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DISCIPLINA HISTÓRIA DO NORDESTE GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA ROBERVAL S. SANTIAGO.

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Apresentação em tema: "DISCIPLINA HISTÓRIA DO NORDESTE GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA ROBERVAL S. SANTIAGO."— Transcrição da apresentação:

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2 DISCIPLINA HISTÓRIA DO NORDESTE GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA ROBERVAL S. SANTIAGO

3 CASA GRANDE & SENZALA 1933

4 Gilberto de Mello Freyre ( Recife, 15 de março de 1900 - Falecido no Recife, 18 de julho de 1987) foi um polímata brasileiro. Como escritor, dedicou-se à ensaística da interpretação do Brasil sob ângulos da sociologia, antropologia e história. Foi também autor de ficção, jornalista, poeta e pintor. É considerado um dos mais importantes sociólogos do século XX. Recebeu da Rainha Elizabeth II o título de Sir, sendo um dos poucos brasileiros detentores desta alta honraria da coroa britânica... GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de 1933 e escrito em Portugal. Nele, Freyre rechaça as doutrinas racistas de branqueamento do Brasil. Baseado em Franz Boas, demonstrou que o determinismo racial ou climático não influencia no desenvolvimento de um país. Entretanto, essa obra deu origem ao mito da democracia racial no Brasil com relações harmônicas interétnicas que mitigariam a escravidão brasileira, que, segundo Freyre, fora menos ruim que a norte-americana...

5 1937

6 ► “ Vi uma vez, depois de mais de três anos maciços de ausência do Brasil, um bando de marinheiros nacionais - mulatos e cafuzos - descendo não me lembro se do São Paulo ou do Minas pela neve mole de Brooklin. Deram-me a impressão de caricaturas de homens. A miscigenação resultava naquilo. Faltou-me quem me dissesse então que não eram simplesmente mulatos ou cafuzos os indivíduos que eu julgava representarem o Brasil, mas cafuzos e mulatos doentes. Foi o estudo de Antropologia sob a orientação do Professor Boas que primeiro me revelou o negro e o mulato no seu justo valor - separados dos traços de raça os efeitos do ambiente ou da experiência cultural. Aprendi a considerar fundamental a diferença entre raça e cultura. Neste critério de diferenciação fundamental e ntre raça e cultura assenta todo o plano deste ensaio.” GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

7 1934

8 ► "Casa-Grande & Senzala foi a resposta à seguinte indagação que eu fazia a mim próprio: o que é ser brasileiro? E a minha principal fonte de informação fui eu próprio, o que eu era como brasileiro, como eu respondia a certos estímulos." ► Quer ver o Brasil a partir do Brasil. GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

9 1939

10 CONTEXTO DO LIVRO ► Livro surgiu num contexto histórico dominado por intelectuais conservadores, principalmente entre 1937 e 1945, com o Estado Novo que adotava a política de branqueamento idealizada por Oliveira Vianna... GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

11 1964

12 Inovações do livro ► Vê a cultura brasileira enriquecida pela integração dos elementos indígenas, portugueses e africanos. ► Não pensa a mestiçagem em termos de “purificação”. ► Pensa a contribuição da cultura negra como elemento central à constituição da sociedade brasileira (admite e valoriza o papel do negro). ► Abriu mão de estatísticas, tabelas e fontes primárias (usados por Oliveira Vianna como garantia de cientificidade). GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

13 1945

14 Capítuloo1 Características gerais da colonização portuguesa do Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida... Capítuloo1 Características gerais da colonização portuguesa do Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida... GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

15 1947

16 O PORTUGUÊS ► Portugal é um país marítimo. Recebia sempre povos de todos os lugares do mundo. Seus portos eram rota de comércio e de migrações. ► “Povo definido entre a Europa e a África” >> bicontinentalidade. ► O contato com estrangeiros estimulava, no povo português, tendências cosmopolitas, imperialistas e comerciais. ► Na Península Ibérica as raças se misturavam havia milênios (árabes e judeus, principalmente): ► Diferente de outras nações europeias, Portugal não tinha “orgulho de raça” GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

17 1959

18 ► A burguesia comercial ganhava mais poder que a aristocracia territorial portuguesa e buscava no além-mar terras e riquezas nunca exploradas. ► Além da mobilidade, o português tinha a capacidade de se misturar facilmente com outras raças. ► Características: cosmopolistismo, mobilidade (herança judaica) e plasticidade. GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

19 1940

20 A colonização ► A ocupação do Brasil deu-se após um século de contato dos portugueses com os trópicos (na Índia e na África). ► Sucesso da colonização deveu-se à aclimatabilidade e à miscibilidade do português, características que supriram a falta de capital humano. ► Miscibilidade favorecida pela sexualidade exacerbada, fruto de um catolicismo “amaciado” pela influência árabe e judaica. GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

21 1939

22 ► Miscibilidade: “Nenhum povo colonizador, dos modernos, excedeu ou sequer igualou os portugueses na sua miscibilidade. Foi misturando-se gostosamente com mulheres de cor logo ao primeiro contato e multiplicando-se em filhos mestiços”. ► Aclimatabilidade: Clima em Portugal é próximo ao da Europa, portanto a vinda para os trópicos não seria de difícil adaptação. ► Miscigenação foi o grande trunfo do português na colonização e constituição da nação brasileira: adaptação biológica e social. ► Colonização pela “hibridização”: construção de uma população e de uma sociedade mestiça. GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

