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10 Concorrência Por que concorrência?. Programas e processos.

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1 10 Concorrência Por que concorrência?. Programas e processos.
Problemas com a concorrência. Interações de processos. Primitivas de concorrência Abstrações para controle da concorrência

2 Por que concorrência? (1)
A concorrência foi inicialmente introduzida nos computadores com o objetivo de melhorar o desempenho Realização de E/S e operações da CPU em simultâneo, que acarretou o surgimento da programação concorrente A programação concorrente ficou muito complexa para o programador de aplicações Restringiu-se basicamente aos sistemas operacionais, que seriam os arquétipos dos programas concorrentes

3 Por que concorrência? (2)
Os sistemas de multiprogramação objetivam maximizar o uso dos recursos através da execução de dois ou mais jobs concorrentemente Sistemas de multiacesso ou servidores estendem a multiprogramação, permitindo que vários jobs executem, cada um em benefício de um usuário remoto Sistemas de multiprocessador estão presentes em computadores que várias CPUs operando simultaneamente na execução de jobs que compartilham uma memória principal

4 Por que concorrência? (3)
Sistemas distribuídos consistem de vários computadores que não apenas operam independentemente, mas que também se intercomunicam eficientemente A medida que a velocidade das CPU atingem limites tecnológicos, ganhos futuros em desempenho dependem de uma melhor exploração da concorrência A concorrência em linguagem de programação é necessária para permitir a modelagem mais precisa dos aspectos concorrentes do mundo real Desenvolvimento de arquiteturas de computadores novas e altamente concorrentes

5 Programas e Processos (1)
Um processo seqüencial é um conjunto totalmente ordenado de passos, cada passo sendo uma mudança de estado em algum componente de um sistema de computação Um programa seqüencial especifica as possíveis mudanças de estado de um processo seqüencial, as quais ocorrem numa ordem determinada pelas estruturas de controle do programa Um programa concorrente especifica as possíveis mudanças de estados de dois ou mais processos seqüenciais Nenhuma ordem é naturalmente definida entre as mudanças de estados de um processo em relação a mudanças de estados de quaisquer outros processos Dizemos que estes processos são executados concorrentemente, podendo até mesmo serem executados simultaneamente

6 Programas e Processos (2)
O exemplo de um processo seqüencial é a execução de um programa numa linguagem como Pascal ou C Os eventos de um processo como este correspondem à atualização das variáveis do programa Tais eventos são totalmente ordenados pelas regras de seqüenciamento da linguagem, que definem como o controle é transferido de um comando para outro Por causa da total ordenação dos eventos, pode-se associar à passagem do tempo físico as mudanças de estado de um programa seqüencial Mudanças de estado de baixo nível podem não ser totalmente ordenadas no tempo, porém como não são observáveis pelo programador e como não afetam o resultado final, não são consideradas relevantes

7 Problemas com a concorrência (1)
O que faz os programas concorrentes serem diferentes dos programas seqüenciais? Não-determinismo (1) Um programa determinístico é aquele que segue uma seqüência de passos que pode ser prevista caso saibamos seus dados de entrada Programas seqüenciais corretos são sempre determinísticos Logo, seu comportamento pode ser completamente reproduzido, tornando praticável a verificação de programas por meio de testes Existem construções que introduzem alguma imprevisibilidade em programas seqüenciais como: Comandos colaterais Comandos condicionais não determinísticos Avaliação colateral de subexpressões, onde uma destas subexpressões pode provocar efeitos colaterais em outra

8 Problemas com a concorrência (2)
Não-determinismo (2) Em cada um destes casos O processador da linguagem é livre para escolher a ordem de execução O comportamento do programa poderá ser diferente com processadores distintos, mas certamente será o mesmo num processador de linguagem específico Logo o comportamento do programa poderá ser reproduzido Um programa concorrente, por outro lado, é verdadeiramente não- determinístico A ordem de execução dos passos é imprevisível, assim como o resultado final, mesmo num processador de linguagem específico Em geral, deseja-se escrever programas efetivamente determinísticos, isto é, um programa cujo resultado global seja previsível

9 Problemas com a concorrência (3)
Não-determinismo (3) Entretanto, um programa concorrente incorreto pode se comportar como previsto a maior parte do tempo, mas pode desviar de seu comportamento previsto de modo intermitente e irreproduzível Erros de programação concorrente são dos mais difíceis de se diagnosticar A pesquisa de meios para preveni-los é uma grande motivação na área de programação concorrente

