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Educar para o saber, saber fazer e saber estar emTurismo e Hospitalidade Dra. Ada de Freitas Maneti Dencker Mestrado em Hospitalidade– Universidade Anhembi.

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2 Educar para o saber, saber fazer e saber estar emTurismo e Hospitalidade Dra. Ada de Freitas Maneti Dencker Mestrado em Hospitalidade– Universidade Anhembi Morumbi AMFORHT/Natal 6/10/2004

3 Introdução Reflexão sobre a educação em suas relações com a sociedade, tomando como objeto de estudo especifico a questão da formação e educação para o turismo e hospitalidade. Aqui hospitalidade é entendida como conjunto de regras, normas e relações sociais que envolvem o acolhimento do outro, a abertura para o outro, o receber em em seus múltimplos domínios. As idéias apresentadas se inspiram em Paulo Freire e Edgar Morin.

4 Para Paulo Freire O homem se distingue das demais espécies pelas relações que estabelece com o mundo. Essas relações pessoais, impessoais, corpóreas, incorpóreas, fazem o mundo constituindo uma realidade independente do homem passível de ser conhecida. Assim é fundamental entender que o homem não apenas está no mundo, mas com o mundo, e esse estar no mundo resulta de sua abertura à realidade que o faz ser o ente de relações que é. (FREIRE: 2003 P.47).

5 Respondendo de forma plural aos desafios colocados pela existência o ser humano se organiza de forma critica e reflexiva. No ato de discernir, porque existe e não apenas vive, está a raiz da descoberta da sua temporalidade, a capacidade de atingir o ontem, reconhecer o hoje e descobrir o amanhã. Temos assim consciência de nossa historicidade, da capacidade de herdar, incorporar, modificar, interferir

6 No processo de educar Não podemos reduzir o aluno à condição de espectador, Temos que ajuda-lo a responder aos seus desafios baseado na experiência herdada, promovendo a criação e recriação, o discernimento e a transcendência, Trara-se de orienta-lo na busca de um domínio exclusivamente humano que é o da História e da Cultura

7 A integração para Freire É fundamental para que se percebam tanto o sentido da história quanto o princípio da liberdade que permitem ao homem a criação. A educação que não dá ao homem o direito de discutir sobre sua realidade leva à acomodação e não à integração, promove o ajustamento sacrificando a capacidade criadora.

8 Assim, quando refletimos sobre as questões de educar para o saber, saber fazer e saber estar, estamos refletindo sobre a troca, o diálogo, a discussão sobre as escolhas que o homem trava com seus semelhantes na construção de sua própria história e da sociedade em que vive.

9 Para Morin A sociedade como um todo organizado e organizador, retroage para produzir os indivíduos por meio da educação, linguagem e escola. Em suas interações os indivíduos produzem a sociedade, e esta produz os indivíduos que a produzem. Isso acontece num circuito em espiral, por meio da evolução histórica”.

10 Um dos grandes problemas que precisam ser enfrentados é a expulsão do homem da esfera de decisões. A escola participa dessa exclusão quando apresenta conhecimentos e tarefas já interpretadas em forma de receita ou prescrições a serem seguidas, Com isso o aluno passa a ser domesticado, acomodado, treinado, deixando de ser sujeito da própria educação para se transformar em objeto.

11 Se ajusta, se conforma com a expectativa alheia, torna-se impotente e esconde-se atrás de uma máscara de iniciativa e otimismo, No íntimo sente-se paralisado, incapaz de assumir a direção da sua própria vida, perplexo diante de uma realidade incontrolável e complexa, que ultrapassa a sua compreensão Com isso o indivíduo

12 Nessa realidade complexa A totalidade é ao mesmo tempo maior e menor do que a soma das partes. É maior porque o conhecimento de elementos simples não nos permite conhecer a propriedade do conjunto E é menor, pois o próprio fato de constituir um conjunto não permite que cada um dos elementos que o compõem possam se expressar em sua plenitude.

