil reduzir o risco de acidentes. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

114 Função de Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos uc FSH salários ub Pc Pb ua Pa z i – curvas de isolucro com lucro zero. y x Probabilidade de acidente PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

115 Função de Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos Os pontos Pa, Pb e Pc nos dão as combinações salário-risco que irão prevalecer no mercado de trabalho. Conectando os pontos, nós obtemos a função salarial hedônica que resume a relação entre os salários que os trabalhadores desejam e as características do emprego. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

116 Função de Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos Visto que os trabalhadores são avessos ao risco e não gostam de correr riscos, a função salarial hedônica é positivamente inclinada A inclinação da função salarial hedônica nos dá o aumento salarial oferecido pelo mercado devido a um acréscimo no risco do emprego. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

117 Função de Salários Hedônicos
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de Salários Hedônicos Ao longo da curva de salários hedônicos nós temos um “casamento” (matching) eficiente, pois os trabalhadores maximizam a utilidade escolhendo a oferta salário-risco que os coloca na curva de indiferença mais alta possível. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

118 Considerações Sobre o Equilíbrio
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Considerações Sobre o Equilíbrio Equilíbrio usual (modelo geral): Os trabalhadores e firmas são anônimos. A alocação de firmas e trabalhadores é aleatória. Equilíbrio com diferenciais de salários compensatórios: Os trabalhadores se auto-selecionam (self-select) eles mesmos entre as várias firmas existentes na economia Assortative mating: “o casamento” entre trabalhadores e firmas ocorrem com interesses comuns. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

119 Função de salários hedônicos algumas implicações
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de salários hedônicos algumas implicações (i) o mercado de trabalho concorrencial gera diferenças salariais entre indivíduos com o mesmo montante de capital humano. Os altos salários estão associados com poucas amenidades e elevados risco de acidentes; PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

120 Função de salários hedônicos algumas implicações
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função de salários hedônicos algumas implicações (ii) parte das diferenças observadas nos diferenciais de gênero (homens x mulheres) pode ser explicado ou estar refletindo diferenças nas preferências por amenidades positivas e aversão ao risco. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

121 Função Hedônica dos Salários
ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS - NOTAS DE AULA 26/03/2017 Função Hedônica dos Salários Relaciona os salários correntes e as combinações de risco para formar a equação dos salários hedônicos; Resume a relação entre os salários que os trabalhadores são pagos e as características do emprego. PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO [UFRGS]

122 Propriedades da Função dos Salários Hedônicos
Positivamente inclinada - os trabalhadores não gostam de correr riscos; - é dispendioso para a firma prover segurança; A inclinação da função de salários hedônicos Nos dá o aumento salarial oferecido nos empregos de risco; Nos dá o salário reserva do trabalhador num nível ótimo ao nível ótimo de risco incorrido.

123 Problemas de Medição [cf. Lazear (1998, p.393)]
Segundo Lazear (1998, p.393), alguns fatores não pecuniários podem precocupar os trabalhadores, mas são de díficil mensuração, tais como o respeito e o status.

124 French & Dunlap (1998) A Questão do Stress
Estudos médicos recentes têm demonstrado que existe uma forte relação entre o stress mental e eventos cardíacos tal como o infarto do miocárdio . Os autores examinaram o efeitos do stress no trabalho sobre os salários semanais e exploraram a possibilidade de que o stress fosses responsável por aumento no diferencial compensatório de salários.

125 French & Dunlap (1998) A Questão do Stress
Os resultados obtidos sugeriram que, ceteris paribus, existe um diferencial compensatório entre os trabalhadores que experimentam um stress mental e aqueles que não experimentam. Após controlar fatores demográficos e ocupacionais, eles encontraram que existe um prêmio compensatório estatisticamente significativo que varia entre 3 a 10%. Além disso, a magnitude do diferencial varia entre os gêneros.

126 Resumo (i) o salário reserva do trabalhador nos fornece o aumento salarial que irá persuadir o trabalhador a aceitar um trabalho com uma característica desagradável, tal como o risco de acidentes; (ii) o trabalhador irá aceitar o emprego arriscado se o salário compensatório de mercado exceder o salário reserva; (iii) as firmas escolhem se oferecem um ambiente seguro ou arriscado, dependendo da lucratividade ;

127 Resumo (iv) o salário compensatório de mercado é o montante de recursos monetários que deve ser oferecido ao trabalhador para que ele seja “convencido” a aceitar o emprego arriscado; (v) há um casamento de trabalhadores e firmas no mercado de trabalho.

