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Iatrogenia Palavra composta que vem do grego: iatrós (médico) + genos (origem, produz) + ia (moléstia). Iatrogenia é o dano causado pelo médico e/ou.

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3 Iatrogenia Palavra composta que vem do grego: iatrós (médico) + genos (origem, produz) + ia (moléstia). Iatrogenia é o dano causado pelo médico e/ou de seus auxiliares, cuja medida, certa ou errada, justificada ou não, resulte em consequências prejudiciais para a saúde do paciente. O artigo 31/1988, veda ao médico que "deixe de assumir a responsabilidade sobre procedimento médico que indicou ou do qual participou, mesmo quando vários médicos tenham assistido o paciente. Ainda que este procedimento tenha sido solicitado ou consentido pelo paciente ou seu responsável legal". O médico não deve "atribuir seus insucessos a terceiros e a circunstâncias ocasionais, exceto nos casos em que isso possa ser devidamente comprovado“. Como o médico não é o todo-poderoso, há sem dúvida, muita coisa na natureza que foge de seu controle. Alguns insucessos são frutos da impotência humana diante de fenômenos naturais. Mas será que isso significa que ele é sempre culpado quando algo não dá certo? *Distinção entre Responsabilidade/Culpabilidade*: Na visão sistêmica, o fato do médico ser responsável pelos seus atos não significa que ele é, necessariamente culpado, se um determinado procedimento não der certo. A questão da responsabilidade, surge precisamente na área onde o médico tem condições de exercer um certo domínio.

4 As Três classificações do Erro médico
O principal artigo do Código de Ética Médica (CEM) que caracteriza o erro médico é o artigo 29, determinado que “é vedado ao médico praticar atos profissionais danosos ao paciente, que possam ser caracterizados como imperícia, imprudência e negligência. Imprudência: quando o médico age precipitadamente causando riscos para o paciente sem respaldo científico para o seu procedimento, agindo sem a cautela necessária. Ex: induzir o paciente à uma anestesia sem ter à mão uma fonte de oxigênio e uma cânula para intubação traqueal. Ou mesmo ao iniciar algum procedimento, sem antes observar o prontuário do paciente. Imperícia: quando o médico realiza procedimento para o qual não é habilitado. Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão. Negligência: quando não oferece os cuidados necessários ao paciente, sugerindo inação, passividade ou um ato omissivo. O médico age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções , cautela e zelo com o paciente.

5 Mistanásia *A ausência ou a precariedade de serviços de atendimento médico colaboram para que os idosos morram antes da hora com doenças que poderiam ser evitadas e/ou tratadas: - Morte miserável fora e antes de seu tempo, com grande sofrimento; - Omissão de socorro estrutural que atinge milhões de idosos doentes durante sua vida inteira e não apenas em suas fases avançadas ou terminais da doença. Mistanásia por Imperícia: Deixar de diagnosticar em tempo uma doença que poderia ter sido tratada e curada por que o médico não se atualizou. Mistanásia por Imprudência: O médico não vê sentido em perder tempo com pacientes desenganados, agindo de forma precipitada, sem refletir sobre o caso. Mistanásia por Negligência: Atos que provocam danos ao paciente crônico ou terminal, aumentando seu sofrimento e tornando mais miserável sua morte por desinteresse do médico. É fundamental que o paciente seja informado pelo médico sobre a necessidade de determinadas condutas ou intervenções e sobre os seus riscos ou consequências. 

6 Causas mais comuns de erros na atualidade
Quando a relação médico-paciente se torna quase impessoal e o médico permiti que a especialização o transforme em um técnico altamente adestrado e impessoal, sendo cada vez mais difícil para ele, conciliar os conhecimentos da Medicina tradicional, com os enormes avanços tecnológicos e instrumentais da Medicina moderna. Frente a um desafio, tenta ganhar tempo nas investigações, recorre sempre a exames e tratamentos de última geração, deixando de lado a comunicação, um olhar, escuta e percepção sempre voltados e flexíveis aos sinais emitidos por aquele que sofre. O grande arsenal tecnológico beneficia em muito o ser humano, porém, torna-se também, a mais invasiva; com enormes riscos e danos ao paciente. Comunicações insuficientes ou inexistentes; ambiguidade de nomes dos produtos, semelhanças físicas entre produtos; semelhanças na forma de escrita dos nomes dos produtos; semelhanças entre a sonoridade dos nomes de produtos e procedimentos; formas de recomendações de uso, abreviações médicas ou formas de escrita; procedimentos e técnicas inadequadas ou incorretas; uso indevido pelo paciente pela pouca compreensão do seu uso adequado.

