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FILOSOFIA Prof. Ildo Vilarinho Senso Comum e Bom Senso Ideologia Ideologia nas Histórias em quadrinhos Senso Comum: conhecimento adquirido por tradição,

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1 FILOSOFIA Prof. Ildo Vilarinho Senso Comum e Bom Senso Ideologia Ideologia nas Histórias em quadrinhos Senso Comum: conhecimento adquirido por tradição, herdado dos antepassados e ao qual acrescentamos os resultados da experiência vivida na coletividade a que pertencemos >>>>> conjunto de idéias e valores Bom Senso: elaboração coerente do saber, explicitação das intenções conscientes dos indivíduos livres, através do exercício de compreensão e crítica.

2 “O bom senso é o núcleo sadio do senso comum” - Gramsci O que impede a passagem do senso comum ao bom senso ?

3 Obstáculos à passagem do senso comum ao bom senso: > Exclusão do indivíduo das decisões importantes na comunidade em que vive > Circulação desigual das informações e do conhecimento isto é, Ficam restritos às camadas sociais mais privilegiadas: - exclusão na educação - nem todos tem igual possibilidade de consumir e produzir cultura > Sabia que podemos chamar isso de Ideologia?

4 IDEOLOGIA É o conjunto de idéias, concepções ou opiniões sobre algum ponto sujeito a discussão. Karl Marx: O conceito de ideologia adquire um sentido negativo, como instrumento de dominação, através de formas de conhecimento ilusório que mascaram os conflitos sociais.

5 Ideologia nas histórias em quadrinhos HISTÓRIA EM QUADRINHOS ? = fenômeno característico da cultura de massa Entretenimento e lazer + função mítica e fabuladora + nova linguagem artística Serve à consciência crítica, mas pode servir à alienação (como quase tudo) Origem: final do século XIX Crítica às HQs: Início dos anos 70 - a leitura das HQs não é tão inocente como se pensava (tese de Ariel Dorfman e Armand Mattelart - livro: Para ler o Pato Donald – 2. ed. Rio de Janeiro – Paz e Terra, 1978) –Crítica impiedosa aos super-heróis e aos personagens de Walt Disney: > escondem os conflitos sociais, transmitem uma visão deformada do trabalho e levam à passividade política > maniqueísmo, ou redução de todo o conflito à luta entre o bem e o mal.

6 Walt Disney Mickey Mouse -1930 Pato Donald - 1938 Durante o período da Segunda Guerra Mundial, Walt Disney passou a colaborar com o FBI, a polícia federal estadunidense. Foi convidado pelas Forças Armadas para produzir desenhos animados de treinamento para os soldados, fazendo filmes de propaganda militar, nos quais utilizava principalmente seus personagens mais conhecidos. Algum tempo depois, ajudou a criar a "Aliança do Cinema para a Preservação dos Ideais Estadunidense", com o objetivo de combater o comunismo no meio artístico. Walt Disney prestou voluntariamente diversos depoimentos na "Comissão das Atividades Antiamericanas". Devido às suas atividades contra o comunismo, em 1949 o governo soviético proibiu a exibição de filmes dos estúdios Disney no país.1949soviético http://pt.wikipedia.org/wiki/Walt_Disney#A_Segunda_Guerra_Mundial

7 ORIGENS DA HQ 1890: Primeira revista em quadrinhos No dia 17 de maio de 1890, foi publicada em Londres pela primeira vez uma revista semanal com histórias desenhadas, quando Alfred Harmsworth, mais tarde Lord Northcliffe, um magnata da imprensa de então, lançou em Londres a Comic Cuts. Outras fontes apontam o norte-americano Richard Outcalt como o verdadeiro criador do gênero. Ele sintetizou o que tinha sido feito até então e introduziu em suas histórias do Yellow Kid, publicadas regularmente a partir de 1897 no suplemento dominical colorido do New York Journal, um elemento novo: o balão com as falas. 'Yellow Kid', de Richard Outcalt http://www.dw-world.de/dw/article/0,,834103,00.html