128 Um Modelo Formal dos Diferenciais Compensátórios de Salários

129 Pressupostos do Modelo
(i) a função utilidade do trabalhador pode ser expressa pela seguinte função de utilidade: (1) u = u(w, d) ; uw > 0 e ud < 0 u = função utilidade do trabalhador; w = taxa de salário do trabalhador; d = custo do acidente de trabalho ou a sua desutilidade;

130 Pressupostos do Modelo
(ii) a forma funcional da utilidade do trabalhador é dada pela equação (2): (2) u = w – d (iii) supomos que existam apenas duas empresas: (1) aquelas cuja tecnologia implica em uma probabilidade de acidentes ser igual a zero (completamente seguras); e (2) aquelas empresas cuja tecnologia implica em uma probabilidade positiva de acidentes de trabalho;

131 Pressupostos do Modelo
(iv) dada a heterogeneidades das empresas, a utilidade do trabalhador empregado em uma empresa com risco/probabilidade de acidentes será: (3) us = ws onde o subscrito s significa um ambiente seguro de trabalho.

132 Pressupostos do Modelo
(v) a utilidade do trabalhador em uma empresa com probabilidade positiva de riscos de acidentes será: (4) ui = (1 - θ) wi + θ(wi - d) onde i significa um ambiente insalubre de trabalho e θ é a probabilidade do trabalhador incorrer em algum acidente de traablho onde ) 0< θ ≤ 1.

133 Pressupostos do Modelo
(vi) igualando as equações (4) e (5) podemos obter o diferencial de salários necessário para compensar a probabilidade de riscos de acidentes e tornar indiferente ao trabalho a escolha de emprego em ambas as empresas. (5) wi - ws = θd

134 Pressupostos do Modelo
(5) wi - ws = θd A equação (5) mostra que o diferencial de salários necessário para compensar os riscos de acidentes cresce à medida que a probabilidade de acidentes (θ) e os custos dos acidentes (d) são maiores.

135 O Valor da Vida

136 Aplicações – O Valor da Vida
Bibliografia recomendada: Thaler & Rosen (1976) – The Value of Saving a Life: Evidence From the Labor Market. Borjas (1996) – Labor Economics (1996, cap.6) Viscusi, W. Kip (1993), JEL.

137 Especificação Empírica
w: taxa salarial ou o log dela; x: características individuais; p: probabilidade de acidente; Dados: uma cross section de uma amostra de trabalhadores. Uma curva linear assume uma taxa constante com relação ao dilema (tradeoff) em todos os níveis de risco. estimativas do dilema risco-salário.

138 O Cálculo do Valor da Vida
Firma Prob. de acidente Rendas Anuais Fatal X x wx Y x + 0, wx+ $5.000

139 O Cálculo do Valor da Vida
Segundo Viscusi et. alli (1995,p ), os resultados das estimativas empíricas do valor da vida variam entre menos de $ ,00 e mais de $ ,00. Cf. Viscusi (1993), JEL para um survey de estimativas do cálculo do valor da vida.

140 O Cálculo do Valor da Vida
Miller, Mulvey & Norris (1997). Economic Record, 73 – Austrália Liu, Hammitt & Liu (1997) – Taiwan Smith, Robert (1979) - survey

141 O Cálculo do Valor da Vida – Resumo de Estudos Selecionados [Viscusi, Vernon & Harrington, 1998]
Autor/Ano Valor Implícito da Vida ($ milhões)[em US$ 1988/3] usando o deflator do PIB Smith (1976) 4.0 Thaler & Rosen (1976) 0.7 Viscusi (1979) 3.6 Brown (1980) 1.3 Olson (1981) 4.5 Viscusi (1981) 5.7 Arnould & Nichols (1983) 0.8 Dillingham (1985a) 2.2 – 4.6 Dillingham (1985b) 5.9

142 O Cálculo do Valor da Vida – Resumo de Estudos Selecionados [Viscusi, Vernon & Harrington (2005)]
Autor/Ano Valor Implícito da Vida ($ milhões)[em US$ 1988/3] usando o deflator do PIB Gerking, DeHann & Schulze (1988) 3.0 Moore & Viscusi (1988) 6.4 Moore & Viscusi (1990) 2.2

143 Miller, Mulvey & Norris (1997) . Economic Record, 73 – Austrália
MMN (1997) investigaram a existência e a magnitude dos diferenciais compensatórios de salários para o risco de vida na Austrália. Eles encontraram que existe um diferencial de renda salarial compensatório para o risco de vida no mercado de trabalho australiano. Contudo, a extensão do prêmio de risco para o risco de fatalidade é sensível a especificação da equação estimada.

