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Tema da aula: A UNESCO Introdução: A Unesco: o que é e o que faz

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Apresentação em tema: "Tema da aula: A UNESCO Introdução: A Unesco: o que é e o que faz"— Transcrição da apresentação:

1 Tema da aula: A UNESCO Introdução: A Unesco: o que é e o que faz
Texto: Dallari (2008) – “A Unesco e as Políticas Linguísticas” 1. A Unesco e as Políticas Linguísticas 2. Políticas Linguísticas - a área e a atividade 3. A incidência generalizada das políticas linguísticas 4. Temas e questões 5. Interdisciplinaridade 6. Objetivos do projeto do autor e Produção 7. Bibliografia

2 A Unesco: o que é e o que faz
UNESCO (United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization) – Áreas de atuação são: a Educação; as Ciências Naturais, Humanas e Sociais; a Cultura, Comunicação e Informação . Fundação: 16/11/1945, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, e 23 dias depois da fundação da ONU (24/10/45).

3 UNESCO: seu objetivo Enquanto agência especializada das Nações Unidas:
Não apenas construir salas de aula em países desfavorecidos ou publicar descobertas científicas. Áreas de atuação da Unesco (Educação, Ciências Naturais, Humanas e Sociais Cultura, Comunicação e Informação): meios para conseguir atingir um objetivo bem maior, mais ambicioso: o de “construir a paz nas mentes dos homens”.

4 Desdobramento do objetivo maior
1. Dentre um vasto campo de atividades, acompanhar o desenvolvimento mundial nos temas selecionados e, ao mesmo tempo, 2. auxiliar os Estados-Membros na busca de soluções para os problemas que desafiam as respectivas sociedades.

5 FUNCIONAMENTO DA UNESCO
um laboratório de ideias; uma agência de padronização para formar acordos universais, em assuntos éticos emergentes; uma agência do conhecimento - para disseminar e compartilhar informação e conhecimento, enquanto colabora com os 193 Estados-Membros na construção de suas capacidades humanas e institucionais em diversos campos; em suma: promove a cooperação internacional entre os Estados-Membros, nas ditas áreas.

6 FUNCIONAMENTO DA UNESCO (cont.)
Reuniões, em Conferência Geral, a cada dois anos: 1. discutir e deliberar sobre importantes questões no âmbito de um determinado mandato 2. promover inúmeros estudos, reflexões e reuniões com governos, dirigentes e especialistas dos países que a integram, objetivando: aprofundar exame de temas vitais p/o futuro buscar consensos - definir estratégias de ação.

7 Metas da Unesco Garantir condições para um genuíno diálogo baseado no respeito a valores compartilhados e na dignidade de cada civilização e cultura, preocupada que está, hoje, com a questão do terrorismo. A Unesco sabe que o mundo requer urgentemente visões globais de um desenvolvimento sustentável baseado na observância dos direitos humanos, respeito mútuo e na erradicação da pobreza. Metas que estão todas no cerne da missão da UNESCO e em suas atividades. 

8 Através de estratégias e atividades, ativamente dedicada a atingir
Metas da Unesco (cont.) Através de estratégias e atividades, ativamente dedicada a atingir os ODM-Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas ( ).  

9 1. A UNESCO E AS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS – Dallari (2008)
2008 – Ano Internacional das Línguas, pela Unesco. Referência histórica: Eliezer ben Iehuda ( ) – responsável pela restauração do hebraico (como fala popular). Caso do hebraico: o mais ambicioso e mais bem sucedido na história das PLs.

10 Missão assumida pela Unesco
Desde a sua criação: o desenvolvimento das políticas linguísticas - parte de sua missão. Fundamentos e diretrizes desta linha de atuação estabelecidos formalmente em 2 documentos: 1. The Use of Vernacular Languages in Education, (1953) – empregado como referência básica; 2. Education in a Multilingual World (2003) – modalizando o primeiro. Contêm toda a orientação geral em vigor sobre as políticas linguísticas, aplicável a agentes e organismos envolvidos, internacionais e locais, e a todas as nações contempladas por elas.

11 Referências Os dois documentos, de 1953 e de 2003, que fundamentam as políticas linguísticas da Unesco estão acessíveis nos seguintes sites: The Use of Vernacular Languages in Education Education in a Multilingual World

12 Como se deu o desenvolvimento das Políticas Linguísticas pela Unesco
Desde o início, fortemente imbricadas às políticas educacionais levadas a cabo pela pp. Unesco, consistindo em partes de um mesmo “pacote”. Consistiam na criação: 1. de versão padronizada para língua ágrafa (ou para língua escrita que estivesse sem versão padronizada) e 2. na implantação de uma infra-estrutura institucional de suporte, gerenciamento e difusão das línguas desenvolvidas.

13 Quais os beneficiários dessas PLs+PEs
Clientela: sobretudo ex-colônias recém-emancipadas de suas metrópoles. Constituída por povos heterogêneos, com línguas ágrafas. A Unesco fornece-lhes seu aporte para a constituição de um arcabouço educacional.

