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Ruptura do Café-com-leite de 1910 e Revolta da Chibata

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Apresentação em tema: "Ruptura do Café-com-leite de 1910 e Revolta da Chibata"— Transcrição da apresentação:

1 Ruptura do Café-com-leite de 1910 e Revolta da Chibata

2 Política do Café-com-leite na República Oligárquica (1894-1930)
Hegemonia dos Estados de São Paulo e Minas Gerais sobre o Governo Federal. Apesar do Estado de São Paulo defender o federalismo não hesitou em usar o Governo Federal para seus propósitos. PRP (Partido Republicano Paulista) e PRM (Partido Republicano Mineiro) mantiveram a primazia na política republicana. Dos 11 presidentes que governaram o país entre , 3 paulistas : Prudente de Morais, Campos Sales e Rodrigues Alves( mais Washington Luís que nasceu no Rio de Janeiro mas era identificado com as elites paulistas) e 4 mineiros: Afonso Pena, Venceslau Brás, Delfim Moreira (vice-presidente de Rodrigues Alves morto em 1919) e Artur Bernardes. Através de fraudes eleitorais os interesses e o poder da burguesia cafeeira eram garantidos. A forte influência paulista e mineira na política federal pode ser explicada por alguns dados: São Paulo e Minas Gerais eram os maiores produtores de café do Brasil (motivo econômico) , a população brasileira em 1908 contava com cerca de habitantes, destes eram mineiros (Estado com maior população) e paulistas (2º Estado com maior população) . O peso demográfico repercutia no cenário político já que os dois Estados dispunham de maior número de representantes no Congresso Nacional.

3 Ruptura do equilíbrio político em 1909/1910
Durante a campanha e a sucessão presidenciais os PRP e PRM apoiaram candidatos diferentes constituindo a primeira ruptura séria da chamada Política do Café-com leite : RUI BARBOSA (político baiano com o apoio do PRP) X HERMES DA FONSECA (militar gaúcho com o apoio do PRM) Campanha Civilista : Defendida por Rui Barbosa pregava o voto secreto, revisão constitucional, um Código Civil e procurou atacar a influência do exército na política nacional “[...] Mas por isso mesmo que quero o exército grande, forte, exemplar, não o queria pesando sobre o Governo do país. A nação governa. O exército, como os demais órgãos do país, obedece. Nesses limites é necessário,é inestimável o seu papel; e na observância deles reside o seu segredo, a condição da sua popularidade. O exército certamente o sabe. Não quererá outra função.[...]” . Carta de Rui Barbosa aos senadores F. Glicério e A. Azeredo em 1909. Rui Barbosa saiu derrotado nas eleições de 1° março de 1910. Apesar da grande popularidade de sua candidatura.

4 Hermes Rodrigues da Fonseca Rui Barbosa de Oliveira
Candidatos em 1910 Hermes Rodrigues da Fonseca ( ) Militar gaúcho nascido em São Gabriel, desempenhou importantes funções militares: durante o Império foi ajudante-de-ordens do Conde D´Eu e na República foi ajudante-de-campo do Marechal Deodoro da Fonseca (seu tio). Foi ministro da Guerra no Governo Afonso Pena ( ) se desentendendo com o presidente devido à sua candidatura à presidência da República. Hermes da Fonseca tornou-se presidente entre No final da vida esteve envolvido no episódio das “Cartas Falsas” de 1921 e na Revolta Tenentista de 1922, sendo preso e morto antes do julgamento. Rui Barbosa de Oliveira ( ) Importante político brasileiro nascido em Salvador. Rui Barbosa desenvolveu atividade jornalística defendendo a abolição da escravidão no Império. Durante a República pertenceu ao Governo Provisório de Deodoro sendo responsável pela política econômica do Encilhamento. Esteve exilado durante o Governo Floriano ( ). Foi convidado pelo Barão do Rio Branco para representar o Brasil na 2ª Conferência Internacional da Paz em Haia em 1907, devido ao prestígio que essa participação lhe conferiu passou a ser conhecido como “Águia de Haia”. Foi candidato duas vezes à presidência da República. Em 1920 afastou-se definitivamente da política.

5 Governo Hermes da Fonseca (1910-1914)
Conhecido como “Dudu” ou “Urucubaca” . Posse em 15 de novembro de 1910. Seu governo foi fortemente marcado pela figura do senador e general gaúcho Pinheiro Machado fundador do PRC (Partido Republicano Conservador) Desencadeou a chamada “Política das Salvações”= Intervenção Federal nos Estados visando substituir as oligarquias dissidentes por grupos mais próximos do Governo Federal, tal intervenção provocou bombardeios em cidades como Salvador e Manaus. Em 1913 casou-se com a caricaturista Nair de Teffé (30 anos mais nova que o marechal) Nair de Teffé realizava seus trabalhos com o pseudônimo de “Rian” Sete dias após sua posse estourou uma importante rebelião que teve repercussão internacional.