8 PRIMEIRA HQ BRASILEIRA "Zé Caipora" de 1886.Zé Caipora As história em quadrinhos começaram no Brasil no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns e que depois se estabeleceria com as populares tiras diárias. A publicação de revistas próprias de HQs, no Brasil, começou no início do séc. XX.Brasilséc. XX Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

9 Angelo Agostini, pioneiro dos quadrinhos brasileiros, criador de “Zé Caipora” 1870, De Volta do Paraguai

10 Caricatura representando as "facadas" do natal. A imagem é a primeira a ilustrar uma árvore de natal, no Brasil. (in Revista Illustrada, 1877). Angelo Agostini

11 POPEYE Popeye surgiu em 1929 nas tiras de quadrinhos "Thimble Theatre" ("Teatro em Miniatura") de E. C. Segar no "New York Journal". Em uma história publicada em 17 de janeiro de 1929, o irmão da Olívia, Castor Palito estava voltando de uma viagem de navio em busca de Bernice, uma lendária galinha mágica, que emitia o ruído "whiffle" (e por isso era chamada de Galinha Whiffle"), que podia dar força e invulnerabilidade a qualquer um que esfregasse suas penas. Castor então resolve contratar mais um marinheiro para a sua tripulação, ele chega em um cais, e pergunta à um homem com uniforme de marinheiro: "Ei você aí! Você é um marinheiro?" e ele o responde: "Você achou que eu fosse um cowboy?!".1929tiras de quadrinhosThimble TheatreE. C. SegarNew York Journal17 de janeiro1929 Castor Palitocais Na história, Popeye conseguiu tocar as penas da galinha mágica, e ganhou sua força a partir daí...

12 POPEYE E O ESPINAFRE em 1933 quando Popeye apareceu em desenhos animados dos Fleischer Studios para o cinema, ele foi mostrado nos filmes usando o espinafre em momentos de perigo para ficar forte (alguns dizem que isso teria sido um acordo entre o criador da personagem e uma fábrica de espinafre enlatado); mas o caso é que a partir daí, passaram também a introduzir espinafre nas histórias em quadrinhos. Popeye gerou um aumento de 30% no consumo de espinafre nos EUA, porque as mães convenciam os filhos a comerem espinafre alegando que assim eles ficariam fortes. Pode parecer um pouco estranho o espinafre do Popeye ser enlatado, mas o fato é que nos Estados Unidos, sempre foi comum vender espinafre em latas.1933desenhos animadosFleischer Studios cinemaespinafre

13 História em quadrinhos e segunda guerra mundial Durante a Segunda Guerra Mundial, foram criados vários super-heróis norte- americanos para ajudar na luta dos Estados Unidos contra a Alemanha e o Japão. Depois, a temática ampliou-se para a reprodução de clássicos, ficção científica, aventuras, romances, crimes e horror. Sete de dezembro de 1941 foi a data em que ocorreu o ataque japonês a Pearl Harbour, base militar norte-americana localizada no Havaí. Após esse ataque, os Estados Unidos entraram oficialmente na Segunda Guerra Mundial. Na vida real foi assim, mas nos quadrinhos norte-americanos, os super-heróis já estavam lutando contra as potências do Eixo (a aliança formada pela Alemanha nazista, a Itália fascista e o Japão) meses antes do ataque.Segunda Guerra Mundialnazista http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u34.jhtm