10 Problemas com a concorrência (4)
Dependência de Velocidade (1) Um programa seqüencial é independente de velocidade porque sua correção não depende da velocidade com que é executado Um programa concorrente, em geral, é dependente de velocidade, visto que suas saídas podem depender da velocidade relativa de execução dos processos que o compõem Como conseqüência, pequenas flutuações na velocidade dos processadores e dos dispositivos de E/S podem levar ao não- determinismo Quando velocidades absolutas devem ser levadas em conta, tem-se um programa em tempo real Quando o resultado é dependente de velocidade, diz-se que existe uma condição de corrida (race condition)

11 Problemas com a concorrência (5)
Dependência de Velocidade (2) Exemplo: condição de corrida Suponha que dois processos P e Q atualizam a mesma variável s do tipo String In P: s := "ABCD"; In Q: s := "EFGH"; Se P completa a atribuição antes de Q começar a atribuição, o valor final de s é "EFGH" Se Q completa a atribuição antes de P começar a atribuição, o valor final de s é "ABCD" Mas, supondo que P e Q atualizam s um caractere por vez, o valor final de s pode ser um dentre 60 valores, ou seja, pode haver um resultado diferente cada vez que P corre com Q

12 Problemas com a concorrência (6)
Dependência de Velocidade (2) Imagine-se caos do problema anterior com múltiplos processos e variáveis Um dos objetivos da programação concorrente é prevenir este pesadelo Uso de variáveis atômicas – aquelas que só podem ser inspecionadas ou atualizadas como um todo Em Java, referência a objetos e variáveis de tipos primitivos diferentes de long e double são sempre atômicas Em Ada, qualquer variável pode ser declarada atômica com a cláusula pragma atomic(v);, embora o compilador seja livre para rejeitá-la Entretanto, tais medidas estão longe de ser uma solução completa

13 Problemas com a concorrência (7)
Deadlock (1) Deadlock é o bloqueio permanente de um conjunto de processos que, ou estão competindo por recursos, ou estão competindo para se comunicar uns com os outros O deadlock pode ocorrer num sistema de processos e recursos, se e somente se, as seguintes condições existirem todas juntas Exclusão mútua: os processos podem ter acesso exclusivo aos recursos Aquisição incremental: os processos continuam a prender recursos previamente alocados, enquanto esperam que a requisição de um novo recurso seja atendida Não preempção: recursos não podem ser removidos de um processo até que ele voluntariamente o libere Espera circular: pode existir um ciclo de recursos e processos no qual cada processo está esperando por um recurso que está preso pelo próximo processo no ciclo

14 Problemas com a concorrência (8)
Deadlock (2) Vários enfoques podem ser empregados para solucionar o problema do deadlock Ignorar o deadlock e caso ele aconteça, resolver o problema manualmente pela interferência do operador do sistema, destruindo alguns processos ou reinicializando todo o sistema Outra opção é detectar o deadlock e então recuperar-se dele automaticamente, de modo que o sistema como um todo possa continuar funcionando Prevenir o deadlock pela eliminação de uma ou mais condições necessárias à sua ocorrência Eliminação da aquisição incremental de processos – ou tudo ou nada Eliminação da espera circular – imposição de uma ordem de aquisição de recursos Fazer com que os escalonadores do sistema evitem ativamente o deadlock pela determinação antecipada dos processos que se pretende alocar Algoritmo do banqueiro

15 Problemas com a concorrência (9)
Starvation (1) Um sistema concorrente tem a propriedade de avanço finito se houver a garantia de que todo processo avançará em algum período suficientemente grande de tempo (mas finito) Para atender a esta condição o sistema deve Ser livre de deadlock Ter um escalonamento justo Escalonamento é a alocação de recursos para processos no tempo, tendo por meta algum objetivo, como um tempo de resposta adequado ou a alta utilização da CPU O escalonamento justo assegura que nenhum processo necessitando de um recurso vai ficar esperando indefinidamente para obter o recurso por causa da demanda de outros processos

16 Problemas com a concorrência (10)
Starvation (2) Usa-se o termo starvation quando um processo fica esperando indefinidamente para executar por causa de um escalonamento injusto Uma situação de starvation pode ocorrer quando o acesso a CPU é dado preferencialmente aos processos de alta prioridade Neste caso, deste que se tenha um sempre um processo de alta prioridade na vez para usar a CPU, um processo de baixa prioridade pode ficar esperando indefinidamente a sua vez para executar

17 Interações de Processos (1)
A notação C; K especifica a composição seqüencial dos comandos C e K A notação C, K especifica a composição colateral dos comandos C e K A diferença entre os dois é que na composição seqüencial todas as ações de C devem ser encerradas antes que qualquer ação de K comece; enquanto na composição colateral as ações de C e K podem ser intercaladas arbitrariamente Nenhuma das notações admite a possibilidade dos comandos C e K serem executados simultaneamente

