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Itinerário dogmático da mariologia Leomar Brustolin

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Apresentação em tema: "Itinerário dogmático da mariologia Leomar Brustolin"— Transcrição da apresentação:

1 Itinerário dogmático da mariologia Leomar Brustolin
MARIA NA FÉ CRISTÃ Itinerário dogmático da mariologia Leomar Brustolin

2 Os dogmas O termo “dogma” provém da língua grega, “dógma”, que significa “opinião” e “decisão”. No Novo Testamento, é empregado no sentido de decisão comum sobre uma questão, tomada pelos apóstolos (cf. At 15,28). Os Padres da Igreja, antigos escritores eclesiásticos, usavam dogma para designar o conjunto dos ensinamentos e das normas de Jesus e também uma decisão da Igreja. Paulatinamente, a Igreja, com o auxílio dos teólogos e pensadores cristãos, precisou e esclareceu o sentido de dogma. Na linguagem atual do Magistério e da Teologia, o ‘dogma’ é uma doutrina na qual a Igreja, quer com um juízo solene, quer mediante o magistério ordinário e universal, propõe de maneira definitiva uma verdade revelada, em uma forma que obriga o povo cristão em sua totalidade, de modo que sua negação é repelida como heresia e estigmatizada com anátema” (Marcelo Semeraro, professor de teologia).

3 Os dogmas marianos Na Igreja os dogmas são importantes, porque ajudam os cristãos a se manterem fiéis na fé genuína do cristianismo. “Os dogmas são como placas que indicam o caminho de nossa fé. Foram criados para ajudar a gente a se manter no rumo do Santuário vivo, que é Jesus” (CNBB. Com Maria, Rumo ao Novo Milênio. pág. 81). Referentes a Maria, a Igreja propõe quatro dogmas: Maternidade Divina, Virgindade Perpétua, Imaculada Conceição e Assunção. Constituem verdades que os cristãos aceitam, aprofundam e vivenciam na comunidade de fé. Os dogmas marianos iluminam a vida espiritual dos cristãos. “Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé, que o iluminam e tornam seguro” (Catecismo da Igreja Católica, no 90).

4 THEOTOKOS Aos 22 de junho de 431, o Concílio de Éfeso definiu explicitamente a maternidade divina de Nossa Senhora. Assim o Concílio se expressou: “Que seja excomungado quem não professar que Emanuel é verdadeiramente Deus e, portanto, que a Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois deu à luz segundo a carne aquele que é o Verbo de Deus”. A intenção do Concílio de Éfeso era a de afirmar a unidade da pessoa de Cristo. Reconhecer Maria como Mãe de Deus (“Theotokos”) significa, na verdade, professar que Cristo, Filho da Virgem Santíssima segundo a geração humana, é Filho de Deus. O povo se alegrou tanto que levou os bispos do Concílio para suas casas e festejaram a proclamação do dogma mariano. A maternidade divina de Nossa Senhora é peça-mestra da teologia marial.

5 Mãe de Deus Deus, na pessoa de Jesus e por meio de Maria, entrou em nossa história. Assumiu tudo o que é humano, menos o pecado. A maternidade divina também faz de Maria a nova Eva. Em cada mulher, Deus deixa transparecer seu rosto. Por fim, por meio desta maternidade divina, Jesus nos assume como irmãos, o que faz de Maria a mãe de todos os viventes.

6 O que o dogma nos diz? Maternidade divina, Mãe de Deus: Células-tronco, embriões, aborto, pílula do dia seguinte, preservativos, direito à vida de maneira incondicional. A expressão Mãe de Deus remete ao Verbo de Deus que, na Encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina. Proclama também a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. Deus trata Maria como pessoa livre e responsável, e não realiza a Encarnação de seu Filho senão depois de ter obtido o seu consentimento.

7 Conferindo as Sagradas Escrituras e os escritos dos Santos Padres, o Concílio de Latrão preconizou como verdade a Virgindade Perpétua de Maria no ano 649. Durante o Concílio, o Papa Martinho I assim afirmou: “Se alguém não confessa de acordo com os santos Padres, propriamente e segundo a verdade, como Mãe de Deus, a santa, sempre virgem e imaculada Maria, por haver concebido, nos últimos tempos, do Espírito Santo e sem concurso viril gerado incorruptivelmente o mesmo Verbo de Deus, especial e verdadeiramente, permanecendo indestruída, ainda depois do parto, sua virgindade, seja condenado”. Nossa Senhora foi sempre Virgem, isto é, antes do parto, no parto e depois do parto. Os diversos credos e concílios antigos retomaram e afirmaram essa verdade. Santo Inácio de Alexandria, São Justino, Santo Irineu, Santo Epifrânio, Santo Efrém, Santo Ambrósio, São Jerônimo e Santo Agostinho foram os exímios defensores da Virgindade de Maria. A Virgindade Perpétua de Maria faz parte integrante da fé cristã. Virgindade perpétua

