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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/30 Economia e Gestão do Setor Público Aula 8 O sistema tributário brasileiro GIAMBIAGI, F. e ALÉM, A. Finanças Públicas:

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Apresentação em tema: "UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/30 Economia e Gestão do Setor Público Aula 8 O sistema tributário brasileiro GIAMBIAGI, F. e ALÉM, A. Finanças Públicas:"— Transcrição da apresentação:

1 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/30 Economia e Gestão do Setor Público Aula 8 O sistema tributário brasileiro GIAMBIAGI, F. e ALÉM, A. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. 2ª ed., Rio de Janeiro. Editora Campus/Elsevier, 2001.

2 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 2/30 Economia e Gestão do Setor Público O tema “reforma do sistema tributário” é algo que, recorrentemente, costuma entrar na agenda de debates. O sistema tributário brasileiro está longe de representar um “ótimo de Pareto”, mas está longe, também, de um dado ponto inicial em que todos estejam em uma situação muito ruim. A definição do ponto de ótimo é aquela em que não é mais possível melhorar para todos, porque a melhora de alguém implica prejuízo para outros. Uma reforma, fatalmente, implica melhorar a situação de alguns grupos, em detrimento de outros. Quando se discute o tema “sistema tributário”, está-se discutindo como a renda é dividida em relação a cinco cortes diferentes dessa renda:

3 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 3/30 Economia e Gestão do Setor Público Quanto da renda do setor privado assumirá a forma de lucros e quanto de salários. Corte funcional Que percentual da renda ficará com cada percêntil da população. Corte pessoal Como se distribuem os recursos entre as diversas unidades do país Corte regional Que define a parcela de renda apropriada pelo governo. Governo versus Setor Privado Como a renda do governo latu sensu está dividida entre a união, os estados e os municípios. Corte federativo

4 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 4/30 Economia e Gestão do Setor Público

5 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 5/30 Economia e Gestão do Setor Público Durante o Império, a principal fonte de receitas públicas era o comércio exterior. O imposto de importação chegou a ter uma participação próxima de 2/3 da receita total do setor público. Com a Constituição de 1891, o governo central fica com o imposto de importação, os direitos de entrada, saída e estadia de navios, taxas de selo e taxas de correios e telégrafos federais. Aos estados cabia os impostos sobre exportação, imóveis rurais e urbanos, transmissão de propriedades e sobre indústrias e profissões, além de taxas de selo e contribuições relativas a seus correios e telégrafos. Tanto a união como os estados tinham poder para criar outras receitas tributárias. Os municípios passaram a ter competência para decretar alguns tributos a partir da Constituição de 1934. As origens do sistema tributário brasileiro

6 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 6/30 Economia e Gestão do Setor Público No período 1946/1960 aumentou a importância relativa dos impostos internos sobre produtos. O Brasil entrou em uma fase em que a tributação sobre bases domésticas passou a ser crescentemente a mais importante, simultaneamente ao início de um processo de desenvolvimento industrial sustentado. No início dos anos 60, os impostos sobre o consumo, sobre vendas e consignações e sobre indústrias e profissões representavam cerca de 40%, 70% e 45% da receita total da União, estados e municípios, respectivamente. As origens do sistema tributário brasileiro (continuação)

7 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 7/30 Economia e Gestão do Setor Público A reforma dos anos 60 O principal aspecto modernizador da reforma foi a mudança da sistemática de arrecadação, priorizando a tributação sobre o valor agregado, em vez de “em cascata” – referente a impostos cumulativos. Em 1967, o Brasil passou a ter um dos sistemas tributários mais modernos do mundo, na época. A adoção do IVA – ainda que sem ter este nome – precedeu o uso desse instrumento tributário na própria comunidade econômica européia, com exceção da França. Os impostos sobre valor agregado criados nesta época foram o IPI e o ICM.