14 Roteiristas e desenhistas judeus Por que os criadores desses gibis tomaram partido e assumiram sua simpatia por um dos lados num momento em que muitos de seus compatriotas preferiam manter a neutralidade? Em primeiro lugar, porque os nazistas davam ótimos vilões para as histórias. Afinal, o que seria dos gibis de super-heróis sem os vilões? Em segundo, mas não menos importante, estava o fato de que boa parte dos criadores desses gibis tinha razões pessoais para fazer propaganda contra o nazismo: boa parte deles eram judeus, que eram as principais vítimas do ódio dos nazistas. Muitos desses roteiristas e desenhistas eram filhos ou netos de imigrantes judeus pobres que, para fugir de perseguições na Europa, resolveram migrar para os Estados Unidos. Eles estavam preocupados com a situação dos familiares que viviam na Europa. Entre os roteiristas e desenhistas judeus estavam: Jerry Siegel e Joe Shuster, criadores do Super-Homem, Bob Kane, o criador de Batman, Jack Kirby, co-criador do Capitão América e de vários outros personagens, e Will Eisner, o criador do Spirit, detetive mascarado do qual algumas aventuras figuram, segundo vários críticos, entre as maiores obras-primas dos quadrinhos. Discriminação racial também nos EUA Para fugir da discriminação que os judeus também enfrentavam nos Estados Unidos, alguns desses criadores mudaram seus nomes ou adotaram pseudônimos que escondiam sua origem judaica, dentre eles, Bob Kane, cujo nome verdadeiro era Robert Kahn, e Jack Kirby, cujo nome verdadeiro era Jacob Kurtzberg. http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u34.jhtm

15 Capitão América O primeiro gibi do Capitão América foi publicado em março de 1941. O Capitão América não foi o primeiro super-herói dos gibis norte-americanos (o Super-Homem já havia aparecido em 1938), mas ele foi um dos primeiros a trazer histórias mais engajadas na luta contra o nazismo e inspirou inúmeras imitações. Foi quando se tornaram comuns gibis que traziam capas com os heróis socando ou ridicularizando os ditadores do Eixo: Hitler e seus aliados, Mussolini, ditador italiano, Tojo, primeiro-ministro japonês na época do ataque a Pearl Harbor, e o então imperador japonês Hiroíto. HitlerMussolini

16 O Caveira Vermelha, um supervilão nazista Criado pela dupla de desenhistas Jack Kirby e Joe Simon, o Capitão América tinha como seu principal inimigo o Caveira Vermelha, um supervilão nazista. No entanto, na aparência, o Capitão América era muito mais parecido com o ideal de "raça pura" dos nazistas do que o Caveira Vermelha: era alto, forte, tinha olhos azuis e, por debaixo da máscara, o seus cabelos eram loiros, ou seja, o padrão de beleza nórdica que Hitler tanto admirava. Na vida real, os nazistas jamais teriam como símbolo um soldado que usasse uma máscara em forma de caveira, até porque em suas peças de propaganda, os nazistas gostavam de retratar a si mesmos como belos e simpáticos, enquanto que os judeus eram retratados com aparência monstruosa. Quando foram lançados os primeiros gibis mostrando o Capitão América e outros super-heróis lutando contra o Eixo, uma boa parte da população norte-americana ainda defendia a idéia de que os Estados Unidos deveriam ficar afastados do conflito. Isso apesar do fato de que antes mesmo do ataque a Pearl Harbour, o governo norte-americano já apoiava indiretamente a Inglaterra, que estava em guerra com a Alemanha desde 1939. http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u34.jhtm

17 Superman: o símbolo A partir do êxito de Homem de Aço, os quadrinhos americanos passam a ser editados em revistas próprias, as chamadas comic-books. A mensagem ideológica era transmitida em histórias em que esses heróis enfrentavam espiões nazistas ou conspirações de alemães, japoneses e italianos.

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19 Heroína criada para a guerra Mulher Maravilha: exemplo a ser seguido Em 1942, o psicólogo William Moulton Marston criou a primeira super-heroína, a Mulher Maravilha, que assim como o Capitão América, também vestia as cores da bandeira americana (com uma águia no peito e estrelinhas na saia). Sua função era clara: mostrar para as mulheres que elas eram capazes de cuidar de si mesmas quando os homens fossem para a batalha. A personagem tentava levar a mensagem de que as mulheres tinham de entender seu potencial, lutar por direitos iguais e resolver suas próprias vidas.

