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JACQUES ELLUL A Técnica e o Estado

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Apresentação em tema: "JACQUES ELLUL A Técnica e o Estado"— Transcrição da apresentação:

1 JACQUES ELLUL A Técnica e o Estado
Os meios técnicos servem à vontade de poder do Estado que os absorve e emprega cada vez mais recursos para desenvolvê-los (P&D). O Estado não pode modificar as regras técnicas e qdo tenta fazê-lo por motivos ideológicos fracassa, exemplos: Supressão dos sistemas de ensino e de assistência social pela Convenção na Revolução Francesa Na ex-URSS foram reproduzidas as técnicas capitalistas a começar pela industrialização, a criação do proletariado, a mais-valia, a urbanização, a submissão do proletariado, técnicas policiais para controlar a população, etc.

2 3. O Estado nazista quis superar os métodos financeiros clássicos, na gestão das empresas nacionalizadas, na organização do comércio e nas relações monetárias. No seu programa propugnava contra o capitalismo defendendo métodos financeiros completamente novos. Porém, já em 1938, adotou os princípios tradicionais da técnica financeira, (luta contra a inflação, financiamento dos negócios com títulos, etc), assim, os mecanismos passam a ser quase os mesmos do Império alemão de 1914, (isto é, a mesma técnica financeira dos países capitalistas e da URSS).

3 Técnicas adotadas pelo Estado moderno:
Independentemente da ideologia o Estado absorve as novas técnicas em todos os domínios o que implica um aumento do poder do Estado que se transforma em um imenso e complexo organismo técnico. Técnicas adotadas pelo Estado moderno: - Informática – industriais e comerciais (desde fábricas de carros, engenhos espaciais, bancos e seguradoras até loterias) – organizacionais – psicológicas (marketing público, orientação profissional, vocacional, psicologia forense, testes e exames de admissão, etc) – rádio – televisão – cinema – educacionais e científicas – planejamento (em todos os setores) – médicas - biológicas (eutanásia, vacinações, exames médicos obrigatórios) – epidemiológicas - sociológicas (manipulação das massas e conhecimento da opinião das pessoas) – controle social (direito, polícia, exército) – agrícolas – nucleares, etc.

4 O Homem e o Estado técnico
O homem encontra-se em situação de menoridade pela magnitude das técnicas à disposição do Estado que se transformou em uma organização complexa que mobiliza o conjunto das técnicas diminuindo o papel do homem (do político). A procura da eficiência é agora a lei do Estado, sem essa procura de pura técnica administrativa não há mais governo possível. A fé no Estado como fenômeno coletivo. Todos nós consideramos que o Estado nos trará a segurança, o crescimento, a ajuda, o bem-estar e nos assegurará o futuro. Pensemos na atual crise financeira internacional. Não queremos riscos! Que o Estado intervenha! EUA-Europa-China- América Latina.

5 As Estruturas do Estado
O Estado se nos apresenta como uma estrutura tendo a sua lei de organização interna; os seus prepostos; a sua objetividade o seu poderio crescente, englobando elementos contraditórios. Nos temos ao mesmo tempo o pouvoir de puissance e a aparência de humanização do poder. Ex: a polícia se esforça em ter serviços de prevenção “humanizados”, porém ao mesmo tempo se desenvolvem eficazes serviços técnicos repressivos; ministérios que cuidam do meio ambiente, porém ao mesmo tempo, ministérios que impulsionam altos índices de produtividade e eficácia não importando os custos ambientais. O humano se situa nas estruturas que o condicionam.

6 O Humano na Estrutura Estatal
Os políticos: são mais um anteparo do Estado do que detentores de um poder real. Eles servem mais para responder jurídica e politicamente pelas decisões tomadas pelos técnicos. A menos que sejam também especialistas em determinada matéria, via de regra, assinam papéis sem ter conhecimento do assunto. Eles exercem, entretanto, um rol essencial, eles orientam a opinião pública...em relação às próximas eleições! Como profissionais da política eles vivem em um pequeno circulo fechado, afastados da realidade, preocupados em manter a quota de poder que eles detêm e não em pensar o país e colocar em dia as suas idéias, em geral superadas pelo dinamismo do desenvolvimento técnico.

7 O Humano na Estrutura Estatal
Os técnicos: importância crescente na medida em que o Estado assume funções cada vez mais técnicas. A complexidade dos problemas da vida moderna: finanças, transportes, saúde, produção, poluição, criminalidade, gestão dos recursos naturais, habitação, etc, exige o aporte permanente dos técnicos, que preparam os processos para o responsável político decidir, fornecendo-lhe os elementos necessários, explicando, orientando e delimitando as questões envolvidas e suas conseqüências. O político decidirá, então entre a solução técnica – racional – e outras que não são racionais que ele pode ensaiar, por sua conta e risco.

8 O Humano na Estrutura Estatal
Os burocratas: o técnico realiza os estudos, prepara e o burocrata executa. A burocracia é indispensável no Estado moderno. Não há Estado moderno sem burocracia. Mesmo os Estados que anunciaram a supressão da burocracia, rapidamente a reconstituíram. Atualmente com os meios informáticos a burocracia desenvolve-se com base na competência, especialização e eficácia. A tendência é que a burocracia ganhe autonomia e que os políticos tenham cada vez menos poderes sobre ela.