7 Circunstâncias que colaboram para o erro do médico e sua culpabilidade
A conduta profissional inadequada que supõe uma inobservância técnica pode levar a configuração do ato lesivo.

8 Erro médico Erro medicamentoso: qualquer evento evitável que pode levar ao uso inadequado de medicamento que possa ou não lesar o paciente, não importando se o medicamento esteja sob o controle de profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor. A possibilidade da prevenção é uma das diferenças marcantes entre as reações adversas e os erros de medicação. Os erros de medicação desde a prescrição até a administração da droga ao paciente são por definição, preveníveis. Erro de Omissão: Não administração de um medicamento prescrito para o paciente; ausência de registro da execução da medicação. Erro de Preparação: diluição incorreta, reconstituição inapropriada, mistura de drogas que são fisicamente e quimicamente incompatíveis, medicamento fora do prazo de validade. Erro de Horário: Administração do medicamento fora do período estabelecido na prescrição pelo médico ou pelo enfermeiro que realizou o aprazamento da prescrição. Define se como erro: o atraso ou adiantamento demais de 30 minutos para medicamentos de ação imediata e mais de 1 hora para os de ação prolongada. Após um plantão de 24 horas, sem dormir, o desempenho psicomotor de um profissional de saúde é semelhante ao de um indivíduo legalmente bêbado (nível sérico alcoólico maior ou igual a 0,08%). Este fato nos faz atentar sobre o profissional de saúde possuir vários empregos o que compromete sua capacidade fisiológica e, por conseguinte, sua capacidade profissional.

9 Erro médico Erro de administração: procedimento ou técnica inapropriada de administração de medicamento, incluindo: via errada; via correta, porém em local errado (ex.: deveria ser administrado no olho esquerdo e foi administrado no olho direito); erro na velocidade de administração; intervalo diferente do prescrito; omissão (não administração do medicamento prescrito) e doses extras. Incluem-se, também, neste grupo, erros por semelhança na aparência e/ou nome do medicamento. Erro de administração de medicamento não-autorizado: •Administração de medicamento não prescrito; •Administração de medicamento ao paciente errado; •Administração de medicamento errado; •Administração de medicamento não autorizado pelo médico; •Utilização de prescrição desatualizada.

10 Farmácia entrega remédio errado em Minas Gerais
Erro médico Erro de Dispensação: Distribuição incorreta do medicamento prescrito para o paciente. Farmácia entrega remédio errado em Minas Gerais Jornal O Globo 26/08/2009

11 Erro médico Erro de Prescrição: escolha incorreta do medicamento, prescrição incorreta da dose, erro de cálculo na dose, via de administração, concentração, velocidade de infusão ou prescrições ilegíveis. Evento adverso da droga: injúria causada pelo uso de uma droga, podendo variar desde uma simples manifestação cutânea até a morte. Pode ser de dois tipos: os causados por erros e os inerentes à droga. Os causados por erros são chamados evitáveis, e os inerentes ao próprio medicamento, portanto não evitáveis, são chamados de reações adversas. Erro de Monitoramento: falha ao monitorar dados clínicos e laboratoriais antes, durante e após a administração de um medicamento, para avaliar a resposta do paciente à terapia prescrita.

