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PublicouGiovanna Pedroso Schmidt Alterado mais de 7 anos atrás
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Pai Natal! Não te esqueças de mim, Autor: Norbert Landa
Ilustrador: Marlis Scharff-Kniemeyer
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No Inverno, não há no vale dos ursos nem cogumelos, nem amoras, nem o mel das abelhas. Em vez disso, só há neve, neve e mais neve… É por isso que, nessa altura, todos os ursos, grandes e pequenos, vão para a cama e fazem o seu sono de Inverno. Por outras palavras: vão hibernar.
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Passam a época da neve, do frio e do Natal a dormir e só voltam a acordar quando chega a Primavera com o tempo mais quentinho. Mas será que este ano todos os ursos foram hibernar? Não, nem todos!
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Pela janela via-se que lá fora o Inverno era rigoroso
Pela janela via-se que lá fora o Inverno era rigoroso. Estava na hora de os ursos dormirem. O ursinho Simão dava voltas e mais voltas na cama, mas não havia maneira de conseguir dormir. Havia uma coisa que não lhe saía da cabeça…
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Então, o Simão levantou-se e puxou a orelha da Mamã Ursa.
– Tens a certeza que o Pai Natal não se vai mesmo esquecer de mim? E se quando acordarmos, na Primavera, ele não tiver vindo cá, o que é que eu faço? – Descansa, meu pequenino. Tenho a certeza que o Pai Natal não se vai esquecer de ti. Não te preocupes. Ele virá de certeza. E agora volta para a cama, por favor! – disse a Mamã Ursa, ensonada.
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Mas o Simão já não conseguia dormir
Mas o Simão já não conseguia dormir. Foi sorrateiramente até à cozinha e encheu a sua sacola com bolachas e biscoitos. É que o Simão tinha uma ideia! Pôs o seu gorro quentinho, um cachecol ao pescoço e também pegou no seu cobertor. Depois escapou-se de casa e saiu para a floresta.
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Como brilhava a neve à luz da Lua!
O Simão caminhava com dificuldade. E, de repente – pumba! –, ficou enterrado até à barriga e descobriu como a neve podia ser profunda. – Hi, hi, hi! – riu-se o Avô Lobo. O Simão assustou-se. – O que é que estás aí a fazer? – perguntou ele. – Eu? - disse o Avô Lobo. – Estou a ver a Lua cheia. Sempre que a vejo sinto vontade de uivar. Mas… e tu? O que estás a fazer cá fora, em pleno Inverno e a meio da noite? Tu devias estar na cama!
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O Simão conseguiu sair do buraco em que tinha caído, sacudiu a neve que tinha agarrada à barriga e disse: – É que eu quero acenar ao Pai Natal quando ele passar no seu trenó. Assim ele vai ver-me e não se vai esquecer de mim! – Hi, hi, hi!– O Pai Natal não se esquece de ninguém. Podes acreditar em mim, Simão!
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“Como é que o velho lobo pateta pode saber uma coisa dessas
“Como é que o velho lobo pateta pode saber uma coisa dessas?”, pensou o Simão. Então, começou a subir a colina com alguma dificuldade. Ao passar pelo carvalho de tronco grosso, onde morava a família dos ratos, ouviu qualquer coisa e parou.
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De repente, um ratinho pôs o focinho fora da porta que ficava no meio das raízes e gritou:
– É o Pai Natal! Vamos depressa para dentro! – Vem aí o Pai Natal, o Pai Natal! – chiaram muitas vozinhas de ratos felizes. – Ratos! – disse o Simão. – Eu não sou o Pai Natal.
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O Simão continuou o seu caminho, ouvindo de novo os ratos a chiarem.
– Agora foi-se embora! – gemiam eles. – O Pai Natal esqueceu-se de nós! Ai, ai, ai! “Afinal, os ratos também têm medo de ser esquecidos”, pensou o Simão. “Tenho mesmo de encontrar o Pai Natal!”
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Algum tempo depois, o Simão chegou finalmente ao cimo da colina
Algum tempo depois, o Simão chegou finalmente ao cimo da colina. A Lua brilhava e várias estrelas cadentes cruzavam o céu escuro. Se calhar uma dessas estrelas cadentes era o Pai Natal com o seu trenó. Será que ele estava nesse momento a olhar cá para baixo e viu o pequeno ursinho? Sem perder tempo, pegou no seu cobertor e pôs-se a agitá-lo ao vento.
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Mas nada aconteceu! Por fim, o Simão resolveu estender o seu cobertor, sentou-se nele e ficou a olhar para o céu, à espera. Esperou, esperou, esperou… e nada!
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À medida que o tempo ia passando, o Simão ia ficando cada vez mais triste. E depois começou também a ficar com fome e o seu estômago começou a fazer barulhos. Então, abriu a sua sacola e desatou a comer bolachas. De repente, lembrou-se dos ratos que viviam no carvalho de tronco grosso. De certeza que estavam muito tristes no seu buraco, e também cheios de fome.
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De repente, lembrou-se dos ratos que viviam no carvalho de tronco grosso. De certeza que estavam muito tristes no seu buraco, e também cheios de fome. “Coitadinhos dos ratinhos!”, pensou o Simão. Arrumou as suas coisas e deslizou a toda a velocidade até lá abaixo, ao pé do carvalho, onde um fraco raio de luz iluminava a noite.
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O ursinho Simão abriu um pouco mais a porta da casa dos ratinhos e disse:
– Olá, ratinhos! Não tenham medo. O Pai Natal não se esqueceu de vocês! Depois tirou todas as bolachas e biscoitos da sacola, empurrou-as para dentro da sala dos ratinhos e ficou a ouvir. Mas que alegre chiadeira! Os ratinhos cantavam e dançavam, felizes.
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O Simão teria gostado de ficar ali toda a noite
O Simão teria gostado de ficar ali toda a noite. Mas, de repente, lembrou-se de uma coisa. O seu coração começou a palpitar. “E se o Pa…” Toca mas é a correr para casa! – Que pena – disse o Avô Lobo. – agora perdeste uma coisa! Mas ele nem parou: só acenou e continuou a correr.
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Ao chegar a casa, o Simão viu uma coisa espantosa
Ao chegar a casa, o Simão viu uma coisa espantosa. Ficou parado como se estivesse pregado ao chão. Havia ali marcas. Marcas de um trenó. Marcas de botas. Marcas de renas!
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Olhou para o céu e viu um rasto luminoso que se estendia pelo céu fora
Olhou para o céu e viu um rasto luminoso que se estendia pelo céu fora. Depois o rasto desapareceu. O Simão foi a correr para casa.
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Afinal, o Pai Natal não se tinha esquecido dele!
Muito admirado, o Simão olhou para todos aqueles presentes e embrulhos. – Vou abrir um – murmurou ele. – Só um. O maior de todos. Depois vou para a cama!
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O Simão abriu o embrulho maior, sem fazer barulho nenhum para que a Mamã Ursa não acordasse. Estava radiante! E nem conseguia dizer o que lhe dava mais alegria: o facto de o Pai Natal não se ter esquecido dele ou a grande alegria que ele próprio tinha dado aos ratinhos? Ou seria o facto de o Pai Natal lhe ter trazido um ursinho de peluche?
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Fosse por que fosse, o certo é que o Simão estava radiante
Fosse por que fosse, o certo é que o Simão estava radiante. Abraçou o seu coelhinho com força e levou-o consigo para a cama. Depois adormeceu e ficou a dormir até à Primavera como todos os outros ursos.
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Fim
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