METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA Prof.ª Gillielen Laura Alves Lobo Ruso.

Apresentação em tema: "METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA Prof.ª Gillielen Laura Alves Lobo Ruso."— Transcrição da apresentação:

1 METODOLOGIA DA PESQUISA JURÍDICA Prof.ª Gillielen Laura Alves Lobo Ruso

2 METODOLOGIA DA PESQUISA A metodologia deve ser pensada a partir do Objetivo Geral (ponto de chegada), perpassando pelos Objetivos Específicos. Para se chegar a “algum lugar” é preciso ter um ponto de partida, no caso da pesquisa a problematização do objeto de pesquisa que foi “concretizado” a partir da delimitação do tema. Portanto, existe uma explícita relação entre: tema, objeto, problema e metodologia. São esses os elementos responsáveis em grande parte pela construção do “traçado metodológico” do projeto de pesquisa.

3 Segundo Marques; et al (2008, p. 40-41), Método, do grego méthodus, significa ‘o caminho’ a percorrer para alcançar os objetivos [...] O método se faz acompanhar de técnicas/procedimentos que os auxiliam a chegar no resultado desejado. Entre os estudiosos da metodologia pode-se dizer que há um consenso em relação a tipificação dos métodos científicos.

4 MÉTODOS CIENTÍFICOS 1. Método científico DEDUTIVO: de acordo com a acepção clássica, é o método que parte do geral e, a seguir desce ao particular. Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros [...] e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal. Segundo os racionalistas, é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro, que decorre de princípios a priori evidentes e irrecusáveis. (GIL, 1999, p. 27)

5 Afirma Gil (1999, p. 27) que, [...] o raciocínio dedutivo é o silogismo, que consiste numa construção lógica de duas proposições chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente implicadas, denominada conclusão. Ex.: Todo homem é mortal. (premissa maior) Pedro é homem. (premissa menor) Logo, Pedro é mortal. (conclusão)

6 2. Método Científico INDUTIVO: procede inversamente ao dedutivo – parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior ao trabalho de coleta de dados particulares. Para os empiristas, a generalização deve ser buscada aprioristicamente, mas constatada a partir da observação da realidade. O empirismo acredita que o conhecimento é fundamento exclusivamente na experiência, sem levar em consideração princípios preestabelecidos. (GIL, 1999, p. 28)

7 Conforme Gil (1999, p. 28-29), Nesse método, parte-se da observação de fatos ou fenômenos cujas causas se deseja conhecer. A seguir, procura-se compará-los com finalidade de descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procede-se à generalização, com base na relação verificada entre os fatos ou fenômenos. Ex.: Antonio é mortal. Bendito é mortal. Carlos é mortal. Ora, Antonio, Benedito e Carlos são homens. Logo, (todos) os homens são mortais.

8 3. Método científico HIPOTÉTICO-DEDUTIVO: envolve as seguintes etapas, -Formulação do problema para o qual se deseja uma resposta; -Construção de hipóteses supostamente capazes de responder ao problema; -Corroboração ou refutação da hipótese. (GIL, 2000, p. 39)

9 4. Método científico DIALÉTICO: significa discussão, a arte do diálogo. É caracterizado como a conciliação dos contrários e comporta 3 momentos, - tese/ideia, (afirmação); - antítese, (negação da afirmação); - síntese, (resultado do confronto dos momentos anteriores, que não marca uma parada definitiva). (MARQUES; et al, 2008, p. 46)

10 Para Marques; et al (2008, p. 46-47), No movimento dialético, as coisas trazem em si suas contradições. [...] o método dialético é contrário a todo o conhecimento rígido. Tudo é visto em constante mudança, pois sempre há algo que nasce e se desenvolve e algo que se desagrega e se transforma.

11 5. Método científico FENOMENOLÓGICO: é o estudo dos fenômenos em todas as áreas de experiência. Os fenomenologistas enfatizam aspectos subjetivos dos comportamentos das pessoas. (MARQUES; et al, 2008, p. 51)

12 MÉTODOS AUXILIARES São os métodos que corroboram com o trabalho dos métodos científicos responsáveis na “moldagem” do resultado da pesquisa. Entre os muitos métodos, podemos citar: -Método experimental, consiste em submeter os objetos de estudo à influência de certas variáveis, em condições controladas pelo pesquisador, para observar o resultado; (GIL, 199, p. 33)

13 -Método observacional: parte da observação de algo que acontece, sem interferência na realidade. Fundamenta-se em procedimentos sensoriais como ver, escutar, sentir, etc. (MARQUES; et al, 2008, p. 48) -Método comparativo: realiza a investigação de indivíduos e/ou fenômenos, com vistas a ressaltar as diferenças e similaridades entre eles. (GIL, 1999, p. 35)

14 Método estatístico: fundamenta-se na aplicação da teoria estatística da probabilidade. A partir deste método é possível determianr em termos numérico, a probabilidade de acerto de determinada conclusão. Método clínico: apóia-se numa relação profunda entre pesquisador e pesquisado. (GIL, 1999, p. 35)

15 METODOLOGIA DE PESQUISA Conforme Vergara (2010, p. 41), “em relação a tipologia da pesquisa há várias formas de classificação”, vamos trabalhar com 2 critérios: Quantos aos fins; Quantos aos meios.

