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XXXII Congresso Brasileiro de Teologia Moral

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Apresentação em tema: "XXXII Congresso Brasileiro de Teologia Moral"— Transcrição da apresentação:

1 XXXII Congresso Brasileiro de Teologia Moral
O PARADIGMA DO CUIDADO NO ÂMBITO DA SAÚDE Luciane Lúcio Pereira

2 Ética do cuidado: desafio na formação do profissional da saúde
Cenário de desafios Contexto desumanizador Cuidado humanizado Possibilidades Ação interdisciplinar Requisitos Habilidades comunicativas Formação Bioética

3 CENÁRIO

4 Avanço tecnológico e desenvolvimento social
“...graças aos avanços tecnológicos, nas últimas décadas verificou-se um crescimento fantástico na produção de serviços e bens materiais, entretanto, desumanamente distribuídos, fazendo com que 2/3 da humanidade viva em grande pobreza.” (BOFF, 1999)

5 As Imagens de Nosso Tempo
EXCLUSÃO E PRIVAÇÃO DAS CONDIÇÕES MATERIAIS, SOCIAIS E HUMANAS MÍNIMAS PARA A EXISTÊNCIA ESPERANÇA DE VIVER MELHOR

6 DESCOMPASSO ENTRE O PROGRESSO TECNOLÓGICO E O PROGRESSO SOCIAL
PERDA DO EQUILÍBRIO NAS RELAÇÕES

7 SOCIEDADE PERDA DO EQUILÍBRIO DO HOMEM COM A NATUREZA COM O AMBIENTE
COM O PRÓPRIO HOMEM SOCIEDADE INDIVIDUALISMO - PENSAMENTO A CURTO PRAZO

8 Contextualizando na área da saúde...
Organizações complexas = alta tecnologia e sistema psicossocial específico Desafio de conciliar o avanço científico e tecnológico com o mundo do indivíduo e da dignidade humana

9 “Dantes os homens podiam facilmente dividir-se em ignorantes e sábios, em mais ou menos sábios ou mais ou menos ignorantes. Mas o especialista não pode ser subsumido por nenhuma destas duas categorias. Não é um sábio porque ignora formalmente tudo quanto não entra em sua especialidade; mas também não é um ignorante porque é ´um homem de ciência´ e conhece muito bem a pequeníssima parcela do universo em que trabalha. Teremos de dizer que é um sábio-ignorante – coisa extremamente grave – pois significa que é um senhor que se comportará em todas as questões que ignora, não como um ignorante, mas com toda a petulância de quem, na sua especialidade, é um sábio” (Ortega y Gasset, apud POMBO, 2003)

10 FRAGMENTAÇÃO E ISOLAMENTO X INTEGRAÇÃO E VISÃO SISTÊMICA
CUIDADO “HUMANIZADO”

11 CUIDADO, CUIDAR... Cuidado = cogitar, pensar, colocar atenção, mostrar interesse, revelar uma atitude de desvelo e de preocupação. “O cuidado é uma expressão de nossa humanidade, sendo essencial para o nosso desenvolvimento e realização como seres humanos.” (Waldow,2006)

12 Volta à Essência Humana Proteção Meio Ambiente Responsabilidade social
Resgate de valores Volta à Essência Humana Ética e Respeito Qualidade de Vida Proteção Meio Ambiente Responsabilidade social Espiritualidade

13 O Cuidado no contexto do profissional da saúde
SIGNIFICADO COMPETÊNCIA COMPROMISSO

14 Parar e pensar... Qual o significado das nossas escolhas ?
Por que eu escolhi esta profissão? Qual o significado da minha atuação para a transformação da Sociedade ? Qual o significado da vida e do cuidado do ser humano? O que esperamos da vida? O que a vida espera de nós?

15 (do ponto de vista da atitude)
competência “Ser competente é saber fazer bem o dever” QUERER – a intencionalidade da ação, a vontade política “... Ocupar o lugar que lhe compete na organização social.” (RIOS,1994) Verdade (do ponto de vista do conhecimento) bem Valor (do ponto de vista da atitude)

16 SOCIEDADE COMPROMISSO SI MESMO VIDA PROFISSÃO

17 5 “Cs” do CUIDADO Compaixão Competência Confiança Consciência
Comprometimento (Roach,1993)

18 ...Interdisciplinaridade...
Possibilidade de mudança da lógica estabelecida para a superação dos desafios da sociedade ...Interdisciplinaridade...

19 “O fazer em saúde, seja nas relações interpessoais (dos profissionais com os usuários e dos profissionais entre si), seja no diagnóstico e terapêutica, passa a ser o resultado da complementação de saberes e práticas específicas e comuns das diversas categorias.” MALTA et al 2000

20 EQUIPE - Definição “Grupo de pessoas que compartilham, pelo menos, de um objetivo que só pode ser atingido pelo esforço conjunto de todos” (Hardingham)

21 Porém... CÓDIGO DE ÉTICA DOS ENFERMEIROS (2007)
A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O Profissional de Enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais.