20 Outros heróis como Sentinelas da Liberdade, Sociedade da Justiça, Capitão Marvel, Namor, Tarzan, Mandrake, Fantasma e Flash Gordon, entre outros, lutaram na Segunda Grande Guerra combatendo nazistas e japoneses. Superman desmantelou uma muralha de submarinos no Atlântico, preparando a invasão aliada. Por seus poderes sobrenaturais tidos como ameaçadores a uma política fascista, Flash Gordon teve suas histórias proibidas por Mussolini na Itália. Mas não foram os super-heróis os únicos convocados para a guerra. Os estúdios Disney entraram na propaganda contra os inimigos dos EUA. Mickey Mouse, por exemplo, foi usado até mesmo em cartazes de guerra que lembravam os americanos do ataque japonês a Pearl Harbor. O nome “Mickey Mouse” chegou a ser, inclusive, um dos códigos usados pelas tropas americanas no desembarque na Normandia, no “Dia D”. Na mesma época, foram criados personagens como parte da política de boa vizinhança dos EUA. Um dos exemplos é o personagem Zé Carioca, representando o Brasil, e Panchito, simbolizando o México. Zé Carioca é o apelido do papagaio José Carioca, criado no começo da década de 40 pelos estúdios Walt Disney em uma turnê pela América Latina, que fazia parte dos esforços dos Estados Unidos para reunir aliados durante a Segunda Guerra Mundial

21 Gibis retratam o conflito entre EUA e URSS A Guerra Fria foi uma disputa travada durante quase cinco décadas pelas duas superpotências vencedoras da Segunda Guerra Mundial: os Estados Unidos e a União Soviética. Foi um período marcado por muita espionagem e propaganda política, tanto do lado norte-americano quanto do soviético. Não bastasse tudo isso, armas atômicas seriam usadas caso as duas superpotências partissem para o conflito militar direto. Foi durante a Guerra Fria que uma nova onda de super-heróis surgiu nos gibis norte-americanos, especialmente nos da Marvel Comics http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u35.jhtm http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u35.jhtm Primeiro gibi da Marvel: o escritor-editor Stan Lee fez parceria com o desenhista Jack Kirby

22 O Quarteto Fantástico O primeiro gibi do Quarteto Fantástico foi publicado em novembro de 1961 -ou seja, poucos meses depois de o cosmonauta soviético Yuri Gagarin ter- se tornado o primeiro ser humano a viajar para o espaço, realizando um vôo orbital (12 de abril de 1961), e quase uma década antes de o astronauta norte-americano Neil Armstrong ter sido o primeiro homem a pisar na Lua (20 de julho de 1969). Assim, o Quarteto Fantástico foi lançado na mesma época em que os EUA e a URSS disputavam a corrida espacial. O próprio surgimento desse grupo de heróis faz alusão à Guerra Fria: no início da história, pouco antes de os quatro futuros heróis viajarem para o espaço, a narração menciona que os EUA estão numa "corrida espacial" com "uma potência estrangeira". Claro que a tal "potência estrangeira" era a URSS, mas, diferentemente do que tinha acontecido durante a Segunda Guerra Mundial, os autores dos gibis da Guerra Fria preferiam não dar nome aos bois quando se referiam aos "inimigos da América".Yuri GagarinNeil Armstrong Na tradução feita no Brasil, o nome dado ao país do Doutor Destino era "Latvéria", o que poderia levar a concluir que se tratava de uma terra imaginária. Mas, no original, o nome era "Latvia" - cuja tradução correta para o português é Letônia, na época uma das repúblicas que compunham a URSS. O próprio visual do vilão, com sua armadura de ferro, pode ser referência à "Cortina de Ferro", a expressão popularizada pelo ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill para se referir aos países da Europa oriental que ficaram sob influência da URSS após a Segunda Guerra Mundial. Winston Churchill