13 Isso se dá Porque a organização não se faz ao acaso, É uma unidade sintética em que as partes contribuem para o conjunto, E que não se explica por nenhuma lei simples

14 Onde estas reflexões nos levam? Elas nos levam a entender que não existem os indivíduos de um lado e a sociedade de outro, Que não é possível separar a empresa e as avaliações de mercado, da parte que se refere ao problema das relações humanas e das relações pessoais Esses processos são inseparáveis e interdependentes.

15 Nós somos a sociedade Ela existe em cada um de nós assim como cada um de nós existe nela. A sociedade está presente na nossa mente e nos influência do mesmo modo que o as nossas ações se refletem e influenciam a sociedade. A sociedade entra em nossa mente desde a infância por meio da educação familiar, escolar e universitária, É isso que faz com que existam regras, princípios e valores que permeiam toda a tessitura social.

16 Educar é uma ação política O educador não é um mero transmissor de conteúdo, responsável por um treinamento eficiente, encarregado de formar mão de obra para o mercado. Quando focamos a educação no conteúdo isso se reflete na acomodação do professor e leva à domesticação do aluno, submetendo-o a uma verdade que é fruto da interpretação de um determinado grupo.

17 Trata-se da imposição de uma ordem que não tem fundamento na própria dinâmica da sociedade. A sociedade se auto-organiza em um universo que no dizer de Morin é “um coquetel de ordem, desordem e organização”, onde convivemos com o incerto, o imprevisto, o aleatório. Os administradores detestam esta desordem, mas sem ela seriam impossíveis a inovação, a criação e a evolução. A educação precisa captar esses elementos positivos se regenerando e inovando no decorrer do processo.

18 Os programas de ensino Fundamentam-se na idéia de ordem, de elementos organizados e inter-relacionados que podem ser previstos e que funcionam sempre que as circunstâncias externas são favoráveis. Ao seguir um programa não precisamos refletir, agimos automaticamente, reproduzindo conceitos e padrões de uma forma pouco flexível que não permite a integração do novo, do inesperado para enriquecer a ação.

19 É uma falsa idéia de ordem Trata-se de padronizar um mundo que nada tem de padronizado. Uma reprodução e imposição de modelos funcionais ou racionais que acabam sendo danosos tanto para a sociedade quanto para as organizações, Do ponto de vista da administração acabam produzindo entraves e bloqueios que em última instância prejudicam a própria ordem em função da qual se estruturou o programa.

20 Ordem e desordem A educação precisa incorporar de forma equilibrada, elementos da ordem e da desordem de modo a garantir uma continuidade que permita a adaptação e a criatividade. Para que possa manter a flexibilidade sem comprometer a estrutura é preciso que as relações estejam fundamentadas na solidariedade, que formem vinculos sociais.

21 Temos que desenvolver a solidariedade por meio de uma educação que leve ao diálogo, a discussão e análise de problemas e desenvolva o comprometimento do individuo com a sua realidade, o seu espaço, a sua história.

22 Uma educação que não se esgote no discurso Que se nutra da diferença e mesmo do antagonismo promovendo a negociação, a troca, a construção do novo de forma coletiva e solidária. Precisamos de teorias que reflitam uma inserção na realidade para permitir a sua análise e a busca de soluções, mas não precisamos sufocar nossos alunos com discursos teóricos e erudição que acabam sendo mera verbalização

23 O ensino do turismo Deverá ser um processo contínuo de pesquisa e ação desenvolvido por professores e alunos enquanto aprendizes, buscando a ordenação e otimização do fazer turístico A sustentabilidade da atividade turistica irá depender da integração harmônica com as demais atividades sociais e econômicas.

24 A atividade turística ultrapassa a dimensão econômica e avança no plano social, implica em relações de confiança e solidariedade, de comprometimento e reciprocidade, em vínculos entre as pessoas e no estabelecimento de relações de hospitalidade. Não pode ser considerada apenas um negócio e limitar sua abordagem a uma pluralidade de lógicas redutíveis a determinantes econômicos. É preciso avançar na busca de soluções que atendam aos interesses de todos construindo um projeto social comum.

25 O ensino atual Está voltado para o treinamento em técnicas e modelos que supostamente deram certo. Baseia-se em principos instrucionstas Deixa espaço reduzido para a reflexão.