22 GRUPOS EQUIPES Concordam com as metas de performance
Expressam um propósito comum Concordam com as metas de performance Definem uma abordagem comum de trabalho Desenvolvem altos níveis de conhecimentos complementares Permanecem mutuamente responsáveis pelos resultados

23 Autonomia e interdependência

24 LIMITES E POSSIBILIDADES Transformações Sociais
AUTONOMIA INTERDEPENDÊNCIA independência LIMITES E POSSIBILIDADES dependência mútua Transformações Sociais

25 COMPETÊNCIAS TÉCNICAS E CIENTÍFICAS EXCELÊNCIA PROFISSIONAL
COMPETÊNCIAS ÉTICAS E HUMANISTAS EXCELÊNCIA PROFISSIONAL Entendemos que este é um modelo de prestação de serviços para as pessoas e,portanto, busca contemplar não só a dimensão técnica do cuidado, mas também a dimensão humana que envolve a execução de um procedimento. As duas dimensões – técnica e humana - estão presentes em todos os momentos da interação no hospital, sendo que às vezes uma se sobrepõe a outra. 3 - A enfermagem, como outras áreas de saúde, nas últimas décadas, tem tido sua formação voltada para as competências técnicas e científicas necessitando fazer um resgate das competências éticas e humanistas. Para Collet e Rozendo (2002, p. 190) “...é fundamental agregarmos à competência técnica e científica uma ética que considere e respeite as singularidades do usuário e do profissional, que aceite os limites de cada um na situação que requer a produção dos atos em saúde.” Autonomia (Goldim, 2002)

26 DEPENDÊNCIA RECÍPROCA
Interdependência DEPENDÊNCIA RECÍPROCA Robert Keohane e Joseph Nye (1977), que lançaram a teoria da interdependência, buscando explicar a necessidade das relações internacionais entre os países frente ao forte movimento de globalização e integração regionais, como alternativa para superar os problemas econômicos, demográficos, sociais, políticos e ambientais, através da negociação e cooperação entre os diferentes representantes e atores sociais.

27 Autonomia Interdependência
Linhas de divisão Independência Emancipação Interdependência Linhas de entrelaçamento Integração Dependência Mútua Autonomia e interdependência são termos que, em suas raízes apresentam conceitos, aparentemente, opostos, mas ao analisá-los frente ao contexto atual de transformações sociais, têm características de complementaridade nas definições das linhas de divisão (autonomia/ independência) e das linhas de entrelaçamento (interdependência/ integração) dos diferentes atores e setores sociais. No entanto, se os limites da autonomia não estão claros fica difícil estabelecer relações de interdependência. Para a enfermagem o tema da autonomia profissional tem sido importante para a compreensão da profissão, tanto na definição de seus desafios e objetivos, como na forma como os enfermeiros se relacionam e se apresentam para a sociedade. Trata-se de um tema complexo, onde a própria enfermagem se vê limitada em sua autonomia profissional, muitas vezes, reproduzindo modelos de subordinação e dominação, que sofre na sua relação com outros profissionais e na estrutura hierárquica das instituições. (1)

28 Conhecimento das nossas
potencialidades e limitações... Renúncia do interesse individual para perceber melhor o coletivo... Atitude concretas, responsáveis, éticas e sensíveis... Fazer escolhas que redirecionem e transformem a realidade...

29 PARALELISMO MULTIDISCIPLINAR PERSPECTVISMO CONVERGÊNCIA INTERDISCIPLINAR

30 Interdisciplinaridade é um continuum no qual as esferas de justaposição, fusão, transcendência, circulam em diferentes sentidos e configuram modos de trabalhar com os encontros, diálogos e conexões entre os saberes científicos. (Olga Pombo)

31 Desenvolvimento das Habilidades Comunicativas como Requisito para a atuação interdisciplinar de Cuidado

32 CUIDADO INTERDISCIPLINAR COMUNICAÇÃO MEDIADO PELA COMPREENSÃO
DE SI E DO OUTRO COMUNICAÇÃO

33 REPRESENTA UM PROCESSO DE
REPRESENTA UM PROCESSO DE TROCA, ONDE AS PESSOAS EXPRESSAM O QUE SENTEM E PENSAM, E TAMBÉM RECEBEM ESTAS INFORMAÇÕES DO OUTRO COMUNICAÇÃO REPRESENTA UM PROCESSO DE DAR E RECEBER FEEDBACK

34 COMUNICAÇÃO associada todas as formas as palavras de comunicação
VERBAL associada as palavras expressas NÃO VERBAL todas as formas de comunicação que não envolva as palavras