23 Em 1905 surgiu a revista O Tico Tico considerada a primeira revista de quadrinhos do Brasil, com trabalho de artistas nacionais como J. Carlos. A partir dos anos 1930, houve uma retomada dos quadrinhos nacionais, com os artistas brasileiros trabalhando sob a influência estrangeira, como a produção de tiras diárias de super- heróis (com a publicação do Garra Cinzenta em 1937 no suplemento A Gazetinha), com os jornais investindo nos chamados "suplementos juvenis", idéia trazida da imprensa americana por Adolfo Aizen. A partir da década de 1940, os suplementos juvenis passaram a conatar também com tiras diárias de terror Em 1939 foi lançada a revista O Gibi, nome que se tornaria sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil.J. Carlos Adolfo AizenO Gibi

24 “Catecismos” Nos anos 1950 surgiram também os primeiros trabalhos independentes de Carlos Zéfiro (Alcides Caminha), mestre do quadrinho erótico, responsável pela iniciação sexual de 3 gerações. Carlos Zéfiro Circulavam em ambientes de trabalho, após o expediente, ou em garagens, oficinas, salões de barbeiro, e outros locais de difícil acesso feminino. Como desenhista, Zéfiro era medíocre. Aliás, não tinha estilo próprio, pois "chupava" os desenhos e posições de outras revistas em quadrinhos, ou então de fotonovelas. O forte, em Zéfiro, eram os roteiros, histórias incrivelmente realistas geralmente narradas na primeira pessoa, relatos detalhados de conquistas amorosas que culminavam com um festival de posições sexuais. Mas seu maior mérito, ainda que não intencionalmente, foi que ele conseguiu realizar, ao longo de sua obra, um dos mais perfeitos painéis da vida sexual dos anos 1960. Analisando o conjunto de suas revistas, podemos encontrar de tudo um pouco, e ao mesmo tempo entender a mecânica do pensamento masculino desse período. http://www.ludmira.hpg.ig.com.br/galeriazefiro/ZefiroRevD2.htm

25 Foi no formato de tira que estrearam os personagens de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica no fim de 1959. Só mais tarde, em 1970, suas histórias passaram a ser publicadas em revistasMaurício de SousaTurma da Mônica1959

26 anos 1960 e ditadura militar Em 1960 foi vencida a resistência dos editores e surgiu uma revista em quadrinhos com personagens e temas brasileiros. Foi O Pererê com texto e ilustrações de Ziraldo (mesmo autor de O Menino Maluquinho). O personagem principal era um saci e não raro suas aventuras tinham um fundo ecológico Com o golpe militar houve uma nova onda de moralismo que bateu de frente com os quadrinhos. Em compensação, esse movimento inspirou publicações jornalísticas cheias de charges como O Pasquim que, embora perseguido pela censura, criticavam a ditadura incansavelmente...1960ZiraldoO Menino Maluquinhosacigolpe militarO Pasquim

27 O Pasquim foi um semanário brasileiro editado de 1969 a 1991, reconhecido por seu papel de oposição ao regime militar. De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário (que sempre se definia como um hebdomadário) atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 70, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro. A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros) o Pasquim foi se tornando mais politizado a medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira.brasileiro19691991regime militaranos 70sexodrogasfeminismo divórcioAI-5 O projeto nasceu no fim de 1968 após uma reunião entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral; o trio buscava uma opção para substituir o tablóide humorístico A carapuça, de Sérgio Porto (que acabara de falecer).[2] O nome, que significa "jornal difamador, folheto injurioso", foi sugestão de Jaguar; "terão de inventar outros nomes para nos xingar", disse ele, já prevendo as críticas das quais seriam alvo.1968JaguarTarso de CastroSérgio Cabraltablóide Sérgio Porto[2]