8 Virgindade Perpétua Toda a vida de Maria foi uma total disponibilidade aos desígnios de Deus; sua virgindade é resultado de sua consagração total ao Senhor, o que faz de Maria exemplo para os que querem ser somente do Senhor, não sendo mais de outras denominações ou do mal. Imaculada Conceição: Em Maria, começa o processo de renovação e purificação de todo o povo, pois Ela, imaculada, é modelo para a salvação que teremos. Assim, Ela é toda de Deus, protótipo do que somos chamados a ser. Em Maria e em nós age a mesma graça de Deus. Se nela Deus pôde realizar seu projeto, poderá realizá-lo em nós também.

9 Fundamentos Bíblicos Cristo nasceu de uma mulher, para provar que era homem. Nasceu de uma Virgem, para ficar claro que Ele era Deus Por isso é que o Profeta Isaías, séculos antes, anunciou que "Pois por isso, o mesmo Senhor vos dará este sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz a um filho, e o seu nome será Emanuel" (Is. VII , 14). "Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, chamada Nazareth, a uma virgem desposada com um varão, chamado José, da casa de Davi. E o nome da Virgem era Maria" (Luc.I, 26-27).

10 O que dogma nos diz? Virgindade Perpétua: Castidade de vida, castidade de propósitos, castidade matrimonial, valor da castidade como conduta pré-nupcial, castidade de atos e moral, castidade na fé. O anjo do Senhor não pede a Maria que permaneça virgem; Ela é que livremente revela a sua intenção de virgindade. Neste empenho se coloca a sua opção de amor, que a leva a dedicar-se totalmente ao Senhor com uma vida virginal. Ficar puro um para o outro.

11 Imaculada Conceição A afirmação da Imaculada Conceição de Maria pertence à fé cristã. É um dogma da Igreja que foi definido no século XIX, após longa história de reflexão e de amadurecimento. Imaculada Conceição de Maria significa que ela foi preservada do pecado original desde o primeiro instante de sua existência. Nascendo, há dois mil anos atrás, na Palestina, pequeno país do Oriente Médio, Nossa Senhora teve como pais São Joaquim e Santa Ana. Ela foi concebida sem a mancha do pecado original.

12 Privilégio mariano A maternidade divina de Maria é base e origem de sua imaculada conceição. A razão de Maria ser preservada do pecado original reside em sua vocação: ser Mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus que assumiu nossa natureza humana para nos salvar. Este privilégio constitui um serviço à salvação do gênero humano.

13 O senso comum dos fiéis sempre acreditou na imunidade de Maria do pecado original. Tanto no Oriente como no Ocidente, na piedade e na liturgia, eles, desde os primeiros séculos, se compraziam em celebrar a santidade e pureza da Mãe de Jesus. A reflexão teológica da Igreja foi aprofundando, aos poucos, essa crença do povo de Deus. Os escritos cristãos do século II testemunhavam a idéia, concebendo Maria como nova Eva, ao lado de Jesus, o novo Adão, na luta contra o mal. O Protoevangelho de Tiago, obra apócrifa antiga, narrava que Nossa Senhora é diferente dos outros seres humanos. No século IV, Santo Efrém ( ), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria de Nazaré são limpos e puros de toda a mancha do pecado. Nova Eva

14 A exceção Já no século VIII celebrava-se a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa da natividade de Nossa Senhora, comemorada no dia 8 de setembro. No século X a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria. O debate entre os teólogos atravessou os séculos, tendo opositores e defensores da doutrina da Imaculada Conceição. Coube a Duns Scott ( ), teólogo franciscano, avançar no debate teológico, argumentando que Maria foi preservada do pecado original em previsão dos méritos de Jesus Cristo, o Salvador universal. Dizia ele: “Convinha que Deus fizesse a exceção; podia fazê-la; portanto, a fez!”. Deus concedeu a Maria o privilégio especial, fazendo-a participar da redenção de Jesus de forma antecipada e preventiva.

15 Definição do dogma No século XIX, o Papa Pio IX interrogou os bispos dos diversos países, evidenciando que a necessidade de se declarar o privilégio da Imaculada Conceição de Maria exprimiria o sentimento comum de toda a Igreja. Todavia, a consulta ressaltava que é necessário relacionar tal privilégio com a redenção de Jesus Cristo. Aos 8 de dezembro de 1854, Pio IX, na Bula “Ineffabilis Deus”, fez a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assim o Papa se expressou: “Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis”.

