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Introdução: Um problema frequente visto nos pacientes portadores de Paralisia Cerebral (PC) é subluxação e luxação do quadril, e ocorre pelo desbalanço.

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1 Introdução: Um problema frequente visto nos pacientes portadores de Paralisia Cerebral (PC) é subluxação e luxação do quadril, e ocorre pelo desbalanço muscular entre flexores e adutores versus abdutores e extensores. Aparecem cerca de 7% em deambuladores e cerca de 60% em não deambuladores, em geral tem seu início ao redor de 07 anos (1). Quadros variáveis de luxação podem evoluir para tolerância diminuída para se sentar, dificuldade com a higiene corporal ou dor intratável. O diagnóstico pode ser suspeitado ao exame físico, tendo como primeiro sinal a diminuição do arco de movimento, abdução menor que 30°, contratura em flexão, aumento de rotação interna, diminuição da rotação externa, e sinal de Galeazzi positivo nos casos unilaterais Radiograficamente observa-se quebra do arco de Shenton e subluxação variável, que pode ser avaliada pelo índice de migração de Reimers (Fig. 1), calculada pela porcentagem de cabeça descoberta(2). Figura 1- Índice de Reimer: porção da cabeça descoberta(B) dividido pelo diametro da cabeça (A) O tratamento para o paciente não deambulador tem o objetivo de prover um quadril indolor, móvel e que permita adaptação em cadeira de rodas e possui três fases distintas: Prevenção: liberação de partes moles para quadris subluxados. Reconstrução: redução aberta associada a osteotomia femoral e pélvica de quadris luxados e subluxados. Salvação: cirurgias de salvamento para quadris dolorosos com mais de um ano de luxação e alterações radiográficas da cabeça femoral. Dentre as opções de cirurgia de salvamento temos: ressecção femoral proximal, osteotomia valgizante da extremidade proximal do fêmur com ou sem ressecção da cabeça femoral, artrodese e artroplastia do quadril. Castle e Schneider em 1978, descreveram uma dissecção extra periosteal com ressecção do fêmur proximal ao menos 3 cm abaixo do pequeno trocânter, construção de um flap capsular através do acetábulo e sutura do quadríceps ao redor do fêmur proximal ( Fig 2A). McHale descreveu uma combinação de ressecção da cabeça femoral com uma osteotomia em valgo e interposição de partes moles onde há um reposionamento do pequeno trocânter na direção do acetábulo enquanto o grande trocânter move-se lateralmente para o compartimento abdutor. Esse procedimento tem a intenção de reduzir a migração proximal, complicação comumente vista na ressecção isolada do fêmur proximal proximal (Fig 2B). Objetivo: Comparar o resultado de 2 cirurgias de salvação do quadril na PC utilizando as técnicas de ressecção femoral proximal ou osteotomia valgizante associada a ressecção da cabeça femoral (Mc Hale). Materiais e métodos: Estudo retrospectivo com pacientes que estavam identificados pelo CID -10 (G80-0) e operados no período de 2009 a 2014. Foram avaliados os dados demográficos, detalhes do procedimento cirúrgico e cuidados pós operatório. Resultados: A população de nosso estudo são 22 pacientes, e 31 quadris, todo tetraparéticos e GMFCS V, 21 apresentavam PC espástica e apenas um atetóide. Sete pacientes foram submetidos a cirurgia de Mc Hale totalizando 9 quadris e 15 pacientes foram submetidos a ressecção femoral proximal, com total 22 quadris, a idade variou de 8 a 23 anos com média de 14,5 anos e o período de seguimento foi de 6 meses até 4 anos.A média de idade de operação foi de 13,4 anos para Mc Hale e 14,6 anos para ressecção femoral proximal. O período de internação para o procedimento de McHale foi em média 5 dias, e na ressecção femoral proximal foi 13. Do total de 22 pacientes, 6 (27%) foram reavaliados e examinados no ambulatório, um paciente já havia falecido,15 não tiveram contato ou não quiseram participar, sendo então avaliados os dados informações contidas no prontuário. A melhora de abdução facilitando a higiene perineal foi de 60% para o procedimento de McHale e 67% para ressecção, apresentaram expressiva melhora em 60% para Mc Hale enquanto 56% para ressecção para posicionamento em cadeira de rodas. Discussão: A média de idade na cirurgia foi de 14,5 anos, e concorda com Muthusamy et al (3), que tem uma média de 15,5 anos, mas é contrária Leet et al (4) que apresenta a média de idade de 19 anos, a idade na cirurgia de nossos pacientes reflete acompanhamento iniciado tardiamente ou por não manterem uma sequência de acompanhamentos adequados que pudessem evitar complicações. Quanto a classificação GMFCS V foi o mesmo encontrado em outros trabalhos (5). Podemos justificar o tempo de internação menor ao fato da cirurgia de McHale ser menos agressiva, com menor perda sanguínea e um pós-operatório imediato menos doloroso. Em ambos procedimentos, nós observamos melhora quanto a dor, assim como foi visto por Boldingh et al (6) em sua ampla revisão bibliográfica em que a maioria dos artigos sugere que a ressecção femoral proximal é o melhor método, atingindo sucesso no alívio da dor em 90-100% dos casos.O resultado de ambas as técnicas foram similares em relação a melhora no uso da cadeira adaptada. Conclusão: Ambas as cirurgias avaliadas por nós apresentaram resultados acima de 60% no que diz respeito a melhora da dor no pós operatório, porém a cirurgia de McHale apresenta significativamente um tempo menor de internação. Bibliografia: 1- Lonstein JE, Beck K:Hip dislocation and subluxation in cerebral palsy.J Pediatr Orthop 1986;6:521-526 2- Herring JA: Tachdjian´s Pediatric orthopaedics. 5th edition.2014. 3-Muthusamy K, Chu H, Friesen RM, Chou P, Eilert RE, Chang FM:Femoral head ressection as a salvage procedure for the severely dysplastic hipin nonambulatory children with cerebral palsy. J Pediatric Orthop 2008;28:884-889. 4- Leet AI, Chhor K, Launay F, Kier-York J, Sponseller PD: Femoral head ressecion for painful hip subluxation in cerebral Palsy Is valgus osteotomy in conjuction with femoral head resection preferable to proximal femoral head resection and traction? J Pediatr Orthop 2005;25:70-73 5- Abu-Rajab RB, Bennet GC: Proximal femoral ressection-interposition arthroplasty in cerebral palsy. J Pediatr Orthop B. 2007;16:181-184. 6- Boldingh EJ, Bouwhuis CB, Van der Heijen-maessen HCM, Bos CF, Lankhorst GJ: Palliative hip surgery in severe cerebral palsy: a systematic review. J Pediatr Orthop B 23:86-92 Estudo comparativo : Ressecção femoral proximal X Osteotomia valgizante associada a ressecção da cabeça femoral como tratamento de salvação do quadril doloroso na paralisia cerebral. Autores: Coutinho Martins, Tatiana; Mendes, Pedro Henrique; Rodrigues, Régis. Figura 2- (A) Pós operatório cirurgia de Castle & Schneider,(B) Mc Hale AB


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