35 COMPETÊNCIA INTERPESSOAL
“habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidade de cada uma e às exigências da situação” (MOSCOVICI,1996)

36 Cada pessoa é única... subjetivismos experiências valores interesses expectativas Significados diferentes para experiências comuns Negociação de significados

37 INFLUÊNCIAS NO PROCESSO COMUNICATIVO
A SUBJETIVIDADE DAS FORMAS DE EXPRESSÃO OS VALORES PESSOAIS O CONTEXTO A INTERAÇÃO DAS MENSAGENS VERBAIS E NÃO-VERBAIS

38 “Está comprovado que nunca se alcança realmente uma boa comunicação antes que duas pessoas se decidam a trabalhar para isso. Precisamos de estudo e prática para aprender a difícil arte da comunicação” (Powell; Brady, 2001)

39 Aprendizado da Comunicação
OPORTUNIDADES SISTEMATIZADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES COMUNICATIVAS DIMENSÃO INDIVIDUALIZADA AUTO- CONHECIMENTO EFETIVAÇÃO DAS INTERAÇÕES CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES SIGNIFICATIVAS

40 SIGNIFICADO DA COMUNICAÇÃO COMPETENTE
É um processo interpessoal; Atinge o objetivo dos comunicadores; Pressupõe conhecimentos básicos de comunicação; Há consciência do verbal e do não verbal na interação; Exige clareza e objetividade; Promove auto-conhecimento. (BRAGA, 2005)

41 Formação Bioética para uma nova atuação

42 Formação Profissional
Aponta para a necessidade de uma postura inovadora e flexível que permita a formação de um profissional crítico, criativo, consciente e ético. LDB x o que se verifica é que os princípios norteadores da sua prática são mais inspirados na competitividade do que na cooperação e solidariedade. (Erdmann,2005)

43 Fragmentação e ultra especialização profissional
“Em todos os campos, o desenvolvimento das especializações e dos compartimentos burocráticos tendem a encerrar os indivíduos num domínio de competência parcial e fechado, de onde deriva a fragmentação e a diluição da responsabilidade e da solidariedade(...).” Morin, 2005

44 Formação profissional na área da saúde
A formação bioética se apresenta como possibilidade de preparo do futuro profissional para o enfrentamento das questões persistentes e emergentes da ética da vida, numa visão mais integral do ser humano. Vivenciamos como atores e expectadores uma formação e atuação do profissional tecnicista, fragmentada, marcada pela pressão de mercado e destituída de valores humanos.

45 Desafios da formação moral e ética dos profissionais de saúde
(REGO, ROSITO, YAMADA, 2007) Transformar o atual paradigma centrado na tecnologia e na intervenção aos agravos dentro de espaços físicos dos serviços hospitalares sair do território do ensino centrado em normas deontológicas viabilizar o cuidado como direito de cidadania inserir a bioética como “seiva” ao longo dos cursos formação de pessoas comprometidas com o diálogo, respeitadoras dos direitos humanos e daqueles que divergem de suas posições

46 Levantamento – Ensino de Bioética
Incipiência do ensino de bioética Importância do ensino de bioética Restritos essencialmente a área de Medicina (secundariamente Enfermagem, Teologia, Odontologia, Ciências Biológicas e Biomedicina) Descrição de Metodologias empregadas Descrição de conteúdos ainda muito associados a Deontologia; Importância do preparo docente para a atuação nesta disciplina.

47 Em Bioética é preciso educar-se... (Hossne, 2006)
UMA CONSTATAÇÃO: A Bioética representa um elo entre as ciências biológicas e as ciências humanas, olhando para o futuro da humanidade tendo como características principais o pluralismo e a interdisciplinaridade UMA ATENÇÃO: Não se pode obter formação em bioética empregando uma sistemática valida para outras áreas, mas insuficiente em bioética. A formação em bioética exige, sim, conhecimentos científicos pragmáticos , como subsídio para a reflexão e a deliberação, mas exige, sobretudo, uma sistemática de formação utilizada nas ciências humanas” UMA EXIGÊNCIA: Sobre quem se dedica a bioética – (...) “busquem sempre aprimorar não apenas conhecimentos, mas comportamentos. Quero crer que é incoerente atuar em bioética de forma que não seja eticamente adequada.”

48 SOMOS A SOMA DE NOSSAS DECISÕES E AÇÕES
QUEM SOMOS ? Intenções - ações = NADA Intenções + ações = VONTADE

49 “É o cuidado e o enternecimento pela inalienável dignidade da vida que move as pessoas e os movimentos a protestar, a resistir e a mobilizar-se para mudar a história.” (BOFF, 1999)

50 OBRIGADA!


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