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OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER

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Apresentação em tema: "OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER"— Transcrição da apresentação:

1 OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA : MARX, DURKHEIM E WEBER

2 Os Clássicos da Sociologia
No século XIX, três pensadores desenvolveram teorias buscando explicar a sociedade capitalista: Karl Marx , Emile Durkheim que continuou o positivismo de Augusto Comte e Max Weber . Estes três pensadores são denominados os clássicos da Sociologia.

3 Os Clássicos da Sociologia
Objeto da Sociologia Método Karl Marx (1818 – 1883) Classes Sociais Dialética Emile Durkheim (1857 – 1917) Fato Social Explicação Max Weber (1864 – 1920) Compreensão Social Ação Social

4 OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
KARL MARX

5 Marxismo 1. KARL MARX (1818-1883) VIDA E OBRAS 2. FONTES DO MARXISMO
DIALÉTICA SOCIALISMO ECONOMIA POLÍTICA 3. CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE 4. ANÁLISE DA MERCADORIA 5. CONCLUSÃO

6 BIBLIOGRAFIA BASICA 1. CABRERA, J.R. O pensamento sociológico de Karl Marx. In Lemos Filho, Arnaldo e outros.Sociologia Geral e do Direito. Campinas, Ed. Alínea, 4ª edição, 2009 2. SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica: Marx, Durkheim e Weber. Petrópolis.RJ: Ed.Vozes,2009 3.QUINTANERO, Tania. Um toque de clássicos.:Durkheim,Weber e Marx 3ªedição. Belo Horizonte, UFMG, 1994 4. LEMOS, Arnaldo. Slides no site

7 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Costa, Cristina. Sociedade, uma introdução à Sociologia. São Paulo:Ed. Moderna, 3ªedição,1997 Sader, Emir. A Exploração. In Sader Emir(org). Sete Pecados do Capital. Rio de Janeiro, Ed. Record, 2000 Huberman, Leo. A História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara, 2001, cap.18 Aron,Raymond. Karl Marx.In As etapas do pensamento sociológico.Brasília,UNB,1987 Gertz, René(org). Max Weber & Karl Marx. São Paulo, Ed. Hucitec,1994 Castro, Ana Maria-Dias, Edmundo.Introdução ao pensamento sociológico. Rio de Janeiro, Ed. Eldorado,1987, 9ªedição. Sell, Carlos Eduardo. Sociologia Classica: Marx, Durkheim e Weber. Petropolis,Ed. Vozes, 2009

8 CONCEITOS BÁSICOS Socialismo Comunismo Dialética Estado Forças de Produção Relações de Produção Ideologia Infra-estrutura Super-estrutura Classes sociais Mercadoria Alienação Mais-valia Fetichismo da Mercadoria Força de Trabalho Valor de troca Valor de Uso

9 KARL MARX (1818-1883 ) VIDA E OBRAS
Nasceu na cidade de Treves , na Alemanha. Doutorou-se em Filosofia. Foi redator de um jornal liberal em Colônia. Em 1842 foi obrigado a sair da Alemanha, foi para Paris, onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de idéias e publicações. Engels ( ) Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas onde participou da recém fundada Liga dos Comunistas.Foi expulso da Bélgica.

10 KARL MARX (1818-1883 ) VIDA E OBRAS
Em 1848, escreveu, com Engels, "O Manifesto Comunista", obra fundadora do "marxismo", enquanto movimento político e social a favor do proletariado. Com o malogro das revoluções de 1848, Marx mudou-se para Londres onde se dedicou a um grandioso estudo crítico da economia política. Marx foi um dos fundadores da Associação Internacional dos Operários ou Primeira Internacional. Morreu em 1883, após intensa vida política e intelectual. Obras principais : A Ideologia Alemã, A Miséria da Filosofia, Contribuição à Crítica da Economia Política, A Luta de Classes na França, O Capital.

