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Exigências pessoais do psicoterapeuta Discentes: Ana Fernandes nº9201 Maria João Valgôde nº11631 Patrícia Maltez nº8507 Raquel Martins nº8502 Sílvia Santos.

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1 Exigências pessoais do psicoterapeuta Discentes: Ana Fernandes nº9201 Maria João Valgôde nº11631 Patrícia Maltez nº8507 Raquel Martins nº8502 Sílvia Santos nº7805 Unidade Curricular: Estudo do Processo Psicoterapêutico Docente: Maria Eugénia Duarte Silva 4º Ano 2º Semestre

2 Índice Competências básicas do psicoterapeuta. Competências básicas do psicoterapeuta psicodinâmico. Características menos saudáveis no psicoterapeuta Psicopatologia no psicoterapeuta. Burnout. Psicoterapeutas em psicoterapia.

3 Competências Básicas do Psicoterapeuta Factores responsáveis pela variância dos resultados terapêuticos (Allen Berguin e Michael Lambert, 1978): Michael Lambert (1989) conclui que existia suficiente evidência empírica para considerar que as características individuais do psicoterapeuta tinham uma influência substancial no processo e nos resultados terapêuticos.

4 Competências Básicas do Psicoterapeuta Abertura à experiência; Flexibilidade; Responsividade; Tolerância à frustração e à incerteza. Falta de empatia; Incapacidade de avaliar a gravidade da condição do paciente; Contratransferência negativa. Na perspectiva dos pacientes, várias investigações demonstraram que é frequente estes atribuírem o sucesso da terapia às qualidades pessoais dos terapeutas (Lazarus, 1971; Sloane et. Al., 1975). (Mohr, 1995) (Lambert e Ogles, 2004; Stiles, Honos-Webb e Surko, 1998 )

5 Se esperamos ajudar os outros com o objectivo de estes entrarem em contacto com o seu verdadeiro ser, cabe-nos, então, entrar em contacto com o nosso próprio verdadeiro ser. O psicoterapeuta precisa de ser uma pessoa real nas transacções entre seu eu e o do cliente. Se o terapeuta é um modelo de comportamento incongruente, que se arrisca muito pouco e permanece escondido e indefinido, podemos esperar, então, que também o cliente continue fechado e desconfiado. Se é um modelo de autenticidade, sendo o que realmente é no momento e propondo-se a expor as suas coisas de modo adequado e facilitador, então podemos predizer que o cliente integrará essas mesmas características. Se esperamos ajudar os outros com o objectivo de estes entrarem em contacto com o seu verdadeiro ser, cabe-nos, então, entrar em contacto com o nosso próprio verdadeiro ser. O psicoterapeuta precisa de ser uma pessoa real nas transacções entre seu eu e o do cliente. Se o terapeuta é um modelo de comportamento incongruente, que se arrisca muito pouco e permanece escondido e indefinido, podemos esperar, então, que também o cliente continue fechado e desconfiado. Se é um modelo de autenticidade, sendo o que realmente é no momento e propondo-se a expor as suas coisas de modo adequado e facilitador, então podemos predizer que o cliente integrará essas mesmas características. Competências Básicas do Psicoterapeuta Ser uma pessoa terapêutica implica o desejo de se explorar abertamente facetas da própria vida, de trabalhar no sentido de vir a ser a pessoa que se é capaz de ser e de se fazer, por si, aquilo que se estimula os clientes a realizarem por eles. Autenticidade

6 Competências Básicas do Psicoterapeuta Respeito e apreço por si mesmas; Capazes de assumir o seu poder; Abertos à mudança; Capacidade para tolerar a ambiguidade; Empatia não-possessiva; Capazes de experimentar e conhecer o mundo do outro; Cometem erros e estão dispostos a admiti-los; Profundo interesse pelas pessoas; Sensibilidade às atitudes e reacções dos outros; Estabilidade emocional e objectividade; Capacidade de inspirar confiança nos outros; Senso de humor, Mentalidade aberta e tolerância em relação a crenças e estilos de vida divergentes; Inteligência e perspicácia; Respeito pelas pessoas; Encarar, compreender e aceitar o seu eu, tanto quanto o dos outros.