14 Ponto fundamental do documento de 1953
O enunciado em seu próprio título “vernacular languages” : que a educação (fundamental) fosse ministrada na língua nativa (mother tongue) dos povos em foco.

15 Sentido político da empreitada da Unesco
A constituição de comunidades nacionais propriamente ditas, que possam dar lastro às nações recém-criadas, configuradas a partir de populações etnicamente heterogêneas, cujos indivíduos tornam-se capacitados de alguma forma (ainda que precária), a atuar como cidadãos de uma sociedade moderna.

16 Sentido político da empreitada da Unesco (cont.)
Tratava-se de começar do zero um processo civilizatório, cuja base seria a educação dos povos compreendidos por ele. Formalização das línguas e Generalização de seu uso a partir da educação seriam condição essencial para viabilizar a existência destas nações emergentes.

17 Como caracterizar o empreendimento da Unesco: Pós-colonial
Como caracterizar o empreendimento da Unesco: Pós-colonial? Neo-colonial? Holmes (2007): “pós-colonial”. E por quê? a clientela principal eram ex-colônias; a incumbência: formular e implementar esses projetos, incumbência essa assumida sobretudo por especialistas britânicos e franceses, atuando em suas respectivas ex-colônias. Outra proposta: a de “neocolonial”, já que muitos outros países, sem um histórico de relação colônia-metrópole, passaram a participar dele, tanto como formuladores, quanto como beneficiários.

18 Como quer que seja, o processo é marcado por
uma forte unidirecionalidade, com uma clara dissimetria entre países provedores e países receptores de políticas linguístico-educacionais.

19 2. Políticas Linguísticas: a área e a atividade
Políticas Linguísticas: não foram uma criação da Unesco. Embora se possa falar genericamente de políticas linguísticas desde que Dante Alighieri, escreveu Da Eloquência Vulgar (1304), propondo a criação de um italiano-padrão, a forma contemporânea das PLs. data do século XIX.

20 2. Origem das PLs No bojo do processo de formação do Estado moderno, que se seguiu à “dupla revolução” - a Francesa e a Industrial – (Hobsbawm,1979), foi que as PLs passaram a ser um elemento fundamental de sua constituição, quando o componente nacional passou a integrar, como requisito, a própria definição e circunscrição terrritorial e populacional dos Estados.

21 Foi o momento do advento da concepção de língua nacional
- uma língua que, ao mesmo tempo, deve: ser falada por todos os cidadãos e ser a língua oficial do Estado. Até então, não eram problema, nem constituíam sequer questão: a heterogeneidade linguística dos países e de suas populações; quanto das funções incumbidas do exercício da autoridade.

22 De fato, não era incomum, até o século XVIII, que o rei fosse um estrangeiro, sem nenhum vínculo de nacionalidade com os súditos sobre os quais reinava e que não falava a língua deles. Além disso, os territórios sobre os quais ele reinava compreendiam contingentes linguísticos diversos, de modo que não havia nenhuma expectativa de homogeneidade. É a partir da Revolução Francesa, quando os súditos se tornam cidadãos, que passa a ser requerido um vínculo de identidade entre governante e governados. Identidade que será batizada de “nacional”, no curso do século XIX, e instituída como um ideal a ser cultivado para caracterizar como comunidades as populações de seus países.

23 Fundamental observar... 1. Os Estados nacionais não foram estabelecidos a partir de realidades linguísticas pré-existentes a eles. 2. Ao contrário, foi a ação dos Estados já constituídos, sobre os seus cidadãos, que fez com que os Estados se tornassem territórios com populações linguisticamente homogêneas, caucionando a sua existência.

24 Ratificando o dito anteriormente:
“A velha correspondência uma língua, uma nação, tomando valor não mais pelo passado, mas pelo futuro, adquire um novo sentido: as nações transformadas, quando puderam, em Estados, estes vão fazer da aprendizagem e do uso de uma língua oficial uma obrigação para os cidadãos.” (Auroux, Sylvain. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas: EdUnicamp, 1992: 49).

25 Por que surgiram as PLs Como parte de um dispositivo de legitimação e viabilização dos Estados, com os atributos que estes passaram a assumir a partir do século XIX. Esse processo foi conduzido como uma construção de forma explícita, em casos como o da Itália ou da Noruega.

26 Caso dos Estados já constituídos
Caso da França e Alemanha, tiveram de qualquer forma uma grande tarefa: a de que redefinir nacionalmente sua base de legitimação. E de que forma? Por processos mais discretos, mas nem por isso menos determinados. Saldo desse período: 1. a gradual constituição de nações uniformes linguisticamente e 2. a consagração do próprio princípio de que essa uniformidade era necessária ou desejável.

27 Europa – séc. XIX – 1ª onda de constituição de nacionalidades
Por meio da institucionalização linguística - complexo aparato obrigatório para dar consistência a essas nacionalidades; - integra o elenco de instituições do Estado moderno. Sua função: Gestão da língua usada pelos cidadãos, a restrição a algumas formas possíveis, a interdição a algumas, consagrando outras, mantendo uma língua-padrão e assegurando que ela seja uniforme e que se preste a viabilizar o funcionamento das instituições, oficiais e não oficiais, do país.