11 2. FONTES DO MARXISMO SOCIALISMO ECONOMIA POLÍTICA DIALÉTICA

12 2.1 FONTES DO MARXISMO SOCIALISMO Movimento Operário Francês Devido as conseqüências sociais da Revolução, alguns pensadores propõem uma nova maneira de conceber a sociedade e reivindicam a igualdade entre todos, não só do ponto de vista político, mas também quanto às condições sociais de vida

13 2.1. FONTES DO MARXISMO depende do convencimento da burguesia na distribuição de seus bens. utópico SOCIALISMO PRÉ-MARXISTA não supõe um instrumento de poder para atingir seu objetivo apolítico

14 2.1. FONTES DO MARXISMO conhecimento das leis que regem o mecanismo do sistema capitalista científico SOCIALISMO MARXISTA supõe um instrumento de poder, a organização da classe operária político

15 Economia Política Inglesa -
2.2. FONTES DO MARXISMO Economia Política Inglesa - ECONOMIA POLÍTICA Segundo Adam Smith a riqueza de uma nação é o resultado de homens que buscam seus interesses: “cada indivíduo busca apenas o seu próprio ganho... Perseguindo os seus interesses promove os interesses da própria sociedade” Para Marx, a riqueza não é resultado do trabalho de homens isolados (Individualismo) que buscam interesses particulares, mas sim do trabalho coletivo (coletivismo) Adam Smith

16 2.3. FONTES DO MARXISMO Idealismo DIALÉTICA
Filosofia Clássica alemã: Hegel DIA + LEGEIN : pensar o contrario Método de apreensão da realidade todo real é racional todo racional é real Idealismo O real é contraditório,mutável, em movimento HEGEL Tese, antítese, síntese

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18 MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO
2.3. FONTES DO MARXISMO DIALÉTICA MARX: Rompimento com o Idealismo A dialética hegeliana, idealista, é “corrigida e aplicada ao materialismo existente que era essencialmente mecanicista”. As leis da dialética são as leis do mundo material. A realidade social vista através de suas contradições. MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO

19 CARACTERÍSTICAS DA DIALÉTICA
1. Tudo se relaciona (lei da ação recíproca e da conexão universal) 2. Tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante) 3. A mudança qualitativa 4. A luta dos contrarios

20 TUDO SE RELACIONA A dialética não olha a realidade como um amontoado acidental de objetos, de fenômenos isolados, mas como um todo unido, coeso, dependentes uns dos outros. Não se pode compreender nenhum fenômeno se o encaramos isoladamente. Esta característica da dialética se verifica universalmente, na natureza e na sociedade.

21 TUDO SE TRANSFORMA A dialética marxista vê a realidade não como um estado de repouso, de imutabilidade, mas com um estado de movimento e mudança, de renovação, onde sempre qualquer coisa nasce e se desenvolve, qualquer coisa se desagrega e desaparece O movimento não é pois um aspecto secundário da realidade.A realidade é processo, é movimento. Movimento não é apenas mudança de lugar, mas transformação da realidade e de suas propriedades Não há regimes sociais “imutaveis”, “principios eternos” que assegurem, por exemplo,o direito à propriedade privada ou que obriguem a existência de pobres e ricos, de empregados e patrões. Isto estimula a ação, empurra o homem para modificar a realidade, pois ela é susceptivel de modificação.

22 A MUDANÇA QUALITATIVA O processo dialetico considera um desenvolvimento que passa de mudanças quantitativas para mudanças qualitativas. A mudança quantitativa é o mero aumento de quantidade. A mudança qualitativa é a passagem de uma qualidade para outra, pelo acumulo de mudanças quantitativas (tudo se transforma). Ex. o aquecimento da água. A dialetica considera que essa relação entre mudança quantitativa e mudança qualitativa é uma lei universal da natureza e da sociedade.

23 A LUTA DOS CONTRÁRIOS Os fenômenos da natureza supõem contradições internas, porque todos têm uma lado negativo e um lado positivo. Elementos que desaparecem e elementos que se desenvolvem. A luta dos contrários, a luta entre o velho e o novo,entre o que morre e o que nasce, entre o que perece e o que evolui é o conteúdo interno do processo de desenvolvimento. É o motor de toda mudança A luta dos contários, ou contradição, é universal. Sendo uma realidade objetiva, encontra-se tambem no “sujeito”, no homem que faz parte do mundo. Todo processo natural ou social se explica pela contradição. Na sociedade, a contradição é produto, inicialmente, das relações homem e natureza. O conteúdo concreto desta luta é o trabalho. A contradição fundamental é entre as forças de produção novas e as relações de produção envelhecidas. A partir de certo momento a contradição é entre as classes: luta de classes.