28 Com o tempo figuras de destaque na imprensa brasileira, como Ziraldo, Millôr, Prósperi, Claudius e Fortuna, se juntaram ao time, e a primeira edição finalmente saiu em 26 de junho de 1969. Além de um grupo fixo de jornalistas, a publicação contava com a colaboração de nomes como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Carlos Leonam e Sérgio Augusto, e também dos colaboradores eventuais Ruy Castro e Fausto Wolff. Como símbolo do jornal foi criado o ratinho Sig (de Sigmund Freud), desenhado por Jaguar, baseado na anedota da época que dizia que "...se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem". http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R1254-1.pdfZiraldoMillôr26 de junho1969HenfilPaulo FrancisIvan LessaSérgio AugustoRuy CastroFausto WolffSigSigmund Freud

29 No fim da década de 1960, em função de uma entrevista polêmica com Leila Diniz, foi instaurada a censura prévia aos meios de comunicação no país, por um decreto que ficou conhecido pelo nome da atriz. Em novembro de 1970 a redação inteira do O Pasquim foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga, (de autoria de Pedro Américo). Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada - até fevereiro de 1971 - o Pasquim foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e diversos intelectuais cariocas. As prisões continuariam nos anos seguintes, e na década de 80 bancas que vendiam jornais alternativos como o Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiu não mais repassar a publicação, temendo ameaças. Era o início do fim para o Pasquim.Leila DinizDom PedroPedro Américofevereiro1971Chico BuarqueAntônio CalladoRubem FonsecaOdete LaraGláuber Rochadécada de 80bomba

30 anos 1960 e ditadura militar O cartunista Henfil continuou com a tradição da "tira" com seus personagens contestadores Graúna e Os Fradinhos.Henfil

31 Edgar Vasques – Rango – Criado em 1970

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33 No início dos anos 1970 os quadrinhos infantis predominaram no país, com o início da públicação das revistas de Maurício de Souza e a montagem pela Editora Abril de um estúdio artístico, dando a oportunidade para que vários quadrinistas começassem a trabalhar profissionalmente: Produziam histórias do Zé Carioca e de vários personagens Disney, mas também trabalhando com todos os personagens que a editora adquirira os direitos, como os da Hanna-Barbera.Zé CariocaHanna-Barbera Artistas brasileiros continuaram a desenhar histórias de personagens infanto-juvenis estrangeiros, como os contratados pela RGE para dar continuidade à produção de histórias e capas das revistas de sucesso do Fantasma, Cavaleiro Negro, Flecha Ligeira e Mandrake.RGEFantasmaCavaleiro NegroFlecha LigeiraMandrake Vale mencionar a tentativa da Editora Abril em abrir espaço para personagens e autores brasileiros, com o lançamento da Revista Crás! (1974-1975), que trazia alguns personagens satíricos como o Satanésio (de Ruy Perotti) e o Kaktus Kid (de Canini, conhecido desenhista brasileiro do Zé Carioca).Revista Crás!Ruy PerottiCaniniZé Carioca Satanésio é um "diabão", que, triste pelo fato de ninguém mais ir ao inferno, já que os humanos transformaram o próprio planeta num lugar similar, resolve dar um pulo "no andar de cima" para conseguir clientes. Constantemente desmoralizado, acaba tendo até que agüentar um anjo da guarda que quer protegê-lo, o Anjoca. Os roteiros do autor buscavam sempre uma crítica social. Perotti, quadrinhista de mão cheia, criador também de Sujismundo, sucesso em tiras na década de 1970 http://www.universohq.com/quadrinhos/2005/museu_cras.cfm