28 Processo de gramatização
Esse processo, chamado de gramatização por Sylvain Auroux (1992), consistiu, a partir do século XVI, na elaboração de versões padronizadas para o uso escrito de línguas vernaculares europeias, línguas que em sua quase totalidade só tinham versões orais, já que se escrevia em latim. Do XVI ao XVIII, a gramatização incidente sobre poucas línguas faladas nas cortes ou em contextos burgueses ou elitizados – muito limitada, portanto. A partir do XIX, a gramatização passa a incidir sobre todas as línguas que se tornam, assim, instrumentos de identificação das nacionalidades dos Estados.

29 É convocada a educação... No XIX, o que vai se repetir no XX,
a educação aparece como expediente eficaz para: 1. prover a almejada uniformidade linguística e 2. a homogeneidade cultural dos povos, que se pretendia caracterizar como comunidades.

30 Pressuposto para a inserção em uma comunidade nacional
O uso da língua comum instituída, a língua nacional. O conhecimento e uso da língua nacional passa a ser condição de pertencimento a esta comunidade.

31 Objetivo da generalização da educação
Visaria a criar uma cidadania homogênea quanto a aspectos básicos. Daí a íntima associação das políticas educacionais com as políticas linguísticas.

32 Mas qual a condição concreta para as PLs acontecerem?
É, finalmente, o momento em que passam a ser identificáveis os profissionais incumbidos de formular e implementar essas políticas. A Universidade de Leipzig, na Alemanha - o mais importante pólo irradiador e para onde acorriam professores de escolas (primárias ou de ensino fundamental, na classificação de hoje) e que coincidiam estar envolvidos com a institucionalização linguística, como parte de projetos nacionais, em nações emergentes, sobretudo do Leste e do Norte da Europa.

33 Qual o objetivo dessa concentração em Leipsig?
Adquirir o know-how necessário para promover essas políticas em suas nações-aspirantes. O jovem Saussure, o fundador da Linguística moderna, vai estudar, em 1876 (por 4 anos), mas que abandona por Paris, tentando fazer uma Linguística menos contaminada pela “questão das nacionalidades”. Professores em Leipzig: os precursores dos técnicos da Unesco, com missão similar: a de viabilizar nações a partir de políticas linguísticas.

34 3. A incidência generalizada das políticas linguísticas
O paradigma estabelecido no XIX continua em vigor atualmente, em seus aspectos fundamentais, embora modalizado em outros. A precariedade estrutural dos novos Estados foi que ensejou que a Unesco assumisse a incumbência de prover estas políticas para esses Estados fragilizados.

35 Repertório conceitual da Unesco e seu valor
Mesmo no caso de países nos quais a Unesco não atuou diretamente, suas formulações foram - e continuam a ser - usadas como referência. Embora não esteja envolvida diretamente em muitos dos processos de institucionalização linguística levados a cabo, o repertório conceitual da Unesco é invariavelmente empregado.

36 Sobre efeitos da Conferência de Bandung (1955)
No ciclo de emergência de nações – efeitos de tal Conferência – a temática linguística versus a educacional foi parte das políticas de desenvolvimento postuladas como forma de viabilizar tais nações. Papel da Unesco: Consolidar essas políticas linguístico-educacionais e Catalizar grande parte do debate a respeito delas, o que continua fazendo ainda hoje.

37 Efeitos de Strauss para o atual caráter da Unesco
É interessante lembrar que o texto Raça e História, de 1952, foi escrito pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss para uma conferência na Unesco. Ênfase na equivalência de complexidade entre a cultura dos povos de línguas ágrafas e povos de línguas escritas - um dos pilares das políticas desenvolvidas em seguida pela Unesco. Texto que marcou o estabelecimento da Unesco como uma instância de reflexão e formulação sobre o tema.

38 Efeitos da globalização: o esvaziamento do papel das nações?
Poderia haver uma expectativa de que a questão das PLs fosse superada. Ocorreu isso? Ao contrário!, e pela seguinte razão: 1. As nações ainda se supõem nacionais e 2. Há a expectativa de que elas correspondam a contingentes populacionais uniformes quanto à língua. Mesmo admitindo-se que estes não sejam uniformes, assume-se que é preciso gerir cuidadosamente o funcionamento linguístico do país em questão.

39 Ainda efeitos... Um pouco paradoxalmente, o mundo globalizado é mais cioso da nacionalidade do que antes. Daí assistirmos a emergência de novos países com reivindicações tais como: 1ª) não se contentar mais com o status de regiões; 2ª) ou pelo menos desejar o reconhecimento de suas singularidades. A contraparte da globalização tem sido a pulverização e o surgimento de uma miríade de novos Estados, todos fundamentados no argumento nacional (“Somos uma nação”).

40 E mais... A fragilização dos Estados nacionais
- no bojo da globalização - teve o efeito paradoxal de tornar a afirmação linguística mais importante do que no tempo dos Estados nacionais puros e duros, que não tinham pudor de pretender e impor a uniformidade linguística a seus cidadãos.