7 Competências Básicas do Psicoterapeuta

8 Uma boa relação psicoterapeuta é um bom preditor de um resultado positivo. Para ser uma relação boa tem de ser percepcionada pelo paciente como empática, positiva, colaborativa e congruente. Exige competências relacionais tais como a criação de uma aliança terapêutica, ser capaz de diminuir a ansiedade do cliente e facilitar a ligação do cliente. As competências de auto-reflexão requerem uma alta capacidade de suportar, observar, reflectir, e usar as suas próprias experiências emocionais, corporais e fantasias na interacção com o cliente.

9 Competências Básicas do Psicoterapeuta A avaliação considera a pessoa como um todo, para além de sintomas específicos e inclui os seus conflitos conscientes e inconscientes, os padrões relacionais internalizados, os padrões interpessoais e as defesas. A conceptualização significa formular e compreender o cliente não só baseado nas suas acções, sentimentos, evitações, auto-relatos e história, mas também os sentimentos, fantasias e respostas somáticas que são evocadas dentro do psicoterapeuta. A capacidade de intervenção do terapeuta depende de vários critérios, entre eles podemos encontrar o balanço entre os conhecimentos teóricos e as emoções despertadas, a adequação do timing e do nível emocional, se a intervenção avança com o processo analítico ou não, se trata o aqui e agora da transferência e se elabora relações inconscientes dentro da mente do paciente.

10 Características do psicoterapeuta: terapias breves e de longa duração Terapias Breves Terapias Longa Duração Activo Investido Participante Maior intensidade Personalidade extrovertida Deve adoptar uma postura de confiança, esperança e interesse e deve encorajar o paciente a controlar os seus problemas e dificuldades de uma maneira activa. Mais contido nas suas intervenções e interpretações Menos intrusivos Atenciosos Menos intensivo Subtileza Mais neutros Estas características são necessárias para criar uma relação de confiança para aumentar a abertura dos pacientes e a tolerância face ao trabalho que se faz com os seus problemas. Therapists' professional and personal characteristics as predictors of outcome in short- and long- term psychotherapy. (Heinonen E, Lindfors O, Laaksonen MA, Knekt P.)

11 exercício Porque razão queremos ser psicoterapeutas?

12 Sussman (1992) A curious calling: Unconscious motivations for practicing psychotherapy Características menos saudáveis nos psicoterapeutas “A major determinant for becoming a therapist involves the conscious and/or unconscious wish to resolve one's own emotional conflicts. Those who choose to enter the profession typically manifest significant psychopathology of their own, which, if sufficiently understood and mastered, may actually enhance their ability to understand and help their clients" “Behind the wish to practice psychotherapy lies the need to cure one's own inner wounds and unresolved conflicts"

13 exercício Pensando no nosso narcisimo….

14 Características menos saudáveis nos psicoterapeutas Luchner, Mirsalimi, Moser, Jones (2008) Maintaining boudaries in psychotherapy: covert narcissistic personality characteristics and psichotherapists Narcisismo normal e saudável Narcisismo depressivo vs grandioso Narcisismo depressivo – empatia, sintonia com o outro, interesse nas necessidades do outro – características positivas no psicoterapeuta Narcisismo grandioso – necessidade de suscitar admiração e aceitação do outro - dificuldade de manter as fronteiras terapêuticas

15 Características menos saudáveis nos psicoterapeutas

16 exercício Pensando no nosso estilo de vinculação: - Seguro - Inseguro ansioso - Inseguro evitante Estilo dominante? Estilos presentes? Em que situações? Que estilo prevemos no lugar de psicoterapeuta?

17 Ligiéro & Gelso (2002) Countertransference, attachment, and the working alliance: the therapist’s contribution Características menos saudáveis nos psicoterapeutas

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19 AT (supervisores) ≠ (terapeutas): ◦ Sem correlação com CCT positivos ou negativos Relação AT (supervisores) ≠ (terapeutas): ◦ Correlação positiva com CCT positivos e negativos ◦ CCT negativos e positivos → Relação AT (terapeuta) > Relação AT (supervisor) Características menos saudáveis nos psicoterapeutas “The more a therapist tended to engage in positive and negative countertransference behaviours with a given client, the more the therapist and supervisor tende to disagree on the strength of the bond the therapist had developed with this same client.”