12 Erro médico Erro com medicamentos deteriorados:
Administração de medicamento com data de validade expirada, ou com integridade física ou química comprometida. Jornal O Globo 28/02/2008

13 Erro médico Como prevenir o ato lesivo:
• Promover a busca e identificação dos erros humanos e institucionais • Estimular a incorporação de novos conhecimentos sobre origem das ameaças • Aumentar a conscientização e criar a comunicação e o diálogo para aprimorar • Desenvolver abordagens em informação, relacionamento colaborativo e educacional que promova - Formas para alcançar esses objetivos: • Identificar, analisar e relatar as causas • Aumentar a compreensão do impacto de mudanças a partir dos erros • Desenvolver métodos para evitar eventos adversos preveníveis • Avaliar a efetividade das técnicas projetadas, alterar comportamentos e aumentar a segurança. *Recomendação da Anvisa para que os serviços de saúde possuam sistemas ou programas de avaliação e prevenção de Erros de Medicação em nível institucional.

14 Erro médico A abordagem atual focada no indivíduo que comete o erro, deve ser trocada por uma visão mais sistêmica do problema. Tratar o erro médico como parte integrante de um sistema, criando-se mecanismos de investigação ampla que permitam o conhecimento da real dimensão do problema, e formas eficazes de abordá-lo.

15 Erro médico Na visão Individualizada: o erro médico é visto como uma falha pessoal, de desatenção, esquecimento, no qual o profissional precisa ser identificado e punido. Esse antigo estilo de combate aos erros, com aumento de vigilância e identificação dos indivíduos fora de linha, deve ser rejeitado e entendido como contraproducente. Inação e Consequências: Além de induzirem a novos erros, por aumento do estresse no ambiente de trabalho, encorajam a desonestidade técnica e intelectual, artifícios usados para imputar a outros a responsabilidade dos erros, ou a tentativa de escondê-los, mesmo que isso leve a sérios prejuízos. A dificuldade em se aceitar o erro impede a ação ou tomada de consciência em relação ao problema. Erros são ocorrentes, porém minimizá-los requer, primeiramente, a aceitação de sua existência. O impacto emocional é sempre grande (medo, culpa, raiva, vergonha e humilhação) sendo, na maioria das vezes, vivenciado de forma solitária. O aprendizado individual resultante de um erro, se houver, será sempre particular, impossibilitando uma avaliação externa ampla para melhoria da prática como um todo. ‘É importante investir na prevenção dos erros, assim como, necessário estimular, desde a graduação em Medicina, discussões que visem a formação de profissionais mais comprometidos com a prática médica, na tentativa de diminuir ao máximo toda e qualquer possibilidade de erro no exercício de sua profissão. A educação médica, neste contexto, tem dois papeis, o de informador e o de formador. Enquanto o primeiro tem a função de fornecer ao estudante conhecimentos científicos e de natureza técnica essenciais ao exercício da futura profissão, os segundo é responsável pelo amadurecimento de uma personalidade adulta e equilibrada, capaz de entender a complexa estrutura biopsicossocial do paciente’.

16 Erro médico Na visão sistêmica: defendida pela maioria dos autores, o erro é consequência de uma série de fatores, e tenta-se construir mecanismos de defesa para evitá-lo ou diminuir seu impacto, quando ele ocorre. Esse estilo trata o erro médico como parte integrante de um sistema, criando-se mecanismos de investigação ampla que permitam o conhecimento da real dimensão do problema, e formas eficazes de abordá-lo. Ação e resultados: Estimular a mudança da cultura de formação nas universidades para que o erro seja encarado com maturidade, dando condições para que o profissional envolvido reporte seus próprios erros. Treinamentos contínuos previnem a ocorrência de erros em técnicas e procedimentos médicos, aplicação de simulações e testes de performance e educação continuada, direcionada para as necessidades dos setores em questão, e tendo em foco a criação de rotinas para os procedimentos envolvidos. “Uma das exigências para uma assistência de qualidade e segura é que o sistema possua um canal de comunicação eficaz, permitindo às equipes transmitir e receber informações de forma clara e correta, com reuniões (checklist) periódicas sobre assuntos decorrentes às práticas exercidas”.