41 O desmoronamento do mundo comunista levou à fragmentação de grande parte dos países que o compunham, constituindo novas nações. A emergência de novas nações, como resultado da fragmentação, como na ex-URSS, criou novos dilemas. Por exemplo, a Lituânia estabeleceu um teste de língua como requisito para atribuir a nacionalidade lituana — um expediente discutível para considerar como não-nacional o vasto contingente de russos que foi deslocado para lá, por Stalin.

42 E internamente aos países, também efeitos...
Irrompe crescentemente a reivindicação de Direitos Linguísticos, agora considerados como integrantes dos Direitos Humanos fundamentais. Dessa forma, mesmo comunidades assumidamente não nacionais, — como as comunidades de imigrantes, por exemplo, os turcos na Alemanha —, esperam reconhecimento institucional e aportes financeiros para o emprego de suas línguas nativas.

43 Como são tomados os Direitos Linguísticos
Países com políticas ativas de acolhida a imigrantes, como Canadá e Austrália, vão admitir esses direitos. Outros os vêem como uma ameaça. (É o que transparece documento controverso da União Europeia, que, no mesmo momento em que reconhece a cidadania linguística de cada um dos pequenos povos europeus, exclui as línguas dos imigrantes: European Charter for Regional or Minority Languages). Línguas indígenas (no Brasil inclusive) são crescentemente consideradas com o direito de figurar entre as línguas reconhecidas e protegidas oficialmente pelos países em que se encontram.

44 Este conjunto de realidades faz com que questões de política linguística não só permaneçam em pauta, como que estejam mais do que nunca na ordem do dia. Para completar o quadro, toda uma gama de atividades de planejamento linguístico, criação de legislação linguística, suscitou a formação de profissionais, que lidam especificamente com o assunto, através do mundo, aumentando ainda mais a densidade requerida para o tratamento do tema.

45 4. Temas e questões A história das políticas linguísticas registra casos de sucesso, como o de ISRAEL, mas também grandes fracassos exemplares, como o da GUINÉ-CONACRI, descrito em Calvet (1999). Única ex-colônia francesa na África a optar por não participar da francophonie, proposta por De Gaulle como forma de manter esses países na esfera de influência da França. Peculiaridade da Guiné-Conacri foi, desde a independência (1958), ter pretendido instituir as línguas locais como línguas nacionais, ao contrário das outras ex-colônias, que optaram por manter o funcionamento das instituições e da educação em francês, enquanto gradualmente preparariam a incorporação das línguas locais à vida nacional.

46 Em Guiné-Conacri A ideia foi gramatizar as línguas locais
e, desde logo, instituí-las e promover a generalização do seu uso nas respectivas comunidades de falantes, com o estatuto completo de: 1. língua oficial local; 2. língua do serviço público; 3. língua do funcionamento do Estado; 4. língua da educação; 5. língua do comércio; 6. língua do trabalho 7. língua da cultura etc.

47 Que aconteceu em Guiné-Conacri
Em Guiné são faladas pelo menos 20 línguas, numa população com, atualmente, 8.4 milhões de habitantes. A língua mais falada, o pular, corresponde a apenas 15% da população. A segunda língua mais falada, o malinké, compreende 9% da população. A estas seguem-se outras línguas de números ainda menores. Não havia uma língua que fosse vocacionada a assumir o papel de língua nacional.

48 Qual foi a posição do Governo
No propósito de garantir que cada falante pudesse usar sua língua nativa; Pautando a Constituição do País a partir de um formato europeu; O governo selecionou as 11 línguas mais faladas para que fossem gramatizadas e para fazê-las vigorar como línguas oficiais locais, formando, em conjunto, as línguas nacionais de Guiné-Conacri.

49 Como se desenvolveu tal tentativa
O projeto linguístico foi lançado impetuosamente, logo em seguida à independência, pelo presidente Sékou Touré, como uma meta programática do recém-constituído governo guineano. Em vista, porém, das dificuldades encontradas, logo o governo recorreu à Unesco, que assumiu a formulação e a implantação do projeto, junto com o governo. O projeto foi levado a cabo, em sucessivas vagas, nas quais se procurava retificar equívocos e lidar com problemas específicos, entre 1962 e 1984, quando foi decretado o seu fracasso e a volta do francês como língua da educação e de funcionamento das instituições, inclusive do Estado.

50 As razões do fracasso do projeto guiné-cronaquiano formam um elenco de temas e questões atuais,
referentes às PLs: (a) administrar a aplicação do critério da nacionalidade; (b) custo, porte e complexidade dos programas; (c) motivações; (d) multilinguismo; (e) o funcionamento da Unesco.

51 (a) administrar a aplicação do critério da nacionalidade
A seleção das línguas ou variantes linguísticas a serem gramatizadas é, desde logo, uma escolha política. Ela implica em eleição de algumas línguas como nacionais em detrimento de outras, que passam a ser consideradas dialetos ou ficam sem estatuto nenhum. Entre mais de 20 línguas, a Guiné selecionou 11, mas logo reduziu para 8 o número das que seriam contempladas no processo. Mesmo assim eram muitas, o que é difícil de gerir, sobretudo para um país pequeno e sem recursos e o processo não chegou sequer a ser iniciado com a maior parte delas.