20 Características menos saudáveis nos psicoterapeutas

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22 Psicodinâmicos - < AT Cognitivo-comportamentais - > AT Psicodinâmicos - >PT Restantes – = PT Características menos saudáveis nos psicoterapeutas

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24 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas Incapacidade de se estabelecer uma relação terapêutica Relações terapêuticas inapropriadas

25 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas

26 “Relações de ajuda são equilíbrios dialécticos entre altruísmo e egoísmo e os terapeutas devem movimentar a equação para o lado do egoísmo”.

27 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas Resultantes de contratransferência erótica Afectos inconscientes de raiva e inveja

28 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas ◦ Desatenção às fronteiras terapêuticas ◦ Cruzamento destas fronteiras ◦ Violação das fronteiras

29 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas

30 DesatençãoCruzamentoViolação PsicopatologiaNão sériaTer. apaixonado, masoquista exibicionista e rendido Patologia narcísica séria, antissocial ou psicótica PrevençãoSupervisão e educação Supervisão e tratamento Tratamento ou mudança de carreira ÉticaNenhumaTransferência de pacientes ou recomendação para deixar de cuidar de alguns de certo tipo Conselho de ética notificado. Licença de prática limitada e supervisionada PrognósticoBomReservadoMuito reserv.

31 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas

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33 ◦ Dificuldade em estabelecer relação intima ◦ “Fetichização” do paciente ◦ Atração por relação misteriosa (cena primitiva) ◦ Raiva sentida para com a mãe

34 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas Afectos inconscientes de raiva e inveja estão relacionados com problemas narcísicos (ex.: melhoria do paciente) e com a dinâmica dominação – submissão.

35 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas

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37 exercício Como vamos gerir a nossa contratransferência? Que capacidades precisamos ter?

38 Psicopatologias que comprometeriam seriamente psicoterapeutas

39 Burnout Ligado ao stress no trabalho e à perda a longo prazo do papel profissional. Correlacionado com indicadores negativos, que incluem fraco desempenho profissional, absentismo e intenção de mudança. Relacionado com a depressão, insónia e perturbações gastrointestinais.

40 Burnout

41 Burnout Antecedentes: Stress profissional, Autocontrolo, Envolvimento Excessivo, Apoio Profissional e Identidade Profissional Consequências: Satisfação Profissional e Intenção de Mudança

42 Burnout Antecedentes: Stress profissional, Autocontrolo, Envolvimento Excessivo, Apoio Profissional e Identidade Profissional Todos os antecedentes, excepto o Apoio Profissional estão significativamente correlacionados com o burnout Stress Profissional e o Envolvimento Excessivo estão associados à exaustão emocional Autocontrolo e Identidade Profissional são similares às três dimensões Envolvimento Excessivo é um paradoxo: Pode ser esgotante mas é uma fonte de compensação e desenvolvimento pessoal

43 Burnout Consequências: Satisfação Pessoal e Intenção de Mudança Ambas as consequências correlacionam-se com as três dimensões Realização Pessoal tem uma forte associação com Satisfação Profissional Satisfação Profissional correlaciona-se também com a Despersonalização e a Exaustão Emocional

44 Burnout Ambos contribuem para o bem-estar, sendo o humor por auto-reforço o que mais contribui para o sentimento de desenvolvimento pessoal

45 Burnout Ligados à ansiedade, depressão e baixa auto-estima, sendo que o humor autodestrutivo contribui para o aumento da exaustão emocional e despersonalização

46 Psicoterapeutas vs psicólogos investigadores Fontes de stress: Psicoterapeutas Dificuldades no processo terapêutico, incluindo tentativas de suicídio, resistência e zanga por parte do cliente Psicólogos investigadores Responsabilidade de educação Pressões de financiamento Limites de tempo Excessivos comités e burocracia Fracas contribuições monetárias (bolsas de investigação)

