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Darcy Ribeiro - O povo Brasileiro

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Apresentação em tema: "Darcy Ribeiro - O povo Brasileiro"— Transcrição da apresentação:

1 Darcy Ribeiro - O povo Brasileiro
Compõe neste livro uma vasta teoria da historia do povo brasileiro. A miscigenação da carne e da alma. Matrizes diferentes que se comportam como uma só gente, uma só nação (Diferentemente da América Hispânica).

2 Brasis

3 O Brasil Crioulo Fusão racial: Índio – Negros – Brancos, seguindo uma hierarquia rígida. Advindo de uma estrutura socioeconômica colonial Mercantil. Os engenhos se concentram no solo massapê e no recôncavo baiano (Olinda, Recife, Salvador, entre outros...). América = Assentamento África = provedor do trabalho braçal Europa = Sócio e consumidor. Comerciantes, empreendedores e a coroa (garantindo o monopólio), formavam o Brasil agromercantil, exportador, escravista.

4 Poder cerntralizado: Sr. de engenho é dono de quase tudo e todos
Poder cerntralizado: Sr. de engenho é dono de quase tudo e todos. Por ser arbitrária, era duculturativa pois costumes eram impostos ao povo de acordo com padrões europeus. (Diferentemente da encomienda na América espanhola, onde o contato com 2 mundos diferentes era intermediado). Apesar dessa dominaçao, houve também uma relação de intercruzamento das raças misturando afetividade e relação corporal. Base da miscigenação. Crescia assim, uma população mestiça e branca que também abastecia o mercado interno. Os Srs. de engenho, só não tinham poder absoluto pois dependiam da armada, alguns negociantes e burocratas e da igreja. Os quais, tinham alguma força contra a palavra do Sr. de engenho. Houve muita resistência do negros, dentro das fazendas e fora também com a criação de quilombos, como o dos Palmares. Neles, o negro mantinha uma cultura neobrasileira, sem restaurar totalmente os padrões africanos.

5 A crise da antilha degrada a região açucareira.
Com a abolição, negros vão para a cidade vistos como marginais. Dessa maneira, criam um mundo cultural paralelo. Por necessidade de ascender socialmente nas cidades, cresce o número de cultos afros. Com a revolução industrial, o mundo se desorganiza e revoltas surgem como Haiti, elas influenciam revoltas na sociedade crioula.

6 Brasil Caboclo O Brasil caboclo nasceu da mistura dos índios genéricos da amazônia, com outros mestiços. Começaram a explorar o extrativismo de drogas do sertão como o cacau, a canela, a baunilha, óleos, açafrão, resinas e tubérculos. Os brancos, percebendo que esse tipo de comércio poderia ser bastante lucrativo estabeleceram algumas feitorias de depósito dessas drogas, e contaram com a força indígena para juntá-las. Aos poucos os índios foram sendo dizimados. Começou-se uma exploração mais compulsória dos índios. Assim, as tribos indígenas se afastavam dos leitos dos rios. Começaram então as guerras de caça ao índio. Estabeleceram-se algumas missões jesuíticas, em que o número de índios era dividido em três partes: uma para servir às obras públicas da Coroa, outra para servir aos padres e outra aos colonos. Com a expulsão dos jesuítas os colonos tomaram posse de todos os escravos e bens dos padres. As conseqüências dessas reservas foi a unificação lingüística e de costumes e a deculturação de tribos nas missões Até o segundo reinado, a língua portuguesa não era hegemônica na amazônia.

