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Os Usos da Psicofarmacologia e o Paciente em Análise

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Apresentação em tema: "Os Usos da Psicofarmacologia e o Paciente em Análise"— Transcrição da apresentação:

1 Os Usos da Psicofarmacologia e o Paciente em Análise
Miriam Elza Gorender

2 ANTIGÜIDADE Egito antigo: Livro dos corações (papiro Eber: 1552 a.c.)
Religiosidade: o mundo dos mortos Tratamento mágico-religioso ou cirúrgico (técnica de trepanação) Sono do templo ou incubação: Imhotep (2600 a.c.)

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4 Peru: características semelhantes na Antigüidade
Sociedades rígidas, hierárquicas, dominadas pela religião Achados pré-históricos de trepanação

5 GRÉCIA Grécia: a loucura em cultos religiosos e escolas de filosofia
Platão: loucura divina e loucura física Hipócrates: teoria dos humores. Drenagem dos humores em excesso. Ex: sangria, purgativos, dieta

6 “. do cérebro, e apenas do cérebro, surgem nossos prazeres, alegrias
“...do cérebro, e apenas do cérebro, surgem nossos prazeres, alegrias...bem como nossas tristezas, dor, pesar e lágrimas. É este mesmo órgão que nos torna loucos ou delirantes, influencia-nos com terror e medo, traz a insônia...e a ansiedade despropositada”. Hipócrates, a.C.

7 Aristóteles ( a.C.), ao contrário, sustentava que o coração era o centro da alma e das emoções. Não fazia a distinção entre nervos e tendões. O cérebro resfriava o sangue oriundo do coração.

8 Império Romano Romanos: Império legalista
Proteção dos pertences dos insanos, declarados incompetentes Galeno ( d.C.): Médico grego e a figura mais importante na medicina romana. Defensor da Teoria dos Humores de Hipócrates.

9 Outras Culturas Hipócrates e Galeno: Grécia a Roma. Ataraxia
Israel: profetas e loucura Corão: majnoon Cristianismo: São João Batista

10 IDADE MÉDIA Controle da Igreja Imaginação = realidade
O demônio e a Inquisição: possessão Doença moral, orações Os loucos vagantes e a nau dos insensatos: exclusão Bedlam

11 Bedlam William Hogarth 1735

12 ILUMINISMO Descartes: dualismo corpo x espírito: Res extensa x res cogitans Humanismo: declínio do controle da Igreja – monarquia e burguesia Doença mental: surgimento da Psiquiatria Pinel

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15 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Frenologia: Gall
Estudo sistemático do cérebro: ainda polêmico A neurosífilis e a causalidade 1822, Antoine-Laurent Bayle. Esquirol O iodeto de potássio e a malária As taras: genética

16 MODELOS DE SAÚDE E DOENÇA MENTAL

17 Biológico Fortemente apoiado por médicos e enfermeiras.
Algum apoio de cuidadores Continuum físico saúde-doença Sintomas são guia inicial quanto à severidade Causada por mudanças no cérebro

18 Contínuo de dificuldade/stress emocional
PSICODINÂMICO Fora de moda em alguns países – ainda poderoso em outros e no pensamento leigo Contínuo de dificuldade/stress emocional Necessidade de compreender o comportamento – freqüentemente em termos de experiências traumáticas precoces

19 COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Modelo poderoso na psicologia Contínuo de comportamento normal-anormal Comportamento considerado pela sua apresentação Aprendizado inapropriado, habilidades de enfrentamento pobres

20 STRESS SOCIAL Influente entre profissionais de atenção primária e assistentes sociais Contínuo saúde = baixo stress / doença = alto stress Os sintomas podem indicar o grau de stress Pessoa vista como vítima de forças sociais, e não doente Causas – stress social e cultural, conflito cultural, status de marginalidade

21 MODELO DE FAMÍLIA Algum apoio de assistentes sociais e de atenção primária Toda a família está doente, não apenas o paciente Olhar o comportamento de todos os membros da família O que se manifesta como doença é inerente à própria família O paciente age em resposta a pressões da família

22 MODELO CONSPIRATÓRIO Apoio de profissionais radicais e antipsiquiatras
Doença mental como um mito Resultado da forma como os demais esperam que a pessoa se comporte

23 Psicofarmacologia Fato da: Mídia Economia Ideologia Política

24 MIDIA Diariamente somos informados do lançamento de substâncias capazes de tratar os mais variados males e da descoberta de suas causas: impotência, depressão, euforia, bulimia, anorexia, delírio, alucinação, angústia, medo, obsessão, desamparo...,a lista é extensa e continuamente renovada. As novidades são lançadas com grande alarde pelos laboratórios e centros de pesquisa, amplificadas pela imprensa, defendidas pelos especialistas e tem extensa repercussão: "descoberta a cura da depressão!", "método revolucionário para o tratamento da esquizofrenia!", "remédio resolve problemas de timidez!", "acabe com a impotência!"

