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Poemas de Adroaldo Bauer Concerto Para Aranjuez, de Joaquim Rodrigo Warsaw Philharmonic, Adagio conduzido por Antoni Witi Violão: Krzysztof Pelech Montagem:

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1 Poemas de Adroaldo Bauer Concerto Para Aranjuez, de Joaquim Rodrigo Warsaw Philharmonic, Adagio conduzido por Antoni Witi Violão: Krzysztof Pelech Montagem: Adroaldo Bauer Spíndola Corrêa

2 Mil beijos Afogado em beijos teus A mil o coração meu O rosto afogueado Leio, desejo vê-la já. Quiçá, amá-la. Êpa! Alto lá! É que a amo, sinto apenas por tê-la assim. Mil beijos te reenvio, onde os queiras sentir. E não aceito que a nada te obrigues.

3 Em nome do amor Vão acusar o poeta porque ama E não reclama destes tempos Foscos e insossos no poema Vão perder a calma e a alma Porque a lama infinita deixa gente aflita Vão acusar de pueril, ingênuo e efêmero O verso que não retrata o iníquo, o vil Vão perder a calma porque a dor que há Não veio à minha casa para tomar da flor o lugar E ela, bela que se me faz desde onde está Que floresce em nosso jardim Resiste a tanta negação e disparate Insiste em ser arte Semântica insolente da vida Que é bela desde o lodo Que só agora é flor Porque já foi semente E é linda para os que amam Prova de que mais se ama Quanto mais amor existe E, mesmo que saiba eu dos tempos Miseráveis, violentos e tristes De sonhos adiados, Esquecidos Engavetados ou traídos Sabendo da exploração pela ganância Não me convencerão de que não deva amar Não deva cantar o amor É com ele, que o trago no peito e na mirada Que posso dar o que tenha para mudar Em flores as dores que os de baixo sentimos Para dizer às pessoas amigas Que temos os mesmos inimigos E que os venceremos cantando, Caminhando com flores, sim, E com o que mais necessário for Em nome do amor

4 O coração do poema E porque amamos é que seguimos renascendo a cada verso, morrendo a cada antevisão eis que o problema não está no poema, o problema, adivinho, está no coração.

5 Eu também te amo Como à parede brinca amarelinha na calçada Sem que saibas o quanto, custa, numa perna só pular Sem pique esconde Eu te quero já, Como menino queria a menina, para o primeiro olhar, o beijo de chocolate ainda amargo recém da infância saído, para gostar ternamente sempre

6 Perfeição A perfeição é um círculo traçado em cor alguma em plano nenhum por alguém ainda não nascido. Inda assim, no rumo dela todas as pessoas pelo bem deveriam ir, penso hoje.

7 Já te pertenço Só valho porque sinto, de fato, pressinto ainda que inexato seja sentir, porque não se mede isso a metro quero chegar a ti, confesso entreter também teus sentimentos do jeito que me percebas, indefeso a guarda arriada a alma desavergonhada a paixão extravasada Sentir que me sentes, que é modo justo de perceber que já te pertenço

8 Sei apenas que te amo Algo que te disse Algo que não fiz Ou coisa que tenha feito Te afastou de mim Se eu soubesse o que Talvez pudesse deixar de fazer, fazer melhor

9 Lembranças do teu perfume O poema acordou-me do letargo A vida sem sentidos mediana Respirava o arcabouço sem recheio O corpo no teu perfume naufragado E por pouco não sou contigo apanhado Abro os olhos e me reconheço abandonado Inebriado estou, adormecido era Embriagado fora carregado a alvorotado Sono em que te enlaçava e morríamos Novamente tu e eu de amor Ressuscitado pelo poema Sou novamente a saudade de ti Virás com a nova noite, em devaneio A nostalgia a me consumir inteiro Melancolia em marasmo alarmante Mortificado anticlímax do reencontro, Consumou-se o escopo de tê-la amado