16 Fundamentos Bíblicos Ainda que de maneira implícita, a Igreja encontrou na Bíblia os fundamentos desta doutrina. Em seu Evangelho, São Lucas diz que Maria é “cheia de graça” (Lc 1,28), significando que ela está plena do favor de Deus, da graça divina. Se está totalmente possuída por Deus, não há, em sua vida e coração, lugar para o pecado. Em Lc 1,31 encontramos a expressão “conceberás em teu seio”. Maria tornou-se, em grau vivo e pleno, o que eram a tenda do Senhor no deserto e o Santo dos Santos no templo de Jerusalém. Maria veio a ser também, em termos excelentes, aquilo que era a cidade de Jerusalém, o monte Sião do Santo de Israel (Cf. Ez 37,23.27). O mais importante do que qualquer santuário inerte é o santuário vivo de Maria. Em conseqüência, Maria devia ser totalmente pura, isenta de qualquer mancha do pecado.Em Gn 3,15, lemos: “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. A fé cristã interpreta que a mulher é Maria, enquanto a serpente é o demônio, o mal. Maria e seu descendente, Jesus Cristo, são inimigos do demônio. Por ser mãe do Salvador, Nossa Senhora não poderia ficar sob o poder do demônio, mesmo por um breve momento que fosse.

17 Na pastoral mariana A Imaculada Conceição de Maria manifesta a nós a face do ser humano redimido. Os próprios bispos reconhecem que esta verdade “apresenta-nos em Maria o rosto do homem novo redimido por Cristo, no qual Deus recria ainda mais admiravelmente o projeto do paraíso” (Doc. Puebla, nº. 298). Nós necessitamos da redenção de Jesus Cristo. Em Nossa Senhora já resplandece a realização perfeita desta força redentora. Maria é toda santa. É toda de Deus, protótipo do que somos chamados a ser. “É fonte de santidade para a Igreja: também nós, à medida que crescemos na santidade, santificamos a Igreja. Sua missão a une a nós: precisamos de Cristo para a salvação; Maria é quem nos deu Cristo, o Salvador. Em Maria e em nós atua a mesma graça: se Deus pôde realizar nela seu projeto, também poderá realizá-lo em nós, desde que colaboremos com sua graça, como ela o fez. Maria é a criatura humana em seu estado melhor”

18 O que dogma nos diz? Somos santos e pecadores. Somos todos convidados a sermos santos, mas precisamos arrependermo-nos primeiro de nossos erros. Maria é livre de todos os erros e pecados. Cristo nos redime na cruz. Resta apenas a nossa conversão, nosso real querer. Maria é toda santa em virtude das graças recebidas pelos méritos do Salvador.

19 Assunta ao Céu A Assunção de Maria foi o último dogma a ser proclamado, por obra do Papa Pio XII, a 1o de novembro de Na Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”, o Pontífice afirmou que, depois de terminar o curso terreno de sua vida, ela foi assunta de corpo e alma à glória celeste. Mais de 200 teólogos, em todas as partes da Igreja, demonstraram interesse e entusiasmo pela definição dogmática. Imaculada e assunta aos céus, Maria é a realização perfeita do projeto de Deus sobre a humanidade. “A Assunção manifesta o destino do corpo santificado pela graça, a criação material participando do corpo ressuscitado de Cristo, e a integridade humana, corpo e alma, reinando após a peregrinação da história” (CNBB. Catequese Renovada, no 235).

20 Assunção de Maria Assunção: Maria é imagem e início da Igreja do futuro, aquela que será feita no Reino dos Céus nos finais dos tempos (cf. Apocalipse 21-22; epílogo). Com Maria, uma mulher participa da Glória do Deus vivo; a dignidade da mulher é reconhecida pelo criador. Por tudo isto é que devemos entender que o nosso corpo, templo do Espírito Santo, é para a santidade, não para o pecado, pois iremos todos ao Pai, assuntos como Maria, na plenitude do fim dos tempos.

21 O que o dogma nos diz? Assunção: Tatuagens, percings, drogas, álcool, sexo, Aids, noites mal dormidas, má alimentação, regimes, bulimia, anorexia. Olhando para Maria, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a preservá-lo como templo de Deus, templo do Espírito Santo, na expectativa da ressurreição. Maria assunta aos céus é a realidade futura por qual todos passaremos. É anúncio da Salvação antecipado por Ela. Assim como Maria, também seremos chamados à termo para prestarmos conta.

22 Maria, toda de Deus. Toda da gente!


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