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LITURGIA E RELIGIÃO DO POVO O que você entende por Liturgia?

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Apresentação em tema: "LITURGIA E RELIGIÃO DO POVO O que você entende por Liturgia?"— Transcrição da apresentação:

1 LITURGIA E RELIGIÃO DO POVO O que você entende por Liturgia?
Religiosidade? O que você entende por povo? O que você entende por religião do povo?

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3 Religião do Povo ou religião popular
Religiosidade Comporta aquela atitude fundamental que procura relacionar-se com o divino. Liturgia Corresponde a povo em ação Religião do Povo ou religião popular Entende-se como aquele catolicismo vivido e praticado pelas classes populares, ou seja, pelo conjunto das classes pobres e oprimida. Povo Compreende-se como o conjunto das Classes oprimidas. Opõe-se a grupos dominantes O termo já possui em si um significado diferenciador – “popular” refere-se àquelas pessoas pertencentes as camadas mais pobres, com menos instrução e poder de decisão. Demonstra preconceito, pois nunca se fala em “religiosidade das elites”. O que sugere que alguns têm religião e outros têm religiosidade.

4 Religiosidade Popular
Então, “Religiosidade Popular” seria a atitude que origina formas de culturas popular, dos pobres e simples, que procuram relacionar-se com o divino de forma mais simples, mais diretas e mais rentáveis. Mais simples – na tentativa de superar o intelectualismo e a abstração dando lugar ao sentimento e a imaginação. Mais diretas – como forma de rejeição de mediações clericais que seriam sentidas mais como obstáculo do que como mediação. A expressão mais rentáveis dirige-se a satisfação de desejos utilitários (magia, superstição), que podem adulterar a religiosidade popular. Religiosidade Popular

5 Elementos Históricos

6 Catolicismo Tradicional Chega com os colonizadores.
Desde o séc. XVI até o séc. XIX o papado estabeleceu com as monarquias de Portugal e Espanha o “Padroado”. A evangelização foi reforçada por este particular regime de colaboração entre Estado e Igreja. Junto com o catecismo oficial, chegou o catolicismo popular com o colono pobre sendo depois assimilado pelos escravos, mestiços e índios civilizados. Com a Proclamação da República (1889) tal instituição foi extinta; nesse período, a grande maioria da população era católica. No início da República, o catolicismo brasileiro estava marcado por uma polarização, desenvolvendo-se sob dois enfoques: um de caráter clerical, doutrinal e outro de caráter popular, devocional. Sem o apoio doutrinal, o culto dos santos passou a ocupar a primazia na vida religiosa do povo. O grande veículo de transmissão deste catolicismo foi a família. O centro era a devoção aos santos. Os próprios devotos organizavam suas práticas religiosas. Nas casas havia oratórios domésticos. Nas vilas e povoados, havia capelas, pessoas que lideravam as orações. A missa e os sacramentos eram uma complementação e não o núcleo desse catolicismo.

7 Catolicismo Romanizado Segunda metade do séc. XIX.
Inicia-se uma mudança liderada por bispos reformadores, padres e Irmãs vindos da Europa. O centro do catolicismo brasileiro desloca-se dos santos para os sacramentos e de um catolicismo leigo para um catolicismo clerical. Caracterizou-se também pela substituição das antigas devoções por novas trazidas pelas congregações masculinas e femininas – Sagrado Coração de Jesus, Nossa Sra. do Perpétuo Socorro..., ligadas à práticas dos sacramentos. As Irmandades foram substituídas pelas Pias-Uniões, Apostolado da Oração... onde os leigos estão subordinados ao clero. Os centros de Romarias são confiados aos padres (Redentoristas). Nas capelas os fiéis só podem rezar com licença do padre. A guarda das imagens passa para as paróquias saindo das mãos dos leigos. Toda a espiritualidade converge para os sacramentos. É um catolicismo dirigido para o leigo mas não tem a expressão própria das classes populares. Como reação à romanização o povo reelabora suas expressões religiosas e surge a forma privatizada do catolicismo.