10 porque és, mulher sinta meus braços em volta de ti amada de mim e sempre sinta que estou junto a ti sinta que estás comigo aqui sentir é assim, apenas sentir e viver o sentir ainda que sem ti... quem atrás de ti anda, anjo meu sou eu, que te persegue nos espaços nos vazios, no fundo dos abismos e no paraíso e quando te encontro, sou feliz e sou feliz sempre, porque sempre contigo estou, ainda que ausente ainda estejas, ainda... mas é porque és, tão somente porque és, mulher

11 Um dia serás Eu amei te amar tanto e tão apaixonadamente Eu amei tê-la toda em mim, eu em ti inteiro Eu amei dizer-te as palavras mais queridas Eu amei ouvir de ti as mais queridas palavras Eu amei sentir o teu perfume, o frêmito do teu corpo Eu amei que tenhas gostado tanto do que fizemos Eu te dava beijos, tu me devolvias sorrisos Eu te sorria, tu me acariciava Eu te acarinhava, amor, tu desabrochava Tu me fizeste tanto bem, ao me amar assim Tu me terás para sempre, se me quiseres mais Tu dirás o que quiseres, eu te seguirei Tu, mulher divina, meiga, doce um dia existirás.

12 Desilusão O sal nas feridas Cicatrizes abertas Bebo as lágrimas da desventura O pulso, entanto, o sangue expulsa me esvaindo só no cais escuro acenando um lenço inda úmido à nau em que te vais.

13 Inda desejo e sonho Pedistes que adivinhasse em quem pensavas por desejo e martírio Se eram teus meus lábios qual momento da estrada de sonhos me fez perder-te? Se nos encontrávamos em prazeres teu corpo era o meu, nossos gemidos e mesmos os gritos pelos sentidos Cingida a alma, inebriada e aquecida O clamor da carne saciado, enlouquecidos Que ríamos ao ponto do insulto, da sedução Nos acolhemos vorazes, dementes em gloriosa explosão enternecida de cores Tão sublimes como profundas e fortes O gozo aos jorros nos úmidos corpos e panos do leito abrasado e sublime Assim sonháramos fruir, vívidos nossos martirizados desejos (Inda hoje sonho...)

14 Escreves com amor Então sou escravo da tua escrita da tua ausência, da tua crítica sou apaixonado por que és bela, porque me dizes que és feia porque as flores se fecham à noite e uma delas abre apenas amanhã, Onze horas. E vou pensar que é tempo demais se é muito o que te fiz, se não foi a exata medida de retorno perfeito do que fazes a mim por assim existires. Já falei dos teus anelos já disse com doce mel já cumpri uma estrada longa e tua sombra vai à frente e aos teus pés me derramei e nem sequer ainda os beijei e quero, desejo, sinto e reafirmo um sonho que sonho acordado penso que há muito a tenho amado sem mesmo te conhecer. Por certo, e eu não creio, é pecado!

15 Roxo amor Um assim delicado amor estranho que as entranhas invadindo treme geme conquistas de quem não teme não é mais estranho amor então é só amor entre estranhos que nem mais estranhos são amores é que vão sendo como então te conheci como nunca antes te vi feito um céu boreal auréola em anjo eras que nem existir pudera em noite cheia de lua de estrelas metade nua sem nuvens por cima lençóis abaixo do abismo em fundo fomos os dois sem mais percalços também desnudos e os sapatos rindo de nós abaixo da cama por sobre todas as tramas de tábuas tecidas treliçadas de costas ficando marcadas de noites deixadas ao léu desleixadas já sem véu outrora mil fantasias agora um conto por dia não morrer de amor então por que morrer? não viver de amor então por que viver? se assim começamos estranhos assim amando estamos de amor vivendo quanto mais nos conhecemos

