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Para pescar Zico estava sempre as ordens, mas para trabalhar nem tanto: era um fulano escorregadio o tal de Zico, era só falar em trabalho que ele ficava.

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3 Para pescar Zico estava sempre as ordens, mas para trabalhar nem tanto: era um fulano escorregadio o tal de Zico, era só falar em trabalho que ele ficava de pé atrás, era campeão em arranjar desculpas: as vezes era um calo arruinado, garganta inflamada ou qualquer outra coisa, para escapar do batente ele era capaz até de se declarar tuberculoso, isso era uma pena porque pedreiro competente era o Zico, mas para pescar ele tinha ótima saúde.

4 Parece que essa atitude pouco honesta irritou não só sua bondosa esposa, mas por incrível que pareça irritou também a senhora sua mãe, que já tinha falecido a mais de dez anos, e vejam só o que aconteceu: Zico passou dois dias seguidos pescando no ribeirão da Lavrinha, durante o dia pescava qualquer peixe que aparecesse e a noite se divertia pescando bagres, vez por outra parava para comer e era aquele banquete, comia peixe fresquinho com pirão e se dava por muito feliz.

5 Mas felicidade demais acaba por dar indigestão e na segunda noite de folgança Zico ganhou a dele; estava o feliz cidadão dormindo a sono solto quando um barulho estranho o acordou, ele esfregou os olhos, apurou os ouvidos e esperou para conferir e o estranho ruído se repetiu mais perto, de nove e ainda outra vez, a essa altura ele estava francamente assustado, acordou o amigo Sassá que dormia ali perto e juntos resolveram apurar o que era aquilo.

6 Se aproximaram de um pedaço de mato fechado e em uma clareira viram uma coruja gigantesca que batia as asas, rodava, parava e fazia tudo de novo; os dois folgados estavam paralisados de medo, duros como pedaços de madeira e o terror aumentou quando o corujão se virou para eles e gritou: Zico, vai cuidar da vida vagabundo e pum, a estranha ave explodiu e do monte de penas surgiu a mãe de Zico com um chinelo na mão, flutuando pelo ar e piando como uma coruja.

7 Os dois vadios trataram de recuperar o uso das pernas e correram, mas a mãe coruja flutuava com maior rapidez e usava o chinelo sem parar; Zico corria, apanhava e gritava, nunca se viu uma surra do tamanho daquela e ao amanhecer ele chegou em casa com as roupas em frangalhos e quase morto de medo.

8 Não respondeu as perguntas da esposa, pegou a caixa de ferramentas e foi procurar trabalho e daquele dia em diante foi o melhor e o mais diligente pedreiro da região; quando a lembrança da vida mansa e das alegres pescarias o atormentavam, ele se recordava da ira da mãe coruja e de seu pesado chinelo e voltava rapidamente ao trabalho. Pescarias, nunca mais...

9 CRÉDITOS TEXTO DE VÓ FIA FORMATADO POR VÓ FIA MÚSICA-UMA VALSA E DOIS AMORES TEXTO REGISTRADO NO EDA NEPOMUCENO MG Hoje é quarta-feira, 22 de junho de 2016 No momento são 9:41


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