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Evolução dos Conceitos da Física Aula 1 Prof. Ivã Gurgel.

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Apresentação em tema: "Evolução dos Conceitos da Física Aula 1 Prof. Ivã Gurgel."— Transcrição da apresentação:

1 Evolução dos Conceitos da Física Aula 1 Prof. Ivã Gurgel

2 Plano da Aula  Discutir a questão “qual o método da ciência?”;  Apresentar o debate Indutivismo e Dedutivismo, com especial atenção às concepções de Karl Popper sobre ele;  Apresentar como Albert Einstein caracteriza sua forma de elaboração de Teorias Científicas.

3 Questão de Partida  O que é o Método Científico? Ele caracteriza a Ciência?

4 O “Popular” Método Científico

5 O Popular Método Científico (Um Pouco mais Sério)  1 – O cientista faz observações e experimentos que lhe forneçam informações controladas e precisas;  2 – Essas informações são registradas sistematicamente e eventualmente divulgadas;  3 – Outros cientistas, trabalhando na mesma área, acumulam novos dados;

6 O Popular Método Científico (Um Pouco mais Sério)  4 – Com o acúmulo de dados é possível uma certa ordenação dessas informações, permitindo a formulação de hipóteses gerais, isto é, o estabelecimento de enunciados gerais que descrevam razoavelmente o que os fatos conhecidos deixam transparecer e, ao mesmo tempo, explicam as relações causais entre os mesmos;

7 O Popular Método Científico (Um Pouco mais Sério)  5 – Passa-se a seguir à fase de confirmação ou verificação dessas hipóteses assim construídas, procurando-se novos experimentos e/ou observações que evidenciem suas afirmações;

8 O Popular Método Científico (Um Pouco mais Sério)  6 – Se a busca de confirmação ou de verificação é bem sucedida, o cientista chega a uma lei científica que passa a ser utilizada em casos semelhantes, ampliando seu campo de aplicações  7 – Com esse alargamento de aplicação do conhecimento novas leis ligadas a fenômenos semelhantes vão permitir que se construa toda uma teoria.

9 O Método Indutivo  Em linhas gerais, o que chamamos hoje de método científico se inspira no método indutivo;  Alguns autores importante nesta discussão são Francis Bacon (1561-1626) e John Stuart-Mill (1806-1873).

10 Pressupostos Indutivistas  Há, em alguma medida, uma objetividade nas observações realizadas e as mesmas podem ser repetidas/reproduzidas;  É possível estabelecer bons procedimentos que delimitem a ocorrência ou não de fatos (isto é, é possível realizar uma experimentação devidamente controlada);  É possível propor leis gerais a partir das observações e experimentações;  O método indutivo permite diferenciar a ciência da metafísica.

11  “Os que se dedicaram às ciências foram ou empíricos ou dogmáticos. Os empíricos, à maneira das formigas, acumulam e usam as provisões; os racionalistas, à maneira das aranhas, de si mesmos extraem o que lhes serve para a teia. A abelha representa a posição intermediária: recolhe a matéria- prima das flores do jardim e do campo e com seus próprios recursos a transforma e digere” (Bacon, Novo Organum,1620, p.63).

12  “Só há e só pode haver duas vias para a investigação e para a descoberta da verdade. Uma, que consiste no saltar-se das sensações e das coisas particulares aos axiomas mais gerais e, a seguir, descobrirem-se os axiomas intermediários a partir desses princípios e de sua inamovível verdade. Esta é a que ora se segue. A outra, que recolhe os axiomas dos dados dos sentidos e particulares, ascendendo contínua e gradualmente até alcançar, em último lugar, os princípios de máxima generalidade. Este é o verdadeiro caminho, porém ainda não instaurado” (Bacon, Novo Organum,1620, p.16)

13  “(...) pode-se definir a indução como: a operação de descobrir e provar proposições gerais. É verdade que, como já vimos, o procedimento de constatar indiretamente fatos individuais é tão verdadeiramente indutivo quanto aquele pelo qual estabelecemos verdades gerais. Mas não é uma espécie diferente de indução e sim uma forma do mesmo procedimento, já que, de um lado, o geral é apenas coleção de particulares (...)” (Mill, 1843, Sistema de Lógica Indutiva e Dedutiva, p.165, grifos nossos)

14 O Debate William Whewell (1794-1866) X John Stuart-Mill (1806-1873)

15  “Os fatos particulares não são simplesmente reunidos, mas há um novo elemento acrescentado à combinação por meio do verdadeiro ato de pensar pelo qual são reunidos (...) Quando os gregos, depois de observarem durante muito tempo os movimentos dos planetas, julgaram que esses movimentos deveriam ser corretamente considerados como produzidos pelo movimento de uma roda que girava no interior de uma outra roda, essas rodas eram criações de suas mentes, acrescentadas aos fatos que perceberam através dos sentidos (...) Os fatos conhecidos, mas isolados e desconexos, até que o descobridor fornece de seu próprio depósito um princípio de conexão. As pérolas estão lá, mas não formarão o colar até que alguém providencie o fio” (Whewell apud Mill, 1843, p. 171, grifos nossos)