18 Interações de Processos (2)
Para isto, usa-se o comando paralelo B || C, que é a composição concorrente dos comandos B e C Especifica que dois ou mais comandos podem ser executados concorrentemente B || C não requer a execução simultânea dos comandos B e C, mas permite isto B || C também permite a execução colateral e a execução seqüencial dos comandos B e C como casos particulares de concorrência Programas concorrentes se distinguem dos seqüenciais não apenas pela presença da composição concorrente, mas também pela presença de operações que causam interações entre processos, que pode ser de vários tipos

19 Interações de Processos (3)
Processos independentes (1) Os comandos B e C são independentes se nenhum passo de B pode afetar o comportamento de qualquer passo de C e vice-versa Se B e C são independentes, segue que a composição seqüencial B; C é equivalente a composição seqüencial C; B Também pode-se concluir que B; C, C; B e C, K são equivalentes a C || K quando C e K são independentes Logo, segue que a composição concorrente de processos independentes é determinística Este é um resultado importante porque Prover a base para sistemas servidores de multiacesso, que podem executar muitos jobs pela multiprogramação de um ou mais processadores Sendo os jobs independentes, os usuários não precisam tomar precauções especiais por conta da concorrência

20 Interações de Processos (4)
Processos independentes (2) Infelizmente, não é decidível, em geral, se os comandos B e C são realmente independentes Entretanto, uma condição suficiente para independência é que nenhum comando possa atualizar uma variável que outro comando inspeciona ou atualiza Embora possa ser verificado, em princípio, em tempo de compilação, deve-se empregar uma definição abrangente de variável, como qualquer componente do sistema cujo estado possa ser alterado

21 Interações de Processos (5)
Processos competidores (1) Os comandos B e C competem se cada um precisa ganhar acesso exclusivo ao mesmo recurso r para executar alguns de seus passos Seja B a seqüência B1;B2;B3 e C a seqüência C1;C2;C3 Os subcomandos B1, B3, C1 e C3 são independentes , ou seja, nenhuma deles usa o recurso r B2 e C2 requerem acesso exclusivo ao recurso r e não devem executar simultaneamente nem sua execução se sobrepor no tempo B2 e C2 são chamados de seções críticas com respeito ao recurso r

22 Interações de Processos (6)
Processos competidores (2) B || C deveria ser executado numa das seguintes maneiras ...; B2; ...; C2; ... ...; C2; ...; B2; ... mas não como ...; B2 || C; ... Então, B || C tem dois possíveis resultados, que são exatamente os resultados das seqüências B; C e C; B, respectivamente Qual destes resultados realmente ocorre dependerá das velocidades relativas com que B e C são executados e isto não é previsível em geral Caso o efeito de uma seção crítica dependa do estado do recurso quando ele é adquirido e se a seção muda o estado do recurso, então o sistema B || C é não- determinístico em geral Um programa concorrente possui a propriedade de safety (segurança) se suas seções críticas nunca se sobrepõem no tempo É seguro no sentido de que todos os comando que ele aplica sobre um recurso terá o seu efeito seqüencial normal

23 Interações de Processos (7)
Processos competidores (3) Exemplo: Não determinismo apesar da exclusão mútua Suponha que dois processos P e Q atualizam a variável i do tipo Integer, atômica e com valor inicial 0 Os comandos de atribuição de P e Q estão em exclusão mútua, um em relação ao outro In P: i := i + 1; In Q: i := 2 * i; Existe corrida (race) entre P e Q, mas os dois únicos possíveis resultados em i são 1 (Q executa a atribuição antes de P) ou 2 (P executa a atribuição antes de Q) É que se chama de não determinismo delimitado: o resultado não é previsível, mas pertence a um conjunto conhecido e fixo de saídas, todas igualmente aceitáveis

24 Interações de Processos (8)
Processos comunicantes (1) Sejam os comandos B e C como vistos anteriormente Existe comunicação de B para C caso B2 produza dados que C2 consuma, de modo que B2 termine antes de C2 começar Neste caso, B || C tem o mesmo resultado que B; C Um pipeline ocorre quando existe uma encadeamento de processos, cada um consumindo a saída do processo anterior e produzindo a entrada do processo seguinte Exemplo: comandos pipeline do UNIX – "B | C" Os processos B e C se intercomunicam caso exista comunicação em ambas as direções Isto torna os possíveis resultados de B || C muito mais numerosos e Força a impor uma severa disciplina nas formas de intercomunicação permitidas, caso se deseje preservar o gerência intelectual dos programas