26 Em um cenário onde a criatividade é fundamental O ensino não pode se restringir a disseminar padrões e formas conhecidas de ação utilizadas pelo mercado. A universidade deve avançar na busca de modelos e paradigmas alternativos.

27 Para inovar é preciso Conhecer alternativas, incentivar a criatividade e iniciativa, para conceber produtos que atendam as necessidades dos que viajam e dos que os recebem; Conciliar de forma equilibrada as necessidades dos efetivamente envolvidos não se limitando aos interesses daqueles que pagam. Evitar distorções que degradem o meio ambiente causando, conflitos políticos, perda de identidade e violência, quando os empreendimentos turísticos violam os códigos de conduta e valores locais.

28 Novos focos de atenção As mudanças por que passa a sociedade se refletem na atividade turística indicando a necessidade de novas políticas e formas de gestão. São as relações entre pessoas, sentimentos, necessidades, formas de ver e perceber o mundo que estão se transformando gerando novas necessidades e desejos que precisam ser entendidos para que se possa gerenciar o turismo e definir novos rumos para o planejamento.

29 O futuro da atividade turística se delineia nas salas de aula na formação de um profissional que perceba sua atividade como pesquisador e cidadão, que desenvolva competência critica para diferenciar modelos e procedimentos adequados para a solução prática de problemas, seja na gestão de produtos, seja como gestor público na formatação das concorrências, ou como responsável pela elaboração de propostas e planos.

30 Um profissional capaz de  Criar soluções possíveis considerando a nova configuração política do Estado,  Desenhar perspectivas e alternativas em sintonia com as necessidades da sociedade como um todo, em suas múltiplas relações, sem isolar as ações referentes ao turismo como se este constituísse um mundo à parte, autônomo, separado da realidade.

31 E que entenda que As sociedades são formadas por regras interdisciplinares de cuja interação ou jogo resultam os laços sociais A reciprocidade é fundamental e não se refere apenas ao utilitário e econômico A participação e o envolvimento efetivo dos indivíduos, com a formação de vínculos sociais, é um processo longo para o qual não existem receitas nem metodologias prontas

32 Ciente de que A pobreza estrutural precisa ser enfrentada como um desafio em todos os setores, E para isso é preciso estabelecer regras de convivência que orientem as relações sociais além da lógica do mercado. Não se trata de recusar as regras do mercado e sim de estabelecer um equilíbrio entre estas regras e as demais que atuam no conjunto da sociedade.

33 Procurando Rever modelos que tendem para uma estandardização dos produtos oferecidos. Identificar e responder de forma conveniente às necessidades das pessoas. Possibilitar o desenvolvimento de relações que permitam um melhor uso do tempo livre por parte do turista, ultrapassando a troca comercial. Intensificar as relações sociais entre os visitantes e os visitados, hóspedes e hospedeiros, dentro de regras de hospitalidade conhecidas e aceitas por todos.

34 Assim A formação em turismo e hospitalidade não deve visar apenas a inserção do profissional no mercado de trabalho e sim prepara-lo para pensar o mercado. A universidade é o espaço da reflexão, inovação, criação, um espaço privilegiado onde se aprende como pensar e não o que pensar.

35 O ensino do turismo Passa por uma abordagem que ultrapasse a superfície do fenômeno turístico indo fundo na própria origem das trocas sociais, na formação dos vínculos. Apenas a compreensão dos princípios que se colocam na base do fenômeno turístico permitirá uma revisão dos conceitos e a formação de profissionais inovadores e criativos, sintonizados com as necessidades de seu tempo e de sua sociedade.

36 Para isso é preciso Humildade para reconhecer que não temos verdades absolutas para ensinar e que as perguntas são mais importantes que as respostas. Dialogar com com o aluno e a realidade procurando soluções, tendo consciência de que as mesmas são provisórias. É essa a base do princípio da criatividade, a mesma base que permite formar tanto grandes acadêmicos quanto gestores inovadores.

37 Para Finalizar A educação é um ato de amor, por isso um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir da discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.(Paulo Freire)

38 Bibliografia DENCKER, Ada. Pesquisa e interdisciplinaridade no ensino superior. FREIRE, Paulo. Educação como pratica de liberdade. MORIN, Edigar. Ciência com consciência.


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