16  “É verdade que para estas operações simplesmente descritivas, assim como para as falsas operações indutivas, exigia-se uma concepção mental. A concepção de uma elipse deve ter-se apresentado à mente de Kepler antes que ele pudesse identificar a órbita planetária com ela. De acordo com o Dr Whewell, a concepção era algo acrescentado aos fatos. Ele se expressa como se Kepler tivesse colocado alguma coisa nos fatos pela sua maneira de concebê-los. Mas Kepler não fez tal coisa. A elipse estava nos fatos antes que a reconhecesse, exatamente como a ilha era uma ilha antes que alguém tivesse navegado em sua volta...

17 ...Kepler não colocou o que concebera nos fatos, mas viu isso neles. (...) Ninguém jamais contestou que para raciocinar sobre alguma coisa devemos ter uma concepção dela, ou que, quando incluímos uma grande quantidade de objetos sob uma expressão geral, está implícita na expressão uma concepção de algo comum a esses objetos. Mas daí não se segue de maneira nenhuma que a concepção é necessariamente pré- existente ou construída pela mente com seus próprios materiais” (Mill, 1843, p.172-173, grifos nossos)

18 Karl Popper (1902-1994)  Será um dos principais críticos da indução.  Sua epistemologia é caracterizada como “Racionalismo Crítico”

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20 A Crítica de Popper à Indução  “Ora, está longe de ser óbvio, de um ponto de vista lógico, haver justificativa no inferir enunciados universais de enunciados singulares, independente de quão numerosos sejam estes; com efeito, qualquer conclusão colhida desse modo sempre pode revelar-se falsa; independente de quantos cisnes brancos possamos observar, isso não justifica a conclusão de que todos os cisnes são brancos” (Popper, A Lógica da Pesquisa Científica, 1934, p.27- 28)

21 A Crítica de Popper à Indução  Além da questão anterior, Popper argumenta que um conjunto de dados permite mais de uma inferência:  A “observação dos cisnes” pode nos levar à conclusão:  1 – Todos os cisnes são brancos;  2 – Todos os cisnes são brancos ou negros.

22 A Crítica de Popper à Indução  Para Popper, independente de quantas confirmações uma teoria adquiriu, nunca podemos afirmar sua completa validade;  Aqui encontramos o problema da retransmissão da verdade.

23 A Ciência para Popper  Uma das tarefas da ciência é a explicação; que consiste da dedução do Explicandum (uma afirmação sobre o que se procura compreender) a partir de um Explicans, isto é, um conjunto de premissas e leis (que envolvem a delimitação de condições específicas).

24 A Lógica Dedutiva é:  Transmissora da Verdade: Do Explicans para o Explicandum;  Retransmissora da Falsidade: Do Explicandum para o Explicans (isto é, as condições específicas ou as leis são incorretas);  Não-retransmissora da Verdade: Se o Explicandum é Verdadeiro, não necessariamente o Explicans é.

25 A Origem das Teorias para Popper  As teorias científicas são construções que não envolvem necessariamente critérios racionais: “As teorias são nossas invenções, nossas ideias – não se impõem a nós” (Popper, Conjecturas e Refutações, p.144)

26 A Natureza das Teorias  As Teorias Científicas são sempre Conjecturas;  Elas não são provadas, mas sim Corroboradas;  As Teorias devem poder ser Falseadas;  A Falibilidade é um critério de cientificidade.

27 Falseacionismo Crítico  Popper admite a concepção de que toda observação ou teste é carregado de teoria;  Desta forma, nenhuma falsificação pode ser considerada definitiva:  “qualquer falsificação pode, por sua vez, ser testada de novo” (Popper, O Realismo e o Objetivo da Ciência, p.23)

28 Realismo Popperiano  Mesmo negando a possibilidade de provarmos definitivamente uma teoria, Popper considera que, por meio do método crítico, podemos selecionar teorias que melhor corroboram os fatos (realismo convergente);  Muitas vezes, algumas teorias conseguem dar conta de um número maior de fatos que outras.

29 Realismo Popperiano  “Assim, as teorias são invenções nossas, ideias nossas, o que foi claramente percebido pelos idealistas (...) No entanto, algumas dessas teorias são tão ousads que podem entrar em conflito com a realidade; são essas as teorias testáveis da ciência. E quando podem entrar em conflito, aí sabemos que há uma realidade” (Popper, A Teoria dos Quanta e o Cisma da Física, p.25)


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