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26 CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
Textos Básicos: 1848 O Manifesto Comunista 1859 Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política 1863 O Capital

27 PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO DA SOCIEDADE
Conceito de Homem Conceito de Trabalho Conceito de História

28 CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
HOMEM ser de necessidades satisfação das necessidades produção de bens materiais produção de bens materiais TRABALHO

29 + modo de produção História CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE Relações
A ) com a Natureza Forças de Produção (instrumentos de produção) + B ) dos Homens entre si Relações de Produção ((((divisão do trabalho) modo de produção História Antigo Feudal Capitalista

30 “A história humana é a história das relações dos homens com a natureza e dos homens entre si.”
Nesses dois tipos de relação aparece como intermediário um elemento essencial: O TRABALHO HUMANO Assim como Darwin havia descoberto a lei da evolução das espécies, Marx descobriu as leis da HISTÓRIA

31 CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA IDEOLÓGICA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇAS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

32 INFRA-ESTRUTURA ECONÔMICA
O trabalho do homem, o trabalho do animal a serviço do homem, a natureza, os instrumentos de produção. Toda capacidade humana de produzir. Forças de Produção (materiais) São os modos específicos de organização do trabalho e da propriedade, devido a divisão do trabalho. Relações de Produção (sociais) Cada época histórica possui um conjunto de forças produtivas a que correspondem determinadas relações de produção. Modo de Produção

33 CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA IDEOLÓGICA CONSCIÊNCIA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) EXISTÊNCIA INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

34 Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política
A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência, encontra-se na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens estão organizados no processo produtivo “O modo de produção da vida material CONDICIONA o processo da vida social, política e espiritual em geral” “Não é a consciência do homem que DETERMINA a sua existência, mas ao contrário, é a sua existência que determina a sua consciência” “Ao mudar a base econômica revoluciona-se, mais ou menos, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela”

35 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Determinismo: (relação de causalidade) : relação mecanicista e não dialética DETERMINISMO OU CONDICIONAMENTO ? Condicionamento : é uma variável. corre o risco de ser flexível demais

36 CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE RELAÇÕES DE PROPRIEDADE
MPC RELAÇÕES DE PROPRIEDADE PROPRIETÁRIOS NÃO PROPRIETÁRIOS BURGUESIA PROLETARIADO CLASSE DOMINANTE CLASSE DOMINADA RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO

37 CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE
SUPER ESTRUTURA IDEOLÓGICA IDEOLÓGICA CONSCIÊNCIA POLÍTICA JURÍDICA ESTADO DIREITO FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (MODO DE PRODUÇÃO) EXISTÊNCIA INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

38 FORÇAS DE PRODUÇÃO (FP) RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (RP)
Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia Política A determinadas forças de produção correspondem determinadas relações de produção que se expressam em relações jurídicas e que constituem um modo de produção FORÇAS DE PRODUÇÃO (FP) RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (RP) MODO DE PRODUÇÃO As forças de produção são dinâmicas porque são dialéticas e as relações de produção não acompanham o ritmo de seu desenvolvimento As forças de produção se chocam com as relações de produção existentes, ou o que não é senão sua expressão jurídica, com as relações de propriedade dentro das quais se desenvolveram até ali. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações se convertem em obstáculos a elas. E se abrem assim na época de revolução social.

39 O duplo valor dos bens materiais
ANÁLISE DA MERCADORIA O duplo valor dos bens materiais Valor de uso Valor de troca A determinação do valor de troca Os processos históricos de troca A força de trabalho como mercadoria O processo da mais valia O fetichismo da mercadoria

40 produção de bens materiais
O duplo valor dos bens materiais homem necessidades satisfação produção de bens materiais Valor de uso Utilidade do bem material para o seu produtor valor dos bens Valor de troca Quando o bem produzido não tem valor de uso para o seu produtor e este o coloca no mercado para troca: MERCADORIA Toda mercadoria é essencialmente valor de troca, mas tem embutido nela um valor de uso

41 EQUIVALÊNCIA (valores iguais)
2. A determinação do valor de troca O que determina o valor de troca de uma MERCADORIA ? QUANTIDADE ? NECESSIDADE ? FINALIDADE ? EQUIVALÊNCIA (valores iguais)