23 1957

24 ► Nação feita a partir da “espada do particular” (patriarcalismo), não pela ação oficial do Estado. ► Casa Grande como unidade da vida política e social. ► : ► Formação de uma sociedade:  Agrária na estrutura  Escravocrata na técnica de exploração econômica  Híbrida na composição GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

25 1978

26 Família Família ► “A família, não o indivíduo, nem tampouco o Estado nem nenhuma companhia de comércio, é desde o século XVI o grande fator colonizador no Brasil, a unidade produtiva, o capital que desbrava o solo, instala as fazendas (...) Sobre ela o rei de Portugal quase reina sem governar” ► Oligarquia, personalismo. ► Latifúndio: célula fundadora. Unidade política, econômica e social. GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

27 1943

28 Equilíbrio de antagonismos ► Formação da sociedade brasileira é um permanente processo de equilíbrio de antagonismos Antagonismos fundadores: ► Cultura europeia x indígena ► Cultura europeia x africana ► Cultura africana x indígena ► Economia agrária x pastoril ► Economia agrária x mineira ► Católico x herege ► Senhor x escravo (o antagonismo fundamental) GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

29 1949

30 Aspectos fundamentais para o equilíbrio, para o amortecimento de contrastes: Aspectos fundamentais para o equilíbrio, para o amortecimento de contrastes: ► Miscigenação ► Dispersão da herança ► Fácil mudança de profissão ► Tolerância moral ► Catolicismo “lírico” português ► Hospitalidade a estrangeiros >> a mediação do negro foi fundamental, como “influência amolecedora” de contrastes entre europeus e indígenas GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA

31 1984

32 Casa-Grande & Senzala, 1933; Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife, 1934; Sobrados e Mocambos, 1936; Nordeste: Aspectos da Influência da Cana Sobre a Vida e a Paisagem…, 1937; Açúcar, 1939; Olinda, 1939; O mundo que o português criou, 1940 ; Um engenheiro francês no Brasil,1940 e 1960 2ª edição) ; Problemas brasileiros de antropologia, 1943 GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA OBRAS

33 1969

34 Sociologia, 1945; Interpretação do Brasil, 1947; Ingleses no Brasil, 1948; Ordem e Progresso, 1957; O Recife sim, Recife não, 1960; Os escravos nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX, 1963; Vida social no Brasil nos meados do século XIX, 1964 ; Brasis, Brasil e Brasília, 1968; O brasileiro entre os outros hispanos, 1975; Homens, engenharias e rumos sociais, 1987. GILBERTO FREYRE: CASA GRANDE & SENZALA OBRAS

35 1962

36 “A palavra Nordeste é hoje uma palavra desfigurada pela expressão "obras do Nordeste" que quer dizer: "obras contra as secas". E quase não sugere senão as secas. Os sertões de areia seca rangendo debaixo dos pés. Os sertões de paisagens duras doendo nos olhos. Os mandacarus. Os bois e os cavalos angulosos. As sombras leves como umas almas do outro mundo com medo do sol...” GILBERTO FREYRE: CONCEPÇÃO DO NORDESTE “ Mas esse Nordeste de figuras de homens e de bichos se alongando quase em figuras de El Greco é apenas um lado do Nordeste. O outro Nordeste. Mais velho que ele é o Nordeste de árvores gordas, de sombras profundas, de bois pachorrentos, de gente vagarosa e às vezes arredondada quase em Sancho pança pelo mel de engenho, pelo peixe cozido com pirão, pelo trabalho parado e sempre o mesmo, pela opilação, pela aguardente, pela garapa de cana, pelo feijão de coco, pelos vermes, pela erisipela, pelo ócio, pelas doenças que fazem a pessoa inchar, pelo próprio mal de comer terra...” Por fim, o Nordeste das Obras de Gilberto Frey que mostra como uma Região o Nordeste é especificamente tradicional...

37 1954

38 “O Nordeste e não um, muito menos Norte maciço e único de que se fala tanto no Sul com exagero de simplificação. As especializações regionais de vida, de cultura e de tipo físico no Brasil estão ainda por ser traçadas debaixo de um critério rigoroso de ecologia ou sociologia regional, que corrija tais exageros e mostre que dentro da unidade essencial, que nos une, há diferenças, às vezes profundas...” A região foi pensada por Gilberto Freyre não como um espaço determinado pelos elementos físicos, mas como um espaço social. Isso foi explicitado pelo autor no prefácio a Casa grande & senzala, ao afirmar ser o espaço social ocupado pelo sistema patriarcal da lavoura açucareira condicionado por elementos geológicos, botânicos e físico-geográficos, mas, de forma alguma, determinado por eles. Seu ponto de vista era de que o sistema patriarcal com suas formas constantes e processos incessantes, sua ação e sua dinâmica, foi superior a todos os elementos físicos - tropicais ou quase tropicais... GILBERTO FREYRE: CONCEPÇÃO DO NORDESTE

39 FILME: ABRIL DESPEDAÇADO 2001 - WALTER SALES

40 FIM


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