47 Psicoterapeutas vs psicólogos investigadores

48 Os psicoterapeutas em psicoterapia. Aprende-se muito com as narrativas pessoais dos psicoterapeutas, acerca das suas experiências enquanto pacientes. 3 principais motivos: Aproximadamente ¾ dos psicoterapeutas dos EUA, Europa e outros sítios passaram por pelo menos uma experiência de psicoterapia pessoal. Comparados com outros profissionais, os psicoterapeutas são os maiores consumidores de serviços psicoterapêuticos. Muitos psicoterapeutas afirmam que a sua experiência enquanto paciente é um dos factores que mais contribui para o seu desenvolvimento enquanto profissional.

49 Os psicoterapeutas em psicoterapia. Os psicoterapeutas colocam a sua psicoterapia pessoal em segundo lugar, depois da experiência clínica, como os factores que mais contribuem para o seu desenvolvimento profissional. (Henry, Sims, & Spray, 1971; Rechelson & Clance, 1980) …. e reportam um elevado nível de satisfação com a terapia pessoal, bem como um reconhecimento dos seus benefícios. (Buckley, Karasu, & Charles, 1981; Shapiro, 1976)

50 Os psicoterapeutas em psicoterapia. Alguns estudos sugerem, como benefícios da psicoterapia pessoal: 1.Aprendizagem através do terapeuta, enquanto modelo profissional. 2.Aumento de uma compreensão empática (ao passar pelo papel de paciente). Estas aprendizagens traduzem-se depois: 1.Numa maior auto-consciência. 2.Desenvolvimento pessoal e profissional. 3.Melhor funcionamento enquanto profissional. A par disso, existem também alguns riscos: 1. Stress psicológico de entrar em psicoterapia pessoal. 2. Problemas na aliança terapêutica. 3. Identificações problemáticas com o terapeuta como modelo profissional. (Buckley et al., 1981; Pope & Tabachnik, 1994; Sailer, 1992; Shapiro, 1976).

51 Os psicoterapeutas em psicoterapia. A maioria dos psicoterapeutas diz que a identificação ao seu terapeuta constitui o factor mais influente no seu desenvolvimento profissional. (Bridges, 1995; Geller & Farber, 1993; Norcross & Geller, 2000) Na relação interpessoal entre o terapeuta e o (terapeuta)-paciente… uma tonalidade emocional positiva, caracterizada por um gostar mútuo está positivamente correlacionada com a obtenção de resultados. (Buckley et al., 1981) Na relação interpessoal entre o terapeuta e o (terapeuta)-paciente… uma tonalidade emocional positiva, caracterizada por um gostar mútuo está positivamente correlacionada com a obtenção de resultados. (Buckley et al., 1981) São igualmente importantes: - Compatibilidade de convicções profissionais; - Respeito mútuo; - Mútuo reconhecimento de competência profissional

52 Os psicoterapeutas em psicoterapia. De acordo com a literatura, os psicoterapeutas reconhecem que a terapia pessoal os ajudou das seguintes formas: Aumentou o seu autoconhecimento e a sua autoconsciência. Aumentou a sua auto-estima e autoconfiança. Melhorou as suas relações interpessoais. Aumentou as suas capacidades terapêuticas (empatia, ao usar a contra- transferência; ao estruturar o tratamento; em compreender o processo de psicoterapia.) Reduziu conflitos de carácter e melhorou o alívio de sintomas. A psicoterapia pessoal influencia a prática clínica, na medida em que… - A actividade passa a ser diferente, a um nível verbal. - Os psicoterapeutas lidam de forma diferente com a contratransferência. - Adoptam o terapeuta como modelo profissional. A psicoterapia pessoal influencia a prática clínica, na medida em que… - A actividade passa a ser diferente, a um nível verbal. - Os psicoterapeutas lidam de forma diferente com a contratransferência. - Adoptam o terapeuta como modelo profissional.