144 Miller, Mulvey & Norris (1997) . Economic Record, 73 – Austrália
Utilizando dados de risco classificados por indústria, foi estimado que um aumento de 1 em no risco e morte está associado com um aumento nos rendimentos de 42% a 70 %. As estimativas de 42 % implicam num aumento nos rendimentos de 28% para trabalhadores que fazem face a esta média de risco. O prêmio salarial estimado consistente com o valor implícito da vida situou-se, para os australianos, no período estimado, entre 11 e 19 milhões de dólares de 1991.

145 Liu, Hammitt & Liu (1997) – Taiwan
LHL (1997) testaram a teoria dos diferenciais compensatórios usando dados referentes ao mercado de trabalho de Taiwan para o período O valor implícito da vida estimado situou-se entre US$ e U$ dólares.

146 W. S Siebert & Xiangdong Wei (1998) Hong Kong
Objetivo: estimativas do salário compensatório para riscos fatais em Hong Kong. Dados: 1991 Population Census of Hong Kong mais dados sobre fatalidades no trabalho coletados pelo Departamento de Trabalho de Hong Kong. Resultados: existe uma salário compensatório positivo e significativo para trabalhas que envolvam riscos fatais para trabalhadores manuais em Hong Kong em O valor estimado da vida foi de aproximadamente HK$10.8m em preços de 1990 (cerca de US$1.4m).

147 Hammitt & Ibarrarán (2006) México
A teoria dos salários compensatórios foi usada para estimar as taxas marginais de substituição a renda e as ocupações fatais e não fatais na área metropolitana da cidade do México. As estimativas do valor estatístico da vida situaram-se entre US$ e US$

148 Aplicações Alternativas

149 Sites http://gatton.uky.edu/faculty/blomquist/encyclop.pdf
- aplicação para o caso do Brasil

150 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)

151 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)
O objetivo deste trabalho é verificar a existência de diferenciais compensatórios de salários para a indústria brasileira, ou seja, verificar se as indústrias mais insalubres proporcionam maiores remunerações a seus trabalhadores a título compensatório. Os resultados obtidos a partir de estimativas com dados de painel, que corroboraram a hipótese de diferenciais compensatórios de salários para a indústria brasileira.

152 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)
O objetivo deste trabalho foi fornecer evidências empíricas sobre a hipótese de diferenciais compensatórios de salários para a indústria brasileira. Embora tal assunto seja amplamente explorado na literatura internacional, poucas evidências empíricas são disponíveis para a economia brasileira e demais países em desenvolvimento.

153 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)
Os resultados obtidos neste trabalho fornecem fortes evidências de que os trabalhadores brasileiros expostos a maiores riscos de acidentes recebem prêmios salariais com o objetivo de compensar suas posições em postos de trabalho insalubres.

154 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)
Os dados utilizados para os testes empíricos deste trabalho foram obtidos em duas diferentes fontes de informações. A primeira é a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) relativa aos anos de 1997, 1998 e Essa base dispõe de informações individuais de salário, gênero, idade, escolaridade, tempo de emprego e ocupação – três dígitos da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) – para observações de trabalhadores full time blue collars durante todo o período analisado. Essas observações referem-se a uma amostra de trabalhadores diferentes, sendo que apenas trabalhadores estão presentes em todos os anos da amostra.

155 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)
A segunda fonte de informações utilizada neste trabalho são os Anuários Estatísticos de Acidentes de Trabalho do Ministério da Previdência Social, também relativos aos anos de 1997, 1998 e 1999. Essas estatísticas são fornecidas pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae), o que possibilita um link com as informações da Rais.

156 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)
A medida de risco de acidentes de trabalho aqui utilizada é obtida, para cada ano da amostra, mediante a razão entre os acidentes de trabalho por Cnae (dois dígitos) e o total de trabalhadores formais empregados em cada uma dessas Cnaes. Os valores censitários de trabalhadores formais por Cnae foram obtidos no site institucional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – Programa de Disseminação de Estatísticas do Trabalho (PDET).

