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Manuel Maria Barbosa du Bocage

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Apresentação em tema: "Manuel Maria Barbosa du Bocage"— Transcrição da apresentação:

1 Manuel Maria Barbosa du Bocage

2 APRESENTAÇÃO

3 Em 15 de setembro de 1765, nasce Manuel Maria Barbosa du Bocage, em Setúbal, Portugal.
Além da poesia lírica, compôs poemas de caráter satírico contemplando pessoas do regime, tipos sociais e o clero, fato que não agradou obviamente ao poder.

4 Em 1797, acusado de heresia, dissolução dos costumes e ideias republicanas, foi implacavelmente perseguido, julgado e condenado, sendo sucessivamente encarcerado em várias prisões portuguesas. Ao redor de uma atmosfera de melancolia e privações, que se tornou sua vida após a liberdade, em 21 de dezembro de 1805 falece Bocage, vítima de um aneurisma, aos 40 anos.

5 SATÍRICO Bocage foi vítima de sua própria fama e dos preconceitos que despertou, passando a vida sendo perseguido pela censura de um país de aristocracia decadente, aliada a um clero corrupto.

6 OBRAS

7 ÁRCADE Perfeitamente enquadrada nos limites do Arcadismo, nutre-se de ideais cristalinos,  símbolo da unidade do homem com o mundo:

8 A loura Fílis, na estação das flores,
Comigo passeou por este prado Mil vezes; por sinal, trazia ao lado As Graças, os Prazeres e os Amores.

9 Nota-se que o sentimento de tranquilidade em relação à Primavera exprime-se numa atitude convencional,  baseada nas tradições greco-latinas: dominadas as paixões, o ser pode gozar da Natureza,  vista como modelo de paz, sossego e calma.

10 ROMÂNTICO

11 O Bocage que ficou conhecido em Portugal e no Brasil é o poeta boêmio, satírico e erótico, que frequentava o bar do Nicola e o Botequim das Parras. Além disso, apesar de Bocage dominar a técnica do verso, sendo considerado, devido a isso, como clássico, sua poesia vai muito além das convenções literárias da época.

12 Bocage é um poeta de transição entre o Neoclassicismo e o Romantismo
Bocage é um poeta de transição entre o Neoclassicismo e o Romantismo. (é considerado por vários estudiosos como um poeta Pré-romântico.) Bocage, principalmente nos poemas escritos depois de sua prisão, uma luta constante entre a razão iluminista e a emoção.

13 Nessa luta dolorosa e angustiante a emoção sobrepuja a razão como se pode ver no fragmento do soneto abaixo: " Importuna Razão, não me persigas; Cesse a ríspida voz que em vão murmura, Se a lei de Amor, se a Força da ternura Nem domas, nem contrastas nem mitingas. Se acusas os mortais, e os não obrigas, Se, conhecendo o mal, não dás a cura, Deixa-me apreciar minha loucura; Importuna Razão, não me persigas."

14 Somente um Romântico escreveria versos como "Importuna Razão, não me persigas" ou "Deixa-me apreciar minha loucura" um neoclássico ou arcádico jamais faria algo semelhante. No tema da Morte é que se pode perceber claramente que Bocage é uma espécie de profeta do Romantismo. Isso se dá porque todo o sofrimento da vida acaba com a morte, ela, a morte, é a única verdade da vida.

15 Oh retrato da morte, oh Noite amiga Por cuja escuridão suspiro há tanto! Calada testemunha de meu pranto! De meus desgostos secretária antiga! Pois manda Amor, que a somente os diga, Dá-lhes pio agasalho no teu manto; Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto Dorme a cruel, que a delirar me obriga:

16 E vós, oh cortesãos da escuridade, Fantasmas vagos, mochos piadores, Inimigos, como eu, da claridade! Em bandos acudi aos meus clamores; Quero a vossa medonha sociedade, Quero fartar meu coração de horrores.

17 1) LÍRICO: Em meio a versos coloquiais, Bocage mostra seu individualismo, seu conflito entre o amor físico e a morte, sua morbidez e atração pelo horror. Evitando as imagens estereotipadas dos arcádicos e o rebuscamento dos barrocos, consegue formalizar suas vivências numa linguagem concisa e equilibrada, logrando um estilo bem pessoal que o torna verdadeiramente um "clássico" da língua portuguesa. caráter subjetivo da poesia de Bocage, que faz do próprio "eu" o centro do universo poético, torna-o um precursor das tendências românticas, que - embora já contagiassem o resto da Europa - mal se esboçavam no seu tempo em Portugal.

18 2) SATÍRICO: Como satírico, expôs as mazelas de seu tempo em uma linguagem quase sempre pesada Os seus alvos preferidos eram os poderosos, mas também não poupou seus colegas de Academia. Mas sua produção satírica foi marcada principalmente, pela temática sexual.

19 Nariz, nariz, e nariz Nariz, nariz, e nariz, Nariz, que nunca se acaba; Nariz, que se ele desaba, Fará o mundo infeliz; Nariz, que Newton não quis Descrever-lhe a diagonal; Nariz de massa infernal, Que, se o cálculo não erra, Posto entre o Sol e a Terra, Faria eclipse total!

20 CONCLUSÃO:

21 Diante disso tudo, Bocage se tornou um dos poetas mais importantes do século XVIII e, apesar de ter deixado fama de grande satírico e improvisador, sua obra o coloca como um dos melhores sonetistas líricos de toda a literatura portuguesa.

22 Incapaz de encontrar uma forma nova que melhor correspondesse à novidade dos seus sentimentos, Bocage permaneceu um típico produto de transição. Citando as palavras de David Mourão Ferreira: " Com um pé nos degraus da Arcádia, com o outro suspenso ante os abismos enigmáticos do futuro, a sua posição de tão instável, tão depressa nos comove como logo nos impacienta".


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