17 Reação do médico quando ocorre o erro
“A verdade é redentora, devolve parte da credibilidade perdida” Recusa em admitir o erro é quase uma obsessão patológica, intolerável para ele, ter que admitir sua culpa. Medo de ser considerado culpado, a sensação de impotência e de fracasso pode levar a uma falta absoluta de humildade, de reconhecer o erro e agir com solidariedade com relação ao dano. Se o médico tiver uma visão de onipotência, agirá com insensibilidade diante de um erro consumado e das reclamações, chegando a ser arrogante mesmo diante do sofrimento causado pelo erro. Para quem se presume ‘o legítimo herdeiro da graça divina’, e que ainda recebe por parte de seus colegas, todo o apoio necessário em prol de sua defesa e legitimidade estará sujeito a cometer os mesmos erros. Resgatar a confiança sempre com base na verdade, deixar a família e responsáveis perceberem que o alvo de preocupação é estritamente a vida do paciente, sendo o erro uma projeção negativa. Discussão dos erros entre a equipe médica é extremamente importante para o aprendizado profissional e para apoio. Uma interação entre a equipe que ajudará os médicos a se encorajarem mutuamente, comunicar os erros aos pacientes como parte do próprio cuidado e relatar às instituições como uma forma de melhorar a segurança dos pacientes.

18 Como reduzir a incidência de erros?
1. Informação ao paciente - o consentimento pleno e a informação bem assimilada pelo paciente configuram numa parceria sólida e leal sobre o ato médico praticado. 2. Denúncia das condições precárias de trabalho - ao verificar tais condições, registrar tais fatos em locais próprios (documentar) e até omitir-se de exercer alguns atos eletivos da prática profissional; tendo, no entanto, o cuidado de conduzir-se com prudência nas situações de urgência e emergência. 3. Legibilidade (letra legível) - informar os procedimentos por escrito no prontuário e se necessário, verbalmente para outros acompanham o mesmo paciente - é o conjunto de documentos padronizados e ordenados, destinados ao registro dos cuidados profissionais, prestados ao paciente pelos serviços de saúde públicos ou privados (Resolução 1331/89, CFM). 4. Boa comunicação com os outros profissionais da equipe - O prontuário do paciente é uma das primeiras fontes de consulta e informação sobre um procedimento médico contestado. O Prontuário Médico é elemento valioso para o paciente, para a instituição que o atende, para o médico, bem como para o ensino, a pesquisa e os serviços de saúde pública, servindo também como instrumento de defesa legal (Resolução 1331/89, CFM). 5. Informações aos outros profissionais - Em princípio, o médico não pode atuar sozinho. A participação de outros profissionais de saúde é imprescindível. Disponibilizar informações aos substitutos do plantão sobre pacientes internados, principalmente os mais graves, seja de forma verbal ou através do registro circunstanciado em livros de ocorrências.

19 REFERÊNCIAS - Alcântara HR. Responsabilidade médica. Rio: José Ronnfino Editores, 2010. - Bandeira MA, Pereira LA. Manual de medicina defensiva. Porto Alegre: AMERIGS, 2005. - Bittar, C. A. Responsabilidade civil, teoria e prática. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013. - Canal, R. Judicialização da Medicina. Brasília, 2014; - Carvalho, F. A. Aspectos éticos do erro médico. Rev. Saúde Pública: SP, 2000. - Carvalho, F. A. Considerações sobre ética e erro médico. Disponível em: Acesso em 13 de outubro de 2013. - Conselho Federal de Medicina (Brasil). Resolução CFM nº 1.246, de 8 de janeiro de Aprova o Código de Ética Médica. Diário Oficial da União, Brasília, p , 26 jan. 1988, Seção I. - Conselho Federal de Medicina. Guia de relação médico-paciente. Disponível em: www. ética.org.br. Acesso em 21 de outubro de 2013. - Dejours, C. A banalização da injustiça social. 7 ed. Rio de Janeiro: FGV, 160 p, 2007 - França GV. Comentários ao Código de Ética Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013: - - Souza, M. R. Erro médico. Disponível em: Acesso em 23 de outubro de 2013. - Mizoi, C. S. Estratégias pedagógicas e tecnológicas para o ensino. São Paulo: Sociedade Beneficente Israelita, Albert Einstein, 2014. - Newton Luiz Terra. Instituto de Geriatria e Gerontologia. Vídeo aula sobre Iatrogenia. Jornada da Liga de Geriatria. PUCRS.


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