52 (a) administrar a aplicação do critério da nacionalidade (cont.)
Após o fim do apartheid, a ÁFRICA DO SUL institui 11 línguas oficiais e, — similarmente à Guiné-Conacri —, até hoje não viabilizou a sua implantação, além de ter deixado dezenas de outras línguas de fora do processo.

53 A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA é uma característica comum dos países contemplados pelos programas da Unesco. Ao ser envolvida em processos de constituição das nacionalidades, a Unesco se compromete, necessariamente e, malgrado ela, com projetos políticos específicos, que via de regra opõem um grupo a outros, num país ou região. Justamente pela ARTIFICIALIDADE dos recortes territoriais e populacionais que definem as nações e também pela ARTIFICIALIDADE DE CRITÉRIO: não há um critério natural que possa ser aplicado, não há como a Unesco se evadir desta questão, no âmbito de cada um desses processos de nation building. Por mais que ela procure ser “técnica”, há uma POLITIZAÇÃO inerente à atividade e aos projetos em questão.

54 (b) custo, porte e complexidade dos programas
É comum que se subestimem o custo e as dificuldades de projetos desse tipo. É o caso recente da BOLÍVIA, por exemplo, que, no início do governo de Evo Morales, anunciou um grande programa que, ao mesmo tempo, instituiria as línguas indígenas (“principais”) como oficiais e nacionais e erradicaria o analfabetismo em poucos anos. Assim como aconteceu com a Guiné e África do Sul, podemos prever o seu insucesso.

55 (b) custo, porte e complexidade dos programas (cont.)
A gramatização de uma língua é um processo sofisticado. Ela supõe a coleta, a classificação e a seleção de formas, entre as dezenas existentes, para o estabelecimento de uma única forma-padrão escrita. A gramatização se consubstancia numa gramática e num dicionário da língua em questão, cuja elaboração é fruto de um acumulado de longos anos de maturação, lastreados por uma miríade de usos, literários, institucionais, acadêmicos, políticos, jornalísticos etc.

56 (b) custo, porte e complexidade dos programas (cont.)
Os programas não podem ser apressados, nem simplificados. No caso de línguas ágrafas, a margem de erro é enorme. E por quê? A codificação da língua oral para uma versão escrita não pode se basear em usos consagrados, o que pode resultar numa língua não- reconhecível por seus próprios falantes.

57 O trabalho de GRAMATIZAÇÃO DE UMA LÍNGUA supõe:
uma equipe de especialistas trabalhando por longos anos, para obter algum resultado aproveitável; O estabelecimento e a manutenção de uma rede educacional; A formação de professores; A edição de livros didáticos; A provisão de material de leitura regular; A criação de uma burocracia para o gerenciamento do sistema de ensino; O estímulo à produção midiática e artística para que a língua proposta se vincule à vida regular das pessoas, criando as raízes de uma comunidade nacional; Em suma, tudo isso supõe um investimento que não é só é de grande monta, como é permanente na vida de uma nação.

58 (b) custo, porte e complexidade dos programas (cont.)
Não se trata de decretar um “pacote” de medidas e esperar que a inércia as faça vigorar, até porque esses processos podem facilmente ser revertidos ou sequer decolarem, como, de fato, acontece em muitos casos. Isso significa que o Estado que assumir um programa deste tipo deve estar preparado para incluí-lo no orçamento por décadas, com um aporte financeiro considerável. Supõe também um consenso político básico em torno do programa, para que ele seja levado a cabo continuamente, sem interrupções.

59 (b) custo, porte e complexidade dos programas (cont.)
Este é um conjunto de condições difícil de ser cumprido, mesmo num país desenvolvido, um gargalo que frequentemente inviabiliza a execução dos projetos. Mesmo com a Unesco entrando com a parte de formulação do projeto e capacitação de recursos humanos e com o suporte do Banco Mundial (uma associação comum, nesses casos) para aspectos mais extensivos dos programas, como construção de escolas, por exemplo, é comum que o país contemplado não dê conta nem dos compromissos mais elementares para levá-los a cabo.

60 (c) Questão das motivações
Foi no contexto da implantação do projeto da GUINÉ-CODACRI pela Unesco que foi constatado e conceituado o fenômeno da desalfabetização: pessoas já alfabetizadas que, em pouco tempo, perdiam completamente essa capacidade chamada também de = “analfabetismo funcional” desenvolvido no âmbito das formulações da Unesco). A falta do uso dos conhecimentos adquiridos faz com que eles sejam esquecidos.

61 (c) Motivações (cont.) Por sua vez, o uso dos conhecimentos adquiridos depende de motivações específicas, referentes a aspirações profissionais, ao mundo do trabalho, a demandas culturais, ao estabelecimento de relações com outros ambientes etc. Tipicamente, estas motivações estão ausentes entre as comunidades rurais, em sua maioria, ou mesmo urbanas, nas quais estes projetos são implementados. A capacitação na leitura e na escrita, o conhecimento e o uso da língua formalizada, se revelam sem utilidade ou sem importância no contexto quotidiano dessas pessoas.