42 tempo de trabalho necessário para a sua produção
2. A determinação do valor de troca equivalência trabalho 04 horas 02 horas 02 horas equivalência tempo de trabalho necessário para a sua produção

43 Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a sua produção
2. A determinação do valor de troca Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a sua produção Tempo médio Socialmente Tempo social Exemplo : compra no supermercado Pacote de arroz = 10 reais O preço é o que aparece. O que significa? Trabalho da sociedade: ao trocar as mercadorias, há uma comparação de trabalho humano. Logo toda mercadoria expressa relações sociais

44 O que é comum a todas as mercadorias não é trabalho concreto de um ramo de produção determinado,não é o trabalho de um gênero particular, mas o trabalho humano abstrato, o trabalho humano geral. “Ao equiparar os seus diversos produtos na troca como valores, os homens equiparam os seus diversos trabalhos como trabalho humano. Não se dão conta, mas fazem-no”.

45 O processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCRO
3. Os processos históricos de troca I) Processo Pré-Capitalista a) Processo de circulação simples (troca direta) A troca direta não dinamiza a troca M Há necessidade de um equivalente geral b) Processo de circulação complexa (troca indireta) M D (equivalente geral) O processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCRO

46 3. Os processos históricos de troca
II) Processo Capitalista D M Qual a vantagem ? D M D+ Dinheiro tem valor de uso ? D M D+ D++ D

47 3. Os processos históricos de troca
O processo pré-capitalista começa com M a mercadoria é produto do trabalho O processo capitalista começa com D o dinheiro é necessariamente produto do trabalho ?

48 Questão Básica De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo? Comércio = troca de mercadoria, conquista, pirataria, saque, exploração, suborno, fraude ... “Se o dinheiro .... vem ao mundo com uma mancha congênita de sangue numa das faces, o capital vem pingando da cabeça aos pés, de todos os poros, sangue e lama” (Marx, O Capital, vol 1)

49 capitalismo D + D M máquina matéria prima força de trabalho +
(Capital constante) D + D + M força de trabalho (Capital variável)

50 capitalismo No capitalismo a força de trabalho tornou-se uma mercadoria. Antes, o trabalhador era dono de sua força de trabalho: camponeses e artesãos Camponeses = expulsos do campo Artesãos = destituídos de suas ferramentas

51 4. A força de trabalho como mercadoria
Qual o valor desta mercadoria ? a) o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário para que ela exista b) ora, a força de trabalho é uma mercadoria c) logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que ela exista d) ora, a força de trabalho não existe desvinculada de seu dono, o trabalhador e) Logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que o trabalhador exista f) ora, um dia o trabalhador vai morrer g) logo o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários à subsistência do trabalhador e sua reprodução

52 capitalismo Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa quantidade de mercadorias, que pode ser medida em tempo de trabalho. MEDINDO ESTE VALOR, ESTAREMOS MEDINDO, INDIRETAMENTE, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO PORTANTO, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO É IGUAL AO VALOR DOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA, PRINCIPALMENTE GÊNEROS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, INDISPENSÁVEIS À REPRODUÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA Esse valor é pago no salário, que deve dar apenas para o estritamente necessário ao futuro trabalhador.

53 A razão do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIA
capitalismo É esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o assalariado vende a sua força de trabalho para sobreviver e o capitalista lhe compra a força de trabalho para enriquecer. A razão do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIA

54 5. O processo da mais valia
Primeiro Modo Hipótese: 08 horas Tempo Necessário: o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo valor é igual ao valor da força de trabalho Tempo Excedente: o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia: Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia

55 Não é no âmbito da compra e venda
5. O processo da mais valia Segundo Modo 5. Exemplo Produção de um par de sapatos Como o capitalista obtém o lucro? Matéria Prima 100 unid de moeda = Desgaste Instrumentos 20 unid de moeda = Não é no âmbito da compra e venda É no âmbito da produção 30 unid de moeda Salário Diário = O valor de um par de sapatos é a soma de todos os valores representados pelas diversas mercadorias que entraram na produção

56 5. O processo da mais valia
09 horas de trabalho 01 par a cada horas Nessas 03h o trabalhador cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário Nas outras 06h produz mais mercadorias que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salário

57 5. O processo da mais valia
Meios de Produção 120 + + 30 salário = 150 x Meios de Produção 120 03 + + 30 salário = 390 03 = 130