25 Primitivas de Concorrência (1)
Conjunto de operações de baixo nível que afeta a concorrência através de sua criação, controle e destruição Fundamental para entender as construções de alto nível das linguagens de programação concorrente Tipos de processos (1) Processos convencionais – havyweight: é a execução de um programa para o qual o sistema operacional prover um espaço de endereçamento, a alocação de memória principal e também o compartilhamento da CPU e de outros recursos Sobrecarga substancial para criação de processos e também na troca de contexto de um processo para o outro pelo sistema operacional

26 Primitivas de Concorrência (2)
Tipos de processos (2) Processos thread – lightweight: é um fluxo de controle através de um programa, mas que não possui recursos computacionais independentes Uma thread existe dentro de um processo e depende dos recursos do processo A troca de contexto de thread para thread de um processo pode ser implementada de forma simples e eficiente Java usa o termo thread Ada usa o termo tarefa (task) No livro-texto, termo processo será usado com neutralidade, independente de ser havyweight ou lightweight

27 Primitivas de Concorrência (3)
Criação e controle de processos (1) As operações primitivas relativas processos são as seguintes create um processo filho novo e inativo load o código de programa a ser executado por um processo start a execução de um processo suspend a execução de um processo (temporariamente) resume a execução de um processo (suspenso) permitir que um processo stop ele mesmo ao fim de sua execução permitir que seu criador wait por pelo processo para parar destroy um processo parado, liberando quaisquer recursos alocado para ele

28 Primitivas de Concorrência (4)
Criação e controle de processos (2) É sempre conveniente combinar as operações create, load e start numa única operação, em geral chamada fork e combinar wait e destroy numa única operação chamada join fork é sempre definido de modo que o programa do processo filho é uma cópia exata do programa do processo pai No sistema operacional UNIX, a operação fork é uma função sem parâmetros que retorna um inteiro No processo pai este inteiro é a identificação do novo processo filho criado, enquanto no processo filho, este inteiro é zero As primitivas são bem gerais, permitindo a criação de quaisquer sistemas de processos concorrentes ativos Têm a desvantagem de não revelar com clareza o fluxo do controle do programa, que se desenvolve dinamicamente

29 Primitivas de Concorrência (5)
Criação e controle de processos (3) Exemplo: forking um novo processo no UNIX child_id := fork; if child_id = 0 then programa filho else continua programa pai O UNIX não tem operação join. Um processo é destruído automaticamente quando termina Além de operações para criação e terminação de processos, é preciso operações que permitam uma comunicação e competição pacífica entre os mesmos

30 Primitivas de Concorrência (6)
Criação e controle de processos (4) Para permitir que as seções críticas de processos competidores sejam disjuntas no tempo, as operações primitivas acquire(r) e relinquish(r) são usadas para obter e liberar, respectivamente, o acesso exclusivo ao recurso r Caso r já esteja alocado, acquire(r) bloqueia o processo que a executou Quando relinquish(r) é executado pelo processo que no momento detém o recurso r, r se torna livre para ser realocado e os processos que estão esperando por r são reescalonados Um desses processos pega r exclusivamente, completando sua operação acquire(r)

31 Primitivas de Concorrência (7)
Criação e controle de processos (5) Um par de operações similares suportam a comunicação entre processos: Um processo transmissor chama a operação transmit(c), que envia uma mensagem notificando a ocorrência de um condição c c pode ser, por exemplo, "operação de E/S terminada" ou "CPU 2 foi reiniciada" O processo receptor chama a operação receive(c), que o bloqueia até que a condição c ocorra A operação transmit pode se comunicar com um processo receptor específico ou ser na forma de difusão (broadcast), tornando a transmissão disponível a qualquer receptor interesado Caso não haja um receptor apto no momento da transmissão, ela pode se perder ou pode ser armazenada – o projeto das primitivas determina o tipo de comportamento

32 Primitivas de Concorrência (8)
Interrupções Uma interrupção é, na prática, uma chamada de procedimento invisível inserido aleatoriamente em algum ponto do programa! Usadas em operações de entrada e saída, para indicar que uma operação autônoma de E/S terminou Se o dispositivo de E/S for visto como um processo externo, a interrupção pode tratada como um mecanismo para comunicação entre processos Estendendo este conceito, pode-se permitir que um processo (interno) interrompa outro – comando kill no UNIX Trocas de contextos, em geral, são implementadas com interrupções Combina níveis de prioridade e possibilidade de inabilitação de interrupções

