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PublicouJúlio César Barbosa Cunha Alterado mais de 8 anos atrás
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Investigando o Saber
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Profª Renata Lopes
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O que é afinal conhecer? Conforme analisa o filósofo norte-americano contemporâneo, Richard Rorty, na concepção de grande parte dos filósofos, “conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente”, isto é, uma “imagem” ou “ reprodução mental da coisa conhecida.
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Quando conhecemos, formamos uma representação, uma “imagem adequada” desse pássaro em nossa mente. No processo de conhecimento sempre existiria a relação entre dois elementos básicos:
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um sujeito conhecedor (nossa consciência, nossa mente) e um objeto conhecido ( a realidade, o mundo, os inúmeros fenômenos).
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Só haveria conhecimento se o sujeito conseguisse apreender o objeto, isto é, conseguisse representá-lo mentalmente.
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De acordo com as teoria realistas do conhecimento, as percepções que temos dos objetos são reais, ou seja, correspondem de fato ás características presentes nesses objetos, na realidade. Por exemplo: as formas e cores que o sujeito percebe no pássaro são cores e formas que o pássaro realmente tem em si.
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Segundo as teorias idealistas do conhecimento, o sujeito é que predomina em relação ao objeto, isto é, a percepção da realidade é construída pelas nossas ideias, pela nossa consciência. Assim, os objetos seriam “construídos” de acordo com a capacidade de percepção do sujeito.
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As formas e cores que o sujeito percebe no pássaro são apenas ideias ou representações desses atributos; não entra em questão se elas realmente estão no pássaro.
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Somos capazes de conhecer a verdade? É possível ao sujeito apreender o objeto? Afinal, quais são as possibilidades do conhecimento humano?
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As respostas dadas a essas questões levaram ao surgimento de duas correntes básicas e antagônicas na história da filosofia:
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1ª Ceticismo: que diagnostica a impossibilidade de conhecermos a verdade. 2ª Dogmatismo: que defende a possibilidade de conhecermos a verdade.
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De onde se originam os conhecimentos? De onde se originam as ideias, os conceitos as representações?
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De acordo com a resposta dada a esse problema, destacam-se basicamente duas correntes filosóficas: 1ª. Empirismo: “experiência sensorial”- defende que todas as nossa ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, paladar, olfato). “Nada vem à mente sem ter passado pelos sentidos” (John Locke)
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“Nossa mente é como um papel em branco, desprovido de ideias” = nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais, ou seja, sem a experiência de uma coisa não há ideia dessa coisa.
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Designa a doutrina que atribui exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Segundo Descartes “Nunca nos devemos deixar persuadir senão pela razão”
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Fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo; Somente a razão humana trabalhando com os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito.
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Desenvolvido pela filosofia de Immanuel Kant no século XVIII, representa uma tentativa de superação do impasse criado pelo ceticismo e o dogmatismo. Tal como o dogmatismo, acredita na possibilidade do conhecimento, mas se pergunta pelas reais condições nas quais seria possível esse conhecimento. Trata-se de uma posição crítica diante da possibilidade de conhecer.
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Distinção entre o que nosso entendimento pode conhecer e o que não pode. Assim o criticismo admite a possibilidade de conhecer, mas esse conhecimento é limitado e ocorre sob condições específicas, apresentadas na por Kant na obra Crítica da razão pura.
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Posição filosófica que busca um meio termo para as distintas visões filosóficas: empirismo (considera a experiência) e o racionalismo ( afirma ser a razão humana a verdadeira fonte do conhecimento).
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Todo conhecimento começa com a experiência, mas que a experiência sozinha não nos dá o conhecimento. É preciso um trabalho do sujeito para organizar os dados da experiência.
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Kant buscou saber como é o sujeito a priori, isto é, o sujeito antes de qualquer experiência, e conclui que existem no homem certas faculdades ou estruturas (as quais ele denomina formas da sensibilidade e do entendimento) que possibilitam a experiência determinam o conhecimento.
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Para Kant a experiência forneceria a matéria do conhecimento (os seres do mundo), enquanto a razão organizaria essa matéria de acordo com suas formas próprias, estruturas existentes a priori no pensamento (daí o nome apriorismo)
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