8 Catolicismo Privatizado
Esta forma do catolicismo é uma reação à romanização, onde antes as devoções tinham caráter comunitário, agora passam a ter um caráter privado. O centro ainda são os santos, mas com uma prática suplementar de alguns sacramentos como batismo, casamento, funerais e algumas festas de santo, romaria e participação na Semana Santa. Os santos cultuados podem ser inclusive santos não canonizados; ou são individualizados (almas). É sempre uma relação pessoal e individual, transitória ou permanente; promessas, novenas e invocações; o fiel estabelece uma aliança que não deve ser rompida.. A partir dos anos 60 inicia-se no Brasil uma nova prática pastoral denominada Pastoral Popular e dela surgiu novas formas de catolicismo superando o catolicismo privatizado; surgem as CEB’s.

9 Catolicismo das Comunidades Eclesiais de Base
Tal catolicismo caracteriza-se por seu aspecto comunitário e sua preocupação com a libertação integral da pessoa. Trata-se de um catolicismo praticado pelo povo e elaborado por este. Há uma superação do clericalismo da Romanização sem que se perca a unidade e o respeito para com o padre e o bispo. Surgem novos ministérios complementando os ministérios ordenados. Uma superação do catolicismo privatizado, pois se recupera o aspecto comunitário. Os sacramentos têm lugar importante como também a Palavra de Deus que é lida e meditada em pequenos grupos, com a intenção de ligar fé e vida. A grande preocupação é a libertação integral da pessoa. Essa posição foi assumida em Medellín e Puebla e é hoje uma opção do Episcopado Latino Americano. Porém, temos hoje ainda a sobrevivência tradicional, ao lado do romanizado, do privatizado e das CEB’s

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11 A PASTORAL POPULAR DIANTE DO CATOLICISMO DO POVO
Basicamente há três formas de relacionamento: 1) O Catolicismo do povo é visto como superstição, magia, ignorância e alienação – a intenção é substituí-lo pelo das CEB’s, o único autêntico. Para os agentes de pastoral que têm esta visão, o único, autêntico e libertador catolicismo é o das CEB’s. Esses agentes percebem os limites e falhas da catolicismo do povo, e que é preciso passar para um catolicismo mais comprometido com a comunidade. Porém, há o risco de repetir aquilo que fizeram os agentes romanizadores, pois não percebem o que há de positivo no catolicismo popular.

12 Posturas 2) Vê como bom tudo o que vem do povo. É uma maneira ingênua de perceber o catolicismo do povo, pois acham que a passagem do Tradicional, Romanizado ou Privatizado ao catolicismo das CEB’s se faça de maneira espontânea. O valor desta posição é o de perceber o catolicismo do povo como parte essencial da cultura popular e de denunciar atitudes que em nome da liberdade são dominadoras. Seu limite é o de achar que a cultura popular sozinha caminha para a libertação, sem perceber que nem todas as práticas do catolicismo popular são igualmente cristãs. 3) Percebe no catolicismo do povo valores e problemas – então a pastoral deve ajudar a desenvolver o que for valor e superar os problemas. É uma visão de respeito mas não ingênua. Esta atitude encontra-se fundamentada na Evangelli Nuntiandi 48 e em Puebla n 444 a 469 e

13 A fé do povo pobre Sempre existiu uma grande diferença entre a fé oficial da Igreja, expressa em seus dogmas, credos e liturgia, e a fé do povo simples e pobre, que se manifesta através de suas festas e devoções da religiosidade popular. O povo pobre não tem acesso fácil aos colégios católicos particulares; A formação catequética é deficiente; Ainda existe maior presença dos religiosos(as) nos bairros centrais da cidade; São ainda poucos os pobres que começam a ter acesso a Bíblia e participar ativamente da liturgia da Igreja; 6. Observa-se uma distância entre a fé e a moral oficiais e a do cidadão comum 7. Ainda entre o povo pobre e simples é grande o número dos analfabetos. Os que sabem ler não dispõe de meios econômicos para comprar livros, não tem tempo para ler nem , no caso de fazê-lo, possuem uma base teológica suficiente para entender os documentos eclesiais ou teológicos. Quem do Setor popular conseguiu ler e compreender os principais documentos do Vaticanos II? Quem leu o texto completo de Medellín, Puebla e Santo Domingo? Ou ainda, quem conhece a Teologia de Jon Sobrino, Leonardo Boff, Vitor Codina e outros?...