33 Primitivas de Concorrência (9)
Algoritmos spin locks e espera-livre (1) Um spin lock é um loop de espera ocupada no qual um processo espera para acessar (exclusivamente) um recurso compartilhado através de repetidos testes num flag que indica se o recurso está livre A primeira pessoa a conseguir este feito (um algoritmo que implementasse exclusão mútua) foi o matemático Dekker em 1968 num trabalho apresentado por E. Dijkstra O trabalho apresenta uma série de tentativas incorretas de implementação, que ilustram as dificuldades encontradas pelo programador para lidar com acesso exclusivo a variáveis compartilhadas Assume a serialização justa nas operações de acesso à memória realizadas concorrentemente pela CPU/interface de memória

34 Primitivas de Concorrência (10)
Algoritmos spin locks e espera-livre (2) Série de tentativas que culminaram no algoritmo de Dekker (1) Assume-se a existência de dois processos 1 e 2, cada um executando um programa com a seguinte forma (self sendo 1 ou 2) repeat código não crítico para processo self; acquire(r); seção crítica para processo self; relinquish(r); exit when processo self estiver finalizado; until processo self ser terminado com um padrão cíclico de acesso ao recurso protegido r

35 Primitivas de Concorrência (11)
Algoritmos spin locks e espera-livre (3) Série de tentativas que culminaram no algoritmo de Dekker (2) A primeira é usar uma variável turn, inicializada com 1 ou 2, que indica quais dos dois processos tem permissão para entrar na sua seção crítica. Cada processo self implementa as primitivas de exclusão como segue acquire(r): while turn = other loop null; end loop; relinquish(r): turn := other Isto certamente garante que apenas um dos processos entre por vez na sua seção crítica. Entretanto, é uma solução é muito rígida uma vez que impõe uma ordem alternada de entrada dos processos na seção crítica

36 Primitivas de Concorrência (12)
Algoritmos spin locks e espera-livre (4) Série de tentativas que culminaram no algoritmo de Dekker (3) Uma segunda tentativa usa um array claimed, com um valor booleano para cada processo, indicando se este processo reclamou o direito de entrar na sua seção crítica. Ambos os componentes de claimed são inicializados com false acquire(r): while claimed(other) loop null; end loop; claimed(self) := true relinquish(r): claimed(self) := false O algoritmo falha se o processo 1 (digamos) está num ponto após ter encontrado claimed[other] = false e antes de fazer claimed[self] = true. Neste momento específico abre-se uma brecha para que o processo 2 entre no seu loop e descubra que claimed[self] ainda é = false. No caso, ambos os processos fariam claimed[self] igual true e poderiam entrar nas suas seções críticas concorrentemente. Logo, a exclusão mútua não está garantida

37 Primitivas de Concorrência (13)
Algoritmos spin locks e espera-livre (5) Série de tentativas que culminaram no algoritmo de Dekker (4) Uma maneira de consertar tal problema seria modificar a operação acquire(r) como segue acquire(r): claimed(self) := true; while claimed(other) loop null; end loop; Mas, nesta situação, um problema surge caso o processo 1 (digamos) esteja num ponto após fazer claimed[self] = true e antes de entrar no loop. Isso permite que o processo 2 faça o mesmo, ficando ambos os processos reclamando uso do recurso compartilhado indefinidamente e nunca mais conseguirão entrar na sua seção crítica

38 Primitivas de Concorrência (14)
Algoritmos spin locks e espera-livre (6) Série de tentativas que culminaram no algoritmo de Dekker (5) Corrige-se essa falha permitindo que cada processo retire sua reclamação temporariamente durante o loop, dando a oportunidade ao outro processo para prosseguir acquire(r): claimed(self) := true; while claimed(other) loop claimed(self) := false; while claimed(other) loop null; end loop; claimed(self) := true end Esta solução funciona com sucesso na maior parte das situações, mas tem um falha fatal. Caso os dois processos executem exatamente a uma mesma velocidade e em perfeita fase, pode acontecer que nenhum dos processos descubra que o outro está oferecendo uma chance para ele continuar. Esta solução falha porque é dependente de velocidade

39 Primitivas de Concorrência (15)
Algoritmos spin locks e espera-livre (7) Algoritmo de Dekker para exclusão mútua Combina as melhores características das tentativas anteriores. Usa as variáveis turn e claimed, como inicializadas anteriormente, do seguinte modo acquire(r): claimed(self) := true; while claimed[other] loop if turn = other then claimed(self) := false; while turn = other loop null; end loop; claimed(self) := true end if; end loop; relinquish(r): turn := other; claimed(self) := false O algoritmo de Dekker é bastante complexo e difícil de generalizar para mais de dois processos preservando a justiça. O algoritmo de Peterson, descoberto em 1981 está livre destes problemas