6 Revolta da Chibata: “A Marujada em fúria”
Situação da marinha brasileira: Durante o Império esteve entre as cinco maiores do mundo, durante a Proclamação da República desempenhou um papel secundário, cabendo ao exército o papel de protagonista no Golpe de Estado. No início do século XX com o enfraquecimento da marinha brasileira e o crescimento desta força na Argentina, o governo brasileiro adotou medidas visando modernizar a marinha de guerra adquirindo navios no exterior. Houve um descompasso entre o tratamento dispensado aos marinheiros e a modernização dos novos navios de guerra. Na época dos veleiros eram procurados homens fortes fisicamente, com resistência a longas viagens e precárias condições de higiene : “homens de ferro em navios de madeira”. Para manter esses homens disciplinados as autoridades faziam uso de castigos físicos . Com os navios do século XX, movidos a vapor, eram necessários: técnicos, eletricistas, mecânicos e os marinheiros ideais nos veleiros tornaram-se um problema nas novas embarcações e os castigos físicos feitos de maneira descontrolada passaram a ser questionados. Como as condições de vida e trabalho na marinha eram péssimas o número de voluntários eram modesto, sendo assim o recrutamento ocorria pela incorporação forçada de órfãos e condenados, haviam também aqueles com precárias condições sociais que entravam como marinheiros. Os marinheiros estavam sujeitos a pederastia (contato sexual de um homem com rapaz bem jovem), castigos físicos (100 ,250 ou até 500 chibatas em um único dia), baixos soldos e má alimentação. Em 1910, como resultado da política de modernização naval, chegaram ao Brasil dois modernos encouraçados fabricados em estaleiros ingleses: São Paulo e Minas Gerais e o cruzador Bahia.

7 Alguns marinheiros, entre eles João Cândido Felisberto, foram para a Inglaterra na espera dos navios que a marinha do Brasil havia comprado. Ocorreram contatos com marinheiros ingleses (os castigos físicos haviam sido oficialmente abolidos na marinha inglesa) Reuniões entre os marinheiros eram feitas planejando a rebelião. Os encontros foram liderados por Francisco Dias Martins. Em 22 de novembro de 1910 os marujos se rebelaram e tomaram o controle dos encouraçados São Paulo e Minas Gerais, do cruzador Bahia e do blindado Deodoro . Ameaçaram bombardear o Rio de Janeiro caso suas reivindicações não fossem atendidas (o Governo tinha 12 horas para se pronunciar) : Aumento dos soldos dos marinheiros, diminuição da carga horária de trabalho (com a incorporação dos novos e modernos navios de guerra à marinha brasileira e os marinheiros tiveram que acumular mais funções), melhoria nas condições de alimentação e abolição dos castigos físicos como a chibata. A organização dentro dos navios (jogos de azar e bebidas alcoólicas foram proibidas) e o poder de fogo dos mais de 60 canhões (24 deles de maior calibre) que ameaçavam destruir a capital federal forçaram o Governo a negociar. O fato foi noticiado na imprensa internacional e contribuiu para o desprestígio do Governo Brasileiro.

8 Depois de intenso debate no Congresso Nacional a anistia aos revoltosos foi concedida em troca do desarmamento dos navios em 27 de novembro de Após entregarem os navios muitos marinheiros foram afastados pelos oficiais, a situação piorou até que no começo de dezembro marinheiros do Rio Grande do Sul e no Batalhão Naval se revoltaram. O Governo reprimiu a rebelião e acusou João Cândido de participar da revolta. A anistia aos marinheiros foi revogada e muitos foram presos, assassinados e transferidos à força para o Acre (trabalhos na construção da ferrovia Madeira-Mamoré e em seringais) . João Cândido Felisberto apelidado pela imprensa de “O Almirante Negro “ foi preso na Ilha das Cobras e depois de presenciar a morte de muitos dos seus companheiros foi internado no Hospital de Alienados onde foi liberado em Morreu em 1969. O movimento contou com a participação de cerca de marinheiros que em alguns casos chegaram a matar os oficiais que resistiram a tomada dos navios pelos marujos.

9 João Cândido Felisberto (1880-1969)
Nasceu na então província do Rio Grande do Sul. Entrou na marinha do Brasil ainda com pouca idade, foi apontado com o maior líder da rebelião naval de Sofreu com a repressão do governo ficando retido na Ilha das Cobras e depois no Hospital de Alienados. Importância Histórica da Revolta dos Marinheiros Tratou-se de um importante movimento social ocorrido durante a Primeira República ( ). No cenário de fraudes eleitorais e hegemonia política da oligarquia cafeeira as revoltas sociais eram um caro meio de demonstração das aspirações e necessidades das camadas sociais consideradas subalternas. Após a revolta dos marujos a chibata foi abolida da marinha brasileira. O movimento conseguiu chamar a atenção internacional para os problemas dos marinheiros brasileiros.


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