7 Surgiu nessa área cultural três tipos indivíduos: o índio tribal, o genérico e a população urbanizada sustentando sistema colonial português. Vimos nascer na região o cultivo do arroz e do algodão durante as guerras napoleônicas e a luta de independência norte-americana, quando encontramos mercado para esses produtos. Os centros produtores formam o Pará e o Maranhão. Com o fim dos dois conflitos essa economia regrediu ao extrativismo vegetal. Ou seja, sempre tentamos ingressar em economias exportadoras. Com a descoberta da borracha, cresceram grandes cidades como Belém e Manaus. Nele o caboclo entrava num esquema de endividamento e era quase que obrigado a endividar-se comprando nos barracões. Havia uma grande carência de mãode-obra, e para supri-la vieram 500 mil nordestinos sertanejos. O negócio da borracha faliu com a concorrência inglesa no oriente, e assim os caboclos retornavam à economia de subsistência semi-indígena. Contudo, essa economia se recupera com subsídios do governo e com o monopólio do comércio nacional, que mantinha o regime senhorial. Os principais conflitos que houve na região foram a Balaiada, liderada por escravos do algodão no Maranhão que buscavam uma ruptura da ordem social e a Cabanagem no Pará e no Amazonas, de caráter anticolonialista, separatista e republicano.

8 O Brasil Sertanejo

9 Desde São Francisco até o sul e ao Maranhão e Piauí.
Economia associada com a produção açucareira como fornecedora de carne, couros e de boi de serviço. Ocupou áreas territoriais mais extensas que qualquer outra atividade produtiva. Os grandes proprietários de terras (recebidas da Coroa) foram inicialmente senhores de engenho. Depois passaram a ser especialistas na criação de gado.

10 O vaqueiro tinha uma relação de muito respeito com seu patrão, e recebia seu pago em sal e reses.
Esse sistema atraiu muitos mestiços com a esperança de um dia tornar se criadores. Isso tornou dispensável a massa escrava. Com a expansão dessa industria foram criadas estradas, vilas e férias de gado. Conflito entre vaqueiros e índios.

11 No Nordeste interior, populações excedentes de pastoreio dedicavam-se a atividades extrativistas da carnaúba, da cera, e da palha. Descobriu-se o cultivo do mocó, que passou a ser cultivado por muitos por todo o nordeste sertanejo. O sertanejo torno-se em criatórios de gente, dos quais saíram os contingentes de mão de obra para as outras atividades econômicas do pais. Secas=desemprego  medidas de socorro e amparo feitas pelo governo. (Clientelismo)

12 Ao começo usaram a língua geral e as técnicas de cultivo dos índios
Ao começo usaram a língua geral e as técnicas de cultivo dos índios. Só se diferenciaram pela cozinha, algumas ferramentas de metal e uma atitude arrogante. Mais facilmente adaptados ao sistema mercantil. Sertanejo= fatalista e conservador. Pessoas do litoral= gozam de convívio social e se mantém em comunicação com o mundo. Sertanejo: muito religioso, expressado com o cangaço e o fanatismo religioso.

13 Cangaço: Forma de revolta típica da região
Cangaço: Forma de revolta típica da região. Bandas de vaqueiros, bem armados recorrendo as estradas do sertão “como ondas de violência justiceira”. “Todos fazendo do banditismo uma expressão de revolta sertaneja contra as injustiças do mundo.” Fanatismo: o maior exemplo: Canudos (centro do arraial sagrado)

14 O sertanejo sempre vive em penúria.
“Por mas anos ou gerações que permaneça numa terra, o sertanejo é sempre um agregado transitório, sujeito a ser desalojado a qualquer hora, sem explicações ou direitos.”

15 O Brasil Caipira Uma das áreas culturais que mais se transformaram.
Proveio da mistura do português com índio da região da Paulistânia ( São Paulo e parte de Minas Gerais, Goiás, Paraná, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro). No início da colonização, SP vivia em condições muito simples: “Enquanto os núcleos açucareiros da costa nordestina cresciam e enriqueciam, a população paulista revolvia-se numa economia de pobreza”. Os ‘homens bons`, que dirigiam as Câmaras e viviam em sítios sem a presença dos escravos negros, eram servidos pela indiada. Só se falava a língua geral ( Variante do Tupi adaptado pelos jesuítas). Só não somos bilingues em São Paulo, por pressão do governo português. A cultura indígena estava muito presente no modo de vida daquelas pessoas.