40 Primitivas de Concorrência (16)
Algoritmos spin locks e espera-livre (7) Algoritmo de Peterson para exclusão mútua acquire(r): claimed(self) := true; turn := other; while claimed(other) and (turn = other) loop null; end loop; relinquish(r): claimed(self) := false

41 Primitivas de Concorrência (17)
Algoritmos spin locks e espera-livre (8) O código baseado em spin locks pode apresentar problemas A otimização de loops pode pré-alocar variáveis em registradores, de tal forma que a sua atualização num processo não é percebida pelos outros Pode-se prevenir isto em C, C++ e Java declarando a variável com o modificador volatile Em Java, variáveis long e double declaradas voláteis passam a ser também atômicas, assim como as demais variáveis de tipos primitivos, porém, não há como garantir a volatilidade dos elementos de um array em Java! Em Ada, uma variável declarada como atômica é automaticamente volátil, que também pode ser declarada volátil explicitamente pragma volatile(v); pragma volatile_componentes(a);

42 Primitivas de Concorrência (18)
Algoritmos spin locks e espera-livre (9) Spin locks são onerosos em tempo de CPU A sobrecarga à CPU limita o desempenho de um sistema altamente concorrente Os algoritmos de espera-livre conseguem reduzir a sobrecarga, mesmo sem aplicar funções de bloqueio – que fazem um processo suspender a si mesmo Funções de bloqueio podem provocar uma regressão infinita se chamadas pelo escalonador do sistema operacional para implementação da exclusão mútua à suas próprias variáveis Tais algoritmos podem precisar de instruções especiais que permitem a atualização atômica de mais de uma posição de memória A memória cache pode ser um problemas em sistemas multiprocessados! O algoritmo de Simpson, de 1990, é um desses algoritmos de espera-livre, e não usa bloqueios ou spin locks

43 Primitivas de Concorrência (19)
Eventos (1) Um evento representa uma categoria de mudanças de estados, cuja ocorrência deve ser comunicada para um conjunto de processos Implementado pelas operações event-wait(e) e event-signal(e), com e sendo um valor de um tipo abstrato de dado Quando um processo executa event-wait(e), ele fica bloqueado, esperando pela próxima ocorrência de um evento de categoria e A operação event-signal(e) faz com que todos os processos que estão bloqueados por e fiquem prontos para executar novamente

44 Primitivas de Concorrência (20)
Eventos (2) Exemplo: spin lock com bloqueio Implementação de uma versão com bloqueio da operação acquire(r), com cada recurso r associado a um evento r-freed que é sinalizado periodicamente Usando o algoritmo de Peterson, tem-se acquire(r): claimed(self) := true; turn := other; while claimed[other] and (turn = other) loop event-wait(r-freed); end loop;

45 Primitivas de Concorrência (21)
Eventos (3) Considerado como primitivas de comunicação, eventos têm desvantagens As operações wait e signal não são comutativas, sendo sujeitas a dependência de velocidade A operação event-signal(e) desperta todos os processos bloqueados no evento e, de modo que esta implementação de transmit é interpretada como broadcasting (difusão) Eventos não são úteis para exclusão mútua, devendo-se ter um suporte em separado para isto (como spin locks ou interrupções) Apesar das desvantagens, o uso de eventos combinados com interrupções proveu a base original para bem sucedida gerência de processos na família de sistemas operacionais UNIX

46 Primitivas de Concorrência (22)
Semáforos (1) Um semáforo é uma variável S do tipo inteiro e um grupo associado de processos esperando para executar, sobre a qual apenas duas operações atômicas podem ser realizadas, além de uma operação de incialização P(S): if S  1 then S := S  1 else o processo em execução se coloca no grupo de processos associados a S que estão esperando para executar e libera a CPU end if; V(S): if fila de processos de S é não vazia then remova um processo que está esperando e o coloque disponível para executar else S := S end if;

47 Primitivas de Concorrência (23)
Semáforos (2) Exemplo: implementação de exclusão mútua Shared Variable var S: semaphore := 1; Process i loop P(S); Acessa seção crítica V(S); end loop; Process j loop P(S); Acessa seção crítica V(S); end loop;