58 MAIS VALIA Ao final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades de moeda e o seu trabalho rendeu o dobro ao capitalista: 20 unidades de moeda em cada um dos pares de sapato. Este valor a mais não retorna ao operário: incorpora-se ao produto e é apropriado pelo capitalista Assim como um boi produz mais do que consome e enriquece o seu dono, a classe trabalhadora produz mais valia do que consome e enriquece os proprietários dos meios de produção. Os trabalhadores são os bois do sistema capitalista

59 SAMBA DA MAIS VALIA Sergio Silva Mercadoria é alienação
Trabalho e salário, a danação A grana diz: trabalho sozinha A fórmula é d –m - d’ Síntese de muitas determinações a realidade brasileira é feita de contradições Mas o grande analista indicou o caminho Ninguém pode vencer esta luta sozinho É luta de classe e exploração Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem um grande analista e revela o segredo Da acumulação de capital É mais valia pra cá É mais valia pra lá Capitalismo é selvagem e global Tempo roubado do trabalho social

60 Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também Pro demitido tem no Jornal Nacional Tem desemprego, meu bem, E tem a dengue também Desigualdade e tortura federal No Brasil tudo foi ti-ti-ti Todo mundo pensando do Gianotti à Chauí Mas agora é hora de transformação O Carnaval traz nossa revolução Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem o grande analista e revela o segredo Da acumulação de capital O Manifesto falou, O comunista escutou Tem que seguir o movimento popular O grande mestre mostrou A grande escola ensinou De ver o samba no pé se revoltar Lá no Rio, os herdeiros da filosofia Descobriram o pandeiro e a cuíca vazia Mas agora é hora de transformação O Carnaval traz nossa revolução

61 O FETICHISMO DA MERCADORIA
Adoração ou culto de fetiches FETICHE Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual o homem da o caráter de sagrado e presta culto MARX FREUD (1856 – 1939) (1818 – 1883) A aplicação do processo do fetichismo ao comportamento social: a mercadoria e o dinheiro são fetiches A aplicação do processo de fetichismo ao comportamento individual: fetiches sexuais

62 O que é MERCADORIA ? Trabalho humano concentrado e não pago. Ao trocar mercadorias, o homem compara trabalho humano. A mercadoria expressa, pois, relações sociais Aparece como uma coisa dotada de valor de uso (utilidade) e de valor de troca (preço) Exemplo de relações: a mercadoria 3,00 se relaciona com a mercadoria sabonete Gessy, a mercadoria 200,00 se relaciona com a mercadoria menino-que-faz-pacotes As coisas-mercadorias começam a se relacionar umas com as outras como se fossem sujeitos sociais, dotados de vida própria: 01 apartamento estilo “mediterrâneo” = um modo de viver 01 cigarro marca X = um estilo de vida 01 calça jeans griffe X = um vida jovem

63 O FETICHISMO DA MERCADORIA
As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais, dotados de vida própria e os homens-mercadorias aparecem como coisas A mercadoria é um fetiche no sentido religioso da palavra: uma coisa que existe por si e em si A mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentes COMO ENTÃO APARECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO ? As relações sociais de trabalho aparecem como relações materiais entre as pessoas e como relações sociais entre coisas Os homens são transformados em coisas e as coisas são transformadas em “gente”

64 O FETICHISMO DA MERCADORIA
Os homens são transformados em coisas: trabalhador Uma coisa chamada força de trabalho uma coisa chamada mercadoria que possui outra coisa chamada preço trabalho uma coisa chamada capital que possui outra coisa chamada capacidade de ter lucros. proprietário E a coisas são transformadas em “gente”: Produzir, distribuir, comerciar, acumular, consumir, investir, poupar, trabalhar = funcionam e operam sozinhas, por si mesmas, independente dos homens que as realizam Desaparecem os seres humanos, ou melhor, eles existem sob a forma de coisas: reificação (Lucaks)

65 Questões Finais Por que os homens conservam essa realidade ?
Como se explica que não percebam a reificação ? Como entender que o trabalhador não se revolte contra uma situação na qual não só lhe foi roubada a condição humana, mas ainda é explorado naquilo que faz ? Como explicar que essa realidade nos apareça como natural, normal, racional, aceitável ? De onde vem o obscurecimento da existência das contradições e dos antagonismos sociais ? De onde vem a não percepção da existência das contradições e dos antagonismos sociais ? A resposta a essas questões nos conduz diretamente ao fenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIA

