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Literatura Prof. Henrique Simbolismo.  Contexto Histórico  Desenvolvimento da Ciência na metade do século XIX  Sociedade burguesa : estabelecida e.

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Apresentação em tema: "Literatura Prof. Henrique Simbolismo.  Contexto Histórico  Desenvolvimento da Ciência na metade do século XIX  Sociedade burguesa : estabelecida e."— Transcrição da apresentação:

1 Literatura Prof. Henrique Simbolismo

2  Contexto Histórico  Desenvolvimento da Ciência na metade do século XIX  Sociedade burguesa : estabelecida e vitoriosa contra a nobreza  Início do capitalismo industrial  Sociedade de massas :  Cidades industriais : multidão

3 Simbolismo  Contexto Histórico  Homem : perde a individualidade  Cultura de massas : todos com o mesmo comportamento  Artista ? Originalidade ?  Literatura ?  Irrelevantes...

4 Simbolismo “em meio às hienas, às serpentes,aos chacais, Aos símios, escorpiões, abutres e panteras, Aos monstros ululantes e às viscosas feras, No lodaçal de nossos vícios imortais, Um há mais feio, mais iníquo, mais imundo! Sem grandes gestos ou sequer lançar um grito, da Terra, por prazer, faria um só detrito E num bocejo imenso engoliria o mundo: É o Tédio ! – o olhar esquivo à mínima emoção, Com patíbulos sonha, ao cachimbo agarrado. Tu conheces leitor, o monstro delicado -hipócrita leitor, meu igual, meu irmão ! Baudelaire, Ao leitor, - Flores do Mal

5 Simbolismo  Contexto Histórico  França : Le Parnasse Contemporain  Artista : buscar a originalidade, o precioso, o diferente, o chocante  Arte : contra a burguesia  Sociedade de massas X Arte

6 Simbolismo  Contexto Histórico  Brasil :  Modernização do Rio de Janeiro  Expulsão dos cortiços do centro  Artistas : boêmios...  Agora : necessidade de integração social  Academia Brasileira : respeitabilidade do literato  Machado de Assis, Olavo Bilac...

7 Simbolismo Academia Brasileira

8 Simbolismo Academia Brasileira Grupo conhecido como A Panelinha

9 Simbolismo  Contexto Histórico  Brasil :  Simbolistas : resgatar a arte marginal  Temas chocantes : morte, lesbianismo, amores doentios  Cruz e Sousa  Vida e Obra : tragédia pessoal  Poeta não reconhecido em sua época

10 Simbolismo Gargalha, ri, num riso de tormenta, Como um palhaço, que desengonçado, Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado De uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, Agita os guizos, e convulsionado Salta, gavroche, salta clown, varado Pelo estertor dessa agonia lenta... Pedem-te bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa Nessas macabras piruetas d'aço... E embora caias sobre o chão, fremente, Afogado em teu sangue estuoso e quente Ri! Coração, tristíssimo palhaço. Acrobata da Dor

11 Simbolismo Torva, febril, torcicolosamente, Numa espiral de elétricos volteios, Na cabeça, nos olhos e nos seios Fluíam-lhe os venenos da serpente. Ah! que agonia tenebrosa e ardente! Que convulsões, que lúbricos anseios, Quanta volúpia e quantos bamboleios, Que brusco e horrível sensualismo quente. O ventre, em pinchos, empinava todo Como reptil abjecto sobre o lodo, Espolinhando e retorcido em fúria. Era a dança macabra e multiforme De um verme estranho, colossal, enorme, Do demônio sangrento da luxúria! Dança do ventre

12 Simbolismo Ó carnes que eu amei sangrentamente, Ó volúpias letais e dolorosas, Essências de heliotropos e de rosas De essência morna, tropical, dolente... Carnes virgens e tépidas do Oriente Do Sonho e das Estrelas fabulosas, Carnes acerbas e maravilhosas, Tentadoras do sol intensamente... Passai, dilaceradas pelos zeros, Através dos profundos pesadelos Que me apunhalam de mortais horrores... Passai, passai, desfeitas em tormentos, Em lágrimas, em prantos, em lamentos, Em ais, em luto, em convulsões, em cores... Dilacerações

13 Simbolismo  Cruz e Sousa  Temas :  Amor e Morte :  Tragédia pessoal = universal  Noite :  Existência / pessimismo  Nihilismo : acreditar em nada  Influência de Nieztche e Schopenhauer