16 Sonho em sonhar contigo amanhã O puro amor louco, estranho e desnaturado Trouxe-me linda fada outra madrugada entre luas rosas e estrelas salpicadas de nudez Decompondo da água o sal de mares azuis Dos desertos a aridez vermelha das areias Em paixão arrebatada a vi em chamas Olhos fechados fitavam tudo e o nada Mostrou-me tudo em pensamento variado Desvairado, sorri para mim antevendo Um gargalhar por estas poucas e desalinhavadas Não se poderá dizer, no entanto, que não tentei Responder com fatos aos fados, às fotos À delícia de agora tê-la tão perto assim, Pelo que sou e serei sempre grato, sim Escondida de tudo, à mostra do mundo E – tenha fé, amor do amor do amor de mim – Ninguém há de saber do que proibido seja Todos e quem queiram ou adivinhos sejam Saberão do meu amor, de meu perfil iridescente Das sete auras e velas de sete dias em chamas Até as flores da Primavera já antecipadas aqui Rompendo chuvas, geadas, friagem invernal Deram mais cor a essa loucura matinal Sim, que já é manhã, os sabiás acordam Os galos a cantar convocando o sol a varar Nuvens espessas espalhadas a correr céus Por ventos que te encontrarão adormecida Já sem véus cerrados e, tenho também eu fé, Sonhando o nosso possível louco amor Ah, vir a sonhar novamente contigo amanhã por certo me faz viver melhor o futuro do presente no passado... Se o relógio já tocou a despertar, devo acordar para trabalhar

17 Para ti, por quereres Fico pensando o que faria se um dia a mulher amada pedisse cândida um verso Deveria saber fazê-lo como suavemente a penetrasse, como docemente sorvesse encantos o mais guardados E se não soubesse, ainda deveria ajoelhar-me para os pés, as coxas, o ventre beijar-lhe. Enlevado de amor Se um dia a mulher amada assim o quisesse, eu saberia

18 Não foi em vão As horas não mais passaram O fogo intenso fruído derreteu o tempo soprou cálido nossa paixão ao vento que flechas voando trespassaram o coração já varado da luz do momento A vida não precisa mais sentido era toda preenchida de ti Eu me sonhava contigo dormindo Eu acordava os meus sentidos sabendo a perfumes teus Dobraram-se os espaços e juntos estamos desde aquela hora, única uma hora sonhada, vivida de amor à terra retornaram dos céus as águas ao mar alto nossos fluídos lançados De amar vivo estou, meu amor é contigo já agora, desde aquele momento nenhuma figura mais se eleva que tu a imaginação me enleva e sublima não há dor, temor, pena ou castigo Crê! São as flores de abril que virão É outono a luzir pós-verão Um inverno feliz nos faz pressentir as primeiras primaveras de amores virão. Não mais terá sido em vão.

19 Por amor, insisto, tento, invento Ouvi dizeres a outros e tantos que não sabeis dizeres quem és, como se alguém um dia tivesse tido a ventura de ter isso sabido Li em teu público diário, a busca Tua de além da liberdade, e essa Nem ainda tens.Mas sabes porém Que para lá dela viaja a tua alma Também falas sem medo, do temor De provocar a dor, pois a sentes em Muito e intensa. Amas os cuidados Extremos, de tanta cautela e fados Sorrindo, a meiguice entristecida da Face tua transforma alegria em vida. E não sei mais o que faça para que Jamais deixes novamente de sorrir (Mas tento, invento. Vou conseguir)

20 Um imenso amor Do ínfimo ao máximo Na ida ou na volta O que se tem é relativo Não importa o exercício A que tua imaginação exorbite Há, sim, um limite: O sempre infinito Neste verso ou no universo O humano reles Ou o dínamo cíclico Das medidas a mais ou menos De variadas aproximações Te dão ciência já Da tua decantada dimensão É como naquela ingênua canção Um pequenino grão de areia Mais, arrisco: um cisco! Estamos a tratar então do quê Na fantasia que extasia? De uma única dimensão que importa Do tamanho ou do lugar do amor que nos bate à porta Exclusividade nossa, essa do acaso? Não, mas identidade própria. Do que é humano entre as galáxias Em que, por certo, não estamos sós. E sequer isso de fato voga...

21 Se é indizível a poesia Pergunta-me se poesia não se diz. Lamento essa certeza: Não sem poema que a suporte. Ela é. Ele, apenas existe por ela. A inspiração é tônus do renascimento. Ofegante, digo: renascer não é exato, mas é preciso. Se me lês, me abraças. Se me falas, me beijas. Se te escrevo, sobrevivo, ainda que um tanto dolorido.


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