66 alienum = alheio - outro
ALIENAÇÃO alienum = alheio - outro Alienar um imóvel Vender = separar o proprietário da propriedade CAPITALISMO ALIENAÇÃO ECONÔMICA Os trabalhadores são expropriados dos seus meios de produção da vida material e do saber do qual dependia a fabricação de um produto e a própria posição social do artesão O capitalismo reduziu o trabalhador à execução de tarefas simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produção da fábrica O trabalhador só aprende que deve trabalhar para receber o salário e viver, pois esta é a percepção que tem da realidade na vida cotidiana O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA

67 IDEOLOGIA É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do “sistema”, como se estivessem se comportando segundo sua própria vontade A ideologia dominante numa dada época histórica é a ideologia da classe dominante nessa época. Ao contrário de outras épocas históricas (escravidão e servidão), no capitalismo o trabalhador acha que é justo que ele seja separado do produto de seu trabalho, mediante o pagamento de seu salário. Para Marx, o salário não remunera todo o trabalho, pois uma parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro. O trabalhador não percebe isso por causa da ideologia que é uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e assumida pela classe dominada como se fosse sua.

68 CONCLUSÃO A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE
A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

69 A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE
A teoria marxista repercutiu de maneira decisiva não só na Europa como também nas colônias européias e em movimentos de independência. Organizou partidos políticos, sindicatos, levou intelectuais à crítica da realidade e influenciou as atividades científicas, de um modo geral, e as ciências humanas em particular. Marx conseguiu, como nenhum outro, com sua obra, estabelecer relações profundas entre a realidade, a filosofia e a ciência. Por sua formação filosófica, concebia a realidade social como uma concretude histórica, isto é, como um conjunto de relações de produção que caracteriza cada sociedade num tempo espaços determinados. Por outro lado, cada sociedade representava para ele uma totalidade, isto é, um conjunto único e integrado de diversas formas de organização humana, nas suas mais diversas instâncias: família, poder, religião, etc., de tal maneira que suas análises, apesar de históricas, trazem conclusões de caráter geral e aplicáveis a formações históricas diferentes.

70 A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
O sucesso e a penetração do materialismo histórico, quer no campo da ciência, quer no campo da organização política, se deve ao universalismo de seus princípios e ao caráter totalizador que imprimiu às suas idéias Alem desse universalismo da teoria marxista, outras questões adquiriram no marxismo novas dimensões. Uma delas foi a questão da objetividade científica, tão perseguida pelas ciências humanas. Para Marx, a questão da objetividade só se coloca enquanto consciência crítica. A ciência, assim como a ação política, só pode ser verdadeira e não ideológica se refletir uma situação de classe e, conseqüentemente, uma visão crítica da realidade. Assim a objetividade não é uma questão de método, mas de como o pensamento se insere no contexto das relações de produção e na história.

71 A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
A idéia de uma sociedade “doente” ou “normal”, preocupação dos cientistas sociais positivistas, desaparece em Marx. Para ele, a sociedade é constituída de relações de conflito e é de sua dinâmica que surge a mudança social. Fenômenos como luta, conflito, revolução e exploração são constituintes dos diversos momentos históricos e não disfunções sociais. Suas idéias marcaram de maneira definitiva o pensamento científico e a ação política de sua época bem das posteriores, formando duas maneiras de atuação sob a bandeira do marxismo: Abraçar o ideal comunista e lutar por uma sociedade onde estejam abolidas as classes sociais e a propriedade privada dos meios de produção. Exercer a crítica da realidade social, procurando suas contradições, desvendando as relações de exploração e expropriação do homem pelo homem, de modo a entender o papel dessas relações no processo histórico.

72 A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX
Contribuições da teoria marxista para o desenvolvimento das ciências sociais A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da relação entre consciência e realidade e da correta inserção do homem e de sua práxis no contexto social. A habilidade com que o método marxista possibilita o constante deslocamento do geral para o particular, das leis macrosociais para suas manifestações históricas, do movimento estrutural da sociedade para a ação humana individual e coletiva.