16 Assim, o indígena perdia a autonomia da aldeia igualitária, totalmente voltada a subsistência e a não estratificação em classes. Os núcleos paulistas, vinculados a uma economia externa, aspiravam participar da camada dominante. Queriam dar-se ao luxo de consumir, influenciar e mandar. Essa pobreza é que os tornava disponíveis a qualquer atividade desesperada. Assim, motivava esse povo mameluco a se tornar um bando de aventureiros, especialistas na mata. O paulista era considerado o homem da guerra: Atacavam missoões jesuíticas para captura de índios, destruíam quilombos. Mas o que os Paulistas mais queriam, era o ouro. E acharam. Cerca de 1400 toneladas de ouro foram extraídas no Brasil no período colonial. Milhares de pessoas, advindas das mais diversas regiões do Brasil e de Portugal, em poucos anos se instalam perto das minas. Desse modo a mineração acaba integrando as regiões coloniais devido a troca de produtos para sustentar a região das Minas Gerais, assegurando a unidade nacional.

17 E depois de décadas de mineração, o ouro acaba e a diáspora dos mineiros acontece.
Uma variante cultural se critaliza: o Caipira, uma população dispersa, desarticulada, que vive em bairros e fala a língua portuguesa. Ele torna-se mais independente da cultura mercantil e valoriza a alternância entre trabalho e lazer. O bandeirante, sedentarizado, torna-se caipira também. O caipira passa a ter acesso a terra pela simples ocupação. Mas não por uma lei que garanta seus direitos. A lei de terras de 1850 tira o direito da posso da terra do caipira, pois não efetuou a compra, assim, “ O Estado penetra no mundo caipira como agente da camada proprietária”... “O domínio oligárquico remonopoliza a terra e promove o desenraizamento do posseiro caipira com ajuda do aparelho legal administrativo”.

18 Chegada do café – Caipira tenta se submeter o mínimo possível a esse sistema de exploração escravagista. Com o tempo o imigrante, já preparado e acostumado a trabalhar como mão-de-obra assalariada devido ao sistema de seus países, tomam lugar dos ex-escravos. Parcela de ex-escravos, muitas vezes preferem caipirizar-se do que trabalhar em fazendas como assalariado. O caipira, que vive num sistema autárquico, vão perdendo mais e mais espaço na sociedade. Aos poucos não conseguem mais fazer descentes parcerias com os proprietários, tornando-se reféns do sistema capitalista. Começam a virar posseiros invasores de terras alheias, reserva de mão-de-obra das fazendas (bóias-fria), ou até mesmo marginais urbanos aspirantes à proletarização.

19 Gauchos, Matutos e Gringos

20 A expansão dos paulistas ocupou a região sulina antigamente dominada pelos espanhóis. Deu lugar a uma área cultural complexa e singular. Característica básica do Brasil Sulino: Heterogeneidade cultural.

21 Matutos: Lavradores de origem açoriana que ocuparam a faixa litorânea do Paraná para o sul.
Os Gauchos: campos da fronteira rio-platense e bolsões pastoris e Santa Catarina e o Paraná. Gringos: descenentes e imigrantes europeus.

22 O sul surge graças às missões espanholas.
Isso atraia muitos índios e produzia artigos para mercados que permitia manter um comércio de troca, obtendo tudo que precisavam e não produziam. As missões provocaram a fúria dos mamelucos paulistas e a inveja da coroa.

23 “O motor fundamental da formação do Brasil sulino foi, porém, a empresa colonial portuguesa conduzida desde muito cedo com o propósito explicito de levar sua hegemonia ate o rio da Prata.” Os propósitos da Coroa em ocupar o sul do Brasil se confirmaram com a fundação da Colônia do Sacramento no rio da Prata.

24 O sul ficava separado do resto o Brasil
O sul ficava separado do resto o Brasil. Tinha mais relação com outras grandes metrópoles como Montevidéu ou Buenos Aires. Provocou tensões entre os sulistas e Portugal, criando assim as guerras platinas

25 A integração com o Brasil surgiu com a criação de vínculos mercantis com as outras regiões do Brasil, de forma mais sólida que aqueles criados com as áreas espanholas.

26 Os Gauchos Homens espanhóis ou lusos com mulheres Guarani.
Exploração de gado. Fatores que pesaram na formação da matriz gaúcha: o rebanho de ninguém na terra de ninguém; a especialização mercantil na sua exploração e a existência de uma parcela mestiça europeizada.