53 Os psicoterapeutas em psicoterapia. Foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas a 20 psicoterapeutas de orientação dinâmica, para avaliar: A percepção que os psicoterapeutas têm acerca dos benefícios e dos riscos da sua terapia pessoal. A percepção dos psicoterapeutas acerca da relação interpessoal e do envolvimento psicológico após o fim da terapia com o terapeuta. Como é que estas percepções se relacionam com a perspectiva que o psicoterapeuta tem acerca da influência da terapia pessoal na sua prática clínica.

54 Os psicoterapeutas em psicoterapia. Foram feitas questões como… “Até que ponto o seu terapeuta serviu como modelo para si na condução de psicoterapia?” As respostas incluíam-se numa, de três hipóteses:

55 Os psicoterapeutas em psicoterapia. Os participantes para os quais a terapia pessoal revelou ter uma grande influência no desempenho da sua prática clínica… Afirmaram que a relação que estabeleceram em terapia fora o grande promotor de mudança psicológica; Valorizaram o seu terapeuta enquanto modelo profissional; Pensavam no seu terapeuta em momentos de indecisão clínica com os seus próprios pacientes; Relataram que a terapia tinha desenvolvido o seu sentimento de identidade profissional e melhorado as suas relações interpessoais; Relataram menos efeitos negativos da terapia, em comparação com outros participantes;

56 Os psicoterapeutas em psicoterapia. Só da perspectiva deste grupo de participantes é que trabalhar os aspectos negativos da transferência contribuiu para uma identificação positiva ao seu terapeuta enquanto modelo profissional; Este grupo mais claramente desejava continuar o diálogo terapêutico e solicitou o contacto com o seu terapeuta depois do fim da terapia.

57 Os psicoterapeutas em psicoterapia. A experiência de fim de terapia parece estar relacionada com a percepção dos participantes acerca da terapia pessoal. Se existir uma fase de tratamento focada na separação e perda, os participantes identificar-se-ão ao terapeuta. interiorizam uma boa relação terapêutica. Promove a continuação de um “diálogo” interno mesmo depois do fim da terapia. Se existirem problemas durante o fim da terapia… O participante vai interiorizar uma relação terapêutica conflituosa. Sentimento de ambivalência acerca de continuar o diálogo terapêutico. a forma como o fim da terapia é vivido contribui para a identificação, ou não, ao terapeuta como modelo profissional.

58 Os psicoterapeutas em psicoterapia. A aceitação da imperfeição pessoal em terapia, demonstrou-se como outra influência positiva no trabalho clínico dos terapeutas. Vários participantes falaram acerca da importância de descobrir que na sua terapia pessoal podiam ser eles mesmos e apesar disso continuar a ser bons terapeutas. “Uma das coisas que aprendi com a minha terapia e que representa uma grande importância no desempenho da minha prática clínica, é que se o objectivo que se está a tentar alcançar é a perfeição, isso só leva a um maior isolamento. Aprendi que é pelas nossas imperfeições que nos é permitido, de facto, ligarmo-nos aos outros. Ser suficientemente bom é melhor do que ser perfeito(…)” “Uma das coisas que aprendi com a minha terapia e que representa uma grande importância no desempenho da minha prática clínica, é que se o objectivo que se está a tentar alcançar é a perfeição, isso só leva a um maior isolamento. Aprendi que é pelas nossas imperfeições que nos é permitido, de facto, ligarmo-nos aos outros. Ser suficientemente bom é melhor do que ser perfeito(…)”

59 Os psicoterapeutas em psicoterapia. No geral, todos os participantes dizem que passaram por um desenvolvimento semelhante: No auto-conhecimento; Nas suas próprias capacidades terapêuticas; No alívio de sintomas Uma possível hipótese acerca desta crença tão positiva acerca da eficácia da terapia pessoal no desempenho da prática clinica… é um possível bias de percepção inerente à profissão de psicoterapeuta. Uma possível hipótese acerca desta crença tão positiva acerca da eficácia da terapia pessoal no desempenho da prática clinica… é um possível bias de percepção inerente à profissão de psicoterapeuta. É normal que os participantes, sendo psicoterapeutas, entendam a psicoterapia como sendo pessoalmente enriquecedora, porque estão dentro do “meio”.