16 TIPOLOGIA DE PESQUISA Quanto aos fins, a pesquisa pode ser:Quanto aos fins, a pesquisa pode ser: -Exploratória, -Exploratória, quando é realizada em áreas na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses. -Descritiva, -Descritiva, quando expõe características de populações e/ou fenômenos. Pode estabelecer correlações entre variáveis. Não tem o compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. (VERGARA, 2010, p 44)

17 -Explicativa: -Explicativa: tem como objetivo principal tornar algo inteligível, justificar-lhes o motivo. Visa, esclarecer quais fatores contribuem para a ocorrência de determinado fenômeno. Pressupõe pesquisa descritiva como base para suas explicações. -Metodológica: -Metodológica: é o estudo que se refere a instrumentos de captação ou de manipulação da realidade. Está associada a caminhos, formas, procedimentos, modelos para atingir determinado fim. (VERGARA, 2010, p. 42)

18 -Aplicada: -Aplicada: é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos. Tem finalidade prática. -Intervencionista: -Intervencionista: tem como principal objetivo interpor-se, interferir na realidade estudada, para modificá-la. Não se satisfaz em explicá-la. (VERGARA, 2010, p. 43)

19 Quanto aos meios de investigação a pesquisa pode ser: Quanto aos meios de investigação a pesquisa pode ser: -Pesquisa de campo: -Pesquisa de campo: investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Inclui entrevistas, aplicação de questionários, observações. -Pesquisa de laboratório: -Pesquisa de laboratório: ocorre em local circunscrito. (VERGARA, 2010, p. 43)

20 -Pesquisa documental: -Pesquisa documental: é realizada em documentos conservados em interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza. A fonte da pesquisa neste caso é primária. -Pesquisa bibliográfica: -Pesquisa bibliográfica: é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, redes eletrônicas, isto é, materiais acessíveis ao público. Para esse tipo de pesquisa a fonte pode ser primária ou secundária. (VERGARA, 2010, p. 43)

21 -Pesquisa experimental -Pesquisa experimental: é investigação empírica na qual o pesquisador manipula e controla variáveis independentes e observa as variações que as manipulações produzem. -Pesquisa ex pos facto -Pesquisa ex pos facto: refere-se a um fato já ocorrido. -Pesquisa participante: -Pesquisa participante: ocorre quando a fronteira entre pesquisador/pesquisado seja tênue. Ocorre quando o pesquisador está implicado no objeto de pesquisa e sua problematização. (VERGARA, 2010, p, 44)

22 -Pesquisa-ação: -Pesquisa-ação: é um tipo particular de pesquisa participante e de pesquisa aplicada que supõe intervenção participativa na realidade social. Quanto aos fins é, portanto, intervencionista. -Estudo de caso: -Estudo de caso: é um circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoas, famílias, produto, empresa, etc. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo. Utiliza procedimentos diferenciados de coleta de dados. (VERGARA, 2010, p. 44)

23 A tipologia da pesquisa não é excludente, uma pesquisa pode ser bibliográfica, documental e estudo de caso, por exemplo. E apresentar caráter exploratório, descritivo e explicativo. (VERGARA, 2010, p 44)

24 ABORDAGEM DA PESQUISA Uma pesquisa pode ter as seguintes abordagens: -Qualitativa: -Qualitativa: há uma relação dinâmica entre o sujeito e o mundo real, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito,que não pode ser reduzido a números. São instrumentos de coleta de dados nessa abordagem a entrevista, questionários abertos, registros fotográficos,filmagens, técnicas de discussão em grupo, história oral e história de vida, observação sistemática e participantes. (MARQUES; et al, 2008, p. 39)

25 Quantitativa: Quantitativa: tudo pode ser quantificável. É possível traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. A análise é feita mediante tratamento estatístico. São instrumentos de coleta de dados, os questionários fechados, testes padronizados de múltiplas escolhas, experimentos em laboratórios, observação sistemática seguida de registro em escala de mensuração. (MARQUES; et al, 2008, p. 39)

26 Quali-quantitativa: Quali-quantitativa: envolve aspectos qualitativos e quantitativos, com ênfase aos aspectos qualitativos. Quanti-qualitativa: Quanti-qualitativa: envolve aspectos qualitativos e quantitativos, com ênfase aos aspectos quantitativos. (MARQUES; et al, 2008, p. 39)

27  Diagnóstica:  Diagnóstica: envolve conhecer como é o objeto de pesquisa, analisa-o de forma minuciosa e detalha sistematicamente suas características.  Prognóstica:  Prognóstica: envolve o conhecimento do objeto de pesquisa em uma perspectiva futura, reconstituindo o todo anteriormente diagnosticado. Implica em apresentar sugestões e mapear situações em termos futuros. (MARQUES; et al, 2008, p. 39)

28 REFERÊNCIAS GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2008. ______. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª Ed. São Paulo, 1999. ______. Técnicas de Pesquisa em Economia e Elaboração de Monografias. 3ª Ed. São Paulo: Atlas. MARQUES, Heitor Romero; et al. Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Científico. 3ª Ed. Campo Grande/MS: UCDB 2008. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 12ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010.