14 8. Enquanto os ricos entram no campo da técnica e da informática, alguns pobres não tem lápis, caderno ou ficam sem escola. A medicina moderna goza dos últimos avanços da ciência, nos setores pobres morre-se de diarréia e de cólera e não há água potável, esgoto, nem eletricidade; 9. Enquanto na Europa e América do Norte a Teologia acadêmica produz constantes progressos exegéticos e hermenêuticos... O povo pobre continua totalmente distante das novas correntes teológicas, das novas interpretações bíblicas: o povo segue batizando seus filhos, enterrando seus mortos, colocando velas diante dos seus santos e peregrinando nos santuários marianos, como tem feito há séculos.

15 Onde fica a Igreja dos pobres?
Esta situação de pobreza não somente econômica, mas também eclesial, teológica e pastoral, contrastam com o Evangelho de Jesus e com as afirmações oficiais da Igreja. Jesus veio sobretudo e prioritariamente para evangelizar os pobres (Lc 4, 18; 7,22) Também a Igreja, desde João XIII, proclamou que quer ser de todos, porém deseja ser especialmente a Igreja dos pobres.

16 Evangelli Nuntiandi Reflete uma sede de Deus que somente os pobres e os simples podem conhecer. Torna capaz de generosidade e sacrifício até o heroísmo, quando se trata de manifestar a fé. Comparta um profundo sentido dos insondáveis atributos de Deus: a paternidade, a providência e a presença amorosa e constante. Engendra atitudes interiores que raramente podem ser observados no mesmo grau em quem não possui esta religiosidade: paciência, sentido da cruz na vida cotidiana, desapego, aceitação dos outros e devoção (EN 48).

17 Igreja Latino Americana
A proximidade da Igreja da América Latina do povo fez com que os documentos refletissem uma preocupação por esse tema. Puebla Medellín 6, 2-4 Santo Domingo 36-39

18 Fides Rudim A doutrina pontifícia está de acordo com a mais genuína Tradição Patristica, que falava da fé do povo simples fides rudim e considerava os pobres seus grandes mestres, e com a tradição evangélica: Jesus não despreza a fé do povo simples, abençoa as crianças e se deixa tocar pela hemorroíssa e pela mulher pecadora. (Ver LG 12)

19 Como se traduzem na prática estas belas declarações de princípios
Como se traduzem na prática estas belas declarações de princípios? Alguns desafios Evangelizar os pobres não consiste simplesmente em ensinar-lhes o catecismo e sim “fazer o que fez Jesus”, oferecer sinais concretos de libertação da sua pobreza e, neste sentido, “a passagem de condições de vida menos humanas para condições de vida mais humanas” é evangelização e boa notícia do Reino. (SD 178, 180, 296, 302). Onde existe defesa da vida, ali começa a existir Evangelho e presença do Reino. A Igreja, ao defender a vida do povo, evangeliza os pobres. Se a maioria dos membros da Igreja são pobres e, certamente, entre eles, as mulheres são as mais numerosas e as mais pobres, de que serve fazer teologia e pastoral para maiorias brancas, ricas e seculares do primeiro mundo ou escrever documentos somente para clérigos e leigos especialistas? A opção pelos pobres leva a uma presença solidária juntos aos pobres em suas lutas pela vida, pela justiça e por uma evangelização libertadora. Isso supõe uma pastoral renovada que tenha em conta a localização das paróquias e das comunidades religiosas e uma revisão da metodologia pastoral, de seu enfoque e de suas prioridades.

20 4. Devolver a Bíblia ao povo, para formar catequistas, preparar para os sacramentos e dar à vida cristã uma orientação evangélica libertadora; 5. Ajudar a criar uma Igreja onde os pobres sejam sujeito e centro da comunidade, sem considerar os pobres que crêem como membros de segunda categoria eclesial. 6. Acreditar na CEBs como células eclesiais básicas e núcleos de evangelização, inculturação e transformação da realidade; 7. Partir da própria pobreza e dos meios pobres do povo, para edificar uma Igreja que seja realmente dos pobres, popular e libertadora, sem populismos nem manipulações, com discernimento e em comunhão com as demais igrejas e com a grande Igreja católica e seus pastores, seguindo, porém, um caminho próprio, alternativo e profético, que certamente pode trazer muito proveito para as demais Igrejas.

21 Mistério e Bem-aventurança
“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do seu agrado” (Lc 10, 21).


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