157

158 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)

159 Evidências de Salários Compensatórios para o Brasil: Esteves (2007)

160 Diferenciais Compensatórios e o Seguro-Desemprego

161 O MODELO ESTÁTICO SIMPLES DE OFERTA DE MÃO-DE-OBRA – APLICAÇÕES DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS [Borjas (1996, p )] Uma das principais justificativas para o SD é que os trabalhadores necessitariam ser protegidos das incertezas que ocorrem no mercado de trabalho. Contudo, o mercado de trabalho poderia, através dos diferenciais de salários compensatórios, compensar os trabalhadores com uma alta probabilidade de demissão. [cf. Adam Smith (1776, cap.10)] – pois a constância e inconstância do emprego irá gerar diferenciais compensatórios de salários.

162 Neste caso ele estaria numa situação pior pois U’<U1.
O MODELO ESTÁTICO SIMPLES DE OFERTA DE MÃO-DE-OBRA – APLICAÇÕES DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS [Borjas (1996, p )] No ponto P o indivíduo maximiza sua utilidade trabalhando (T-Lo) horas ao salário wo. A oferta de emprego alternativo, um trabalhador sazonal obtém o mesmo salário, mas trabalha somente (T-l1). Neste caso ele estaria numa situação pior pois U’<U1. Se o emprego sazonal deve atrair qualquer trabalhador, este emprego deve elevar o salário real de wo para w1 a fim de que torne o trabalhador indiferente entre entre estes dois empregos.

163 O MODELO ESTÁTICO SIMPLES DE OFERTA DE MÃO-DE-OBRA – APLICAÇÕES DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS [Borjas (1996, p )] Para atrair trabalhadores para trabalhos sazonais e deixa-los com o mesmo nível de satisfação que teriam em empregos mais estáveis, os empregadores teriam que oferecer um salário mais elevado. Portanto, se as demissões forem perfeitamente previsíveis, um emprego com reduzidas horas de trabalho anual deverá compensar seus trabalhadores oferecendo um salário mais elevado, quando comprado com a alternativa de um emprego mais estável.

164 O MODELO ESTÁTICO SIMPLES DE OFERTA DE MÃO-DE-OBRA – APLICAÇÕES DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS [Borjas (1996, p )] A fim de atrair o trabalhador, um empregador que oferece somente (T—L1) horas de trabalho deverá oferecer um salário w1>wo. Em R o trabalhador fica indiferente ente um emprego que oferece (T-Lo) e outro que oferece (T-L1). wo w1 Y P R Uo U’ Q Lo L1 L

165 As Amenidades Locacionais
Confira: - Filer, Hamermesh & Rees (1996, p ) - Blomquist, Berger & Hoehn (1988), AER, 78. Os salários são mais baixos em áreas com mais sol, mas são mais altos em áreas com mais vento e clima mais úmido. A taxa de crimes violentos em uma área (o dobro da média) leva a aumentos em cerca de 6% nos salários, ceteris paribus.

166 Outras Aplicações

167 Aplicação - Escolha de Atividades Criminosas
Viscusi, W.Kip (1986). The Risk and Rewards of Criminal Activity: A Comprehensive Test of Criminal Detterrence. Journal of Labor Economics, 4 (3):

168 Aplicação - Escolha de Atividades Criminosas
The economic approach to crime closely parallels the analysis of hazardous jobs. In the case of job safety, it is the probability of an injury and its severity that constitutes the unatrative feature of the job. For criminal pursuits, the probability it that of apprehension and conviction, while the loss is that imposed by the individual’s incarceration. Kip Viscusi (1986, p )

169 Aplicação - Escolha de Atividades Criminosas
The crime risk premium levels consequently are not inconsistent with avaliable evidence regarding how individuals make decisions among other risky opportunities to earn income. In each case, activities posing additional risk will command compesating differentials. Legitimate and illegitimate activities both have upward-sloping income-risk profiles. The primary distinguishing characteristics of ilrgitimate activities is that the risk premiu,m have an additional policy implication in that they imply that enhanced enforcement will raise the risk to crime, thus diminishing its attractiviness. Kip Viscusi (1986, p )

170 Aplicação - Escolha de Atividades Criminosas
- a atividade criminal é a atividade geradora de renda mais arriscada que existe; - os prêmios de risco da atividade criminosa situam-se ente 50 a 33% de todas as rendas criminosos. Comparadas com os riscos nas atividades legais, temos que eles se situam abaixo de 10%; - as evidências empíricas para os EUA indicam existir uma relação positiva entre as rendas derivadas do crime e os riscos de se cometer um determinado crime, sendo a relação estável tanto para dados mensais como anuais.

171 DIFERENCIAIS COMPENSATÓRIOS DE SALÁRIOS
PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO ECONOMIA DOS RECURSOS HUMANOS UFRGS


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