34 Sugismundo (Ruy Perotti) e a campanha da limpeza, na década de 70. Canini

35 Anos 1980 Nessa década se consolidou o trabalho artístico de vários quadrinistas brasileiros, tais como Angeli, Glauco e Laerte, que vieram ajudar a estabelecer os quadrinhos underground no Brasil (aliás, alguns denominam de "overground", porque vendidos em banca; "underground" seriam "O Balão" e outras dos anos setenta, vendidas de mão em mão).AngeliGlaucoLaerteunderground Outros rotularam esta turma como representantes do "pós-underground". Eles desenharam para a Circo Editorial em revistas como Circo e Chiclete com Banana. Os três cartunistas produziram em conjunto as aventuras de Los Três Amigos (sátira western com temáticas brasileiras) e separados renderam personagens como Rê Bordosa, Geraldão e Overman e Piratas do Tietê.Circo EditorialLos Três AmigoswesternRê BordosaGeraldãoOvermanPiratas do Tietê Mais tarde juntou-se a "Los Três Amigos" o quadrinista gaúcho Adão Iturrusgarai. Estes quatro publicam tiras e cartuns até hoje na Folha de São Paulo e lançam álbuns por diversas editoras (mas principalmente pela Devir Livraria).Adão IturrusgaraiFolha de São PauloDevir Livraria Outro quadrinista de sucesso na época e que continuou na década seguinte é Miguel Paiva, criador dos personagens "Radical Chic", "Gatão de Meia Idade" e desenhista das tiras do detetive "Ed Mort", famosos por também terem sido adaptados para televisão, teatro e cinema. Miguel PaivaRadical ChicGatão de Meia IdadeEd Mort

36 ANGELI Começou a trabalhar aos catorze anos na revista Senhor, além de colaborar em fanzines. Em 1973 foi contratado pelo jornal Folha de São Paulo, onde continua até hoje. Desde os anos 80, Angeli vêm desenvolvendo uma galeria de personagens famosos por seu humor anárquico e urbano; entre eles se destacam o esquerdista anacrônico Meia Oito e Nanico, o seu parceiro homossexual enrustido (mas não muito), Rê Bordosa, os Skrotinhos, Wood & Stock, Bibelô, Walter Ego, Osgarmo, Los Três Amigos e o punk Bob Cuspe. Ele próprio também se tornou um personagem, estrelando de início as tiras "Angeli em crise". Outra versão caricata sua é o personagem Angel Vila de Los Três Amigos. Lançou pela Circo Editorial em 1983 a revista "Chiclete com Banana", um sucesso editorial.Senhor1973 Folha de São Pauloanos 80Los Três AmigosBob CuspeLos Três Amigos

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39 Laerte Coutinho é um dos principais quadrinistas do Brasil. Estudou comunicações e música na Universidade de São Paulo, porém não se formou nestes cursos. Laerte participou de diversas publicações como a Balão e O Pasquim. Também colaborou com as revistas Veja e Istoé e os jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. Criou diversos personagens, como os Piratas do Tietê e Overman.BalãoO PasquimVejaIstoéFolha de São PauloPiratas do TietêOverman Fonte: wikipédia

40 Piratas do Tietê: O que um barbudo com perna-de-pau e tapa-olho faz em plena avenida Paulista? Esse é o capitão da tripulação em mais uma aventura dos Piratas do Tietê, tiras muito bem-humoradas criadas por Laerte. O volume nº 1 dos quadrinhos, pela primeira vez reunidos em livro, conta a rotina nada tradicional de um grupo de piratas saqueadores e fanfarrões em São Paulo. Eles se divertem entre caveiras e outros seres estranhos que habitam o rio Tietê. A primeira aparição dos Piratas ocorreu em 1983, em uma edição da revista Chiclete com Banana. Laerte, um dos grandes nomes do quadrinho nacional, publica atualmente as tiras dos heróicos piratas na Folha de S.Paulo.

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43 Mais recentemente (fora do Brasil), a irreverência e a sensibilidade de Bill Watterson, com Calvin e Haroldo...

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53 Carpe Diem... (aproveita o momento)


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