62 (c) Motivações (cont.) A inserção e a desenvoltura no ambiente da escrita tem uma íntima relação com um nível de renda mínimo, que estabelece um patamar no qual elas fazem sentido associadas a determinadas atividades. O que coloca a questão da circularidade entre aumento da renda e melhoria do nível educacional. Investir na educação formal de uma comunidade que não vai empregar esses conhecimentos e para a qual eles representam uma coleção remota de saberes pode significar o desperdício de um vasto montante de tempo e de recursos.

63 (d) multilinguismo A abordagem original da Unesco (desde 53), sobre políticas linguísticas, jogava toda a ênfase no ensino da língua nativa. Essa abordagem, no entanto, tem frequentemente um resultado paradoxal: o de segregar aqueles que ela quer integrar. A maior parte dos contemplados, na Guiné-Codacri, pelos programas linguísticos, preferiu continuar investindo no conhecimento da língua francesa: era a língua do comércio, das instituições, dos estudos, das relações com o “mundo civilizado”. Não saber francês correspondia a ser um cidadão de segunda classe, independente do status formal da língua francesa no país.

64 (d) Multilinguismo (cont.)
Os contemplados pelos programas linguísticos, na Guiné-Codacri, continuaram reivindicando o direito de que seus filhos tivessem escolas anglofones disponíveis... Isso tudo numa curiosa reversão do movimento que... Nos anos 1970, levou à implantação do ensino bilíngue (com a parte principal do currículo em espanhol), apresentado como a conquista de um direito pela população hispânica. O paradoxo é que o ensino na língua nativa (espanhol) passou a ser visto como fator de exclusão e não de inclusão, na sociedade norte-americana.

65 (d) Multilinguismo (cont.)
Esta questão apareceu no vivo debate sobre o ensino do espanhol entre as comunidades de imigrantes nos Estados Unidos. Para muitos pais hispânicos, o fato de seus filhos frequentarem escolas hispanofones reduz suas perspectivas profissionais, desabilitando-os a exercer, no futuro, profissões que requerem grande desenvoltura com a língua inglesa.

66 (d) Multilinguismo (cont.)
Se a administração desta questão é complicada nos Estados Unidos, como proceder em países como a NIGÉRIA, nos quais se falam mais de 300 línguas? A insistência no ensino em língua nativa pode facilmente resultar na constituição de comunidades à parte da vida nacional, atomizadas (em vez de integradas) à própria sociedade em que vivem. Ou, pior: ao institucionalizar comunidades a partir de suas línguas nativas, pode dar argumentos para o separatismo ou resultar em cisões e conflitos étnicos.

67 (d) Multilinguismo (cont.)
Segundo o linguista inglês David Crystal: 2/3 da humanidade vive em contextos multilíngues, o que significa a necessidade destas pessoas de usarem mais de uma língua em atividades quotidianas. Não é difícil, por exemplo, que um cidadão INDIANO, conheça quatro línguas: o hindi, o inglês, sua língua nativa e mais uma língua oficial local. O mesmo ocorre no PERU, na BOLÍVIA, na CHINA, nos PAÍSES DA EX-URSS e talvez, na maior parte dos países do mundo.

68 (d) Multilinguismo (cont.)
Foram essas considerações que levaram a Unesco à abordagem que preside o documento de 2003, no qual há uma mudança de ênfase, da língua nativa para o multilinguismo. O documento, Education in a Multilingual World, enfatiza a necessidade de que cada pessoa saiba falar mais de uma língua, independente do contexto em que viva. Essa disposição não pretende estimular o aprendizado de uma língua de circulação internacional, como o inglês ou o francês, mas sobretudo de viabilizar a integração entre comunidades contíguas, o que significa sobretudo línguas de âmbito regional.

69 (d) Multilinguismo (cont.)
No entanto, o multilinguismo coloca quase tantos problemas como ele resolve ou se propõe a resolver. Desde a escolha das línguas a serem instituídas à gestão do ensino delas, os mesmos problemas se colocam, multiplicados pelo número de línguas. O multilinguismo é eventualmente visto como colocando um risco à soberania nacional e associado à postulação de uma cidadania transnacional. Problemas recentes com os uigures na CHINA e com os russos na GEÓRGIA estavam associados a essa perspectiva.

70 (e) o funcionamento da Unesco
As relações da Unesco com o governo da GUINÉ-CODACRI foram tumultuadas. Por duas vezes, o governo da Guiné suspendeu a cooperação e expulsou os técnicos da Unesco, vistos como associados a determinados personagens da vida política do país.

71 (e) o funcionamento da Unesco (cont.)
Independente de posicionamentos políticos mais amplos, mesmo no que se refere especificamente a políticas linguísticas e educacionais, a Unesco não pode deixar de representar certas posturas contra outras. Além dos conflitos com os paises contemplados com a sua ajuda, isso coloca uma questão interna: Quem define as políticas que serão propugnadas e conduzidas pela Unesco?