60 Os psicoterapeutas em psicoterapia. Quando a terapia pessoal corre bem… interiorizar o terapeuta como modelo deixa de ser uma simples imitação. evolui para a confiança na capacidade de se tornar mais autêntico enquanto terapeuta. “Às vezes, dava por mim a lembrar-me de quando era criança e costumava calçar os sapatos do meu pai (…) e andava pela casa a fingir que era um homem de negócios. Associava esta experiência com a que tinha quando saia da minha própria sessão e ia para outra com o meu paciente. (…) – era como uma espécie de modelo, em identificação com o meu terapeuta e com o que ele estava a fazer.”

61 Conclusão “De facto, só percebo de mim mesmo aquilo com que sonho, e sonho-o porque o experimentei emocionalmente numa relação. E quem isto não compreendeu não vive, sobrevive; e nenhuma técnica nem aprendizagem alguma fará desse ser (que não é) um psicoterapeuta ou psicanalista.” Coimbra de Matos, 2003

62 Referências bibliográficas APA, 2002. Manual de Diagnóstico e Estatístitica das Perturbações Mentais. IV TR ed. Lisboa: Climepsi. Bellows, K. (2007) Psychotherapists' personal psychotherapy and its perceived influence on clinical practice. Bulletin of the Menninger Clinic. 71: 204-226 Black, S., Hardy, G., Turpin, G. & Parry, G. (2005). Self-reported attachment styles and therapeutic orientation of therapists and their relationship with general alliance quality and problems in therapy. Psychotherapy: theory, research, practice, training. 78: 363-377. Corey, G. (1983) Técnicas de Aconselhamento e Psicoterapia. Rio de Janeiro: Campus. Geller, J. (2011). The Psychotherapy of Psychotherapists. Journal of clinical psychology: IN Session. 67: 759-765 Gelso, C.J., Latts, M.G., Gomez. M.J. & Fassinger, R.E. (2002). Countertransference management and therapy outcome: an initial evaluation. Journal of clinical psychology. 58(7): 861-867.

63 Heinonen, E., Lindfors, O., Laaksonen, M. e Knekt, P. (2012). Therapists professional and personal characteristics as predictors of outcome in short-na long-term psychotherapy. Journal of Affective Disorders.138, 301-312 Ligiéro, D.P. & Gelso, C.J. (2002). Countertransference, attachment, and the working alliance: the terapist’s contributions. Psychotherapy: theory, research, practice, training. 39(1): 3-11. Luchner, A.F., Hamid, M., Casey, J.M. & Jones, R.A. (2008). Maintaining boundaries in psichotherapy: covert narcisism personality characteristics and psychotherapists. Psychotherapy: theory, research, practice, training. 45(1): 1-14. Matos, A.C. (2003). Mais amor menos doença. Lisboa: Climepsi Radeke, J. & Mahoney M. (2000). Comparing the personal lives of psychoterapists and research psychologists. Professional Psychology: research and pratice. 31, 82-84 Referências bibliográficas

64 Radeke, J. & Mahoney M. (2000). Comparing the personal lives of psychoterapists and research psychologists. Professional Psychology: research and pratice. 31, 82-84 Saramago, P. (2008). O sentir e o agir do psicoterapeuta: impactos da regulação emocional na atitude terapêutica. Tese de mestrado em Psicologia. Sussman, M.B. (1992). A curious calling: Unconscious motivations for practicing psychotherapy. Northvale, NJ: Aronson. Twemlow, S., 1997. Exploitation of patients: Themes in the psypchopatology of their therapists. American Journal of Psychoterapy, Summer. Lee, J., Lim, N., Yang, E. & Lee, S. (2001). Antecedentes and Consequences of Three Dimensions of Burnout in Psychotherapists: A Meta-Analysis. Professional Psychology: Reserarch and Practice, 42, No. 3, 252-258 Malinowski, A. (2013). Characteristics of Job Burnout and Humor among Psychotherapits. 26 (1), 117-133 Referências bibliográficas


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