8 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 8/30 Economia e Gestão do Setor Público A reforma dos anos 60 (continuação) Com a reformulação do sistema tributário, os impostos passaram a ser classificados em 4 categorias: Impostos sobre comércio exterior II, IE Impostos sobre o patrimônio e a renda IPTU, IPVA, ITBI, ITR, IR Impostos sobre a produção e a circulação IPI, ICMS, ISTC, IOF, ISS Impostos únicos IUEE, IUCL, IUM Receitas extra-orçamentárias FGTS, contribuições ao INSS

9 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 9/30 Economia e Gestão do Setor Público O PIS/PASEP Para reforçar suas fontes de financiamento, o governo federal criou o PIS – Programa de Integração Social e o PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Com estes tributos, diversificou-se a base de incidência das contribuições, estendendo ao faturamento o fato gerador das mesmas. A incidência sobre o faturamento das empresas, apesar de mais ágil em situações de inflação alta, significou um retrocesso do ponto de vista da “modernização” do sistema, visto que constituiu um retorno a formas de tributação “em cascata”.

10 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 10/30 Economia e Gestão do Setor Público 1971 25.21981 25.21991 24.42001 34.0 1972 25.91982 26.21992 25.02002 35.6 1973 25.61983 26.91993 25.32003 34.9 1974 25.11984 24.21994 27.92004 35.9 1975 25.21985 23.81995 28.02005 37.4 1976 25.11986 26.51996 28.62006 38.8 1977 25.61987 24.31997 28.9 1978 25.71988 23.41998 28.9 1979 24.71989 23.71999 29.5 1980 24.41990 29.62000 33.0 Fonte: Receita Federal e IBPT Carga tributária no Brasil (% do PIB)

11 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 11/30 Economia e Gestão do Setor Público

12 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 12/30 Economia e Gestão do Setor Público

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15 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 15/30 Economia e Gestão do Setor Público

16 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 16/30 Economia e Gestão do Setor Público Fonte: IBPT

17 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 17/30 Economia e Gestão do Setor Público A tendência à elevação da carga tributária ao longo dos anos 1990 decorreu principalmente do aumento da carga de tributos incidentes sobre bens e serviços, explicado em boa parte pelo crescimento da carga de impostos cumulativos, que, do ponto de vista econômico, são de pior qualidade, prejudicando o desempenho do setor produtivo. Crítica à expansão da carga tributária e base de incidência

18 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 18/30 Economia e Gestão do Setor Público A baixa participação da tributação sobre a renda e sobre o patrimônio reflete um viés do governo central na direção de impostos com arrecadação mais fácil, como os que utilizam o faturamento como base de incidência. Apesar de serem de pior qualidade, esses tributos são caracterizados por uma alta produtividade fiscal, principalmente em contextos inflacionários. Além disso, suas receitas não são partilhadas com os estados e municípios, o que explica, em grande medida, a preferência do governo central. Crítica à expansão da carga tributária e base de incidência (continuação)

19 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 19/30 Economia e Gestão do Setor Público Principais impostos e participação por esferas de governo (%) Esferas de governoAntes da Constituição de 1988Depois da Constituição de 1988 FederalEstadualMunicipalFederalEstadualMunicipal A. Federal Imposto de Renda6716175324,522,5 IPI671617433225 Imposto de Importação100 IOF100 B. Estadual ICMS80207525 IUEE305020 IUCL40 20 IUM107020 IUST305020 IUSC100 IPVA50 ITBI50 100 IR Adicional100 C. Municipal ISS100 IPTU100

20 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 20/30 Economia e Gestão do Setor Público OS PROBLEMAS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO O nível da carga tributária brasileira é expressivamente superior aos de outros países da América Latina. Por outro lado, quando comparado aos países de renda per capita superior a US$15 mil, o Brasil apresenta-se em patamar inferior, apesar de ter reduzido significativamente essa diferença nos últimos anos. Vale ressaltar que o nível de tributação no Brasil é da mesma ordem do dos Estados Unidos e muito maior do que o japonês. O nível agregado de taxação

21 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 21/30 Economia e Gestão do Setor Público Carga tributária de países selecionados (% do PIB) PaísAnosTotalSem Previdência Renda Alta Dinamarca199452,450,7 Suécia199350,336,2 Noruega199243,833,6 Reino Unido199236,730,8 Estados Unidos199329,722,8 América Latina Chile199419,918,5 Argentina199015,310,8 Outros Israel199340,137,4 Espanha199236,224,1 Portugal199030,021,8 Egito199323,019,6 Índia199217,2