72 (e) o funcionamento da Unesco (cont.)
Nos anos 70, uma grave crise eclodiu na organização, quando um grupo de paises do Terceiro Mundo reivindicou uma mudança de orientação e da própria composição do Conselho- Diretor da entidade. Essa crise é analisada em profundidade no artigo Unesco crisis over the New World Information and Communication Order, de Gabrielle Kittel, para quem a questão continua na ordem do dia.

73 (e) o funcionamento da Unesco (cont.)
A Unesco está classificada, no volume sobre Organizações Internacionais, de M.Herz & A.Hoffmann (2004), entre os organismos de cooperação funcional, tais como a OMC-Organização Mundial de Saúde e o BM-Banco Mundial, entre outros.

74 (e) o funcionamento da Unesco (cont.)
O que tipifica a atividade de algumas dessas organizações (internacionais de cooperação funcional), é que o seu trabalho frequentemente substitui ou se sobrepõe a funções que os governos locais, particularmente dos paises subdesenvolvidos, não conseguem prover adequadamente. Isso coloca a discussão da formulação de políticas públicas, em nível mundial, para aplicação em nível local. O desconforto suscitado por esta dissimetria e o inevitável aspecto de que estes organismos estariam desempenhando funções de “governo mundial” têm sido objeto de um debate que visa a redefinir a constituição e o funcionamento da organização.

75 (e) o funcionamento da Unesco (cont.)
Em termos de teorias das Relações Internacionais, o tema requer uma abordagem construtivista. Por se tratar de nacionalidades e Estados em construção, é difícil analisar estas questões presumindo Estados já constituídos como atores principais.

76 (e) o funcionamento da Unesco (cont.)
A imbricação do trabalho das instituições envolvidas, entre si e com agentes sociais de diversos tipos, impede também uma abordagem institucionalista do tema.

77 (e) o funcionamento da Unesco (cont.)
Num certo sentido, as políticas linguísticas consistem em: uma tensão permanente entre o institucional e o não-institucional, entre as propostas de institucionalização linguística e as realidades sobre as quais elas procuram incidir.

78 (e) o funcionamento da Unesco (cont.)
A necessária flexibilidade da Unesco para lidar com casos específicos torna difícil a adoção de diretrizes unilaterais, de uma gestão da instituição marcada por procedimentos contratuais claros. É preciso analisar sua ação sempre tomando em conta as variáveis de cada contexto. A permeabilidade das instituições envolvidas e a variedade dos atores vocacionam esse tema a uma abordagem construtivista, mais do que a qualquer outra.

79 5. Interdisciplinaridade
O tema das Políticas Linguísticas dificilmente poderia ser tratado sem uma abordagem interdisciplinar entre as áreas da Linguística e das Relações Internacionais. Este projeto consubstancia a contribuição da Linguística para a área de Relações Internacionais, integrando-a a ela a partir do empenho em dar conta de um conjunto de fenômenos, processos e atividades que requerem o repertório conceitual de ambas as áreas para serem propriamente compreendidos e explicados. Ele resulta dos dez anos em que a disciplina de Linguística foi ministrada no curso de Relações Internacionais da PUC-SP, disciplina cujos conteudos consistem essencialmente na temática exposta neste texto. Cada um dos campos do saber — Linguística e Relações Internacionais — teria sérias limitações para dar conta propriamente do tema sem o recurso ao outro.

80 5. Interdisciplinaridade (cont.)
A maior fonte de equívocos dos estudiosos de outras áreas, inclusive os internacionalistas, nas discussões que envolvem questões linguísticas é tratar a língua como um a priori e não como produto de um processo não só histórico, como institucional. Frequentemente a língua é considerada entre os “aspectos subjetivos”, junto com cultura e a identidade, quando ela faz jus a uma abordagem objetiva, consagrada no âmbito da própria Linguística.

81 5. Interdisciplinaridade (cont.)
Uma concepção de cultura originária do idealismo romântico alemão do século XIX se manifesta através de muitos trabalhos de estudiosos de outras áreas, comprometendo-os irremediavelmente quando envolvem questões linguísticas. Fenômenos linguísticos não são “subjetivos”. A língua não requer um tratamento diferente da economia ou de qualquer outro fenômeno não ontologicamente político tratado no campo das Relações Internacionais.

82 5. Interdisciplinaridade (cont.)
A incorporação, em termos apropriados, da temática linguística à perspectiva das Relações Internacionais tem muito a contribuir para a consistência das análises produzidas na área e para a compreensão adequada de muitos dos fenômenos e eventos estudados. A limitação da Linguística, vale dizer, é uma certa ingenuidade no tratamento de temas institucionais. Nesse sentido, esse projeto é uma via de mão dupla. Ele reverte também para a Linguística, ao incorporar densamente a temática institucional, que tende a ser considerada colateral, no âmbito dos estudos linguísticos.