27 Nova etnia, não se identificavam com nenhuma das outras.
A criação de gado, cavalos e muares proporcionou a fixação do gaucho no sul. Nos últimos anos, a região sulina se especializou no cultivo do trigo, arroz e soja.

28 Matutos Açorianos trazidos pelos portugueses.
Eles vieram como defesa à Coroa contra os espanhóis. Falharam pois não tinham mercado consumidor para suas colheitas. importantes no aportuguesamento linguístico e no abrasileiramento cultural da região. Funcionavam como bases para as tropas do governo contra os movimentos separatistas.

29 Gringos Pessoas de origem germânica, italiana, polonesa, japonesa, libanesa e outras, introduzidos no século passado. bilíngues, nível educacional mais elevado. Tinham benefícios oferecidos pelo governo. Primeira geração tinha o desafio de desbravar as áreas virgens e estabelecer quais produtos lhes integrariam na economia nacional.

30 Segunda geração adaptou-se melhor, o único problema era a falta de terras para as famílias que se multiplicaram. Conflitos entre principalmente alemães, japoneses e italianos. Resolvidos com a instauração do Português nas escolas e com o recrutamento de nipo-brasileiros e gringos para servir nas forças armadas, que contribuiu para a sua identificação nacional.

31 Importantes na produção de vinho, mel, trigo, batatas, cevada, lúpulo, legumes, milho para porcos e mandioca. Nos últimos anos surgiu uma onda de desenvolvimento industrial intensivo, com: metalurgia, tecelagem, indústria química, couros, cerâmica e vidreira. Atualmente são os principais empresários modernos no sul.

32 O Destino Nacional

33 As Dores de parto “O Brasil foi regido primeiro como una feitoria escravista, exoticamente tropical, habitada por índios nativos e negros importados. Depois, como um consulado, em que um povo sublusitano, mestiçado de sangues afros e índios, vivia o destino de um proletariado externo dentro de uma possessão estrangeira” “Os interesses e as aspirações do seu povo jamais foram levado em conta…”

34 “Nunca houve aqui um conceito de povo, englobando todos os trabalhadores e atribuindo-lhes direitos. Nem mesmo o direito elementar de trabalhar para nutrir-se, vestir-se e morar.” Condições ideais para a desindianização e desafricanização forçada. Dificuldades dos imigrantes japoneses na integração. “Não deixam nunca de ser nisseis, porque trazem isso na cara.” Diferente dos imigrantes europeus.

35 “O que houve e o que há é uma massa de trabalhadores explorada, humilhada e ofendida por uma minoria dominante, espantosamente eficaz na formulação e manutenção de seu próprio jeito de propriedade , sempre pronta a esmagar qualquer ameaça de reforma da ordem social vigente.”

36 Confrontos “Os outros latino-americanos são, como nós mesmos, povos novos, em fazimento. Tarefa infinitamente mais complexa... Reinventar o humano, criando um novo gênero de gentes, diferentes de quantas haja.” “Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo.”

37 Um povo na busca de seu destino.
“Uma romanidade tardia mas melhor, porque lavada em sangue índio e sangue negro.” Apesar de ser de matrizes tão diferentes, os brasileiros são um dos povos mais homogêneos e integrados. USA, Canda, Australia =Transplantes da Europa.

38 “Nosso destino é nos unificarmos com todos o latino-americanos por nossa oposição comum ao mesmo antagonista, que é a America anglo-saxônica...” “Somos povos novos ainda na luta para nos fazermos a nós mesmos como um gênero humano novo que nunca existiu antes. Tarefa muito mais difícil e penosa, mas também muito mas bela e desafiante.” America Latina é a nova Roma. “Uma Roma tardia e tropical.”

39 “Estamos nos construindo na luta para florescer amanha como uma nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Mais alegre, porque mais sofrida. Melhor, porque incorpora em si mais humanidades. Mais generosa, porque aberta a convivência com todas as raças e todas as culturas e porque assentada na mais bela e luminosa província da terra.”

40 Obrigado!


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