73 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
A teoria marxista teve ampla aceitação teórica e metodológica, assim como política e revolucionária. Já em 1864, junto com Engels, Marx estruturou a Primeira Associação Internacional de Operários, ou Primeira Internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias marxistas ficou por conta dos sindicatos e nos partidos, especialmente, os social-democratas. 2. A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da Revolução Francesa (1889). A Primeira Guerra Mundial pôs fim á Segunda Internacional em 1014.

74 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
3. Em 1917, uma revolução inspirada nas idéias marxistas, a Revolução Bolchevique, na Rússia, criava o primeiro Estado operário. 4. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Cominten que procurou difundir as idéias marxistas e organizar os partidos e a luta dos operários pela tomada do poder. Continua atuante até hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da União Soviética e pela expansão mundial do neoliberalismo.

75 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
Á formação do operariado no mundo se deu com a organização de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais marxistas se adequaram á luta pela independência que surgia nas colônias européias da África e da Ásia, após as Guerras Mundiais, assim como á luta pela soberania e autonomia existente nos países latino-americanos. 6. Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do Norte, na China e no México. Em 1020, no Uruguai, em 1022, no Brasil e no Chile, em 1925, em Cuba.

76 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
7. O movimento revolucionário se tornou mais forte á medida que os Estados Unidos e a URSS emergiram como potências mundiais e passaram a disputar a sua influência no mundo. Várias revoluções, como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a coreana organizaram sistemas políticos com algumas características comuns : forte centralização, economia planejada, coletivização dos meios de produção, fiscalismo, uso intenso de propaganda ideológica e de culto ao dirigente. A polarização política e ideológica foi transferida para o conjunto do método e da teoria marxista. O marxismo deixou de ser um método de análise da realidade social para transformar-se em ideologia, perdendo assim parte de sua capacidade de elucidar os homens em relação ao seu momento histórico e mobilizá-los para uma tomada de consciência de posição.

77 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
Entre 1989 e 1991, desfazia-se o bloco soviético após uma crise interna e externa: dificuldade em conciliar as diferenças regionais e étnicas falta de recursos para manter um estado de permanente beligerância atraso tecnológico excesso de burocracia baixa produtividade escassez de produtos inflação e corrupção O fim da URSS provocou um abalo nos partidos de esquerda do mundo todo o redimensionamento das forças internacionais

78 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
10. Toda essa explicação a respeito do marxismo se faz necessária por diversas razões : A sociologia se confundiu com o socialismo em muitos países, em especial nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Nesses países, intelectuais e líderes políticos associaram de maneira categórica o desenvolvimento da sociologia ao desenvolvimento da luta política e dos partidos marxistas. A derrocada do império soviético foi sentida como uma condenação quase como a inviolabilidade da própria ciência.

79 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
2. A teoria marxista transcende o momento histórico no qual foi concebida e tem uma validade que extrapola toda iniciativa concreta. É preciso lembrar que a ausência da propriedade privada dos meios de produção é condição necessária mas não suficiente da sociedade comunista teorizada por Mar 3. Também é improcedente confundir a ciência com o ideário político de qualquer partido. Pode haver integração entre um e outro mas nunca identidade.

80 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
É preciso entender que a história não termina em qualquer de suas manifestações particulares, quer na vitória comunista, quer na capitalista. Assim em termos científicos e marxistas, é preciso voltar o olhar para a compreensão da emergência de novas forças sociais e novas contradições. 5. Hoje se vive nas ciências um momento de particular cautela. Após dois ou três séculos de crença absoluta na capacidade redentora da ciência, em sua capacidade de explicar a realidade, já não se acredita na infalibilidade dos modelos. Não poderia ser diferente com as ciências sociais que, do contrario,adquiriram um estatuto de religião e de fé, uma vez que se apoiariam em verdades eternas e imutáveis.

81 A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO
O fim da União Soviética não significou o fim da historia ou da sociologia, nem o esgotamento do marxismo como postura teórica. Nem terminou, com a derrubada do Muro de Berlim, o ideário de uma sociedade justa e igualitária. O que é preciso fazer é rever essa sociedade cujas relações de produção se organizam sob novos princípios : enfraquecimento dos Estados nacionais, mundialização do capitalismo, formação de blocos econômicos, organização política de minorias étnicas, religiosas e até sexuais, entendendo que as contradições não desapareceram mas se expressam em novas instâncias


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