83 6. Objetivos e Produção São quatro os objetivos deste projeto de Dallari (2008): (1) Didáticos (2) Diplomático (3) Contribuição ao debate em Relações Internacionais e à própria constituição da área (4) Publicação de artigos em periódicos internacionais especializados em políticas linguísticas.

84 1. Objetivos Didáticos deste projeto
O vasto monolitismo linguístico do Brasil faz dele um lugar no qual as questões linguísticas se colocam pouco ou são pouco visíveis, ao contrário do que acontece na maior parte do mundo. Basta ir, porém, ao PARAGUAI para observar os problemas suscitados pelo uso de várias línguas. O sentido da inclusão da disciplina de Políticas Linguísticas nos cursos de Relações Internacionais é sensibilizá-los quanto a esse aspecto fundamental e prover um corpo mínimo de conhecimentos necessários para uma abordagem apropriada do tema.

85 Objetivos Didáticos deste projeto (cont.)
Um primeiro objetivo deste projeto é: prover material de base para esse aprendizado, útil, não só para estudantes de graduação, como aspecto fundamental de sua formação como internacionalistas; mas também para pós-graduandos, pesquisadores e professores da área, que, de um modo geral, têm um conhecimento muito superficial da questão das PLs ou a desconhece completamente.

86 (2) Diplomático Um segundo objetivo do autor é contribuir para a formulação da política externa e da prática diplomática brasileira, no que concerne a esse tema, publicando um manual sobre políticas linguísticas e sobre a atuação da Unesco na área, que possa ser empregado na formação dos diplomatas ou lido com proveito por diplomatas em exercício, particularmente aqueles que vão atuar em paises onde há contenciosos linguísticos. Esse manual será útil também para todos os profissionais - diplomatas, acadêmicos, educadores - cujo trabalho estiver relacionado à Unesco ou que quiserem se preparar para atuar com ela.

87 (3) Contribuição ao debate em Relações Internacionais e à própria constituição da área
Essa contribuição se consubstancia com a publicação de artigos e com a participação em encontros da área de Relações Internacionais, nos quais deverão ser colocados e discutidos temas específicos, como alguns dos colocados neste texto, ou proceder a estudos de caso de políticas linguísticas.

88 17/09/2009 - 16:42:03 Déficit de US$ 35 bilhões para Metas do Milênio
Relatório indica que existe um déficit bilionário na promessa de ajuda ao desenvolvimento feita pelo G-8 em A vice-secretária-geral da ONU pediu um esforço renovado para proteger ganhos alcançados antes da crise econômica. Carlos Araújo, da Rádio ONU US$ 20 bi seriam para África Os países mais industrializados do mundo não estão cumprindo as promessas de ajuda ao desenvolvimento que fizeram em 2005, durante a cimeira do G-8, em Gleneagles, na Grã-Bretanha. A ajuda prometida possibilitaria aos países pobres alcançar as Metas do Milênio, um plano de ação para combater ou erradicar males sociais até A afirmação consta de um relatório da força-tarefa da ONU para as Metas do Milênio, divulgado nesta quarta-feira (16/9), em Nova York. Males Sociais “O Reforço da Parceria Global para o Desenvolvimento em Momento de Crise” indica que o combate à pobreza nunca foi tão importante, em um momento em que o mundo enfrenta crises econômica, alimentar e mudança climática. O relatório destaca um déficit de US$ 35 bilhões por ano. Este montante inclui US$ 20 bilhões referentes aos compromissos assumidos com a África. A vice-secretária-geral das Nações Unidas, Asha-Rose Migiro, pediu um esforço renovado para proteger os ganhos alcançados antes da crise econômica. Em discurso durante o lançamento do relatório, ela destacou que o impacto combinado da recessão global, da falta de comida, do possível alastramento da gripe A(H1N1) e do aquecimento global, são obstáculos ao alcance das Metas do Milênio. Dívida Externa A força tarefa da ONU reúne mais de 20 agências da organização, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A força tarefa foi criada pelo Secretário-Geral em 2007 para monitorar compromissos globais nas áreas de ajuda, comércio e dívida externa e avaliar progressos no acesso à medicamentos e tecnologia. (Rádio ONU)

89 Bibliografia Anderson, B. (2008) Comunidades Imaginadas. São Paulo: Cia.Letras. Auroux, S. (1992) A Revolução Tecnológica da Gramatização. Campinas: Ed.Unicamp. Calvet, L.J. (1999) La Guerre des Langues et les Politiques Linguistiques. Paris: Hachette. M.Herz & A.Hoffmann (2004) Organizações Internacionais - história e práticas. Rio de Janeiro: Campus. Hobsbawm, E. (1990) Nações e Nacionalismo. São Paulo: Paz e Terra. Holmes, J. (2007) Language as a commodity: developing a postcolonial methodology for TEFL. Working Papers. Univ.Leeds. Kittel, G. (1992) Unesco crisis over the New World Information and Communication Order. Univ.Tubingen. Levi-Strauss, C. (1952) Raça e História. Paris: Unesco. Schendl, H. (2001) Historical Linguistics. Oxford University Press. Thiesse, A.M. (1999) La Création des Identités Nationales. Paris: Seuil.


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