22 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 22/30 Economia e Gestão do Setor Público OS PROBLEMAS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO (continuação) O grau de progressividade da tributação depende da forma como o sistema é estruturado. A tributação sobre a renda das pessoas físicas torna o sistema mais progressivo, tendo em vista que os impostos pessoais podem ser dosados conforme a renda do contribuinte, sendo que a possibilidade de transferência da carga para outros contribuintes é menor do que no caso de impostos sobre produtos ou empresas. Estes tendem a ser transferidos e regressivos. Deste modo, a utilização mais intensa e mais progressiva do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) é recomendável. A falta de equidade

23 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 23/30 Economia e Gestão do Setor Público Imposto de renda da pessoa física em países selecionados (%) PaísMaior alíquota marginal IRPF/IR total BRASIL27,536 Dinamarca68,088 Japão65,048 Coréia do Sul53,760 Itália51,080 Estados Unidos40,082 Reino Unido40,079 México35,049 Argentina30,016 Chile50,016

24 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 24/30 Economia e Gestão do Setor Público OS PROBLEMAS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO (continuação) Quando um país tem, como o Brasil, uma estrutura tributária com forte presença de impostos cumulativos, não passíveis de desoneração plena, ele sofre um duplo problema, ao fabricar bens cujos preço está “inchado” por esses tributos, contrariamente ao que ocorre nos demais países. Primeiro, o produto nacional torna-se caro em face do similar importado. E segundo, esse mesmo produto, no mercado externo, enfrenta a concorrência de produtos sem essa carga tributária. Em outras palavras, o país taxa as suas exportações. Os efeitos sobre a competitividade

25 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 25/30 Economia e Gestão do Setor Público

26 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 26/30 Economia e Gestão do Setor Público AS PROPOSTAS DE REFORMA DO SISTEMA As linhas gerais de uma reforma possível Como foi visto, a carga tributária brasileira é superior à das “economias emergentes”. O ônus tributário exigido da sociedade brasileira, portanto, já é bastante alto. Sendo assim, o grande objetivo de uma nova reforma tributária deverá ser, principalmente, o de aumentar a qualidade da tributação. As linhas gerais de uma reforma possível Como foi visto, a carga tributária brasileira é superior à das “economias emergentes”. O ônus tributário exigido da sociedade brasileira, portanto, já é bastante alto. Sendo assim, o grande objetivo de uma nova reforma tributária deverá ser, principalmente, o de aumentar a qualidade da tributação.

27 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 27/30 Economia e Gestão do Setor Público AS PROPOSTAS DE REFORMA DO SISTEMA (continuação) Aspectos fundamentais: a)Minimização do efeito negativo da tributação sobre a eficiência e a competitividade do setor produtivo; b) Simplificação do sistema tributário; c)Redução da autonomia dos níveis subnacionais de governo no que se refere à sua capacidade de legislar em matéria tributária; d)Eliminação de impostos de natureza cumulativa; e)Adoção de tributos progressivos; f)Aumento da tributação sobre o patrimônio Aspectos fundamentais: a)Minimização do efeito negativo da tributação sobre a eficiência e a competitividade do setor produtivo; b) Simplificação do sistema tributário; c)Redução da autonomia dos níveis subnacionais de governo no que se refere à sua capacidade de legislar em matéria tributária; d)Eliminação de impostos de natureza cumulativa; e)Adoção de tributos progressivos; f)Aumento da tributação sobre o patrimônio

28 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 28/30 Economia e Gestão do Setor Público AS PROPOSTAS DE REFORMA DO SISTEMA (continuação) O Brasil é o único país do mundo em que o maior tributo arrecadado na economia (o ICMS) é um imposto sobre o valor adicionado regido por leis subnacionais. (...) As “guerras fiscais” conduzidas por quase todos os estados, em total desobediência à lei, acabaram transformando o ICMS em um instrumento de localização industrial.

29 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 29/30 Economia e Gestão do Setor Público Composição da carga tributária (%) Imposto/Contribuição19982005 ICMS2321 Contribuição para o INSS1815 Imposto de Renda18 COFINS712 IPI64 CSLL33 PIS/PASEP34 CPMF34 Outros19 TOTAL100 Fonte: Receita Federal

30 UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 30/30 Economia e Gestão do Setor Público Aula 9 O sistema federativo e o fenômeno da descentralização GIAMBIAGI, F. e ALÉM, A. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. 2ª ed., Rio de Janeiro. Editora Campus/Elsevier, 2001.


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