48 Primitivas de Concorrência (24)
Semáforos (3) Semáforos são comutativos, sendo adequados para implementação de sincronização – exemplo para o problema produtor/consumidor Shared Variable var X: semaphore := 1; F,E: semaphore := 0,1; buffer: Char; Process Producer var nextChar: Char; loop GetChar(nextChar); P(E); P(X); buffer := nextChar; V(X); V(F); end loop; Process Consumer var nextChar: Char; loop P(F); P(X); nextChar := buffer; V(X); V(E); PutChar(nextChar); end loop;

49 Primitivas de Concorrência (25)
Semáforos (5) No exemplo anterior, a sincronização é feita pelos semáforos F e E que indicam se o buffer está cheio ou vazio, respectivamente. Já a exclusão mútua é realizada com o semáforo X Caso vários processos estejam esperando num mesmo semáforo, não está definido qual deles será reativado pela operação V(S) Isto permite uma liberdade que o projetista pode usar para incluir um critério de escalonamento mais adequado para sua aplicação. O único requisito é que este critério seja justo Ao contrário de eventos, as operações com semáforos são comutativas, tornando os programas menos suscetíveis a dependência de velocidade induzidas por erros de programação

50 Primitivas de Concorrência (26)
Semáforos (6) Semáforos, assim como eventos e todas as primitivas de baixo nível, têm uma séria desvantagem A conexão entre um recurso qualquer (ou condição) a uma operação de semáforo é apenas uma convenção O esquecimento da chamada a uma destas primitivas pode ser desastroso Uma vantagem é que semáforos podem ser usados para implementar exclusão mútua e comunicação Em algumas arquiteturas, os semáforos são implementados como instruções de máquina dado ao seu baixo nível de abstração

51 Primitivas de Concorrência (27)
Mensagens (1) Spin Locks, eventos e semáforos não são apropriados para sistemas distribuídos nos quais os processos executam em rede, sem compartilhamento de memória A rede provê um serviço de comunicação que suporta a interação entre processos por meio da troca de mensagens A troca de mensagens também pode ser usada como a base para interação entre processos num sistema de memória compartilhada Tem a desvantagem de possuir uma sobrecarga maior, quando comparado com outras primitivas, como os semáforos O envio de mensagens pressupõe um canal que pode levar uma mensagens de um processo para outro O canal pode ser identificado por uma fila de mensagens (buffer) e dever permitir a comunicação entre um número arbitrário de transmissores e receptores

52 Primitivas de Concorrência (28)
Mensagens (2) Quando um canal é implícito, suporta apenas a comunicação um-para-um, com o transmissor devendo saber a identificação do receptor Este canal pode suportar a Comunicação em apenas uma direção (simplex) Comunicação em ambas as direções (duplex) As operações primitivas sobre canais incluem: connect um processo a um canal disconnect um processo de um canal send uma mensagem através de um canal receive uma mensagem de um canal ou espera por sua chegada test pela existência de uma mensagem de entrada num canal Uma mensagem pode ser formada por cópia dos dados do transmissor (mais usados em sistemas distribuídos) ou por uma referência a dados compartilhados (mais usados em sistemas de memória compartilhada)

53 Primitivas de Concorrência (29)
Chamada remota de procedimentos – RPC Numa RPC (Remote Procedure Call), o ambiente em tempo de execução determina o site onde o procedimento chamado está e se comunica sincronamente com o site para chamá-lo Oferece uma abstração para comunicação via mensagens, facilitando a programação e o entendimento do código O site que tem este procedimento pode, quando do recebimento da chamada remota, criar um processo para executá-la Alternativamente, um processo servidor no site pode receber todas as chamadas remotas e atendê-las Esta escolha é feita com base no custo relativo da criação do processo em relação a comunicação e também pelo grau de concorrência desejado

54 Abstrações para controle da concorrência (1)
Objetivam organizar os programas concorrentes assim como outras abstrações já estudadas organizam os programas seqüenciais Regiões Críticas Condicionais Monitores Rendezvous Construções de alto nível que simplificam o desenvolvimento e o entendimento de programas concorrentes

55 Abstrações para controle da concorrência (2)
Regiões críticas condicionais (1) Uma região crítica condicional é um comando composto que provê, tanto exclusão mútua, quanto comunicação A idéia chave é que cada variável a ser compartilhada entre processos seja declarada como tal Pseudo código em Ada region v do C end region; v é a variável compartilhada O subcomando C é a seção crítica relativa à variável v, que só pode ser acessada dentro de uma seção crítica condicional – ou seja – o acesso exclusivo a ela fica assegurado automaticamente