9 Políticos e Técnicos Políticos e técnicos nas ditaduras: o político se faz sentir com maior peso; é imperativo; suas decisões são mal suportadas pelos técnicos. Como explicar então q sejam esses regimes q prestigiem os técnicos e suas funções? Justamente pq a orientação desses regimes é no sentido da técnica. Nesse contexto por que se queixariam os técnicos? Nas ditaduras, há menos um conflito entre políticos e técnicos do que entre técnicos de categorias diferentes. O político tende a tornar-se técnico e, por isso, choca-se com outras técnicas. Essa nova técnica política tem a pretensão de ocupar-se de todas as técnicas fazendo com elas uma espécie de síntese.

10 Políticos e Técnicos Políticos e técnicos nas democracias: no sistema democrático há uma técnica a eleitoral e o político se interessa por ela. Cada progresso técnico no âmbito da informática, da administração, da pesquisa, reduz imediatamente a função e o poder do político. Conseqüentemente: a oposição entre técnicos e políticos coloca estes em um dilema, ou bem o político vai continuar a ser o que é na democracia – caso em que a sua função tende a apagar-se – ou bem se engajará na via da técnica política, no aperfeiçoamento das técnicas de coordenação, de articulação, de comunicação, de dissimulação e de sedução sem as quais não se ganham eleições.

11 O Humano na Estrutura Estatal
A corrupção dos políticos: tanto nos regimes ditatoriais, como nos democráticos os meios políticos são quase sempre corrompidos. A vertigem do poder e a oportunidade da riqueza corrompem depressa. Se a técnica prevalece sobre a política, se as decisões parecem inatacáveis; a corrupção pode deter esse processo. Os técnicos são homens e podem deixar-se corromper, desviando ou falseando o funcionamento da técnica. Então não são mais os interesses gerais (da política) que prevalecem sobre a técnica, mas interesses particulares. Assim a técnica pura passa a representar os interesses gerais – contra os políticos que representam o elemento corruptor por motivos particulares.

12 O Humano na Estrutura Estatal
A corrupção dos políticos: Implicações » De acordo com Ellul as ações corruptas provenientes do âmbito político e dos políticos retardariam a transformação total do Estado em um gigantesco aparelho exclusivamente técnico. Este movimento de aprofundamento da tecnificação conta com as simpatias da opinião pública, que é quase unânime em favor das decisões técnicas contra as decisões políticas, consideradas partidárias ou idealistas.

13 O Humano na Estrutura Estatal
Não se pode dizer que há uma vontade deliberada dos três grupos [pol/téc/bur] em conquistar mais poder, porém, há uma tendência de transformação do Estado num ente exclusivamente técnico expressando pouvoir de puissance (poderio). Este processo caracteriza-se por: 1. Uma concepção da nação como um negócio a gerir, uma empresa que deve ser rentável e funcionar com o máximo de eficácia;

14 2. Supressão progressiva das barreiras ideológicas e morais que se opõem ao progresso técnico. O Estado é barreira e freio, no sentido da justiça; mas, quando a técnica se torna um meio a serviço do Estado, este transforma-se em Leviatão que não hesita em servir-se delas, (instrumentalmente), ficando a serviço da razão de Estado.

15 Estado e Liberdade do Homem
Estamos na presença de um organismo [o Estado] que cresce e que elimina em função do seu próprio desenvolvimento, a liberdade de todos os que se encontram ao seu redor. Que podemos esperar e fazer em função disso? 1. Não tenhamos ilusões, não haverá um enfraquecimento espontâneo do Estado, mesmo que haja uma revolução socialista.

16 Estado e Liberdade do Homem
2. Também não se pode esperar que haja uma liberalização pela elevação do nível de vida. Nessa situação o que há é uma conformidade e uma passividade do cidadão, o Estado não intervém, porém se há protestos...o poder repressivo e opressivo manifesta-se duramente (Ex. URSS, China, EUA, Grã Bretanha). 3. De acordo com Ellul, não podemos esperar nada do Estado, nem mesmo de uma revolução que se limitaria a uma nova declaração de direitos individuais.

17 Que fazer? Dessacralizar o Estado e o poder, e desapaixonar a política. Toda irracionalidade e fé na política servem apenas ao crescimento do poder, então o primeiro ato de redução do poder é parar de crer nele. Isso implica evidentemente uma atitude pessoal de rejeição do crescimento do poder estatal.

18 Que fazer? 2. Dessacralizar a técnica. Desenvolvendo o pensamento reflexivo e o juízo crítico em relação ao sistema aos seus produtos e serviços. Desenvolvendo o não conformismo com a artificialidade da vida moderna; o não conformismo com a alienação do homem na abundância. Desenvolvendo a abstenção militante da utilização de produtos e serviços. Denunciando produtos e serviços nocivos à saúde.

19 Que fazer? 3. Criar pólos de tensão na sociedade. Criando grupos intermediários independentes que se oponham sistematicamente ao crescimento do poder. Associações locais independentes do poder; despojadas; que funcionem sem dinheiro ou com pouco dinheiro, que trabalhem: Pela reconversão total do poderio produtivo do mundo capitalista e socialista, para canalizar ajuda, gratuita, sem interesse, sem juros, sem manipulação, sem tutela, sem invasão militar nem cultural aos países emergentes e aos países pobres; Pelo não poderio, pela renúncia aos meios militares que esmagam a economia mundial; Pela supressão do Estado centralizado burocrático.


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