14 Simbolismo  Cruz e Sousa  Temas :  Amor Sensual :  Amor carnal : culpado pela sociedade da época, valorizado pelo poeta  Transcendência :  Busca pelo Absoluto, pela ausência da Dor, pela espiritualidade  Imagens inefáveis, presença da cor branca  Brumas, névoas, cor do luar

15 Simbolismo Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras... Formas do Amor, constelarmente puras, De Virgens e de Santas vaporosas... Brilhos errantes, mádidas frescuras E dolências de lírios e de rosas... Indefiníveis músicas supremas, Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume... Visões, salmos e cânticos serenos, Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes... Dormências de volúpicos venenos Sutis e suaves, mórbidos, radiantes... Antífona

16 Simbolismo Infinitos espíritos dispersos, Inefáveis, edênicos, aéreos, Fecundai o Mistério destes versos Com a chama ideal de todos os mistérios. Do Sonho as mais azuis diafaneidades Que fuljam, que na Estrofe se levantem E as emoções, sodas as castidades Da alma do Verso, pelos versos cantem. Que o pólen de ouro dos mais finos astros Fecunde e inflame a rime clara e ardente... Que brilhe a correção dos alabastros Sonoramente, luminosamente. (...)

17 Simbolismo  Características da poesia simbolista:  Musicalidade  Verso perde sua essência semântica para ganhar em expressividade  Aliteração : repetição de consoantes  Sugestão:  Descrever um objeto é matar sua descoberta  Sinestesia : várias sensações, unidas  Busca pelo ilógico, pelo inconsciente, pelo onírico, pela livre associação de ideias

18 Simbolismo A natureza é um templo onde vivos pilares Deixam filtrar não raro insólitos enredos; O homem o cruza em meio a um bosque de segredos Que ali o espreitam com seus olhos familiares. Como ecos longos que à distância se matizam Numa vertiginosa e lúgubre unidade, Tão vasta quanto a noite e quanto a claridade, Os sons, as cores e os perfumes se harmonizam. Há aromas frescos como a carne dos infantes, Doces como o oboé, verdes como a campina, E outros, já dissolutos, ricos e triunfantes, Com a fluidez daquilo que jamais termina, Como o almíscar, o incenso e as resinas do Oriente, Que a glória exaltam dos sentidos e da mente. Correspondências Charles Baudelaire

19 Simbolismo  Características da poesia simbolista:  Espiritualidade / Transcendência  Poesia = Arte = Religião  Religião tradicional, perdeu seu sentido, mas a razão e a ciência não satisfazem o homem  Satanismo e Espiritualidade:  Unir elementos contrários é desafiar a razão e a boa sociedade burguesa

20 Simbolismo  Alphonsus de Guimaraens  Paixão por sua prima, Constança  Direito em SP  RJ: encontro com Cruz e Sousa  Mariana, MG : juiz  “o solitário de Mariana”  Poesia arcaizante, mística, católica, sem a sensualidade / satanismo simbolistas

21 Simbolismo Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar... Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar... Queria subir ao céu, Queria descer ao mar... E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar... Estava perto do céu, Estava longe do mar...... Alphonsus de Guimaraens Ismália

22 Simbolismo E como um anjo pendeu As asas para voar... Queria a lua do céu, Queria a lua do mar... As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par... Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar... Alphonsus de Guimaraens Ismália

23 Simbolismo Entre brumas ao longe surge a aurora, O hialino orvalho aos poucos se evapora, Agoniza o arrebol. A catedral ebúrnea do meu sonho Aparece na paz do céu risonho Toda branca de sol. E o sino canta em lúgubres responsos: "Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!" O astro glorioso segue a eterna estrada. Uma aurea seta lhe cintila em cada Refulgente raio de luz. A catedral eburnea do meu sonho, Onde os meus olhos tao cansados ponho, Recebe a bencao de Jesus. E o sino clama em lugebres responsos: "Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!" Alphonsus de Guimaraens A Catedral

24 Simbolismo Por entre lirios e lilases desce A tarde esquiva: amargurada prece Poe-se a luz a rezar. A catedral eburnea do meu sonho Aparece na paz do ceu tristonho Toda branca de luar. E o sino chora em lúgubres responsos: "Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!" O céu e todo trevas: o vento uiva. Do relâmpago a cabeleira ruiva Vem acoitar o rosto meu. A catedral ebúrnea do meu sonho Afunda-se no caos do céu medonho Como um astro que já morreu. E o sino chora em lúgubres responsos: "Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!" Alphonsus de Guimaraens A Catedral


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