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Investigando o Saber. Profª Renata Lopes  O que é afinal conhecer? Conforme analisa o filósofo norte-americano contemporâneo, Richard Rorty, na concepção.

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1 Investigando o Saber

2 Profª Renata Lopes

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4  O que é afinal conhecer? Conforme analisa o filósofo norte-americano contemporâneo, Richard Rorty, na concepção de grande parte dos filósofos, “conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente”, isto é, uma “imagem” ou “ reprodução mental da coisa conhecida.

5  Quando conhecemos, formamos uma representação, uma “imagem adequada” desse pássaro em nossa mente.  No processo de conhecimento sempre existiria a relação entre dois elementos básicos:

6  um sujeito conhecedor (nossa consciência, nossa mente) e  um objeto conhecido ( a realidade, o mundo, os inúmeros fenômenos).

7  Só haveria conhecimento se o sujeito conseguisse apreender o objeto, isto é, conseguisse representá-lo mentalmente.

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9  De acordo com as teoria realistas do conhecimento, as percepções que temos dos objetos são reais, ou seja, correspondem de fato ás características presentes nesses objetos, na realidade. Por exemplo: as formas e cores que o sujeito percebe no pássaro são cores e formas que o pássaro realmente tem em si.

10  Segundo as teorias idealistas do conhecimento, o sujeito é que predomina em relação ao objeto, isto é, a percepção da realidade é construída pelas nossas ideias, pela nossa consciência. Assim, os objetos seriam “construídos” de acordo com a capacidade de percepção do sujeito.

11  As formas e cores que o sujeito percebe no pássaro são apenas ideias ou representações desses atributos; não entra em questão se elas realmente estão no pássaro.

12  Somos capazes de conhecer a verdade? É possível ao sujeito apreender o objeto? Afinal, quais são as possibilidades do conhecimento humano?

13  As respostas dadas a essas questões levaram ao surgimento de duas correntes básicas e antagônicas na história da filosofia:

14  1ª Ceticismo: que diagnostica a impossibilidade de conhecermos a verdade.  2ª Dogmatismo: que defende a possibilidade de conhecermos a verdade.

15  De onde se originam os conhecimentos?  De onde se originam as ideias, os conceitos as representações?

16  De acordo com a resposta dada a esse problema, destacam-se basicamente duas correntes filosóficas:  1ª. Empirismo: “experiência sensorial”- defende que todas as nossa ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, paladar, olfato).  “Nada vem à mente sem ter passado pelos sentidos” (John Locke)

17  “Nossa mente é como um papel em branco, desprovido de ideias” = nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais, ou seja, sem a experiência de uma coisa não há ideia dessa coisa.

18  Designa a doutrina que atribui exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade.  Segundo Descartes “Nunca nos devemos deixar persuadir senão pela razão”

19  Fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo;  Somente a razão humana trabalhando com os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito.

20  Desenvolvido pela filosofia de Immanuel Kant no século XVIII, representa uma tentativa de superação do impasse criado pelo ceticismo e o dogmatismo.  Tal como o dogmatismo, acredita na possibilidade do conhecimento, mas se pergunta pelas reais condições nas quais seria possível esse conhecimento. Trata-se de uma posição crítica diante da possibilidade de conhecer.

21  Distinção entre o que nosso entendimento pode conhecer e o que não pode.  Assim o criticismo admite a possibilidade de conhecer, mas esse conhecimento é limitado e ocorre sob condições específicas, apresentadas na por Kant na obra Crítica da razão pura.

22  Posição filosófica que busca um meio termo para as distintas visões filosóficas: empirismo (considera a experiência) e o racionalismo ( afirma ser a razão humana a verdadeira fonte do conhecimento).

23  Todo conhecimento começa com a experiência, mas que a experiência sozinha não nos dá o conhecimento.  É preciso um trabalho do sujeito para organizar os dados da experiência.

24  Kant buscou saber como é o sujeito a priori, isto é, o sujeito antes de qualquer experiência, e conclui que existem no homem certas faculdades ou estruturas (as quais ele denomina formas da sensibilidade e do entendimento) que possibilitam a experiência determinam o conhecimento.

25  Para Kant a experiência forneceria a matéria do conhecimento (os seres do mundo), enquanto a razão organizaria essa matéria de acordo com suas formas próprias, estruturas existentes a priori no pensamento (daí o nome apriorismo)


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