25 É parte do senso comum contemporâneo a idéia de que várias formas de sofrimento,de mal estar,de distúrbios psíquicos, são causados, tratados e curados biologicamente, que já conhecemos o modo de funcionamento de nossos cérebros e mentes e que a ciência já teria descoberto ou estaria prestes a descobrir as razões últimas da normalidade e anormalidade do homem. A opinião consensual contrasta fortemente com a opinião de alguns clínicos, cientistas e filósofos. John Searle,por ex, entende que é escasso o conhecimento que temos do cérebro humano e que as pretensões de certas teorias são proporcionais ao tamanho desta ignorância.Cita o neurologista David Hubel,para quem "o nosso conhecimento do cérebro encontra-se num estado muito primitivo. ".4

26 Desde tempos imemoriais sabe-se que substâncias químicas introduzidas no corpo podem modificar estados psíquicos. Álcool, ópio, haxixe, cocaina, alucinógenos... Em 1860,o químico alemão Albert Nieman extraia da folha de coca seu alcalóide,a cocaina

27 Freud que, durante muito tempo, autoprescreveu-se cocaina, escrevia em 1884:... "a cocaina parece convocada a preencher uma lacuna no arsenal dos medicamentos de que a psiquiatria dispõe.(...) É por isto que se recomendou a coca nos estados de enfraquecimento psíquico mais diversos,para combater a histeria,a hipocondria,os distúrbios da melancolia,o estupor,etc" Uma substância específica era capaz de tratar vários quadros psiquiátricos.

28 NOVA MÁGICA PARA NOVOS XAMÃS?
Delay e Deniker: sucesso obtido no tratamento de paciente psicótico com clorpromazina Década de 50 – Kuhn: imipramina clordiazepóxido década de 70 - sais de lítio e medicações inicialmente ultilizadas na epilepsia(carbamazepina,ácido valproico) como estabilizadores de humor. anos 80 - neurolépticos atípicos e ISRS NOVA MÁGICA PARA NOVOS XAMÃS?

29 COMO E PORQUE MEDICAR? Psicóticos
Remissão ou melhora dos sintomas positivos (alucinações, delirios, agitação) Evitar internamentos Melhora da ‘amarração’ no discurso Aumento da adesão (bilateral) A medicação deve servir à humanização do sujeito psicótico, não à sedação ou controle

30 COMO E PORQUE MEDICAR? Deprimidos
Melhora e redução do risco de suicídio O discurso ‘sai’ da temática depressiva única Cuidado com a possibilidade de ‘indiferença’ (efeito colateral) Mesmo depressões leves, se crônicas, podem causar grandes danos

31 Quando encaminhar Tristeza ou angústia ‘fora do discurso’
Lentificação e/ou perda de energia Despertar precoce e piora matutina Anedonia e perda de perspectiva de futuro sem relação com o curso da análise Aumento da dor física Risco de suicídio

32 COMO E PORQUE MEDICAR? Transtorno bipolar
Qualquer terapia deve trabalhar a adesão à medicação Alto risco de suicídio Risco de DST, abuso de drogas, violência, gastos excessivos Na mania, a associação não se detém, o que praticamente impossibilita o insight Atenção também para alterações de sono e ritmos do corpo na mania

33 COMO E PORQUE MEDICAR? Obsessivos Fóbicos
Mesmo o psiquiatra não deve medicar e fazer terapia Esperar melhora parcial em casos graves Cuidado para não ‘ritualizar’ a medicação Fóbicos Medicação de preferência com uso eventual

34 COMO E PORQUE MEDICAR? Transtorno de pânico Stress pós-traumático
Ajuda a controlar as crises de pânico Pacientes com estrutura histérica mais marcada vão poder deixar a medicação, com a terapia, com mais facilidade Parece haver um mecanismo biológico, mas cuidado para que não seja usado como forma de escape Stress pós-traumático Reduz cronicidade Inverto a pergunta: porque análise?

35 COMO E PORQUE MEDICAR? Transtornos de controle dos impulsos e borderlines Melhora a adesão Reduz mais rapidamente (quando funciona) as conseqüências mais graves dos atos (ex: suicídio, violência, ato impulsivo) Histeria Só em crises graves e agudas - eventual

36 Como acompanhar Escolha de psiquiatra: pelo analisando ou pelo analista? De preferência, com conhecimento dos processos de análise Aconselhar o analisando a contatar o médico quando em dúvida sobre efeito (terapêutico ou colateral) Contatar o médico em casos especiais, principalmente planos de suicídio

37 USO CONTINUADO A dificuldade em aceitar ser portador de doença crônica
‘já estou bom, posso parar’ Aprendizado para identificar sinais precoces de recorrência Modificar o estilo de vida


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