56 Abstrações para controle da concorrência (3)
Regiões críticas condicionais (2) Dentro da região crítica condicional, o await command await E; bloqueia o processo até que a condição E (que acessa a variável v) resulte em true Enquanto espera bloqueado, o processo libera o uso exclusivo da variável compartilhada, mas quando retoma a execução, a exclusividade é assegurada

57 Abstrações para controle da concorrência (4)
Regiões críticas condicionais (3) Exemplo: implementação de buffer limitado type Message_Buffer is shared record size : Integer range 0 .. capacity; front, rear : Integer range 1 .. capacity; items : array (1 .. capacity) of Message; end record; procedure send_message (item : in Message; buffer : in out Message_Buffer) is begin region buffer do await buffer.size < capacity; buffer.size := buffer.size + 1; buffer.rear := buffer.rear mod capacity + 1; buffer.items(buffer.rear) := item; end region; end send_message; procedure receive_message (item : out Message; buffer : in out Message_Buffer) is begin region buffer do await buffer.size > 0; buffer.size := buffer.size - 1; item := buffer.items(buffer.front); buffer.front := buffer.front mod capacity + 1; end region; end receive_message;

58 Abstrações para controle da concorrência (5)
Regiões críticas condicionais (4) Regiões críticas condicionais descrevem as interações entre os processos com bastante clareza e simplicidade Exclusão mútua e comunicação sem variáveis auxiliares Exclusão mútua garantida em tempo de compilação Transmissão de condições é automática e implícita Recepção é simples e comuta com a transmissão Aumentam a clareza dos programas concorrentes, embora o comando await E seja bastante custoso, já que é implementado em termos de um loop que repetidamente testa E

59 Abstrações para controle da concorrência (6)
Monitores (1) Um monitor é um tipo de pacote que combina encapsulação com exclusão mútua e sincronização Pascal concorrente (Brinch Hansen, 1977) e Módula (Wirth, 1977) influenciaram linguagens baseadas em Pascal, que passaram a usar monitores para estruturar a concorrência Os monitores de Módula asseguram a exclusão mútua para as operações de um tipo abstrato de dados Diferente das regiões críticas condicionais, os monitores não suportam sinalização automática Um tipo signal predefinido é fornecido com as operações send e wait

60 Abstrações para controle da concorrência (7)
Monitores (2) Cada variável signal declarada é na realidade uma fila de processos esperando uma permissão para continuar a execução dentro do monitor A operação wait bloqueia um processo e coloca-o na fila de processos correspondente da variável signal Enquanto fica esperando pelo signal, o processo libera o uso exclusivo do monitor A operação send desbloqueia o processo na frente da fila de processos esperando da variável signal correspondente Quando retoma a execução da operação, ganha o uso exclusivo do monitor

61 Abstrações para controle da concorrência (8)
Monitores (3) Exemplo: implementação de buffer limitado em Módula INTERFACE MODULE BufferMonitor; DEFINE sendMessage, receiveMessage; (* public *) TYPE MessageBuffer = RECORD size : 0.. capacity; front, rear : 1 .. capacity; items : ARRAY 1 .. capacity OF Message END; VAR buffer : MessageBuffer; nonfull, nonempty : signal; PROCEDURE sendMessage (item : Message); BEGIN IF buffer.size = capacity THEN wait(nonfull); buffer.size := buffer.size + 1; buffer.rear := buffer.rear MOD capacity + 1; buffer.items[buffer.rear] := item; send(nonempty) END; PROCEDURE receive Message(VAR item : Message); BEGIN IF buffer.size = 0 THEN wait(nonempty); buffer.size := buffer.size - 1; item := buffer.items[buffer.front]; buffer.front := buffer.front MOD capacity + 1; send(nonfull) END;

62 Abstrações para controle da concorrência (9)
Monitores (4) Como semáforos e eventos, o signal de monitores é associado a condições apenas por uma convenção que deve ser respeitada na lógica do monitor Mais eficiente que await, embora menos simples e legível, exigindo mais trabalho para o programador e mais oportunidades de erros

63 Abstrações para controle da concorrência (10)
Rendezvous – encontro – (1) Baseia-se na interação entre processos apenas através de comunicação síncrona não bufferizada – o rendezvous Cada processo executa um comando indicando o desejo de se comunicar com o outro Cada processo fica bloqueado até que o outro alcance o ponto de rendezvous Quando ambos estão prontos, uma mensagem é copiada de emissor para o receptor, então, ambos são desbloqueados e continuam sua execução independentemente Baseia-se na notação CSP (Communicating Sequential Processes), desenvolvida por Hoare (1978)

64 Abstrações para controle da concorrência (11)
Rendezvous (2)


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